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João Cabral de Melo Neto

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Apresentação em tema: "João Cabral de Melo Neto"— Transcrição da apresentação:

1 João Cabral de Melo Neto
o poeta do rigor e a poesia contemporânea

2 O universo de João Cabral de Melo Neto:
Ele tem um lado popular que se chama João Cabral e tem um lado aristocrático que se chama Melo Neto. Então, ele é, um pouco, todo este universo conflituado e passou quarenta anos tentando resolver este conflito. (Décio Pignatari)

3 a máquina do poema E as vinte palavras recolhidas
nas águas salgadas do poeta e de que se servirá o poeta em sua máquina útil. Vinte palavras sempre as mesmas de que conhece o funcionamento, a evaporação a densidade menor que a do ar. (“A lição da poesia”)

4 René Magritte

5 Psicologia da composição (1947)
“contra a poesia dita profunda” Psicologia da composição (1947)

6 o lugar de Cabral na literatura brasileira
A poesia de João Cabral de Melo Neto é um marco dentro da literatura brasileira. Sua obra desencadeia uma revolução formal das mais importantes na história da poesia do nosso país e representa a maturidade das conquistas estéticas mais radicais do século XX.

7 Joan Miró

8 o curso de uma poética antilírica
Opondo-se ao principal curso da poética nacional que sempre fora sentimental, retórica, ornamental, João Cabral de Melo Neto constrói uma poesia não-lírica, não-confessional, presa à realidade e dirigida ao intelecto.

9 [poema visual de Joan Brossa]

10 Joan Brossa, poeta frugal, que só come tomate e pão, que sobre papel de estiva compõe versos a carvão, nas feiras de Barcelona [...] antes buscava, Joan Brossa, místico da aberração, buscava encontrar nas feiras sua poética sem razão. (“Fábula de Joan Brossa”)

11 sob signo da negatividade
Dize que levas somente coisas de não: fome, sede, privação. (“Morte e vida severina”)

12 A poesia de João Cabral de Melo Neto pode ser dividida em dois módulos distintos, propostos pelo próprio poeta ao publicar o livro Duas Águas (1956). Uma água construtiva e outra participante. Sobre fotografia de Tiago Santana

13 A primeira água seria formada pelos poemas experimentais, arquitetônicos, feitos para poetas e que versam sobre o próprio fazer poético. A água participante volta-se para a problemática social do homem do nordeste e é formada por obras como "O cão sem plumas" e "O rio" que são poemas longos sobre os miseráveis habitantes dos manguezais do rio Capibaribe. Apesar do mesmo rigor estético das obras construtivistas, atingem com mais facilidade o leitor comum, pois lidam com problemas universais do ser humano: a fome, a miséria, as diferenças sociais.

14 (Psicologia da composição)
o sonho do engenheiro Esta folha branca me proscreve o sonho me incita ao verso nítido e preciso. (Psicologia da composição)

15 o arquiteto Le Corbusier

16 Não pensei em fazer literatura engajada ou não engajada
Não pensei em fazer literatura engajada ou não engajada. Eu fazia o poema pensando em fazer bem o poema. O que se pode chamar de literatura engajada, na minha poesia, são os temas da seca, da miséria do Nordeste. São os temas dos romancistas do Nordeste, temas que estão presentes em toda a literatura nordestina. (João Cabral de Melo Neto)

17 Apesar de ser primo, pelo lado paterno, do poeta Manuel Bandeira e, pelo lado materno, do sociólogo Gilberto Freyre, até os 15 anos de idade Cabral não havia demonstrado interesse pela literatura mas, sim por futebol.

18 O Carlos Drummond de Andrade, quando eu o li ainda no Recife, foi uma revelação. Eu tenho a impressão de que eu escrevo poesia porque eu li o primeiro livro dele Alguma Poesia. Foi ele quem me mostrou que ser poeta não significava ser sonhador, que a ironia, a prosa cabiam dentro da poesia. (João Cabral de Melo Neto)

19 o menino de engenho no espelho do rio
um menino bastante guenzo de tarde olhava o rio como se filme de cinema; via-me, rio, passar com meu variado cortejo de coisas vivas, mortas, coisas de lixo e de despejo; viu o mesmo boi morto que Manuel viu numa cheia, viu ilhas navegando, arrancadas das ribeiras. (“O Rio”) o menino de engenho no espelho do rio

20 Uma das principais temáticas de João Cabral é a reflexão do próprio fazer poético. Sua poesia é auto-explicativa e ninguém melhor do que ele mesmo, através de sua obra, se analisou.

