Curso de formação Controle Social do Orçamento Público 1ª aula Estado, Sociedade Civil, participação e controle social Maria do Carmo Albuquerque Escola.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
II Encontro Anual de Autoridades Locais
Advertisements

POMMAR/USAID-Partners
O planejamento e a gestão territorial no Brasil ocorrem em contexto marcado por pobreza, profundas desigualdades sócio-territoriais e grande concentração.
FUNDAMENTOS ÉTICO-POLÍTICOS DO TRABALHO DOS CONSELHOS DE COMUNIDADE
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte Pró-Reitoria de Extensão Campus Avançado Profª Maria Elisa de Albuquerque Maia Departamento de Educação MESA-
Os desafios atuais da participação popular
SEMINÁRIO DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE novembro/2010
PLANO DE GESTÃO.
Educação Permanente em Saúde :
Por que se mobilizar? “movimento é, literalmente, mudança de lugar e, assim, todo movimento social é, de alguma forma, em maior ou menor grau, portador.
PADRÕES DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICO-SOCIAL EM ÂMBITO LOCAL: UM ESTUDO DA CULTURA POLÍTICA DE IJUÍ – RS SURVEY - CAPITAL SOCIAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
CONTAG Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
Portaria nº 1.374, de 03/06/03, do MEC, instituiu um Grupo Permanente de Trabalho com a finalidade de apoiar a realização de seminários nacionais e estaduais.
COPROFAM EM DEFESA DA AGRICULTURA FAMILIAR, CAMPESINA E INDÍGENA www
Seminário de Conclusão do Curso de Extensão:
O papel político dos conselhos estaduais na 5ª Conferência Nacional das Cidades: atuação e passo a passo para mobilização O PAPEL POLÍTICO DOS CONSELHOS.
Participação Juvenil e a Luta por Políticas Públicas de Juventude no Brasil A EXPERIÊNCIA.
Conselho dos Representantes dos Conselhos de Escola
I Reunião - Preparatória Coordenadoria da Mulher
Importância do Papel da Rede de Articulação nas Políticas Públicas
Coordenadoria do Orçamento Participativo
A CONFERÊNCIA DA REFORMA URBANA
Boas vindas em nome do Ministério da Cidades e da UFMG PROGRAMA DE APOIO À EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – PROEXT MEC/CIDADES.
4ª Conferência das Cidades 2009/2010
Encontro Regional Sul de CONSEAs
Módulo I – UM NOVO CONCEITO E UMA NOVA METODOLOGIA DE PLANO DIRETOR
EDUCAÇÃO Não há uma única forma de Educação, nem um único modelo – esta ocorre em diferentes espaços e ambientes sociais ( na família, meios de comunicação,
MERCOSUL E PAÍSES ASSOCIADOS INICIATIVA
Implantação do SISAN municipal de Juiz de Fora - MG
Quem muda a Cidade somos nós: REFORMA URBANA JÁ!
Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - CONDRAF Grupo Temático: Educação do Campo.
FÓRUM DE BICICLETAS DE MANAUS O PAPEL DO ESTADO NAS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS ATRAVÉS DA MOBILIDADE.
Síntese das Conferências Estaduais: Processo de Mobilização e Conferências Eixo 1 – Processo histórico da participação popular no país, trajetória e.
Marcha das Margaridas 2015 Principais Conquistas
Seminário da Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador A Trajetória da Saúde do Trabalhador no Município CarlosNeder Carlos Neder A Política de Saúde.
Capivari de Baixo – Cidade da Educação Secretaria da Educação e Cultura.
ESTATUTO DA Criança e do Adolescente
SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS – SGD: uma breve revisão
Contexto de atuação do CME
Gestão Municipal da Habitação
Controle Social.
Processos legislativos e hierarquias de lei CarlosNeder Carlos Neder ENCONTRO DE IMERSÃO NA LEGISLAÇÃO BÁSICA PARA OS CONSELHEIROS ESTADUAIS DE SAÚDE MODALIDADES.
Controle Social: Papel e Organização da Sociedade Civil
Programa URB-AL Cooperação entre as cidades da América Latina e da União Européia.
REFORMA SANITÁRIA.
ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA Educação a Distância Fundação Oswaldo Cruz Lucia Dupret Coordenação Geral Programa de Educação a Distância Escola Nacional.
Indicadores de Saúde Gestão em Saúde Pública
DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO DO CAMPO
Sistema Único de Saúde - SUS
Antônio Carlos Miranda Secretário Municipal de Educação Viçosa/MG
FERNANDO REZENDE Tributação imobiliária e desenvolvimento municipal sustentável.
1 Oficina Técnica AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS
Pra poder ir para a escola
Movimento Nossa São Paulo 1.
MECANISMOS E PR Á TICAS DA GESTÃO DEMOCR Á TICA EM CURITIBA.
Sergio Luis Allebrandt
1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE AMBIENTAL
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação/SMPL Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento/SMAO Gerência de Planejamento e Monitoramento.
A 1ª Conferência Nacional das Cidades 23 a 26 de outubro de 2003 SIMONE GUERESI fevereiro de 2008.
5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
A Lei nº14.881, de 27/01/2011, criou o Instituto de Desenvolvimento Institucional das Cidades do Ceará (IDECI) com o propósito de apoiar e desenvolver.
Rede Internacional de Formação de Técnicos em Saúde — RETS —
Cidadania e Participação A constituição de 1988 representa um marco para sociedade brasileira, pois a cidadania é definida como um dos princípios básicos.
Democratização da Gestão do SUAS e vínculo SUAS Presidente do COEGEMAS/MS Sérgio Wanderly Silva Secretário Assistência Social.
Escola de Conselhos do Pará Vivência Formativa Eixo 2: Estado e Políticas CONCEPÇÃO DE REDE INTERSETORIAL JUSSARA AYRES BOURGUIGNON.
Tema 13: PANORAMA ATUAL DOS PLANOS DE SANEAMENTO NO BRASIL: O QUE FAZER APÓS A EDIÇÃO DO DECRETO 8.629/2015?
Processos de incidência política em moradia e habitat.
Instituições Políticas Brasileiras Prof. Octavio Amorim Neto EPGE/FGV-RJ.
Enfoques Marxistas En Trabajo Social.. Orçamento Participativo (OP) -(OP) é um mecanismo governamental de democracia participativa que permite aos cidadãos.
SETAS Controle Social da Política de Assistência Social.
Transcrição da apresentação:

