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SUMÁRIO DE URINA Profa. Dra. Fernanda Ayala.

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1 SUMÁRIO DE URINA Profa. Dra. Fernanda Ayala

2 Formação da Urina Num indivíduo adulto normal, a cada minuto,
aproximadamente um litro de sangue perfunde os dois rins, possibilitando a formação de um ultrafiltrado do plasma. Este filtrado possui pHe osmolalidade semelhantes aos do plasma sangüíneo, ou seja, 7,4 e 285 mOsm/Kg de água, respectivamente. A densidade é de aproximadamente 1,010.

3 À medida em que o ultrafiltrado flui através dos túbulos de cada nefron e dos ductos coletores de cada rim, ocorrem modificações na constituição química e nas características físicas que resultarão num determinado volume de urina que possuirá uma composição final extremamente diferente daquela inicial do ultrafiltrado, seja pela reabsorção da maioria das substâncias, seja pela secreção de outras tantas.

4 A concentração final, por exemplo, depende do estado de hidratação do indivíduo. Os 180 litros de filtrado glomerular formados a cada 24 horas são reduzidos a 1 ou 2 litros de urina final. A tabela 1 apresenta os volumes de urina habitualmente observados em diferentes faixas etárias.

5 Tabela 1- Volume de urina nas diferentes faixas etárias
Faixa etária Volume (mL/24 horas) Recém-nascido(1 a 2 dias) Crianças (3 a 10 dias) (10 a 60 dias) (60 dias a 1 ano) (1 a 3 anos) (3 a 5 anos) (5 a 8 anos) (8 a 14 anos) Adultos Idosos

6 O Exame de Urina (Exame de urina tipo I, sumário de urina, urinálise, uroanálise ,parcial de urina).
 O exame de urina é um dos procedimentos laboratoriais mais solicitados pelos médicos das mais variadas especialidades. Esse exame pode fornecer informações úteis que possibilitam auxiliar o diagnóstico de eventuais problemas nos rins e em vias urinárias, tais como processos irritativos, inflamatórios, infecciosos, bem como alguns distúrbios metabólicos como, por exemplo, diabetes e acidose e outros distúrbios como hemólise e hepatite.

7  Coleta: Para a realização do exame de rotina, preferencialmente, deve-se utilizar amostra recente, sem adição de nenhum conservante, no volume mínimo de 12mL, coletada após o paciente permanecer um período de 2 horas sem urinar. Se possível, a amostra deve ser mantida à temperatura ambiente mas, em circunstâncias nas quais o exame não pude ser realizado em 3h, a amostra deve ser refrigerada. Em nenhuma situação deverá ser congelada, uma vez que este procedimento destruirá os componentes celulares presentes.

8 Para este tipo de exame, a urina deverá ser colhida após assepsia local, desprezando-se o primeiro jato. Não há, geralmente, necessidade de coletar a amostra em tempos ou condições específicas mas deve-se ter em mente que algumas características da urina se modificam, significativamente, ao longo do dia, na dependência do jejum, da dieta, da atividade física e do uso de determinados medicamentos. Estas modificações devem ser consideradas quando da interpretação dos resultados.

9  O exame de urina de rotina é constituído por três fases: análise física, análise química e análise do sedimento. I- Análise Física: compreende a observação do aspecto, da cor e da densidade. a) Aspecto- A urina normal possui um aspecto claro, transparente. Turvações podem aparecer quando ocorrerem formações de uratos amorfos em urinas ácidas ou fosfatos amorfos em urinas alcalinas (temperatura ambiente baixa). A urina pode se apresentar mais escura, maior concentração ou mais clara,  diluição.

10 b) Cor- A cor da urina normal varia do amarelo ao âmbar e é devida à presença de um pigmento chamado urocromo. Cor rosada, vermelha ou castanha  sangue, cor âmbar escuro  urobilina ou bilirrubina,  amarelo-vivo, verdes ou mesmo azuis  medicamentos, Cor marrom-escuro  porfirinas, melanina ou ácido homogentísico. Adicionalmente, a urina ainda pode assumir diferentes colorações dependendo da ingestão de alimentos corantes e drogas.

