Drivers of Customer Satisfaction for Software Products: Implications for Design and Service Support. Management Science/ Vol. 41 No. 9, September 1995.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Correlação e Regressão
Advertisements

DISTRIBUIÇÕES AMOSTRAIS
Estatística amintas paiva afonso.
Introdução à Microeconomia Grupo de Economia da Inovação – IE/UFRJ
Prof. Darlan Marcelo Delgado
Analise de Regressão Parte 2.
Análise de Sensibilidade
Amintas engenharia.
Q-Q plots Construídos a partir das distribuições marginais de cada componente do vetor p-variado. São de fato um gráfico do quantil amostral versus quantil.
Análise de Resposta em Freqüência Introdução. 8. 2
ESTIMAÇÃO.
REGRESSÃO LINEAR. O coeficiente de correlação não mede a relação causa-efeito entre duas variáveis, apesar de que essa relação possa estar presente. Por.
Problemas de Forma Não-padrão
MB751 – Modelos de previsão
ANÁLISE DE REGRESSÃO UM GUIA PRÁTICO.
Rejane Sobrino Pinheiro Tania Guillén de Torres
Ambiente de simulação Os algoritmos previamente discutidos foram analisados usando um simulador de mobilidade. Ele modela uma cidade de 20 Km de raio,
Diagramas de dispersão
Banco de Dados Aplicado ao Desenvolvimento de Software
Programação Linear Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI
Análise da Regressão múltipla: Inferência Revisão da graduação
ME623A Planejamento e Pesquisa
Estatística e Probabilidade
DISTRIBUIÇÕES AMOSTRAIS
Estatística Para um dado conjunto de dados, podemos calcular as seguintes grandezas: 1) Medidas de posição 2) Medidas de dispersão 3) Parâmetros de simetria.
Teoria do Produtor.
Econometria Aula 3 – 27/9/2013.
MBA em Gestão de Empreendimentos Turísticos
Aula 6 - Método não-experimental ou de seleção não-aleatória
Introdução ao Stata 05 de julho de 2013
Mario de Andrade Lira Junior lira.pro.br\wordpress 2/4/2015 lira.pro.br\wordpress - Reservados todos os direitos autorais.
Programação Linear Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI
Regressão Linear.
Formas de calibração 1º - Padrões externos É a forma mais utilizada de calibração. São utilizadas soluções contendo concentrações conhecidas do analito.
2.3 Experimentos Fatoriais 22 Efeitos das Interações
Engenharia de Software
Perguntas de Gestão Estratégica de Custos
Professor Antonio Carlos Coelho
Aula Teorica 8 LUGAR GEOMETRICO DAS RAIZES
Aula 12 - Teste de associação1 DATAAulaCONTEÚDO PROGRAMÁTICO 10/03Segunda1Níveis de mensuração, variáveis, organização de dados, apresentação tabular 12/03Quarta2Apresentação.
Regressão e Previsão Numérica.
análise dos estimadores
MODELO DE EQUILÍBRIO EM OLIGOPÓLIOS
Regressão.
Ajuste do Modelo Avaliação dos Coeficientes
Diferenciação Vertical de Produto População de consumidores heterogénea Utilidade de consumir 1 unidade de produto de qualidade percebida n é: P é o preço.
Disciplina Engenharia da Qualidade II
Econometria Modelos discretos.
Metodologia da Pesquisa em Ensino de Ciências I
Descrição Bivariada Comparando Duas Distribuições
CONSTRUINDO O BALANCED SCORECARD
FEATURE SELECTION. Introdução  Estudo de metodologias relacionadas a seleção de atributos  Maldição da dimensionalidade  O número de atributos do desenvolvedor.
A Taxa de Desemprego e a Curva de Phillips
Introdução – Origens Em 1958 A. W. Phillips apresentou um gráfico que mostrava a taxa de inflação vis s vis a taxa de desemprego no Reino Unido entre.
CAPÍTULO 3 © 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard O mercado de bens Olivier Blanchard Pearson Education.
Métodos Estatísticos Aplicados às Ciências Biológicas - 7ª aula -
INTERVALOS DE CONFIANÇA
Regressão Linear Simples
Média e valor médio No estudo da estatística descritiva, para além das tabelas de frequências e gráficos, estudam-se outros métodos para resumir a informação.
6.1 Tecnologia de produção
AULA 3 – O Modelo de Regressão Simples
GESTÃO E GARANTIA DA QUALIDADE
PREVISÃO E MENSURAÇÃO DA DEMANDA EM MARKETING
NOÇÕES DE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
Aula 4 Bioestatística Probabilidade para variáveis aleatórias.
Objetivo da Firma A teoria do consumidor busca compreender como o indivíduo forma a demanda, tanto individual quanto total, e como consegue maximizar a.
INTERVALO DE CONFIANÇA PARA A MEDIA POPULACIONAL (σ 2 desconhecido ) Sabemos que se o tamanho da amostra for superior a 30 a distribuição amostral das.
PC - Semana61 MODELANDO SISTEMAS LTI NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA.
Regressão Linear (aula 14 – Parte 2).
Como construir modelos empíricos. Nos modelos estudados, cada fator foi fixado em dois níveis Por esta razão temos que nos contentar com uma visão limitada.
Transcrição da apresentação:

