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Projeto Terapêutico Singular

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Apresentação em tema: "Projeto Terapêutico Singular"— Transcrição da apresentação:

1 Projeto Terapêutico Singular
(PTS) Carlos Alberto Severo Garcia Júnior

2 O que é? O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. Geralmente é dedicado a situações mais complexas. (BRASIL, 2008)

3 Conceitos É uma variação da discussão de “caso clínico”. Foi bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde mental como forma de propiciar uma atuação integrada da equipe valorizando outros aspectos, além do diagnóstico psiquiátrico e da medicação, no tratamento dos usuários. (BRASIL, 2008)

4 Conceitos “Um movimento de coprodução e de cogestão do processo terapêutico de indivíduos ou coletivos, em situações de vulnerabilidade” (OLIVEIRA, 2010, p. 94)

5 Dispositivo para disparar processos de mudança nas práticas de saúde.
Dispositivo PNH Projeto Esforço temporário para criar um produto Terapêutico Tratamento; cuidado Singular Contexto Único Dispositivo para disparar processos de mudança nas práticas de saúde.

6 Espaços de construção do PTS Rede de Atenção à Saúde
Reuniões das Equipes de Saúde da Família (ESF); Reuniões de Matriciamento, Equipe de Saúde Mental, Núcleo de Saúde da Família (NASF), Centro de Saúde de Idoso, especialista, entre outros; Atendimento compartilhado; Reuniões Intersetoriais (CRAS, Conselho Tutelar, Consultório de Rua, etc.).

7 O que deve ser levado em consideração para a construção de um PTS?
Deve-se conhecer a pessoa envolvida; Delinear ações coerentes ao seu contexto de vida; Envolver discussões em equipe; É fundamental a participação de vários atores; É necessário identificar as potencialidades e as vulnerabilidades (orgânicas, psíquicas e sociais).

8 Metá (atrás, em seguida, através)
Como fazer? A metodologia e o arranjo do processo irá depender das características dos envolvidos. Ao longo dos últimos anos foram propostas algumas pistas de um método, mas entendo que cada caminho é traçado pelo desafio posto, pela abertura de indagações, apontando as metas a serem buscadas. Metá (atrás, em seguida, através) + hódos (caminho) Metá + Hodos

9 Metodologia (1) Diagnóstico Definição de objetivos
Distribuição de tarefas e prazos Coordenação e negociação Reavaliação

10 Metodologia (2) Diagnóstico: que deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário. Deve tentar captar como o sujeito singular se produz diante de forças como as doenças, os desejos e os interesses, assim como também o trabalho, a cultura, a família e a rede social. Ou seja, tentar entender o que o sujeito faz de tudo que fizeram dele. Definição de metas: uma vez que a equipe fez os diagnósticos, ela faz propostas de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o sujeito doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo melhor. Divisão de responsabilidades: é importante definir as tarefas de cada um com clareza. Reavaliação: momento em que se discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo.

11 Definição de hipóteses diagnósticas (I)
Com a anamnese do caso em questão. Por isso é importante cada profissional conhecer o caso que será discutido, para poder contribuir com seu olhar e saberes específicos de sua formação. Sempre que possível o profissional com maior vínculo com o indivíduo ou a família deve esclarecer junto a estes suas ideias, percepções e sentimentos em relação ao problema em questão e às repercussões em sua vida. Tomada de consciência também das limitações e potencialidades percebidas pelo sujeito diante dos problemas, para encontrar caminhos que possam ser utilizados para estimulá-lo a participar de sua recuperação e cuidado.

12 Ferramentas Técnicas Anamnese (do grego ana, trazer de novo e mnesis, memória) é uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença ou patologia. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente.

13 Ferramentas Técnicas Genograma é uma representação gráfica utilizada para evidenciar diferentes arranjos familiares. Entende-se por arranjo familiar “grupamento de pessoas que convivem em uma unidade domiciliar, mesmo sem relação de parentesco” (IBGE, 2006).