Curso de formação Controle Social do Orçamento Público 1ª aula Estado, Sociedade Civil, participação e controle social Maria do Carmo Albuquerque Escola da Cidadania. Instituto Pólis 23 de outubro de 2009

Estado e sociedade civil As relações entre Estado e sociedade civil na historia da sociedade brasileira As relações entre Estado e sociedade civil na historia da sociedade brasileira O patrimonialismo, o clientelismo, o autoritarismo – das Capitanias hereditárias aos “caciques” atuais – no nível nacional, estadual, municipal e nos bairros O patrimonialismo, o clientelismo, o autoritarismo – das Capitanias hereditárias aos “caciques” atuais – no nível nacional, estadual, municipal e nos bairros Uma forma de participação subordinada e pouco democrática – assimilada por todos nós na sociedade civil e no Estado, arraigada em nossa cultura participativa. Uma forma de participação subordinada e pouco democrática – assimilada por todos nós na sociedade civil e no Estado, arraigada em nossa cultura participativa.

A Constituição de 88: novas relações entre Estado e sociedade Iniciativas da sociedade civil: os sindicatos, movimentos camponeses, os muitos movimentos sociais, as CEBS, a educação popular A construção do Estado brasileiro e de instituições públicas democráticas A Constituição de 88 e a constituição de espaços descentralizados e participativos

Políticas Públicas de Direitos  As lutas por direitos e políticas públicas: o movimento sanitarista, o movimento pela reforma urbana (e outros), as emendas populares  A descentralização: o papel do município brasileiro  A constituição dos sistemas participativos de políticas públicas  SUS, SUAS, SGDCA, Estatuto da Cidade, SNHIS, SISAN, Segurança Pública, Meio Ambiente, Cultura etc.

Experiências internacionais   Os Orçamentos Participativos: sucesso de exportação brasileira: Espanha, França, Portugal, Peru, Argentina, Chile etc.   Mesas de concertación locais – água (Venezuela) paz (Colômbia)   Conselhos e comitês de desenvolvimento local   Políticas de Infância e juventude: conselhos de direitos e conselhos tutelares (Argentina, Paraguai)   Movimentos pela Reforma Urbana (Argentina, Chile..)   Referendos e Plebiscitos (Uruguai)   Transparência e acesso a informação (México)   Etc. etc etc.

Experiências brasileiras Os sistemas participativos – nacional Os sistemas participativos – nacional Os orçamentos participativos – local Os orçamentos participativos – local Conselhos municipais desvinculados de sistemas – local Conselhos municipais desvinculados de sistemas – local Iniciativa popular de lei – o SNHIS Iniciativa popular de lei – o SNHIS As organizações autônomas – MST, FNRU, MOAB, CUT, Sindicatos. FBOMS, FBSAN As organizações autônomas – MST, FNRU, MOAB, CUT, Sindicatos. FBOMS, FBSAN A pressão popular – as ocupações urbanas e rurais, a Caravana do SUS, a internet (AVAAZ) A pressão popular – as ocupações urbanas e rurais, a Caravana do SUS, a internet (AVAAZ)

A qualidade das experiências brasileiras A qualidade das experiências brasileiras O Brasil é referência mundial em participação e controle social A força das organizações autônomas A descentralização – o papel do município, os sistemas – a incidência não se dá apenas no nível local Uma institucionalidade mais sólida que muitos países

Limites e desafios   Frustração e desânimo com a participação   A institucionalidade brasileira ainda é frágil, pouco democrática, desarticulada, permeada pela cultura autoritária e cilentelista   Falta reforma política, tributária, acesso à terra   A dívida social brasileira ainda é imensa - as conquistas são sempre insuficientes   A sociedade civil não dá conta dos desafios da participação – qualificação técnica, política e autonomia