Drivers of Customer Satisfaction for Software Products: Implications for Design and Service Support. Management Science/ Vol. 41 No. 9, September 1995 Sunder Kebre Mayuram S. Krishnan Kannan Srinivasan

Resumo Este trabalho estuda os pontos determinantes para a satisfação dos consumidores de softwares. A análise sugere que a usabilidade e a capacidade são as características mais importantes para a satisfação geral do consumidor. Ela também sugere que os pontos determinantes de satisfação variam de acordo com os diferentes tipos de consumidores e de produtos. Os resultados possuem implicações importantes na fabricação e nos serviços que envolvem o mercado de softwares.

1. Introdução O mercado de softwares está crescendo rapidamente e produzir produtos que atendam às necessidades dos consumidores está se tornando mais importante que maximizar os lucros. A razão para o crescimento da ênfase na satisfação do consumidor é que um consumidor satisfeito leva a firma à uma posição competitiva mais forte. Esta posição resulta em um ganho de mercado e lucros maiores.

1. Introdução Ao contrário do que pesquisas anteriores sobre o assunto concluíram, este trabalho mostra que confiança no produto é um fator significante na satisfação do consumidor. Uma vez que um dado nível de confiança é alcançado, três outros fatores ganham importância: performance, capacidade e usabilidade. Este trabalho também sugere que a importância de cada fator depende de cada grupo de consumidor.

1. Introdução Este trabalho faz parte de um contexto de uma literatura crescente. Muitos outros autores já estudaram a importância da satisfação do consumidor na produção de produtos melhores e que atendem melhor às necessidades dos consumidores. A análise deste trabalho provê uma estrutura que usa a resposta do consumidor para produzir produtos e serviços que aumentem a satisfação do mesmo.

2. Metodologia e coleta de dados O local alvo da pesquisa foi um laboratório da IBM Canadá. A primeira parte da pesquisa foi focada em 35 consumidores representativos. O objetivo desta etapa era identificar os fatores-chave da satisfação do consumidor. Na segunda fase, um questionário baseado nas respostas dos 35 consumidores representativos foi formulado e passado à uma amostra de 5000 consumidores.

2. Metodologia e coleta de dados Um ponto chave desta amostra é que ela contém somente usuários de produtos IBM. Isso é um ponto negativo do trabalho pois pode gerar um viés da amostra. Se o usuário usa IBM, é de se supor que ele está satisfeito com o produto. Uma forma de eliminar este problema seria incluir na amostra consumidores que alguma vez utilizaram produtos da IBM e que por ventura não mais o utilizam. Desta forma a amostra seria menos tendenciosa.

2. Metodologia e coleta de dados Os fatores-chave de satisfação identificados pela pesquisa foram: 1. Confiança (REL) 2. Capacidade/Funcionalidade (CAP) 3. Usabilidade (USE) 4. Instalação (INS) 5. Manutenção (MNT) 6. Performance (PEC) 7. Documentação (DOC)

2. Metodologia e coleta de dados Esses fatores-chave fazem sentido se forem analisados de acordo com a literatura do tema. Garvin (1987) e Zeithaml et al. (1990) chegaram à fatores que influenciam a satisfação dos consumidores muito parecidos com os encontrados neste trabalho. Davis et al (1989) concluiu que a usabilidade é o fator essencial na satisfação do consumidor. Bailey e Pearson (1983) sugerem que performance e documentação são os fatores mais importantes na satisfação de consumidores usuários de sistemas de informação.

2. Metodologia e coleta de dados Na análise deste trabalho foram considerados que as características possuem importâncias para diferentes para diferentes tipos de consumidores. Assumimos aqui, por exemplo, que os fatores performance, manutenção e confiança causam mais impacto na satisfação de usuários que utilizam os serviços de rede. A tabela a seguir apresenta os resultados esperados para cada grupo de consumidor.

2. Metodologia e coleta de dados O sinal (+) mostra, para cada grupo de consumidor, qual o tipo de fator que é esperado influenciar mais na satisfação. A primeira coluna, por exemplo, mostra que todos os fatores são esperados influenciar na satisfação total dos consumidores.

