CONTROLO DE PRAGAS.

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Transcrição da apresentação:

CONTROLO DE PRAGAS

PRAGA É a abundância de indivíduos de uma espécie indesejável para o ser humano. As pragas disseminam doenças, competem pelo alimento, invadem campos de cultura e jardins ou são, simplesmente, incómodas.

Em ecossistemas naturais e agrossistemas de policultura, as populações das espécies consideradas como pragas encontram-se em equilíbrio dinâmico com as populações de predadores e de espécies patogénicas e os danos que causam a esses sistemas não são muito graves.

Em agrossistemas de monocultura, a falta de biodiversidade limita as interacções entre diferentes populações e as pragas tornam-se um problema grave que é tradicionalmente combatido pela aplicação de agentes biocidas.

AGENTE BIOCIDA OU PESTICIDA Produto químico utilizado no controlo de pragas

Breve história dos pesticidas A história dos pesticidas começa bem para trás... na antiguidade! Mesmo nos anos antes de Cristo os povos da China, da Grécia e da Suméria já se tinham apercebido do efeito de alguns sais inorgânicos no combate aos insectos nas suas colheitas. Mais tarde aperceberam-se também que certas plantas funcionavam perfeitamente como um veneno potente para a maioria dos vertebrados e invertebrados, embora não tivessem a menor ideia de quais as substâncias activas que elas continham.

Uma dessas substâncias era... a nicotina! Coincidência de nomes? Não, esta é a mesma nicotina que é extraída da planta Nicotina tabacum e usada como a substância activa do tabaco (dá para perceber porque é que fumar prejudica tanto a saúde, não?). O uso "oficial" de pesticidas começou no final do século XIX, com a comercialização de alguns sais inorgânicos no combate às espécies de escaravelhos que nessa altura afectavam as plantações de batatas. No entanto a maioria destes sais eram tão tóxicos para as pestes como para o Homem. E por isso acabaram por ser abandonados uns anos depois, sendo substituídos por compostos orgânicos.

ESPECTRO DE ACÇÃO DE UM PESTICIDA Está relacionado com a quantidade de espécies para as quais é tóxico. Um pesticida com um largo espectro de acção é tóxico para muitas espécies e um pesticida com um espectro de acção estreito é tóxico para um pequeno número de espécies.

PERSISTÊNCIA DE UM PESTICIDA É dada pelo intervalo de tempo que permanece activo. Pesticidas com grande persistência podem permanecer activos durante alguns anos e pesticidas com baixa persistência são activos durante algumas horas.

O DDT - um perigo "latente" Como seguimento aos sais inorgânicos, que se mostravam eficientes mas demasiado tóxicos, surge em 1941 o DDT. Este insecticida organoclorado (orgânico que contém cloro), também conhecido como Diclorodifeniltricloroetano, pode ser considerado o pesticida de maior importância histórica, devido ao seu impacto no ambiente, agricultura e saúde humana.

O DDT - um perigo "latente" Este composto, surpreendentemente, demonstrava ser eficaz contra uma vasta gama de insectos, o que levou a uma rápida comercialização e a um uso vastíssimo, abrangendo na década de 60 a aplicação para 334 variedades diferentes de produtos agrícolas, só nos Estados Unidos.

A utilização dos pesticidas permite aumentar a produtividade agrícola e combater a expansão a certas doenças Leva ao desenvolvimento de variedades resistentes por um mecanismo de selecção natural dirigida. mas apresenta desvantagens

Afecta outros organismos, incluindo por vezes, os predadores naturais das pragas, introduzindo desequilíbrios nos ecossistemas, que se podem traduzir por um agravamento das pragas

BIOACUMULAÇÃO Consiste na absorção e no armazenamento das moléculas do pesticida, em tecidos ou orgãos específicos, numa concentração mais elevada do que aquela que seria de esperar.

BIOAMPLIAÇÃO Consiste no aumento da concentração do pesticida, de nível trófico para nível trófico, ao longo das cadeias alimentares Nº com circulo – [DDT] no respectivo compartimento (água, peixes e ave) Nº associado a uma seta – [DDT] que se transfere de um compartimento para outro.

Métodos alternativos controlo de pragas Práticas de cultura alternativas Rotação de culturas Plantação de sebes

Métodos alternativos controlo de pragas Controlo biológico A vespa parasitóide conhecida como Trichogramma spp. é um insecto, que se caracteriza pelo tamanho diminuto e por parasitar ovos de inúmeras espécies de praga da ordem Lepidoptera. A fêmea adulta da vespa coloca os seus ovos no interior dos ovos da praga onde ocorre todo o desenvolvimento do parasita.

Métodos alternativos controlo de pragas Esterilização de insectos Numa fábrica da Madeira produzem-se semanalmente cerca de 50 milhões de moscas do Mediterrâneo. Esta espécie, Ceratitis capitata, existe nos cinco continentes e é a maior praga mundial da fruticultura. Uma avioneta liberta, duas vezes por semana, machos estéreis. Estes irão competir com os animais selvagens pelo acasalamento com as fêmeas e, caso "ganhem" não surgem as larvas que se iriam alimentar dos frutos e causar elevados prejuízos. As moscas ajudarão a proteger as plantações de fruta, agindo como um insecticida natural e substituindo os pesticidas, que são lançados para o ambiente em grande quantidade, contaminando animais e pessoas.

Métodos alternativos controlo de pragas Uso de feromonas Substâncias produzidas pelos animais e que lhes permitem estabelecer comunicação Nos insectos, são libertadas na altura do acasalamento para atrair o parceiro

Métodos alternativos controlo de pragas Biopesticidas Milho Bt, que possui uma toxina que elimina pragas de insectos graças a um gene da bactéria Bacillus thuringiensis inserido em seu genoma

Métodos alternativos controlo de pragas Luta Integrada Não tem como objectivo a erradicação das pragas, mas a sua redução e manutenção em níveis económicamente aceitáveis