A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Patrística grega e latina

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Patrística grega e latina"— Transcrição da apresentação:

1 Patrística grega e latina
Origem, desenvolvimento, autores e temas principais

2 Filosofia helenística e cristianismo patrístico
Distinção entre patrologia e patrística: 1) O termo patrologia designa de forma mais apropriada o estudo sobre a vida, as obras e a doutrina dos chamados pais da igreja cristã. 2) O termo patrística designa de forma mais específica as origens da doutrina dos pais da igreja cristã e sua dependência ou empréstimo do meio cultural e filosófico, além do desenvolvimento teológico dos mesmos. Os termos “patrologia” e “patrística” referem-se a pai (pătĕr, trĭs), apontando seja um escritor leigo, sacerdote ou bispo da chamada antiguidade cristã e que é considerado pela tradição posterior como testemunha da fé cristã nos séculos iniciais do cristianismo. Os critérios estabelecidos pela tradição eclesiástica para determinar que certo escritor seja considerado “Pai da Igreja”(ortodoxia doutrinária, santidade de vida, aprovação eclesiástica e antiguidade) devem ser vistos como ambíguos, em virtude do processo de “ebulição” destes escritos e da própria evolução da instituição cristã e seus dogmas. O único critério que deve ser adotado com a finalidade de análise das influências filosóficas sobre estes autores deve ser o de antiguidade. Neste sentido é possível assumir a patrística latina (a ocidental) como um movimento que se inicia com a geração dos apóstolos e que se estende até Isidoro de Sevilha ( ), e a patrística grega (a oriental) que se estende até a morte de João Damasceno ( ).

3 “Filosofia Cristã”: a relação entre filosofia e patrística (fonte: História da filosofia cristã, de Etienne Gilson e Philotheus Boehner “ É cristã toda a filosofia que, criada por cristãos convictos, distingue entre os domínios da ciência e da fé, demonstra suas proposições com razões naturais, e não obstante vê na revelação cristã um auxílio valioso, e até certo ponto mesmo moralmente necessário para a razão” I – propriedades essenciais da filosofia cristã: 1- “uma filosofia cristã consta exclusivamente de proposições susceptíveis de demonstração natural” (diferença entre filosofia cristã e teologia cristã); 2- “uma filosofia cristã jamais irá de encontro às verdades de fé claramente formuladas” pelas Escrituras ou “pela Igreja”. Esta postura possui como consequências imediatas: A) a noção de que a fé preserva a filosofia cristã de erros ao impedir que a mesma entre em choque com as verdades reveladas; B) “a fé propõe certas metas ao conhecimento racional”. Isto significa que a razão não faz da fé o seu objetivo filosófico. A fé impõe à razão a função de aprofundar as verdades reveladas, transformando convicções religiosas em evidências racionais; C) “a fé determina a atitude cognoscitiva do filósofo cristão”. Sua concepção de mundo é determinada pela fé que o mesmo abraçou; D) “a fé determina o sentido do labor filosófico”. O pensador cristão vê no exercício filosófico uma tarefa genuinamente religiosa. A filosofia não é um sucedâneo para a religião.

4 II – notas características da filosofia cristã
1- “toda filosofia cristã norteia-se pela tradição, pois todo o sistema cristão tem consciência de ser parte e parcela de uma empresa coletiva, para a qual deverá contribuir, levando adiante a obra dos predecessores”. Embora isto possa ser visto na maior parte dos casos, e que na Idade Média iria ser transformado na invocação do “princípio de autoridade”, muitos autores, embora manifestando respeito pela opinião dos predecessores, tenderam a questionar, direta ou indiretamente, a obra dos mesmos. 2- “a filosofia cristã tende, quase sempre, a fazer seleção entre seus problemas”. Orbitando em torno da fé, a filosofia praticada entre os patrísticos tende a estabelecer problemas de primeira e segunda ordem (p.ex.: existência e imortalidade da alma como exemplos de primeira ordem e questões de natureza lógica e epistemológica como exemplos de segunda ordem). 3- “a filosofia cristã manifesta, quase sempre, forte tendência sistematizadora”. Esta tendência minimiza a relativa falta de espírito criativo (exceções à parte) deste período. Tal tendência se tornará bastante perceptível na Idade Média com a criação das Sumas. “A tendência sistematizadora transparece, de modo particular, no esforço de reunir a teologia e a filosofia numa visão unitária do mundo”.