14 Definição de metas (II)
2 (duas) partes: a primeira com a equipe, para ter clareza da proposta para o usuário ou grupo, protagonista da situação ou problema; a segunda parte pode ser realizada entre a equipe e o usuário ou o grupo, visando enveredar esforços para que a proposta da equipe faça sentido, por isto a importância de ter um integrante da equipe que tenha maior vínculo com a situação, pois ele será o interlocutor privilegiado a dar sequência à pactuação em torno do PTS.

15 Abrir espaço para as ideias e palavras do usuário.
O profissional coordenador da situação singular deve levar em conta aspectos que o auxiliem em seus objetivos, tais como: Abrir espaço para as ideias e palavras do usuário. Não tornar o diálogo técnico. Não assumir uma postura de neutralidade.

16 Divisão de responsabilidades (III)
O PTS visa acima de tudo à autonomia do sujeito sobre suas condições de vida e saúde por meio da busca de seu protagonismo. Por isso é essencial que parte das responsabilidades terapêuticas seja assumida por ele. Oliveira (2007) orienta a construção de um cronograma de ações com a identificação dos responsáveis específicos para elas.

17 Nesse cronograma de ações é interessante constar a periodicidade de reavaliação do caso, considerando o tempo necessário para produção do efeito desejado, assim como a tolerância que não signifique riscos ou danos aos sujeitos, e principalmente que as equipes não percam a familiaridade com o caso.

18 Reavaliação (IV) Buscando identificar e ajustar a proposta inicial às novas necessidades e resoluções atingidas, considerando as hipóteses anteriormente descartadas na primeira etapa de construção de hipóteses diagnósticas e também da proposta de intervenção. Na Prática: Este deve ser um momento de reconhecimento das falhas, mas também das conquistas, em que o grupo compartilha da força de superação e estímulo para vencer novos desafios.

19 Algumas questões disparadoras que as equipes de saúde podem utilizar para começar a praticar a formulação do PTS em grupo e a problematizar a sua relação com os usuários Quem são as pessoas envolvidas no caso? De onde vêm? Onde moram? Como moram? Como se organizam? O que elas acham do lugar que moram e da vida que têm? Como lidamos com esses modos de ver e de viver? Qual a relação entre elas e delas com os profissionais da equipe? De que forma o caso surgiu para a equipe? Qual é e como vemos a situação envolvida no caso? Essa situação é problema para quem? Essa situação é problema de quem? Por que vejo essa situação como problema? Por que discutir esse problema e não outro? O que já foi feito pela equipe e por outros serviços nesse caso?

20 Algumas questões disparadoras que as equipes de saúde podem utilizar para começar a praticar a formulação do PTS em grupo e a problematizar a sua relação com os usuários O que a equipe tem feito com relação ao caso? Que estratégia, aposta e ênfase têm sido utilizada para o enfrentamento do problema? Como este(s) usuário(s) tem respondido a essas ações da equipe? Como a maneira de agir, de pensar e de se relacionar da equipe pode ter interferido nessa(s) resposta(s)? O que nos mobiliza neste(s) usuário(s)? Como estivemos lidando com essas mobilizações até agora? O que os outros serviços de saúde têm feito com relação ao caso? Como avaliamos essas ações? A que riscos (individuais, políticos, sociais) acreditamos que essas pessoas estão expostas?

21 Algumas questões disparadoras que as equipes de saúde podem utilizar para começar a praticar a formulação do PTS em grupo e a problematizar a sua relação com os usuários Que processos de vulnerabilidade essas pessoas estão vivenciando? O que influencia ou determina negativamente a situação (no sentido da produção de sofrimentos ou de agravos)? Como essas pessoas procuram superar essas questões? O que protege ou influencia positivamente a situação (no sentido da diminuição ou superação de sofrimentos ou de agravos)? Como essas pessoas buscam redes para ampliar essas possibilidades? Como os modos de organizar o serviço de saúde e as maneiras de agir da equipe podem estar aumentando ou diminuindo vulnerabilidades na relação com essas pessoas? Que necessidades de saúde devem ser respondidas nesse caso? O que os usuários consideram como suas necessidades? Quais objetivos devem ser alcançados no PTS?

