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PublicouSophia Maria Fernanda Belo da Fonseca Alterado mais de 8 anos atrás
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Balanço hidroeletrolítico
Francisca Luzia Araújo
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Água e eletrólitos em cirurgia
O trauma cirúrgico determina modificações consideráveis na fisiologia dos líquidos orgânicos, e deste modo a assistência ao doente inclui cuidado constante com o setor hidroeletrolítico.
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TRAUMA CIRÚRGICO TRAUMA CIRÚRGICO REDUÇÃO DO VOLUME EXTRACELULAR
FERIDA SEQUESTRO INTRACELULAR CIRÚRGICA REDUÇÃO DO VOLUME EXTRACELULAR As alterações hidroeletrolíticas iniciam-se sempre no compartimento extracelular e podem ou não repercutir em alterações do intracelular
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TRAUMA CIRÚRGICO redução do volume extracelular
aumento produção liberação de renina de ADH (córtex renal) reabsorção de formação de angiotensina água vasoconstricção estimula produção arteriolar de aldosterona elevação PA retenção de água e sódio
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Alterações hidroeletrolíticas da
cirurgia E agora? A cirurgia apresenta: . oligúria - diminuição do clearence de água . retenção urinária de Na⁺ . aumento da excreção urinária de K⁺ . aumento da concentração plasmática de K⁺ . diminuição da concentração plasmática de Na⁺
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. perdas acessórias . déficits anteriores . necessidades básicas
A reposição hidroeletrolítica do paciente cirúrgico dependerá: . necessidades básicas . perdas acessórias . déficits anteriores
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Necessidades diárias de fluídos cálculo da água
Média - 35 mL/kg/dia adulto jovem observar estado de hidratação Idosos – 20mL/kg/dia + perdas Insuficiência renal, hepática e cardíaca Necessitam reposição e ressuscitação .15 a 20 mL/kg/dia ou 500 mL + perdas .2g ClNa/dia ClK ( observar diurese) Gestantes – grande perda para o interstício evitar soluções hipotônicas
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VCT = 1500 + (P – 20) 20 Necessidades diárias homem 70kg
10 kg x 100 ml/kg = ml 10 kg x 50 ml/kg = ml 50 kg x 20 ml/kg = ml 2500 ml / dia VCT = (P – 20) 20
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Cálculo da reposição Necessidades basais + perdas acessórias
SG 5% + eletrólitos:ClNa⁺ + ClK⁺ (2 a 4g/dia) Perdas acessórias Digestivas – RL ou SG 5% + eletrólitos Respiratórias – SG 5% Hipovolemia aguda – colóide (3.1)
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Necessidades diárias de eletrólitos
Sódio: 1-2 mEq/kg/dia Potássio : mEq/kg/dia Cálcio: mg/dia Magnésio: mg/dia Fósforo: mg/dia Regra prática: 2 a 4g ClNa e a 4g ClK / dia
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Uso prático Os eletrólitos mais usados são Na⁺ e K ⁺ (Cl)
.ClNa⁺ 10 ou 20 % (1 ou 2g) amp 10ml / 17mEq .ClK⁺ 10% (1g) amp 10ml / 13mEq Cálcio – pancreatite aguda, IRA .Gluconato de Ca⁺⁺ 10% (1g) amp 10ml /4.7mEq Bicarbonato de Na⁺ – PCR, perdas digestivas altas, acidoses prévias .Amp 10 ml a 8.4% (1mEq/ml)
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Principais órgãos envolvidos no equilíbrio hidroeletrolítico
2100 ml ingestão 300 ml insensível Produção endógena 300 ml insensível 100 ml suor 1500 ml urina 100 ml fezes
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Balanço hídrico diário
Ingesta líquida 1300ml Alimentos sólidos 800ml Água endógena 400ml Paciente: + líquidos EV - diarréia, vômitos, drenos, sondas (SNG), fístulas, peritoniostomia, queimaduras, 3º espaço LIC LEC 28L 14L Pele ml Pulmões ml Perdas insensíveis Urina ml Fezes ml
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Cálculo da água endógena
100ml – 15 kcal (ml) Cálculo das perdas insensíveis 100ml – 45 kcal (ml) Ganhos endovenosos - não entram no balanço: ST, albumina, aminoácidos - entram: CH, plasma (1/3), colóides sintéticos
