Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Carlos Alberto Ávila Araújo Universidade Federal.

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Carlos Alberto Ávila Araújo
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Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Carlos Alberto Ávila Araújo Universidade Federal de Minas Gerais 12 de novembro de 2014 Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação

1. Alguns fatos recentes Canadá: AN + BN; Europeana; Inglaterra: Cultural Heritage Informational Professionals; Discovery Project; EUA: AAM + ALA + SAA); OCLC: Beyond the silos of LAM; Suécia: Uppsala University Argentina: “I Congreso Nacional de Archivos, Bibliotecas y Museos - ABM 2010” “Encuentro Latinoamericano de Bibliotecarios, Archivistas y Museólogos (EBAM) Brasil: Integrar 2002, 2006; ABM pós-custodial 2011; Abrainfo; acordo 2013 entre IBRAM, AN e FBN

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 2. Desdobramentos teóricos? Instituições que possuem as três (UFMG, UnB, UFRGS, Unirio) ou dois deles (UFBA, UFF, UFPb, Unesp, Ufes, UEL, UFSC, FURG, UFPA, UFAM) Acaso ou implicações conceituais? “Tese” proposta: diálogo e cooperação é viável, desejável e possível ABM: pontos em comuns CI: desafio dos interlocutores privilegiados Este texto: “documento” como conceito operador de aproximação

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação UnB UFMG UFRGS Unesp UEL UFBA UFPb UFES UFSC UFPA FURG UFF UFAM Unirio UFPE UFG

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 3. Surgimento das áreas ABM Renascimento: primeiros tratados, coleção, acervo, “patrimônio”, tesouros – guarda, preservação Modernidade: rotinas institucionais, “gestão” Positivismo: técnicas de tratamento, regras, “nomos”, “grafias” Espaço reflexivo – ciências “auxiliares” Ciências dos objetos, das instituições que os custodiam e das técnicas para tratá-los Concretude do DOCUMENTO e das ações sobre ele

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação De re diplomática, de Dom Jean Mabbilon, publicada em 1681, que contém “os primeiros elementos da doutrina arquivística” (FONSECA, 2005, p. 31)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Advis pour dresser une bibliothèque, de Gabriel Naudé, publicada em 1627, que marca a “transição da biblioteconomia empírica para a moderna prática bibliotecária” (FONSECA, 1979, p. 11)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Museographia, de Gaspar Neickel, de 1727, com conselhos e normas sobre a exposição dos objetos em museus, a maneira de conservá-los e seu estudo (HERNÁNDEZ HERNÁNDEZ, 1998, p. 23).

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Consolidação de um modelo INSTITUIÇÕES COLETORAS (UNIDADES DE INFORMAÇÃO) OBJETOS CUSTODIADOS (DOCUMENTOS) REGRAS DE TRATAMENTO TÉCNICO DOS ACERVOS

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 4. Estudos funcionalistas Propostas para tornar A, B e M dinâmicos, vivos, ativos Lógica da eficácia, produtividade Cumprimento de funções/tarefas no ambiente mais amplo ao qual pertencem (sociedade como um todo; organizações) DOCUMENTO como função/recurso/fator de integração

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Arquivologia- Eficácia, arquivos correntes – Jenkinson, Casanova - Avaliação, teoria do valor – Muller, Brooks, Schellenberg - Records management, Warren - Dinamização de arquivos – Alberch i Fugueras Biblioteconomia- Public Library Movements, Horace, Mann - Referência, Green - Chicago, Butler, Shera, funções na sociedade - Cinco leis, Ranganathan; outros: Thompson, Urquhart - Library Media Centers Museologia- “Museum education”, Flower, Gilman, Coleman, Dana, Goode, iniciativas práticas (ex: Toledo) - Museu imaginário, Malraux – Centro Pompidou - Comunicação, Cameron - “Nova museologia” (Vergo, etc) - Tipologia de museus

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação

5. Estudos críticos Impacto do pensamento crítico sobre a corrente positivista Relação com processos de dominação, conflito, poder – ABM como espaços de contradições Denúncia dos papéis desempenhados por A, B e M Resgate da perspectiva histórica/contextual das instituições e das práticas DOCUMENTO como ideologia/conflito/exercício de poder

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Arquivologia- Critérios arquivísticos – Bautier, etc - Políticas nacionais de informação (Unesco) - “Mal estar” – Derrida, Colombo - Arquivística pós-moderna – Cook, Caswell, Schwartz Biblioteconomia- Ação cultural, gosto popular - Bibliotecas como “centro de cultura” (Milanesi) - Teoria marxista do escrito – Estivals, Meyriat, Breton Museologia- O “museu autoritário” – Valéry, Zola, Marinetti, Adorno - “Antimuseu” - Bourdieu, sociologia dos públicos - Anderson, “comunidade imaginada” - Museologia crítica: Santacana Mestre, Hernández Cardona

