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Sentidos Territoriais e a Necessidade de uma Cartografia do Invisível

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Apresentação em tema: "Sentidos Territoriais e a Necessidade de uma Cartografia do Invisível"— Transcrição da apresentação:

1 Sentidos Territoriais e a Necessidade de uma Cartografia do Invisível
Seminários Diálogos sobre Território. Vínculo, Território e (Des)Proteção Social, NEPSAS, 02 de Junho de 2014, PUC-SP Cidades e Complex(c)idades Sentidos Territoriais e a Necessidade de uma Cartografia do Invisível Antonio Miguel V. Monteiro, INPE

2

3 Distribuição de Renda – Mundo (1992)
A Taça de Champagne ‘Os 20% mais ricos se apropriam de 82,7% da renda. A concentração de renda é absolutamente escandalosa... Não haverá tranquilidade no planeta enquanto a economia for organizada em função de um terço da população mundial.’ Fonte: Dowbor, L. et alli. Crise e Oportunidade, p. 10. Jan/2010. (Slide Original: Dirce Koga)

4 Distribuição de Riqueza (2010) – Países Industrializados
1% + Ricos 20 % Riqueza Distribuição de Riqueza (2010) – Países Industrializados Kuznet – Curva Teórica Desigualdade Renda 2010 ~1900 Ilustração para ‘Curva de Piketty’- Olhando para o 1%

5 Paraisopólis - SP As Cidades Invisíveis

6 Italo Calvino (1923, 1985) Escritor, Jornalista, Ativista, Cubano/Italiano, Santiago de Las Vegas/Siena

7 As Cidades Invisíveis "Se meu livro As cidades invisíveis continua sendo para mim aquele em que penso haver dito mais coisas, será talvez porque tenha conseguido concentrar em um único símbolo todas as minhas reflexões, experiências e conjeturas."

8 As Cidades Invisíveis As Cidades Invisíveis Assim se refere o próprio Italo Calvino a este livro surpreendente, em que a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana. Foto: São José dos Campos, 8 de Fevereiro de 2011, 7:05. Leonardo Bins

9 HC SVNT DRACONES Usada na cartogarfia medieval para designar territórios desconhecidos ou perigosos. Aparece no Globo de Hunt-Lenox, ~1510, NY Library.

10 Como Reposicionar o Papel da Cartografia Urbana?

11 Duas Visões , Duas Possibilidades, Uma Necessidade e muitos e imensos Desafios.

12 Visão 1: A Batalha dos Mapas …Um aspecto decisivo do processo modernizador foi portanto a prolongada guerra travada em nome da reorganização do espaço. O que estava em jogo na principal batalha desta guerra era o direito de controlar o ofício de cartógrafo \ BAUMAN, Zygmunt. Globalização: As Consequências, Humanas, 34:39, ZAHAR, 1999. Guerras Espaciais: Informe de Carreira

13 O cartógrafo é antes de tudo um antropófago.
Visão 2: Repensando o Cartógrafo e seu Ofício “Sendo tarefa do cartógrafo dar língua para afetos que pedem passagem, dele se espera basicamente que esteja mergulhado nas intensidades de seu tempo e que, atento às linguagens que encontra, devore as que lhe parecerem elementos possíveis para a composição das cartografias que se fazem necessárias.” O cartógrafo é antes de tudo um antropófago. ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental, Transformações contemporâneas do desejo, Editora Estação Liberdade, São Paulo, 1989

14 Possibilidade 1: Eventos de Mobilidade, Zonas de Turbulência como Campos de Forças “Espaço e tempo são imbricados em cada evento de mobilidade, de tal modo que mais importante do que identificar os pontos de partida e os de chegada, são esses eventos que precisam ser interrogados: pontos críticos, pontos de inflexão, de mudança e também de entrecruzamento com outras histórias – TELLES, Vera da Silva. Trajetórias urbanas: fios de uma descrição da cidade. In Vera da Silva TELLES, e Robert CABANES (orgs.). Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. São Paulo: Humanitas, 2006.

15 – “zonas de turbulência” em torno das quais são redefinidas (deslocamentos, bifurcações) práticas sociais, agenciamentos cotidianos, destinações coletivas. E são esses eventos que nos dão a cifra para apreender os campos de forças operantes no mundo urbano: a trama das relações, de práticas, conflitos e tensões, enfim, a pulsação da vida urbana.” TELLES, Vera da Silva. Trajetórias urbanas: fios de uma descrição da cidade. In Vera da Silva TELLES, e Robert CABANES (orgs.). Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. São Paulo: Humanitas, 2006.