22 Algumas questões disparadoras que as equipes de saúde podem utilizar para começar a praticar a formulação do PTS em grupo e a problematizar a sua relação com os usuários Quais objetivos os usuários querem alcançar? Que hipóteses temos sobre como a problemática se explica e se soluciona? Como o usuário imagina que seu “problema” será solucionado? Que ações, responsáveis e prazos serão necessárias no PTS? Com quem e como iremos negociar e pactuar essas ações? Como o usuário e sua família entendem essas ações? Qual o papel do(s) usuário(s) no PTS? O que ele(s) acham de assumir algumas ações? Quem é o melhor profissional para assumir o papel de referência? Quando provavelmente será preciso discutir ou reavaliar o PTS?

23 Atenção! Exercitar a capacidade de perceber os limites dos diversos saberes estruturados diante da singularidade dos sujeitos e dos desejos destes sujeitos (sujeito não é só interesse – fazer metas pactuadas, realistas, redução de danos); Avaliar os filtros teóricos nas conversas com pacientes, possibilitar narrativas; Perceber quais temas a equipe teve dificuldade de conversar / preparação da reunião / lidar com pré-tarefa e dificuldades inconscientes;

24 Atenção! Autorizar-se a fazer críticas no grupo de forma construtiva. Lidar com poderes na equipe; Autorizar-se a lidar com identificacão/paixão com saber profissional de forma crítica (núcleo e campo/afetos); Autorizar-se a pensar novas possibilidades e caminhos para a intervencão. Inventar e aceitar a diferença de ser e de fazer (x lógica burocrático-industrial da linha de producão “ taylorista'').

25 Perguntas coprodução e cogestão
Em que espaços da gestão (cotidiana) conversa-se sobre a subjetividade (circulação de afetos na equipe e entre equipe e usários)? O quanto de submissão e medo as nossas práticas gerenciais e clínicas precisam para funcionar? Quando e como podem ser analisados com as equipes os objetos de trabalho/investimento, os objetivos, os meios e os resultados das equipes? O quanto se avalia os possíveis danos (intrínsecos) das atividades de saúde?

26 Vídeos, filmes e Textos Vídeo - Experiência do Centro de Saúde do Idoso de Blumenau/SC – Acesso em: Vídeo – Trabalho em equipe e o PTS: Clínica Ampliada – Gustavo Tenório. Acesso em: Filme – O Escafandro e a Borboleta Filme – O óleo de Lorenzo Texto - OLIVEIRA, G. N. O projeto Terapêutico e a mudança nos modos de produzir saúde. São Paulo: Hucitec, 2008. Texto - COMTE, M. et al. Redução de Danos e Saúde Mental na perspectiva da Atenção Básica. Boletim da Saúde, Porto Alegre, v. 8, n. 1, p , Acesso em:

27 Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular.– 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008. CAMPOS, G.W.S. Subjetividade e administração de pessoal: considerações sobre modos de gerenciar o trabalho em saúde. In: MERHY, E.E., ONOCKO, R. (orgs.). Agir em saúde: um desafio para o público. São Paulo: Hucitec, 1997, p OLIVEIRA, G.N. O Projeto Terapêutico Singular. Cadernos HumanizaSUS. Vol. 2. Atenção básica p ______. Projeto terapêutico como contribuição para a mudança das práticas de saúde. Dissertação (Mestrado) Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Campinas, SP: p. 202. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família. Projeto terapêutico singular [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina; Fernanda Alves Carvalho de Miranda; Elza Berger Salema Coelho; Carmem Leontina Ojeda Ocampo Moré. – Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2012.

28 Obrigado! Carlos Garcia Jr.
Consultor da Política Nacional de Humanização (PNH) Secretaria de Atenção à Saúde – SAS Ministério da Saúde Tel: (48)


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