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Importante no paciente cirúrgico:
ÁGUA TRANSCELULAR é a contida em cavidades naturais como espaço liquórico, pleura, peritônio, articulações, trato digestivo e corresponde a 1 a 3% do peso corporal – indisponível para trocas Importante no paciente cirúrgico: perda de água, eletrólitos e proteínas “TERCEIRO ESPAÇO“ edema na área traumática, cirúrgica ou não, edema do peritônio e mesentério, derrame pleural, ascite ou fluidos digestivos estagnados nas alças intestinais (obstrução intestinal) Perda provisória inicialmente
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Secreções orgânicas Perdas – vômitos, diarreia, SNG, fístulas, íleo,
(mEq/l) Volume Na+ K+ Cl- HCO3- Saliva ml Suco gástrico ml ácido normal Bile ml Pancreática ml Intestino Delgado 3000ml Perdas – vômitos, diarreia, SNG, fístulas, íleo, obstrução intestinal
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Tipos de fluidos 1 colóide = 3 cristalóide
Cristalóides – SF 0,9 % e hipertônico (7,5 %) ringer lactato, ringer simples Colóides – naturais : albumina, plasma humano, plasma fresco, concentrado de hemácias - sintéticos : starches, gelatinas, dextrans 1 colóide = 3 cristalóide
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Controle do manuseio hídrico
Cateter vesical - 0,5 ml/kg/h Linha Arterial Cateter de pressão venosa central Cateter arterial pulmonar Monitorização adequada à gravidade do paciente
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Racional para fluidoterapia
Preservar oferta de oxigênio aos tecidos Corrigir hipovolemia Manter débito cardíaco Otimizar troca gasosa Repor eletrólitos e água Manter débito urinário Colóides + CH Cristalóides Read slide: should be simple should’nt it ? Identifique o objetivo
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Resumindo ... Avalie e reavalie
Use soluções salinas para ressuscitação Use água mais Na⁺ e K⁺ para manutenção Sangue se houver hemorragia ativa ou anemia Cuidado com hiponatremia dilucional! Observe casos especiais - comorbidezes Campbell D. Perioperative fluid management,2003
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João das Couves , 34 anos, sofreu queda da goiabeira fraturando
a perna direita.Dá entrada na urgência com pico hipertensivo (160x90mmHg), dores na perna e agitado. Após RX é encaminhado ao CC. Calcule a hidratação inicial. Como deve ser a reposição no POI? O pico hipertensivo exige alguma conduta especial ? Dona Maria Gomes, 64 anos, foi submetida à colecistectomia sem intercorrências. Calcule a hidratação inicial sabendo-se : peso 54kg, sem comorbidezes. No PO1 evolui com dores abdominais em cólica, peristalse débil e desconforto geral. Avaliada pelo R1 de plantão foi colocada SNG com débito inicial de 1000 mL de líquido de estase e dieta zero. Calcule a reposição. Diurese – 700ml, afebril, PA= 120x80mmHg
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Perdas PI – D SNG – 1000 2600 ml Ganhos EV – 2000 AE 2300 ml 54kg EV – 2000 ml SNG – 1000 ml D – 700 ml NB = SG 5% + 4g ClNa + 4g ClK 1) SG 5% ml ClNa 10% ml ClK 10% ml Correr EV 28gts/min 4 etapas iguais 2) Ringer lactato – 500 ml EV em Y com HV 2 etapas 20gts/min SG 5% ml ClNa – 4g + 2,5 = 6,5 g ClK – 4g + 2,0 = ,0 g SG5% ml ClNa 10% - 10 ml ClK 10% - 10ml Correr EV 6 etapas iguais 40 gts/min
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Eufrázia Santos, costureira, 73 anos, história de hepatopatia crônica
compensada. Desenvolve quadro de hérnia estrangulada necessitando cirurgia de urgência.Emagrecida, 48kg, ascite 1+/4+, edema maleolar bilateral, PA= 110x60mmHg. Uso crônico de espironalactona (100mg 2x/dia). Calcule a reposição hidroeletrolítica pré-operatória inicial. - Quais os cuidados especiais requeridos no pós-operatório?
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obrigada
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