16 São capazes de estabelecer, o que Vera Telles chama de
Regimes de Visibilidade

17 Possibilidade 2: Compartilhar experiências partilhando espaços “Como disse muito bem Hans Gadamer – em Verdade e Método -, a compreensão recíproca é obtida com uma “fusão de horizontes”; horizontes cognitivos que são traçados e ampliados acumulando-se experiências de vida.” \ BAUMAN, Zygmunt. Confiança e Medo nas Cidades, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. 

18 “A Fusão que uma compreensão recíproca exige só poderá resultar de uma experiência compartilhada, e certamente não se pode pensar em compartilhar uma experiência sem partilhar um espaço.” \ BAUMAN, Zygmunt. Confiança e Medo nas Cidades, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. 

19 Uma Possível Síntese... (?)

20 O Território como Mediação
INOVAÇÃO CAPACITAÇÃO POLÍTICA PÚBLICA TERRITÓRIO Fonte:Adaptado de Dirce Koga

21 A Questão da Representação
Las Meninas (infanta Margarita Maria) Pablo Picasso, 1957 – Museu Picasso, Barcelona Las Meninas (Conjunto) Pablo Picasso, 1957 – Museu Picasso, Barcelona Las Meninas, Diego Velásquez, 1656 – Museu do Prado, Madri A Questão da Representação

22 Um Projeto Representacional1
Nossa Vocação: Um Projeto Representacional1 Qual(is) a(s) Natureza (s) do Espaço e como melhor Representá-lo em meio computacional, no contexto do(s) Processo(s) em Observação? 1CÂMARA, G. ; MONTEIRO, Antônio Miguel ; MEDEIROS, José Simeão de . Representações Computacionais do Espaço: Fundamentos Epistemológicos da Ciência Da Geoinformação. Geografia (Rio Claro), Rio Claro, Brasil, v. 28, n.1, p , 2003.

23 Inovar os Instrumentos para ...
Nosso Desafio Inovar os Instrumentos para ... Cartografar os Territórios Invisíveis ao simples olhar. Reincorporar processos às cartografias do lugar.

24 ESTRATÉGIAS MEDIADORAS
Necessidade de uma visão integradora Promover “transposição de fronteiras” entre disciplinas/tradições/ciência&política/ciência&sociedade ESTRATÉGIAS MEDIADORAS KLEIN, J. T. (1996). Crossing boundaries: knowledge, disciplinarities, and interdisciplinarities.Charlottesville/London: University Press of Virginia. MOLLINGA, P. (2008) The Rational Organization of Dissent. Working Paper, ZEF, Bonn. LÖWY, I. (1992). The Strength of Loose Concepts . History of Science, Vol. 30, p

25 Um ponto de partida... CONCEITOS MEDIADORES
(boundary concepts) Palavras que operam como conceitos em diferentes disciplinas e perspectivas. Entidades negociáveis, permitem que distintas partes discutam conceitualmente sobre a multidimensionalidade de questões de interesse comum Exemplos: Exclusão Social, Inclusão Social, Vulnerabilidade 25 25

26 Cartografias do Invisível
Conceitos mediadores tomam “corpo” Passam a ser explorados de forma mais ativa. Operacionalizações podem ser geradas: OBJETOS MEDIADORES Facilitam a apreensão do conceito e respondem à demanda por elementos que, mesmo em condições de incerteza e conhecimento incompleto, nos ajudam e complementam a capacidade de observação e provocam o debate. Indicadores, Painéis & Modelos e Simulação Cartografias do Invisível FEITOSA, F. F. ; MONTEIRO, A. M. V. (2012) . Vulnerabilidade e Modelos de Simulação como Estratégias Mediadoras: Contribuição ao Debate das Mudanças Climáticas e Ambientais. Geografia (Rio Claro. Impresso), v. 37, p

27 Pensar para então Medir para então (re)Pensar
Necessidade ... Pensar para então Medir para então (re)Pensar Resignificar Promover a Ação 27

28 Nossa Pequena Contribuição
Instrumentalizar parte deste Debate Como??? Avançando na Construção de Objetos Mediadores que Proporcionem uma Capacidade Empírica Sistematizada de Observar, Medir e Representar (certas) Dinâmicas das Relações Familias-Territórios.

29 Relacionamentos Espaciais
Dependência espacial Concentrações Persistências Áreas de influência Transições (Dinâmica) Redes Estes relacionamentos podem ter uma expressão quantitativa através do estudo e caracterização das suas formas, estruturas e funções a partir de suas distribuições no espaço e no tempo.