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação x x x x x

6. A perspectiva dos sujeitos Origem com pesquisas para dados de satisfação/avaliação (“feedback”) ou perfis de públicos – lógica de controle Crítica à perspectiva de A, B e M agindo sobre os indivíduos Sujeitos ativos, produtores de significado DOCUMENTO como apropriação, somente se realiza na perspectiva de um sujeito

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Arquivologia- Liberalização do acesso – CIA 1966, Taylor, Dowle, Cox – necessidades de informação - Cidadãos – Coeuré, Duclert Biblioteconomia- “Estudos de comunidade” - Hábitos de leitura – Brascomb, Knapp, Evans - Estudos de avaliação - Necessidades e usos, variáveis – Line, Paisley, Lancaster, Brittain - Abordagem construtivista – Kuhlthau, Todd Museologia- Estudos de visitantes – Galton, Gilman - Estudos comportamentais – Robinson, Melton - Estudos de aprendizagem – Cummings, Derryberry, Shettel - Abordagem construtivista – Eason, Friedman - Modelo tridimesional (Loomis), teoria dos filtros (McManus), modelo sociocognitivo (Uzzell)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação

7. Teorias da representação Aspecto inicialmente tratado apenas de uma perspectiva técnica – representação únivoca, correta Problematização das técnicas e depois da própria dimensão significativa dos acervos e instrumentos utilizados para sua representação Progressivo abandono de uma perspectiva representacional (espelho) em prol de uma semiótica DOCUMENTO como significação

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Arquivologia- Record group, CIA, 1964 – critérios para descrição - Manuais de Tascón, Tanodi - Teoria estruturalista de Laroche - Conceito de fundo e princípio de proveniência – Duchein, Lodolini, Duranti - ISAD (G) e ISAAR (CPF) Biblioteconomia- Catalogação – IFLA, AACR, ISBD; OCLC, FRBR - Classificação bibliográfica – Dewey, Cutter, Otlet - Teoria da classificação facetada – Ranganathan, CRG - Teoria do conceito - Linguagens de indexação Museologia- “Documentação museológica”, Taylor, Schnapper, Roberts - Práticas de significação – Semedo, Lorente, Duncan - Estudos culturais – Hooper-Greenhill, Pearce - Iniciativas: historicismo radical de Dorner, period rooms do Prado, Smithsonian, Trocadero, etc

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação

8. Abordagens contemporâneas Novos tipos de instituições e serviços Espaço extra-institucional Fluxos, circulação Interação mútua entre instituições e públicos Perspectivas globalizantes, sistêmicas, “totais”, “integrais” Imaterial Tecnologias digitais (mais do que instrumental) DOCUMENTO como construção coletiva/ponto de convergência

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Arquivologia-Conceito de arquivo – CIA 1962, Tanodi (“arquivalia”) - Tipos de arquivos – sonoros, visuais, microfilme, arte - Programa RAMP - A questão da tecnologia - Arquivística integrada – Couture, Rousseau, Ducharme - Arquivos como construções sociais – Thomassen, Delgado Gómez - História oral, arquivos pessoais e familiares Biblioteconomia-Mediação – Ortega y Gasset, Litton, Gómez Hernández, Estabel; “assembleia de usuários” (Fonseca) - “Biblioteca 2.0”, Casey, Miller; “Nova Biblioteconomia” (Lankes) - Competência informacional – Zurkowsky - Bibliotecas eletrônicas – Rowley Museologia-Ecomuseus e a Nova Museologia (Rivière, Varine) - ICOM Santiago 1972, Quebec 1984 – Minom - Musealização – Fernández Paz, Agudo Torrico, “bem cultural” -O “museal” x “ciência do hospital” - Stránský - Patrimônio imaterial - Museu virtual, Museum Informatics (Marty, Jones)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação

9. Ciência da Informação O início: Documentação; Library and Information Science (ALA x SLA); Information Scientists; Recuperação da Informação A fundamentação: Teoria Matemática A superação: a)Outros contextos: SIC, CD, IS, BCI b)As caracterizações: pós-moderna, social, interdisciplinar c)As teorias/subáreas: EPI, GIC, ORI, IM, EU A estruturação conceitual: três modelos de estudo da informação