5 Relação entre filosofia cristã e as Sagradas Escrituras
“O aparecimento do cristianismo foi bem diverso do das antigas filosofias. Na verdade, ele nem sequer se apresentou como filosofia, mas como religião”. Isto significa que o propósito do movimento, caracterizado pelas exigências morais, ascéticas e religiosas que o distinguem, impede qualquer tentativa de interpretá-lo como filosofia, embora esta tenha sido a imagem que alguns patrísticos tiveram. “Não obstante isso porém, ele deu origem a um movimento filosófico de proporções gigantescas. Esta evolução se deve, não só a uma necessidade histórica externa, como também a uma exigência psicológica interna. Por um lado, com efeito, o cristianismo defrontou-se com uma filosofia dominante, que exigia uma tomada de posição; e por outro lado, ele próprio estava prenhe de ideias suscetíveis de serem desenvolvidas e valorizadas por um esforço especulativo sistemático”. Exemplos de ideias existentes nas Sagradas Escrituras e que foram trabalhadas filosoficamente pelos patrísticos: A) o conceito de Deus: em contraposição às especulações platônicas e aristotélicas sobre o divino; com o criacionismo em oposição às noções sobre a eternidade do mundo; o uso agostiniano de categorias platônicas e estoicas para repensar os seis dias da criação; Deus como fundamento do Ser ou O Ser por excelência etc.; B) a doutrina do Logos: a retomada de uma doutrina helenística à luz do Logos como pensamento de Deus; C) a sabedoria cristã como ciência de salvação: em contraposição ao saber gnóstico e helenístico, um saber simples capaz de proporcionar segurança de vida e conhecimento da história universal.

6 Fílon de Alexandria: um precursor do movimento patrístico
O judeu Fílon, nascido em Alexandria, pode ser considerado uma espécie de “precursor” do movimento patrístico pela tentativa de fusão da filosofia grega e a teologia mosaica, criando assim a “filosofia mosaica”

7 Fílon de Alexandria retoma o conceito de Logos do movimento estoico, bem como a estrutura suprassensível do movimento platônico, passando a explicá-los à luz de determinada concepção da divindade, para tanto interpretando o texto bíblico de forma alegórica. Por meio da alegoria dos textos sacros, Fílon tenta extrair significados e conceitos filosóficos, de modo que o relato bíblico possa ser visto como uma mensagem de cunho filosófico-teológico. Ao realizar este empreendimento Fílon antecipa-se ao movimento patrístico que, de certa forma, tentará realizar a grande síntese proposta pelo mestre judeu.

8 PATRÍSTICA GREGA Vertente apologética (século II): Marciano Aristides, ou Aristides de Atenas (obra: Apologia) defende a verdade da religião cristã tomando emprestados as ideias de motor de tudo (de noção aristotélica, ordem do mundo (noção platônica) e providência (noção estoica); Taciano, o sírio (obra: Discurso aos gregos) ataque contra a cultura e a filosofia grega mostrando a superioridade do cristianismo; Atenágoras de Atenas (obras: Petição em favor dos cristãos; Sobre a ressurreição dos mortos) defende o cristianismo apelando para uma antropologia dependente do platonismo; Teófilo de Antioquia (obra: A Autólico) obra apologética que utiliza termos técnicos retirados do pensamento estoico para caracterizar o Logos divino; Justino de Roma ou Justino, o mártir. Obras: Duas apologias; Diálogo com Trifão. Filósofo convertido ao cristianismo. Vê o cristianismo como uma filosofia que completa as lacunas das escolas de pensamento da antiguidade, portadoras da verdade parcial. É o apologeta grego que possui a maior consideração pela filosofia grega. A escola catequética de Alexandria: Clemente de Alexandria (c. 150) e Orígenes de Alexandria ( ): tentativa de harmonizar fé e razão utilizando para tal a estruturas oriundas do pensamento médio-platônico e neoplatônico. Os luminares da Capadócia: Gregório de Nissa ( ), seu irmão Basílio de Cesaréia ( ) e Gregório Nazianzeno ( ) constroem, com grande apreço pela herança grega, uma conexão entre os cristianismo e alguns elementos clássicos do pensamento grego. Pseudo-Dionísio Areopagita: (c. séculos V e VI) autor desconhecido que tenta conciliar o pensamento cristão com o pensamento do filósofo neoplatônico Proclo, introduzindo na tradição cristã a noção de teologia apofática (negativa).

9 Agostinho de Hipona (354-430).
PATRÍSTICA LATINA Minúcio Felix: (obra: Otávio) defende o cristianismo numa postura de puro embate com a tradição filosófica grega; Tertuliano: autor de várias obras, posiciona-se contrário a aproximação entre filosofia e religião cristã, adotando um fideísmo radical. Ambrósio, bispo de Milão entre 374 a 397. Autor de várias obras. Repensa alguns conceitos da filosofia clássica adaptando-os ao cristianismo, bem como aceita o método origenista de leitura alegórica das escrituras. Jerônimo (c. 340 ou 350 e falecido entre 410 ou 420). Autor de várias obras bem como de muitas traduções, entre elas a Vulgata Latina. Agostinho de Hipona ( ).


Carregar ppt "Patrística grega e latina"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google