Diarréia dos Viajantes Ou Diarréia de Verão

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Transcrição da apresentação:

Diarréia dos Viajantes Ou Diarréia de Verão CRIPTOSPORIDIOSE Diarréia dos Viajantes Ou Diarréia de Verão

HISTÓRICO Tyzzer (1907). Anos 70 = casos de enterites. 1976 = 1ºs. casos humanos. 1982 = AIDS. Comportamento oportunista  indivíduos imunocompetentes.

BIOLOGIA - I Classificação Filo Apicomplexa, Classe Sporoasida, Ordem Eucoccidiida, Subordem Eimeriina, Família Cryptosporididae, Gênero Cryptosporidium. 13 Espécies (critérios morfométricos, especificidade de hospedeiro, estudos com base em DNA) - MOLNIS & THOMPSON (2003); XIAO et al. (2004) Mamíferos: C. muris, C. andersoni, C. parvum, C. hominis, C. wrairi, C. felis e C. canis. Aves: C. baileyi, C. galli e C. meleagridis. Répteis: C. serpentis e C. saurophilum. Peixes: C. molnari.

BIOLOGIA - II Hospedeiros Animais Domésticos (bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equinos). Animais de Estimação (cães e gatos). Animais de Laboratório. Mamíferos Silvestres. Aves Domésticas e Silvestres. Répteis. Peixes. Primatas não-humanos. Homem.

BIOLOGIA - III Localização: Intracelular extracitoplasmática (microvilosidades de céls. epiteliais do TGI, parênquima pulmonar, vesícula biliar, dutos pancreáticos, esôfago e faringe).

OOCISTOS Pequenos, esféricos ou ovóides, com 4 esporozoítos.

PATOGENIA E SINTOMAS - I Competência imunológica do hospedeiro. Imunocompetentes: Diarréia aquosa, anorexia, dor abdominal, náusea, flatulência, febre, dor de cabeça (quadro benignos e autolimitante = ~10 d). Indivíduos jovens. Imunossuprimidos: Sint. Crônicos (diarréia aquosa,  peso, desequilíbrio eletrolíticos, má absorção,  mortalidade).

PATOGENIA E SINTOMAS - II Outras Manifestações Clínicas: Colite, apendicite aguda, dilatação do duto hepático e pneumopatias. “Diarréia de verão” e “diarréia dos viajantes”.

EPIDEMIOLOGIA - I Cosmopolita = zoonose emergente mais importante da atualidade. Oocistos em indivíduos imunocompetentes e imunossuprimidos. Oocistos: Dispersão no ambiente (ar, insetos, fezes  água / alimentos). U.R. + T°C ideais = viáveis por várias semanas. Resistentes à maioria dos desinfetantes. Destruídos por dessecação, H2O2, amônia 5%, formol 10%, aquecimento 65°C/30 min.

EPIDEMIOLOGIA - II Prevalência: Variável (idade, hábitos, época do ano, área geográfica, densidade populacional, estado nutricional, imunocompetência). Países Desenvolvidos: 1-3%. Países Subdesenvolvidos: 5-15% (até 60%). Prevalência maior em crianças (6 meses a 3 anos). Brasil: Até 20% (crianças diarreicas e indivíduos com AIDS). Surtos Epidêmicos Oxford (Inglaterra). Milwaukee (EUA).

EPIDEMIOLOGIA - III F.I. = Mamíferos que estejam eliminando oocistos. V.E. = Fezes. V.T. = Ar, insetos, água , alimentos. P.E. = V.O., inalação. Transmissão Pessoa X pessoa. Animal X pessoa. Pessoa X animal.

DIAGNÓSTICO Clínico. Laboratorial: Demonstração de oocistos nas fezes; biopsia intestinal; raspado de mucosa. Métodos de Concentração: Centrífugo-flutuação em sol. sat. de sacarose (ou sol. de Sheather); sedimentação por formol-éter. Coloração: Ziehl-Neelsen modificado; Kinyoun modificado; safranina-azul de metileno, Giemsa, etc. Pesquisa de Ac circulantes: IFI, ELISA. Diferencial.

CRIPTOSPORIDIOSE Tratamento Profilaxia Sintomático. Droga eficaz (???). Profilaxia Precauções universais (lavagem das mãos, destino adequado de excretas, etc.). Higiene pessoal.