11 c) Densidade- O uso da densidade como índice de avaliação parcial da integridade renal é baseado no conceito de que o túbulo renal normal é capaz de modular o volume de líquido a ser reabsorvido a partir do filtrado glomerular, poupando ou não água, na dependência das necessidades imediatas do organismo. Assim sendo, os valores da densidade urinária no indivíduo normal dependem, basicamente, do equilibrio entre a ingestão hídrica e as perdas. Em amostras isoladas sem controle hídrico prévio, a determinação da densidade tem valor limitado

12 II- Análise Química: inclui a determinação do pH, pesquisa e, eventualmente, dosagem de proteínas e glicose, pesquisa e avaliação semi-quantitativa de corpos cetônicos, de bilirrubinas e de urobilinogênio. As pesquisas e as quantificações podem ser realizadas com fitas reativas e leitura direta pelo técnico ou por equipamentos automatizados. O uso das fitas reagentes possibilita, além de uma avaliação mais rápida de algumas das características físicas e químicas da urina, a inclusão da pesquisa de outras substâncias, tais como esterases (leucócitos), peroxidase (hemácias) e nitritos (bactérias).

13 a) pH- Os rins são importantes órgãos reguladores do equilíbrio ácido-básico do organismo. A regulação se dá pela secreção de hidrogênio e de ácidos orgânicos fracos e pela reabsorção de bicarbonato do ultra-filtrado pelos túbulos contornados. A determinação do pH urinário pode auxiliar no diagnóstico de distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória e no acompanhamento de tratamentos que exijam que a urina se mantenha num determinado pH.

14 b) Proteínas- Proteinúria é a excreção elevada de proteínas na urina, sendo um indicador importante de lesão renal. Em termos práticos ele pode ser assim classificada:  Proteinúria Alta- Caracterizada pela excreção de mais de 3,5g de proteína em 24horas. É típica de síndrome nefrótica, mas pode ocorrer em casos de glomerulonefrite, nefro-esclerose, lupus eritematoso disseminado,trombose da veia renal, insuficiência cardíaca congestiva ou pericardite.

15  Proteinúria Moderada- Caracterizada pela excreção entre 0,5 e 3,5g de proteínas em 24horas. É detectada em doenças renais como glomerulonefrite crônica, nefropatia diabética, mieloma múltiplo, nefropatia tóxica, pré-eclampsia e nas alterações inflamatórias malignas, degenerativas e irritativas do trato urinário, incluindo a presença de cálculo urinário.  Proteinúria Mínima- Caracterizada por excreção de menos de 0,5g de proteína em 24horas.

16 Está associada à glomerulonefrite crônica, enfermidade policística renal, afecção túbulo-renal, fase de convalescença de glomerulonefrite aguda e vários distúrbios do trato urinário inferior. Proteinúria-Postural- Ocorre apenas quando o indivíduo permanece em posição ereta. A excreção diária pode atingir até 1g.  Proteinúria Funcional- Excreção de proteínas associada a estados febris, exposição ao calor ou ao frio intensos, exercícios físicos intensos.

17  Proteinúria de Bence-Jones- É a excreção de uma proteína específica, de baixo peso molecular, excretada em urina de pacientes com mieloma múltiplo. Corresponde à cadeia leve livre de imunoglobulinas, podendo ser kappa ou lambda.  Microalbuminúria- Está definida pela excreção de proteínas entre 30 e 250mg, em 24horas. No diabetes, a microalbuminúria é um bom indicador de afecção renal.

18 c) Glicose- Em circunstâncias normais, praticamente toda a glicose filtrada pelos glomérulos é reabsorvida no túbulo contornado proximal e a pesquisa de glicose na urina, pelos métodos habituais, é negativa. A reabsorção é feita por transporte ativo e contribui para a poupança de grande quantidade de glicose. O nível sangüíneo no qual a reabsorção tubular é superado é chamado de limiar renal e, para a glicose, está entre 160 e 180mg/dL. Esse conceito deve ser considerado nas situações em que a glicose aparece na urina.

19 São causas de glicosúria:
Diabetes mellitus; Reabsorção tubular rebaixada: - Ex. Síndrome de Fanconi Gravidez; No período pós-prandial, após ingestão de grandes quantidades de açúcares; Administração de certas drogas (tiazídicos, corticosteróides); - Stress emocional;

20 Metabolismo incompleto dos ácidos graxos como fonte alternativa à glicose leva à produção de corpos cetônicos. A cetonúria ocorre no jejum prolongado, em dietas para redução de peso, em estados febris, após exercícios físicos intensos, no frio intenso mas, principalmente, no diabetes mellitus. Os três corpos cetônicos presentes são: ácido acetoacético (20%), acetona (2%) e ácido beta hidroxibutírico (78%).

21 d) Bilirrubina e Urobilinogênio- Há dois grupos de doenças que podem acarretar alterações nos níveis de excreção urinária: 1) Doença Hepática- A bilirrubina direta não é excretada, por obstrução biliar, por exemplo, reflui para o sangue. Como essa bilirrubina é solúvel no plasma e, portanto, filtrada pelos glomérulos renais, à medida que sua concentração aumenta no sangue, aumenta a excreção renal. Como não chega bilirrubina no intestino, a produção de urobilinogênio é reduzida, chegando a ser negativa sua pesquisa na urina.