3. Análise Uma análise preliminar dos dados mostra que a distribuições de freqüência da amostra é viesada para a direita (onde direita é o lado mais satisfeito da distribuição e esquerda o mais insatisfeito). Isso mostra mais uma vez que essa amostra é de fato viesada pois ela só coleta dados de atuais consumidores da IBM. Os consumidores muito satisfeitos estão na escala 5. Eles representam 62% da amostra. Consumidores satisfeitos (escala 4) e indiferentes (escala 3) representam 35 %. Os outros 3% representam os consumidores insatisfeitos (escala 2) e os muito insatisfeitos (escala 1).

3. Análise A correlação entre a satisfação geral e cada um dos sete fatores é positiva e significante. A correlação com o fator funcionalidade é a maior dentre as correlações (0,64) e a correlação com a documentação é a menor (0,3).

3. Análise A variável dependente do modelo é a satisfação geral, que faz um ranking da satisfação em uma escala ordinal. Um modelo de regressão por MQO não seria viável pois seria ineficiente e as previsões não poderiam ser restritas à um intervalo. Por outro lado, um modelo multinomial logit ou probit também não seriam apropriados pois a variável dependente possui uma ordenação. Portanto, o modelo escolhido foi o probit ordenado.

3. Análise É definida uma variável latente (não observada) que é contínua e que mede o valor da satisfação geral. No modelo de regressão padrão esta variável é linear nos parâmetros, como mostra a equação abaixo:

3. Análise Xi é um vetor com as variáveis explicativas e β´ é o vetor com os parâmetros associados. ε i é o erro estocástico que é assumido como sendo normalmente distribuído. Para garantir que as probabilidades somem 1, a probabilidade do nível de satisfação 5 é o complemento da soma das outras probabilidades. Para garantir que todas as probabilidades sejam positivas, a seguinte hipótese é feita:

3. Análise A expressão de verossimilhança para cada observação i é dada por: onde os limites da integral são: l 0 = - ∞ l 1 = -β´X i l 2 = δ 1 - β´X i l 3 = δ 2 - β´X i l 4 = δ 3 - β´X i l 5 = + ∞

3. Análise O formato da função de probabilidade deste modelo é dado pela seguinte figura:

3. Análise Note que na equação (3) apenas uma das cinco integrais se aplicam à cada consumidor específico. Mais especificamente, considere um consumidor que tenha o nível de satisfação i pertencente ao intervalo (1, 2,..., 5), D j (j = 1, 2,..., 5) = 1 se j = i e D j (j = 1, 2,..., 5) = 0 se j ≠ i. Como cada observação é tratada como independente, a expressão de verossimilhança para todos os consumidores é dada pelo produtório da expressão de cada consumidor separado:

3. Análise O vetor das variáveis explicativas consiste em 7 fatores: capacidade, usabilidade, performance, confiabilidade, instalação, manutenção e documentação. De acordo com este trabalho, cada elemento do vetor β mede o impacto marginal do fator explicativo associado. Isto não é bem verdade dado que para medir o impacto marginal, os elementos deveriam ser multiplicados pelas densidades de probabilidade. Este ponto é mais um fator negativo deste trabalho. A todo momento o autor assume que está calculando os impactos marginais quando na verdade isto não está acontecendo.

3. Análise Como discutido anteriormente, os diferentes fatores que afetam a satisfação são captados de forma diferente dependendo do grupo que se estuda. Para tentar capturar estas diferenças, é proposto um outro modelo, chamado de modelo completo. Este modelo é baseado na tabela 1. Ele tenta capturar as diferentes formas com que os fatores afetam os diferentes grupos. O modelo tem o seguinte formato:

3. Análise Onde DNW é uma variável dummie para usuários de rede assim como DMF é dummie para usuários de computadores centrais, DEX para programadores experientes e DEU para novos usuários.

3. Análise Na equação (6), de α 1 a α 4 captura a diferença de intercepto dada a variação do produto e do consumidor. Os parâmetros β 11 a β 17 medem as interações de efeitos discutidas anteriormente (tabela 1).

3. Análise O autor ainda cria outros dois modelos para tentar captar outros tipos de efeitos. Os modelos são: Modelo de efeitos segmentados: restringe os parâmetros de interação ( β 8 a β 17 ) para zero. Neste modelo é possível medir as diferenças da satisfação geral para diferentes segmentos de consumidores e produtos. Modelo de sete fatores: restringe todas as variáveis dummy para zero. Este modelo serve como benchmark para verificar a variação adicional explicada por cada segmento de consumidor ou produto. Os resultados das regressões são apresentados na tabela a seguir:

3. Análise

A tabela mostra os resultados para os diferentes modelos. Os sete primeiros Betas ( β 1 a β 7 ) captam os efeitos gerais, independente de qual grupo de consumidor estamos tratando. Para saber o efeito total de uma certa variação no modelo completo é preciso somar os parâmetros relacionados. Por exemplo, para saber o efeito total da confiança nos usuários experientes é preciso somar o β 1 com o β 14.