30 Território e Territórios
“O território em si, para mim, não é um conceito. Ele só se torna um conceito utilizável para a análise social quando o consideramos a partir do seu uso, a partir do momento em que o pensamos juntamente com aqueles atores que dele se utilizam”. Território e Sociedade – entrevista com Milton Santos, 2000

31 Relacionamentos Familias-Territórios
Dependência Concentrações Persistências Redes Áreas de Vida (Territórios de Vivência) Trajetórias de Vida (Dinâmicas) Estes são relacionamentos mais complexos. Envolvem um elemento dual, novo e indivisível: o conjunto Familia-Território. A metáfora aqui é a de um Imã. Não basta descrever cada polo, mas também e pricipalmente suas interações. São caracterizações das propriedades de Campos e não mais dos Objetos que precisamos. Uma Tipologia Padrões-Processos

32 Qual o Problema com Índices e Indicadores, principalmente aqueles que tratam com a representação de grupos e processos sociais nos territórios??

33 Duas Maldições !!

34 A Maldição dos Indicadores Síntese !

35 A Maldição dos Indicadores Não-Relacionais !
Mas isso significa dizer que, a rigor, os indicadores não medem a realidade, algo que estaria lá pronto para ser descrito: participam da construção social da realidade. Vera Telles [1] [1] Medindo coisas, produzindo fatos, construindo realidades sociais. Seminário Internacional sobre Indicadores Sociais para Inclusão Social ,15 e 16 de maio de 2003, PUC-SP . Mesa: Indicadores sociais entre a objetividade e a subjetividade (16/05/2003)

36 Capacidade Protetiva Inclusão/exclusão , Vulnerabilidade, Território , Vínculos ... Obervando, Representando e ‘Medindo’ a Capacidade de Proteção Social das Familias em Territórios Precarizados das Metropóles: Ampliando os Estudo das Desigualdades Socioterritoriais Urbanas Território, Vínculo e Proteção Social 36

37 [1] Equipe Técnica Proteção/(Des)proteção Social: Métricas Famílias-Territórios de Avaliação da Capacidade Protetiva das Familias Vivendo em Territórios das Metropóles. Coordenação Geral: Prof. Dra. Aldaisa Sposati [1] Convênio PUCSP/ CEDEPE Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais – Sociedade Hospital Samaritano

38 Circuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão
IEx FINAL 1991 -1.00 0.00 +1.00

39 Circuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão
IEx FINAL 2000 -1.00 0.00 +1.00

40 Circuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão
IEx FINAL 2010 -1.00 0.00 +1.00

41 Circuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão
IEx FINAL 2000 IEx FINAL 1991 IEx FINAL 2010 -1.00 0.00 +1.00

42 O Padrão da Desigualdade
IEX 2010 IEX 2000 IEX 1991

43 As Escalas da Desigualdade em SP
Persistência no MACRO, Mudanças no MICRO Dependências, Persistências , Concentrações em nível Estrutural MACRO (sistêmico - instituições, serviços, infraestrutura, etc) Redes, Áreas de Vida, Trajetórias de Vida em nível MICRO Processos Emaranhados em Diferentes Escalas no Tempo e no Espaço.

44 Desenvolver métrica territorial em escala de convívio cotidiano com potencial de aproximação da dinâmicas locais de famílias, vizinhança, serviços sociais básicos, condições de acessibilidade e mobilidade .

45 Centrar a métrica na concepção de
proteção social de famílias isto é, mais do que renda, mais do que atenção á saúde, envolve esforços múltiplos partilhados, articulados pactuados para instalar condições concretas que vão além da disciplina da família e seus membros

46 SERVIÇOS SOCIAIS PÚBLICOS
FAMÍLIA razão de dependência da família(ciclo de vida); demandas de cuidados especiais; segurança de emprego – renda; escolaridade do provedor e dos membros da família SERVIÇOS SOCIAIS PÚBLICOS modo de presença/ausência de serviços sociais públicos na proximidade da moradia proximidade e distancia no cotidiano das famílias ESTRUTURA URBANA presença de serviços públicos de agua, esgoto, lixo, iluminação pública, calçadas, nome de ruas, correio, entre outros presença de área de perigo de risco geotécnico, ausência de situações de violência acesso a transporte público PROTEÇÃO SOCIAL DE FAMÍLIAS Familia-Território SEGURANÇA da HABITAÇÃO ausência de moradia subnormal, presença de regularização fundiária presença de serviços públicos na moradia