21 Fotografia de Tiago Santana

22 (João Alexandre Barbosa)
“João Cabral aprendeu que a pior alienação do escritor é aquela que, buscando acusar uma condição miserável, não sabe fazer da linguagem um recurso mínimo de nomeação, sem as plumas inadequadas da escrita auto-suficiente.” (João Alexandre Barbosa) uma poesia sem plumas

23 a medida da poesia, a medida da vida
podeis aprender que o homem É sempre a melhor medida. Mais: que a medida do homem não é a morte mas a vida. (“Pregão turístico do Recife”)

24 a temática do lirismo amoroso: erotismo a palo seco
Tua sedução é menos de mulher do que de casa: pois vem de como é por dentro ou por detrás da fachada. Seduz pelo que é dentro, ou será, quando se abra; pelo que pode ser dentro de suas paredes fechadas. (“A mulher e a casa”) a temática do lirismo amoroso: erotismo a palo seco

25 É de fruta do Nordeste tua epiderme; mesma carnação dourada solar e alegre. Frutas crescidas no Recife relavado de suas brisas. (“Jogos frutais”)

26 O Homem pra mim é, precisamente, o homem sofredor do Nordeste
O Homem pra mim é, precisamente, o homem sofredor do Nordeste. O homem que me interessa é o cidadão miserável, do nordeste cujo futuro, menos miserável, está ligado ao desenvolvimento do Brasil. (João Cabral de Melo Neto)

27 Bandeirinhas de Alfredo Volpi

28 Alfredo Volpi ( ) foi um pintor ítalo-brasileiro, considerado como um dos artistas mais importantes do Modernismo Brasileiro. Uma das suas características são as bandeirinhas e os casarios. Grande colorista, explorou composições magníficas, de grande impacto visual. Na década de 1950, evoluiu para o abstracionismo geométrico, de que é exemplo a série de bandeiras e mastros de festas juninas.

29 Os concretistas: história de uma vanguarda
O Concretismo realiza uma “literatura de exportação”, como a sugerida por Oswald de Andrade no Manifesto da Poesia Pau-Brasil.

30 características da poesia concreta
abolição do verso não-linearidade uso construtivo dos “brancos” ausência de sinais de pontuação

31 “pluvial/fluvial”, de Augusto de Campos

32 poesia concreta o projeto verbivocovisual
Ao trabalhar de forma integrada o som, a visualidade e o sentido das palavras, a poesia concreta propõe novos modos de fazer poesia, visando a uma ‘arte geral da palavra’. A expressão verbivocovisual sintetiza essa proposta que, desde os anos 1950, foi colocada em prática pelos poetas Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, desdobrando-se até hoje, ao longo de mais de cinco décadas de produção em suportes e meios técnicos diversos – livro, revista, jornal, cartaz, objeto, lp, cd, videotexto, holografia, vídeo, internet.

33 contexto concretista Concebida no calor do empreendimento mais geral de construção de um Brasil moderno, como um projeto em desenvolvimento, esta poesia coloca em jogo formas renovadas de sensibilidade e de experiência. Alarga, ao mesmo tempo, os parâmetros de discussão de poesia, ultrapassando o âmbito literário.

34 O Brasil viveu da década de 1950 até 1964 um período de euforia política e econômica. Essa foi a época do governo de Juscelino Kubitschek ( ), que empreendeu uma política econômica industrial e desenvolvimentista.

35 Plano Piloto de Brasília

36 Hélio Oiticica, 1958

37 plano piloto para poesia concreta (1958) Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos
poesia concreta: produto de uma evolução crítica de formas. dando por encerrado o ciclo histórico do verso (unidade rítmico-formal), a poesia concreta começa por tomar conhecimento do espaço gráfico como agente estrutural. espaço qualificado: estrutura espaciotemporal. daí a importância da idéia de ideograma, desde seu sentido geral de sintaxe espacial ou visual até o sentido específico de método de compor baseado na justaposição direta – analógica, não lógico-discursiva – de elementos.

38 ideograma: apelo à comunicação não-verbal
ideograma: apelo à comunicação não-verbal. o poema concreto comunica a própria estrutura: estrutura conteúdo. o poema concreto é um objeto em e por si mesmo, não um intérprete de objetos exteriores e/ou sensações mais ou menos subjetivas. seu material: a palavra (som, forma visual, carga semântica).

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40 Augusto de Campos

41 Ligia Clark

42 A construção de Brasília, a geração de novos empregos na indústria e no comércio, a ampliação do consumo, tudo isso criou uma atmosfera ingênua de euforia entre as pessoas.

43 “sem forma revolucionária não se pode fazer poesia revolucionária” (maiakóvski)
graças ao concretismo, não só um certo gosto gráfico pela página impressa, mas os ideogramas, o uso do neologismo, do plurilingüismo, entraram na vida quotidiana do Brasil (o jornal, o anúncio publicitário).

44 Hélio Oiticica

45 o concretismo: poema-ícone
Os poetas concretos, a exemplo de João Cabral de Melo Neto, pregam o fim da poesia intimista e o desaparecimento do eu-lírico, além de uma concepção poética baseada na geometrização e visualização da linguagem.

46 os poetas concretos apontam como seus precursores:
Gregório de Matos Sousândrade Oswald de Andrade João Cabral de Melo Neto Mallarmé Apollinaire Ezra Pound James Joyce

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48 Parangolé de Hélio Oiticica (veste Caetano Veloso)

49 Estes slides foram montados a partir de trechos das seguintes fontes:
Português: linguagens: volume 3. Capítulo 7 (“Tendências da literatura contemporânea”, p. 408).

50 Augusto de Campos


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