A RESTAURAÇÃO E O FUTURO DE ISRAEL (11.1-36). Vejamos o desenvolvimento da argumentação teológica de Paulo.

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Transcrição da apresentação:

A RESTAURAÇÃO E O FUTURO DE ISRAEL ( ). Vejamos o desenvolvimento da argumentação teológica de Paulo.

O capítulo 9 trata da soberania divina para com Israel, focalizando a “eleição” da nação israelita como “povo escolhido de Deus” e gira em torno do passado.

O capítulo 10, trata da responsabilidade humana de Israel e focaliza a sua rejeição no presente.

O capítulo 11 apresenta a bênção salvadora para Israel, como resultado da misericórdia de Deus, se refere ao futuro.

Possibilidade de Restauração de Israel (1.1). Inicialmente, temos de entender que o propósito de Deus na história tem de ser cumprido. Não houve quebra desse propósito com o aparecimento do “novo pacto da graça” alcançando os gentios.

11.1. – “Porventura rejeitou Deus o seu povo?”. A resposta é imediata: - “De modo nenhum!”. O tratamento divino com Israel agora, passa a ser individual.

Cada judeu tem os mesmos direitos de salvação em Cristo que os gentios. Deus deixa de tratar Israel como nação, e isto não significa que Deus tenha abandonado Israel como nação.

Israel como nação passa para um plano secundário e separado. Para que seja manifesta a nova ordem, que é a igreja, que se constitui de judeus e gentios.

Nesta dispensação da graça, o judeu convertido a Cristo deixa de ser judeu para ser Igreja. A Igreja é o novo povo de Deus, povo especial, zeloso e de boas obras, chamado “povo adquirido, nação santa” (1 Pedro 2.9,10).

O remanescente fiel de Israel (11.2-6). Esse remanescente diz respeito a um grupo em especial, que mantem-se fiel a Deus, acima de todas as mudanças e circunstâncias.

11.2. “Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu”. Deus conheceu o povo de Israel, antes da vinda do novo pacto.

Esse ato de conhecer Israel indica que Deus sabia o que estava fazendo, e que seus atos soberanos não infringiam a sua justiça perfeita.

Ele sabia que Israel ia rejeitá-lo, mas alguns iriam permanecer fieis a Ele.

Como exemplo, Paulo ilustra a si mesmo, identificando-se como “israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim”. (11.1).

A conversão pessoal de Paulo a Cristo era uma prova de que Deus não “rejeitou o seu povo”.

Nestes versículos Paulo lembra o profeta Elias que se sentiu só e abandonado, por ter lutado contra a idolatria do povo de Israel no reinado de Acabe e Jezabel. (I Reis 19.10, 14, 18).

Deus assegurou a Elias que ele não estava sozinho, mas que “sete mil varões não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal”.

Da mesma maneira Deus tem reservado um número de fiéis, chamando aqui de “remanescente fiel”, do meio do povo, que aceitou seu plano por Jesus Cristo.

11.5. “... neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça”.

A expressão “ficou um resto” refere-se exatamente a esse “remanescente fiel”, o qual foi eleito conforme os requisitos da “graça”, que envolvem arrependimento e regeneração.

A “eleição segundo a graça” não significa que qualquer judeu sem o exercício da fé em Cristo tenha sido eleito.

11.6. “Mas se é pela graça, já não é pelas obras”. Isso fortalece o fato da salvação individual mediante a fé em Cristo.

– Que é a graça? É a manifestação do novo pacto de salvação oferecido a todos os homens.

Como nação, Israel havia falhado em querer alcançar a justificação, mas o “remanescente fiel” alcançou pela lei da graça.

Os judeus permitiram que suas leis e seus privilégios como nação lhes endurecessem os corações, rejeitando a manifestação da graça de Deus.

A cegueira de Israel como nação ( ) “Pois quê? O que Israel buscava não alcançou...”. Israel buscava o quê? E por quê?

Israel buscava como nação a justificação pelas obras baseada nos ritos e privilégios religiosos. A razão dessa busca contrária aos requisitos do “novo pacto” está expressa no “endurecimento”.

O texto continua: “... mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos”.

Quais são os eleitos? São aqueles que de boa mente receberam a graça revelada. E os que foram “endurecidos”, o foram por sua própria cerviz, não porque Deus quisesse endurecer.