22 2) Doença Hemolítica- Nestas doenças, há um aumento acentuado na produção da bilirrubina indireta. Como o fígado está normal, grande quantidade de bilirrubina direta é produzida e lançada no intestino, com conseqüente conversão em urobilinogênio. Há um aumento da reabsorção de urobilinogênio a nível intestinal, elevando o nível sangüíneo e aumento da sua excreção a nível renal. Normalmente não ocorre excreção de bilirrubina pela urina, uma vez que a fração que está aumentada é a indireta, não solúvel e que circula ligada à proteínas, não sendo filtrada.

23 e) Hemoglobina- As fitas reagentes possuem áreas que permitem o reconhecimento da presença de hemoglobina na urina, seja com hemácias íntegras, chamado de hematúria, seja como hemoglobina livre, denominado de hemoglobinúria. Esse dado é importante e deve ser relacionado com a observação do exame microscópico do sedimento urinário. É possível a ocorrência de hemoglobinúria sem grande número de hemácias no sedimento, em decorrência, por exemplo, de hemólise intravascular. Por outro lado, a área na tira reagente não é específica para hemoglobina, dando resultados positivos na presença de mioglobina.

24 II-O exame microscópico do sedimento urinário tem a finalidade de detectar e, eventualmente, quantificar alguns elementos figurados presentes na urina, dentre os quais se destacam células epiteliais, leucócitos, hemácias, cilindros, cristais, bactérias e fungos. III- Elementos figurados do sedimento urinário: a) Células epiteliais- Três diferentes tipos de células epiteliais podem ser observadas no sedimento urinário: escamosas, transicionais e tubulares renais.

25 b) Células sangüíneas- As células do sangue periférico estão, normalmente, presentes em pequeno número na urina. As mais freqüentes são os leucócitos polimorfonucleares e os eritrócitos, ainda que linfócitos, monócitos e eosinófilos possam ocorrer em urinas de indivíduos normais. Leucócitos aumentados: indica a existência de processo inflamatório ou infeccioso em algum nível do sistema urinário. A presença de muitos leucócitos, mais de 50 por campo, ou de grumos de leucócitos degenerados é fortemente sugestivo de infecção bacteriana aguda.

26  Hemácias: processos inflamatórios, infecciosos ou traumáticos das vias urinárias causam o aumento do número de eritrócitos no sedimento. Principais causas: cálculos renais, glomerulonefrite, tumores, trauma, pielonefrite e exposição a produtos químicos tóxicos. Pacientes com doenças glomerulares, tais como os diversos tipos de glomerulonefrites, nefropatia por IgA e nefroesclerose, apresentam eritrócitos com morfologia bizarra, sendo denominados de dismórficos, enquanto pacientes portadores de lesões não glomerulares mostram eritrócitos com morfologia típica ou com alterações mínimas.

27 c) Cilindros- cilindros são precipitados protéicos formados na luz tubular.
Na dependência do conteúdo da matriz protéica, os cilindros são classificados como: Hialinos- São os cilindros compostos principalmente de proteína, sem inclusões. Clinicamente possuem pouco significado, entretanto estão associados à proteinúria e podem ser observados em praticamente todas as situações em que ela acorre. Grandes quantidades de cilindros hialinos aparecem na pielonefrite aguda, hipertensão arterial maligna, doença renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva e nefropatia diabética.

28 Leucocitários- Os cilindros leucocitários aparecem em inflamações intersticiais e doenças glomerulares. Hemáticos- A presença deste tipo de cilindro no exame do sedimento urinário é significativo de doença glomerular. A lesão glomerular permite que as hemácias passem pela membrana basal e atinjam o túbulo renal. Existindo proteinúria concomitante e condições para formação do cilindro, este se formará na porção distal do néfron

29  Granulosos- A matriz básica de todos os cilindros é protéica
 Granulosos- A matriz básica de todos os cilindros é protéica. Quando existem grânulos numa matriz básica, o cilindro é descrito como granuloso. Cilindros granulosos indicam, quase sempre, a presença de doença renal. As excreções incluem os breves surtos de cilindros granulosos que se seguem após exercícios intensos ou durante dieta rica em carboidratos.