47 5 - CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E FAMÍLA
3 - demografia 7 - família 4 - domicílio 9 - entorno 5 - serviços básicos 14 variáveis de saída ITPS 28 variáveis de entrada 5 - CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E FAMÍLA 2 - SEGURANÇA HABITACIONAL 7 - ENTORNO, RISCO E INFRAESTRUTURA URBANA Univariada e Multivariada Distribuição Espacial Agrupamentos Correlações

48 Protective Capacity Groups
Índice de proteção Social das Famílias em seus Territórios (Índice relacional, multidimensional: família-território) Protective Capacity Groups SP, Spatial Unit –Used Census Tract, IBGE 2010 Group 1 – Very High Private Acquision of Social Protection Grupo 2 - High Private Acquision of Social Protection Grupo 3 - Acquision of Private Social Protection Grupo 4 – Presence of Public-Private Social Protection Grupo 5 – Stable Presence of Public Social Protection Elements Grupo 6 - Incomplete Presence of Public Social Protection Elements Grupo 7 – Unstable and Fragile Presence of Public Social Protection Elements Grupo 8 – Total Absence of Public Social Protection Elements

49 FREGUESIA DO Ó

50 Grupo 1 – muito alta aquisição de proteção privada: familias com altissima renda per capita familiar, padrão de proteção assentado em referencias internacionais, serviços privados de alto padrão que não se situam necessariamente no território da moradia de altíssimo padrão, em território de plena urbanização, presença de serviços públicos e alto consumo de serviços privados, ausência de domicílios subnormais ,presença de crianças e jovens. Grupo 2 - alta aquisição de proteção privada: familias com alta renda per capita, padrão altamente estável de proteção, moradia de alto padrão, território com plena urbanização, presença e oferta de serviços públicos e alto consumo de serviços privados, ausência de domicílios subnormais, menos crianças e jovens e mais idosos. Grupo 3 - aquisição de proteção privada: significativa renda famiiar associada a padrão de consumo estável assentado em proteção social privada, moradia em padrões construtivos sólidos em território com oferta de serviços públicos e privados e presença maior de idosos. Grupo 4 – presença de proteção privada e pública: renda per capita familiar média de 3,5 salários mínimos, moradia com presença de irregularidades no domicilio localizado em território com incompletude de infraestrutura urbana com oferta de serviços públicos e privados,

51 Grupo 5 – proteção social pública muito estável : renda familiar inferior a 2 salários mínimos, presença de irregularidades no domicilio. incompletude de infraestrutura urbana e do processo de urbanização com oferta de serviços públicos e privados; Grupo 6 - proteção social pública incompleta: renda per capita familiar próxima a 1 salário mínimo, moradia com presença de irregularidades, presença significativa de crianças e jovens, incompletude de infraestrutura urbana e irregularidades no processo de urbanização; Grupo 7 – frágil presença de proteção social pública: renda per capita familiar inferior a 1 salário mínimo, maior presença de crianças e jovens, significativa incompletude de infraestrutura urbana e irregularidade do processo de urbanização, alta presença de domicílios subnormais; Grupo 8 – ausência de proteção social publica -baixo per capita familiar, instavel relação de emprego e renda, presença de provedores analfabetos, insegurança de moradia, forte presença de domicílios subnormais, precária urbanização pública (ausência de calçada, iluminação, maior exposição a perigo de risco geotécnico, maior ausência de rede de esgoto).

52 Geógrafo, Urbanista, Professor, Brasileiro, Bahiano
Milton Santos (1926, 2001) Geógrafo, Urbanista, Professor, Brasileiro, Bahiano

53 Geometrias não são Geografias
SANTOS, Milton (2000) Por uma outra globalização - do pensamento único à consciência universal, Record, São Paulo.

54 “Sendo isto. Ao doido, doideiras digo
“Sendo isto. Ao doido, doideiras digo. Mas o senhor é homem sobrevindo, sensato, fiel como papel, o senhor me ouve, pensa e repensa, e rediz, então me ajuda. Assim, é como conto. Antes conto as coisas que formaram passado para mim com mais pertença. Vou lhe falar. Lhe falo do sertão. Do que não sei. Um grande sertão! Não sei. Ninguém ainda não sabe. Só umas raríssimas pessoas — e só essas poucas veredas, veredazinhas. O que muito lhe agradeço é a sua fineza de atenção.” (Grande Sertão Veredas – Guimarães Rosa)

55 Obrigado!


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