Esses versículos são citações do AT, que Paulo utiliza para fortalecer o seu ensino e argumento de que o “endurecimento de Israel” é atribuído a um juízo de Deus contra esse povo, por causa de sua incredulidade e rebelião. (Dt 29.4; Is 6.9, 10; 29.10).

Entende-se aqui que a cegueira de Israel não é total, mas parcial, porque o versículo 7 apresenta dois grupos: os eleitos e os endurecidos.

11.11, 12. “Porventura tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum. Mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação”.

Devemos entender que a “queda dos judeus” não foi, especificamente a razão do favor divino para com os gentios.

Tivessem ou não rejeitado o novo pacto, a razão real e espiritual estava escondida no propósito divino de salvação também dos gentios.

A Igreja era o “mistério escondido” antes de todos os tempos. (Efésios 1.4,5).

“E, se a sua queda é a riqueza do mundo...”. Numa batalha, cair equivale a ser morto. É nesse sentido que Paulo utiliza a palavra cair, isto é, sair de campo, perder a primazia.

Portanto, a queda dos judeus pela sua rejeição a Cristo permitiu aos gentios conhecerem as “riquezas da graça de Deus” na salvação em Cristo Jesus.

11.13,14. Paulo diz honrar seu trabalho entre os gentios e se sente recompensado por isso, mas quer que, os gentios entendam que ele não é indiferente à sua gente de sangue, nem insensível `necessidade de pregar-lhes a Cristo.

– “Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão?” Na verdade, Paulo, mais uma vez, fortalece a doutrina da salvação para toda a humanidade.

A palavra admissão é traduzida como restabelecimento. Que restabelecimento é esse?

É o restabelecimento da comunhão com Deus e de sua posição de primazia no futuro, quando Cristo se revelar a eles (os judeus) como Messias esperado, porém, que antes havia sido rejeitado.

A admissão futura de Israel ilustrada pela oliveira ( ). Para ilustrar a restauração nacional de Israel, Paulo utiliza uma linguagem figurada. Ele fala da raiz e dos ramos. Fala das primícias (sementes escolhidas), e da massa.

Interpreta-se aqui, subjetivamente que as primícias e a raiz, representam os patriarcas judaicos. A oliveira representa Israel.

Os ramos quebrados são os judeus rebeldes e incrédulos, que perderam, no plano salvífico universal o direito à graça de Deus.

No lugar desses ramos quebrados foram enxertados os gentios. Esses gentios enxertados são identificados como zambujeiro bravo.

Paulo exorta os gentios a que não se gloriem contra os judeus, pois os gentios não são nada mais que ramos enxertados, mas a raiz está em Israel. “Considera pois a bondade e a severidade de Deus”. (22).

A salvação de Israel ( ). Esses versículos tem um sentido histórico e futuro. Deus estabeleceu um tempo para a concretização de seu plano com Israel.

“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado”.

Entende-se que o endurecimento de Israel quanto a Cristo é parcial e temporal, a fim de que os gentios tenham o conhecimento da verdade.

Pois bem, se o “endurecimento de Israel” é temporal e parcial, pergunta-se: “Por quanto tempo?” “... até que a plenitude dos gentios haja entrado”.

Significa dizer que até que se cumpra o tempo de Deus para a salvação dos gentios, o endurecimento de Israel perdurará, então Deus se voltará para Israel para concluir seu pacto. (Atos ).

“E assim todo o Israel será salvo”. Aqui a salvação dos judeus relaciona-se com Israel como nação.

Israel espera o seu libertador, o glorioso Messias que não foi reconhecido na sua primeira vinda.

Essa vinda futura do Messias significa a salvação de todo o Israel (Zc 12.2, 3, 8-10; 13.8,9; ).

“Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia”.

Por agora, os judeus (como povo) continuam “encerrados debaixo do pecado”, mas chegará o tempo quando se completar a “plenitude dos gentios” com o desaparecimento da igreja arrebatada, então os judeus serão despertados e alcançados pela misericórdia de Deus.

Doxologia de Paulo ( ) “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus”. Paulo, se extasia ante a revelação divina da salvação dos homens.

“Por que quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?”

Entende-se aqui que Deus é soberano e que sua soberania é total, perfeita, inatacável, insondável, e inescrutável.

11.35, 36. Paulo rende tributo àquele, cuja sabedoria e conhecimento estão acima da mente humana.

Próximo estudo ESPERO VOCÊ, MUITO OBRIGADO!