30  Céreos- São cilindros muito largos
 Céreos- São cilindros muito largos. Refletem a fase final da dissolução dos grânulos, os cilindros céreos significam obstrução prolongada do néfron e oligúria. Ocorre em estágios finais de doença renal crônica.  Celulares- São compostos, na maior parte das vezes, de células epiteliais descamadas. A presença de cilindros epiteliais renais é indicativa de doença tubular e varia de acordo com a natureza do processo lesivo. Alguns autores acreditam que o cilindro celular se torna primeiro grosseiramente granuloso e depois finalmente granuloso.

31 Gordurosos- São também chamados de cilindros adiposos.
São encontrados em distúrbios que provocam lipidúria (síndrome nefrótica)

32 d) Fungos e bactérias- A urina é estéril mas é, também, um bom meio de cultura; se as condições de coleta e preservação não forem adequadas o exame poderá fornecer informações incorretas e até mesmo prejudiciais ao raciocínio clínico. Ainda que seja possível a ocorrência isolada de bactérias, nos processos infecciosos, inclui aumento no número dos leucócitos, aspecto celular degenerado e agrupados, hematúria e proteinúria. O ideal é realizar a urocultura!

33 e) Cristais-  Oxalato de Cálcio: Cristais de Oxalato de cálcio podem estar presentes em grande número em urinas de indivíduos normais com dietas ricas em alimentos contendo ácido oxálico, tais como tomate, maçã e laranja. A elevação acentuada do número destes cristais, no entanto, pode refletir doença renal crônica grave, ou intoxicação por drogas.

34 Uratos Amorfos e Ácido úrico- A presença de grande quantidade de uratos amorfos pode anunciar a nefropatia gotosa. Cristais de ácido úrico são vistos com freqüência em urinas de crianças durante as fases de crescimento corporal acelerado, quando é intenso o metabolismo de nucleoproteínas.

35 Cristais com significado clínico específico:
 Cistina- Cristais de cistina podem ser observados em urinas de pacientes portadores de cistinúria, um defeito metabólico que compromete o transporte transmembrana dos aminoácidos, cistina, ornitina, lisina e arginina. Estes indivíduos excretam quantidades elevadas destes quatro aminoácidos mas, sendo a cistina o de menor solubidade, ocorre supersaturação e cristalização. A cistinúria é responsável por cerca de 1% dos cálculos urinários.

36 Fosfato-amoníaco-magnesiano- Também denominados de cristais triplos, quando observados em sedimento de urina recém emitida, sugerem a presença de processo infeccioso por germe produtor de urease.  Tirosina- Podem aparecer nas hepatopatias graves e em pacientes com degeneração ou defeito metabólico. Leucina- Podem aparecer nas hepatopatias graves ou defeito metabólico, em associação ou não com a tirosina. Ambos são aminoácidos resultantes do catabolismo protéico e podem aparecer na forma de cristais em urinas de pacientes com degeneração ou necrose tecidual importante.

37 Outros: Sulfas, ácido hipúrico, colesterol, bilirrubina.
Não há associação direta entre cristalúria e calculose e, mesmo para os pacientes portadores do mesmo distúrbio metabólico, a cristalúria varia amplamente de intensidade.

38 Exame de Urina Características gerais: cor: amarela aspecto: límpido
depósito: ausente densidade: 1, Reação pH: Exame de Urina Exame Químico: proteínas: < 100mg/1 subst. redutoras: ausentes cetonas: ausentes bilirrubinas: ausentes sangue: ausente urobilinogênio: até 1/20 Sedimento: leucócitos: até /ml hemácias: até /ml cel. epiteliais: raras cilindro ausentes

39 SÍNDROMES URINÁRIAS

40 1) Síndrome Nefrítica:  Lesão Glomerular- FG - Oligúria - Azotemia. - edema - HAS.  Bases Clínicas/Laboratoriais:  Oligúria/ Edema/ HAS.  Hematúria e/ou cilindros hemáticos.  Cilindrúria.  Proteinuria.

41 2) Síndrome Nefrótica:  Alteração da permeabilidade glomerular - Proteinúria >3,5g/24h  edema Hipoalbuminemia - PO hiperlipidemia  Bases clínicas/ laboratoriais: Proteinúria, Hipoalbuminemia, Edema, Hiperlipidemia/Lipidúria.

42 3) Alterações Persistentes do sedimento Urinário:
Não há clínica associada, somente alterações persistentes do sedimento urinário. 4) Infecção Urinária:  Bases Clínico Laboratoriais: Sinais/sintomas de ITU alta ou baixa (podem estar ausentes). - Leucocitúria. - Cilindrúria. - Hematúria. - Bacteriúria (presença de agente infeccioso).

43 5) Litíase Urinária:  Bases Clínico Laboratoriais: - Cálculo (eliminado, removido, visto ao RX). - Hemaltúria. - Cristalúria. - Leucocitúria.


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