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Primeira “virada” The Copenhagen Conference Theory and Application of Information Research, 1977 K (S) + I = K (S + S)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Segunda “virada” “Informação, num sentido existencial-hermenêutico, significa partilhar o mundo comum em termos temáticos e situacionais. Se procurarmos as condições que fundamentam nossa ação de comunicar um ao outro o possível significado das coisas dentro de horizontes específicos de entendimento, então a resposta hermenêutica é que nós podemos fazê-lo porque nós já compartilhamos o mundo. Portanto a informação não é o produto final de um processo de representação, ou algo que está sendo transportado de uma mente para outra, ou, finalmente, algo separado de uma subjetividade encapsulada, mas sim, uma dimensão existencial do nosso estar-no- mundo-com-os-outros” (Capurro, 1991)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 1a/1b: corpo de a e b 2a/2b: cérebro de a e b 3a/3b: psiquê (mente ou self) de a e b 4a/4b representação de um objeto (informação) do mundo exterior 5: mundo exterior 6: impressão de/sobre (ou processo de 'in-formação’) o objeto 7: objeto do mundo exterior 8a/8b: intercâmbio de informação entre a e b relativo às representações dos objetos do mundo exterior

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Os regimes de informação documentos sistemas regulatórios sistemas econômicos tecnologiasdimensão social diferentes sujeitos valores culturais diferentes sujeitos Inserção dos fenômenos informacionais em contextos concretos: modelos globais de compreensão; epifenômeno/iceberg INFORMAÇÃO

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação OBJETIVOSUBJETIVOINTERSUBJETIVO Capurro, 1991Representacional, E-M-R CognitivoPragmático Rendón Rojas, 1996 SintáticoSemânticoPragmático Saracevic, 1999Restrito (sinal)Amplo (compreensão) Mais amplo (tarefa e contexto) Ørom, 2000FísicoCognitivoAlternativo (semiótico) Fernández Molina e Moya Anegón, 2002 PositivistaCognitivoSociológico Silva e Ribeiro, 2002 Mensurável, reprodutível e transmissível Pregnância simbólica Estruturada pela ação e integrada num contexto Salaün e Arsenault, 2009 FormaConteúdoMeio (uso social)

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 10. Evolução das subáreas da CI TEORIA SISTÊMICA FLUXOS DE INFORMAÇÃO ESTUDOS DE USUÁRIOS TEORIA CRÍTICA REPRESEN TAÇÃO MODELO FÍSICO Conceito de relevância Fontes e canais de informação, GRI Estudos de uso, perfis, avaliação de Sis Desiguladade dos fluxos Sistemas universais, LDs, princípios gerais MODELO COGNITIVO SRIs orientados a usuários Razões de citação, colégios, conhec. tácito Comporta mento informacional Ação cultural, empodera mento SRIs orientados para busca, facetas MODELO INTERSUBJE TIVO Regimes de informação, redes Redes de pesquisa, cultura organizacional, compartilham. Práticas informacionais, mediação, competências Geopolítica, sociedade da informação Ontologias, folksonomias, indexação social

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Instrumentos para potencializar esse processo Sujeito Documento Transferência Informação = o “conteúdo objetivo” do documento que é transferido Transferência física ou construção de novos documentos/representantes Uso de tecnologias/técnicas de processamento Instrumentos para potencializar esse processo

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Dado = Documento Conhecimento Informação = aquilo que altera a estrutura de conhecimento Resultado do efeito do dado na mente do sujeito Instrumentos e sistemas voltados para duplicar o processo cognitivo de busca da informação

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação Acervo social do conhecimento Ser humano agente Desenvolve a todo momento ações pedagógicas, administrativas, jurídicas, culturais, sociais, etc Ato de IN-FORMAR: produzir registros materiais do conhecimento Ato de SE IN-FORMAR: utilizar/se apropriar dos registros materiais do conhecimento Instituições e sistemas que atuam nesse processo

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 11. Questões para a CI Conceito de informação: do “conteúdo objetivo” à interação dado/conhecimento, chegando à ação e ao contexto – retorno à noção de DOCUMENTO (neodocumentação) DOCUMENTO e intervenções sobre ele – mirar no visível para acertar o invisível, conhecer uma sociedade por meio de sua relação com o conhecimento registrado: é o OLHAR INFORMACIONAL

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação M. Bates: iceberg; A. Silva: epifenômeno H. Garfinkel, 1952: informação não como coisa mas como relação entre uma coisa e outras possibilidades – uma “coisa” humana só existe enquanto tal EM e ATRAVÉS DE seu relacionamento com a complexa trama de relações sociais na qual ela é constituída

Documento como ponto de diálogo entre Arquivologia, Biblioteconomia, Museologia e Ciência da Informação 12. Considerações finais ABMCI: são fruto de determinadas épocas, “episteme”(Foucault) Também respondem a certas questões DO DOCUMENTO – Burke: colhendo; analisando; disseminando; empregando conhecimentos Hoje: encontro de tendências conceituais; condições propícias para o diálogo