3. Análise O ajuste do modelo foi calculado utilizando-se uma medida padrão para este tipo de cálculo em modelo probit (medida análoga ao R 2 da regressão por MQO: onde LF é a verossimilhança do modelo completo e LB é a verossimilhança em um modelo base onde α, δ 3, δ 2 e δ 1 são estimados.

3. Análise O modelo base diz que o melhor palpite sobre a probabilidade, na ausência de todas as informações das variáveis explicativas, é a proporção na amostra. Logo, este índice U 2 é um indicador da melhora da verossimilhança quando as informações são adicionadas ao modelo. Para o modelo completo, este índice é de 42,1%. É importante destacar que o valor máximo para este indicador é 50%.

3. Análise Um índice mais apropriado seria o U 2 desagregado. Desta forma obtemos um índice no valor de 37,6%, o que sugere uma melhora significativa diante do modelo base.

4. Discussões e implicações do modelo. A análise da tabela mostra resultados interessantes. Pela magnitude dos coeficientes vemos que a funcionalidade é o fator mais importante na determinação da satisfação dos consumidores enquanto que a instalação é o menos importante. O modelo também nos mostra que, de fato, existem reações diferentes na satisfação para diferentes grupos de consumidores.

4. Discussões e implicações do modelo. Nota-se que os usuários mais experientes são mais rígidos para julgar seu nível de satisfação. Os usuários de sistemas de rede, assim como era esperado, dão grande ênfase à confiança do produto e à performance. Usuários novos dão grande importância à usabilidade do produto e à documentação.

4. Discussões e implicações do modelo. Com os resultados obtidos, foi realizada uma análise de sensibilidade. O objetivo é mostrar qual seria a variação em cada grupo de o nível de satisfação variasse um ponto, mantendo todos os outros fatores constantes. Os resultados são apresentados na tabela a seguir:

4. Discussões e implicações do modelo. A tabela é analisada da seguinte forma. Tome por exemplo a segunda coluna. Como seria a variação da avaliação dos consumidores se o nível de satisfação com os a funcionalidade do produto aumentasse em um ponto percentual. Deste exemplo vemos que, dos 1251 consumidores que inicialmente eram muito satisfeitos, 1494 passam a se considerar muito satisfeitos. A tabela nos mostra que funcionalidade e usabilidade são os pontos chave onde a IBM deve investir para tentar aumentar a satisfação dos seus cliente. Esses dois fatores são os que possuem as maiores sensibilidades.

4. Discussões e implicações do modelo. Uma outra análise de sensibilidade foi feita. No ramo de produtos para usuários de rede, foram modificados os fatores de funcionalidade e confiança. Esses fatores sofreram aumentos positivos. As escalas de 1 a 4 são consideradas “não satisfeitas”. A tabela com os resultados é mostrada a seguir:

4. Discussões e implicações do modelo. Note que entre todos os consumidores, um acréscimo no nível de funcionalidade vez com que 12% dos consumidores passassem a se considerar satisfeitos. Em contraste, a confiança aumentou apenas 2%. Para os usuários de rede, o resultado é diferente:

4. Discussões e implicações do modelo. Outra análise deste modelo é o impacto das escolhas de fabricação nos fatores que influenciam na satisfação. O resultado é mostrado a seguir:

4. Discussões e implicações do modelo. A primeira dimensão, por exemplo, consiste em duas opções para os usuários: personalizável ou fixo. Essa flexibilidade de opções melhora os fatores funcionalidade e usabilidade. Entretanto, incorporar este tipo de interface prejudica a performance do computador. Existe este tradeoff entre computadores personalizáveis e fixos e é isto que a tabela mostra.

5. Conclusões O trabalho consiste em tomar a opinião do consumidor como uma informação importante no momento de produzir um determinado produto. Sete fatores são considerados importantes na satisfação do consumidor: funcionalidade e usabilidade são os fatores dominantes, seguidos por performance. Os outros fatores considerados são instalação, documentação, manutenção e confiança.

5. Conclusões Aumentar a satisfação do consumidor tem se tornado uma questão chave nas estratégias das firmas. A premissa é de que consumidores satisfeitos geram vantagem competitiva e lucros maiores. É por isso que entender estes fatores de satisfação se tornou tão importante.