A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Em busca de um sentido para a violência

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Em busca de um sentido para a violência"— Transcrição da apresentação:

1 Em busca de um sentido para a violência

2 A violência contra a criança no contexto familiar
O discurso sobre a violência doméstica é um estudo sobre a família. Importância do estudo da função social da família e da dinâmica das relações estabelecidas entre seus membros. Família  legitimação dos interesses sociais. Família  produção social. Família  instituição de controle.

3 Pai, mãe e filhos – modelo de família idealizada.
O diferente desse modelo foi considerado erroneamente como “desestruturado”. Desestruturado – desorganizado, problemático  Julgamento não científico – MORALISTA. Diferentes tipos de configurações familiares não significa desestrutura familiar.

4 Família consanguínea – intercasamento de irmãos e irmãs.
Família punaluana – o casamento de várias irmãs com os maridos de cada uma das outras. Família sindiásmica ou de casal – o casamento entre casais. Família patriarcal – o casamento de um homem só com diversas mulheres. Família monogâmica – casamento entre duas pessoas, com obrigação de fidelidade, o controle do homem sob a esposa e os filhos, a garantida da descendência por consanguinidade e, portanto, a garantia de direito de herança aos filhos legítimos, isto é, a garantia da propriedade privada.

5 A família monogâmica é fortemente marcada pela ideia de propriedade!!!
A ideia de criar, possuir e regular através de direitos legais sua transmissão hereditária  é necessário ter certeza sobre a paternidade dos filhos e de que o patrimônio não irá sair da família, ou seja, o reino, as terras, os castelos, os escravos, a fábrica, o banco, as ações da Bolsa, etc ...

6 A família monogâmica legitima uma superioridade do homem em relação à mulher.
Superioridade não contestada mesmo com a mudança das configurações familiares. Inferioridade da mulher refletidas em suas ocupações sociais. A inferioridade relacionada aos trabalhos domésticos em que foram submetidas as mulheres, a partir da Revolução Industrial, estende-se a outros espaços sociais, reproduzindo a desigualdade e legitimando a desvalorização das funções desenvolvidas dentro do lar.

7 A psicologia descontextualizou suas teorias a respeito da família contribuindo para manter o estado de opressão do qual se servem os pais, principalmente, no trato com os filhos. Reproduzindo as relações de poder que estão presentes na sociedade, nas quais há dominantes e dominados, a família cumpre sua função de agente da reprodução ideológica que legitima o poder social, principalmente por ser o locus da estruturação da vida psíquica.

8 Nesse sentido... A família é forte transmissora de valores ideológicos. A sociedade deve manter sempre uma fina sintonia com a família, para que esta seja cada vez mais eficiente em sua função de estruturadora da vida psíquica do indivíduo, protótipo das relações a serem estabelecidas na idade adulta. Autoridade do pai na família não é acidental (...) ela se funda, em última instância, na estrutura autoritária de toda a sociedade

9 A autoridade dos pais é, dessa forma fundamental para que se mantenha a ordem hegemônica; para legitimá-la, cria-se uma justificativa moral e religiosa capaz de sustentar um silenciamento, mesmo diante de atos de abuso da autoridade, gerando no imaginário popular a ideia de que a família é uma instituição sagrada e, por isso, inviolável. O “direito” dos pais sobre a pessoa do filho e o descrédito no sistema de justiça têm sido as principais justificativas para explicar o pequeno número de crimes de violência contra crianças registrados nos órgãos de defesa dos direitos das crianças, se comparando ao que se pressupõe a existir na realidade.(p. 18).

10 Espaço de vida privada X espaço de vida pública X espaço de vida social.
Na modernidade esses espaços passaram a não ser delimitados, ou seja, questões privadas se tornaram interesse coletivo. Nesse sentido, a violência doméstica com fins educativos não entra em conflito com os interesses sociais; pelo contrário, ela desempenha papel de tornar os corpos mais submissos, mais dóceis. (p.20).

11 Resquícios das civilizações antigas – Privacidade do lar.
Na modernidade privacidade é sinônimo de intimidade... Privacidade é estar privado de algo, como anteriormente significava não poder participar de algo, estar privado.

12 A função da família, como instituição normalizadora da conduta humana que se propõe impedir qualquer reação inusitada, qualquer atitude que possa ameaçar o status quo, é garantida pelo poder punitivo que existe na essência de todos os sistemas disciplinares, porque é pela punição que se excluem as condutas indesejadas.

13 Assim, a violência contra os filhos adquire um papel social essencial na sociedade capitalista, ao adequar e treinar a submissão à autoridade dos pais, garantindo que os interesses da sociedade estejam sendo agenciados pelas esferas de vida privada.

14 A genealogia do poder: da violência física à disciplina
Punição – para obtenção de comportamentos desejáveis. A história da criança é marcada por muito sofrimento e humilhação. A violência é compreendida como uma prática educativa. Educar por amor. Tipos de violência: física, sexual, psicólogica e negligência.

15 Violência familiar e aspectos sócio-culturais
Não haverá emancipação da família sem emancipação da totalidade social, ou seja, não erradicaremos a violência familiar sem emancipar a sociedade de sua forma de organização sustentada pelas diferenças sociais. (p. 24). Práticas de súplicios públicos para dar exemplo aos outros. Surgimento das penitenciarias (prevenção de novas ocorrências).

16 O alvo principal dos castigos não era mais o “corpo”, no seu aspecto físico, e sim sua “alma”; por isso, a punição passava a ser aplicada ao culpado objetivando que ele se transformasse em uma “boa pessoa”, ou seja, permitindo corrigir seu caráter. O corpo continuava sendo o locus da disciplina, mas não mais para supliciá- lo, mutilá-lo, e sim para aprimorá-lo, adestrá-lo. (p. 25)

17 A disciplina Função de normatizar o indivíduo, desvinculando-se da ideia de ser uma forma exclusiva de violência passando a ter um caráter positivo na medida que fabricava corpos dóceis e submissos. Influências na família. A disciplina dispõe de formas bastante estratégicas de controle de conduta. A prática da punição física está intimamente ligada ao desejo e à necessidade dos pais de adaptarem seus filhos às normas da sociedade, evitando desvios.

18 Ampliando o significado da violência doméstica
Não é a violência que gera o poder, ela surge quando o poder está ameaçado. O poder é legitimado; a violência é justificada. Em se tratando de violência doméstica... A violência pode ser considerada legítima em algum contexto? Segundo Arendt, sim! A legitimação é fruto do consenso da população; se, ao longo do tempo, a prática disciplinar caracterizada por castigos físicos foi adotada sem restrição na relação adulto e criança, então podemos concluir que ela foi legitimada. Sendo legitimada, ela constitui um poder sustentado em manifestações de apoio popular – todo poder emana do povo!

19 Os estudos descontextualizam a violência doméstica de sua produção social. (p.35).
A grande mídia também faz essa descontextualização. Nesse sentido, a sociedade brasileira não é percebida como estruturalmente violenta e por isso a violência aparece como um fato esporádico superável.

20 Solução para violência... Ética nos relacionamentos interpessoais?
Retorno à ética? Existe uma solução?


Carregar ppt "Em busca de um sentido para a violência"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google