Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros Manejo de Solos Curso de Zootecnia Prof. Etiane Skrebsky Quadros
Aula 2: Manejo de adubação nitrogenada em pastagens
Características do nitrogênio Macronutriente Móvel no solo e na planta
Características do nitrogênio Funções para os vegetais: Constituinte de aminoácidos, proteínas, ácidos nuclêicos, nucleotídeos
Características do nitrogênio Funções para os vegetais: Constituinte da molécula da clorofila
Características do nitrogênio Importância da adubação de N para as pastagens: Alongamento de folhas; Perfilhamento; Suculência das folhas; Aumento do ritmo de rebrota; Desenvolvimento do sistema radicular; Aparecimento e longevidade de folhas.
Características do nitrogênio
Características do nitrogênio
Deficiência de nitrogênio
Deficiência de nitrogênio Deficiência (inicialmente em folhas + velhas) Clorose (amarelecimento) Sob deficiência lenta: caule lenhosos e delgados síntese de antocianinas (pigmento arroxeado) menor relação R/PA e encurtamento do ciclo
Deficiência de nitrogênio
Ocorrência do nitrogênio tóxica para plantas e animais
Ocorrência do nitrogênio Formas preferenciais de absorção de N pelas plantas:
Adubos (Fertilizantes) Adubação orgânica x mineral
Adubos (Fertilizantes) Fórmula N total (%) Outros elementos Sulfato de amônio (NH4)2SO4 21 S Nitrato de amônio NH4NO3 32 - Uréia CN2H4O45 45 MAP NH4H2PO4 11 P DAP (NH4)2HPO4 17 Salitre NaNO3 16 Na Menor custo de produção em relação aos demais 50% do consumo mundial
Perdas de Nitrogênio
Perdas de nitrogênio Volatilização x Lixiviação
Perdas por Volatilização Perdas de Nitrogênio O sulfato de amônio possui metade da concentração de nitrogênio (N) comparado à Ureia, por outro lado, tem de 22 a 24 % de S. Utilizando o sulfato de amônio a dose deve ser o dobro da recomendada para a ureia A ureia em aplicação em temperatura elevada e baixa umidade do solo possui perdas que podem chegar a 80 % do total. Para reduzir a "volatilização" é importante optar pela incorporação do adubo o que pode encarecer o custo da aplicação. O uso continuo do sulfato de amônio pode acidificar o solo (reduzindo o pH). Perdas por Volatilização
Perdas de Nitrogênio
Perdas de Nitrogênio
Perdas de Nitrogênio Método de aplicação de uréia: Superficial (À lanço) Incorporado (Enterrar 5-10cm são suficientes)
Perdas de Nitrogênio
Perdas de Nitrogênio Incorporação do N é difícil em solos com palha na cobertura Ex: Plantio Direto: ☻máquinas com maior potência ☻+ demorado ☻maior custo
Perdas de Nitrogênio de perda de N
Perdas de Nitrogênio Perdas por Lixiviação
Parcelamento de Nitrogênio Parcelamento da adubação O parcelamento da adubação, de acordo com as necessidades da cultura das características do solo e do clima é, sem dúvida, uma das práticas e manejo mais recomendadas para aumentar a eficiência dos fertilizantes nitrogenados.
Parcelamento de Nitrogênio Em geral deve-se usar maior número de parcelamentos (3 e 4), sob as seguintes condições: a) altas doses de nitrogênio (120-150 kg N ha-1); b) solos de textura arenosa e/ou solos argilosos com baixa CTC; c) áreas sujeitas a chuvas de alta intensidade; d) variedades de ciclo longo, quando se tratar de culturas anuais.
Parcelamento de Nitrogênio Um número menor de parcelamentos da adubação (1 a 2) deve ser feito, sob as seguintes condições: a) doses de nitrogênio baixas ou medias (40-80 kg N ha-1); b) solos de textura média ou argilosa, com alta CTC; c) áreas sujeitas a chuvas de baixa intensidade; d) variedades de ciclo curto, quando se tratar de culturas anuais.
Ciclo do Nitrogênio
Ciclo do Nitrogênio Nitrificação/ Denitrificação Imobilização Fixação Absorção Assimilação Amonificação
Ciclo do Nitrogênio Amonificação/Mineralização N orgânico (MO) N inorgânico NH4+ NH4+ NH3 (gás amônia) = Volatilização
Ciclo do Nitrogênio Imobilização Mudança do N mineral em N orgânico, principalmente por microorganismos do solo.
Ciclo do Nitrogênio Nitrificação A nitrificação é fortemente favorecida pelas práticas de aeração, que oxigenam o solo
Forma preferencial de absorção pelas plantas Ciclo do Nitrogênio Nitrificação 2NH4+ + 3O2 2NO2- + 4H+ +2H2O 2NO2- + O2 2NO3- Nitrosomonas Nitrobacter Forma preferencial de absorção pelas plantas Tóxico às plantas
Ciclo do Nitrogênio Denitrificação NO3- N2 e N20 (formas voláteis de N) Processo anaeróbico Processo executado por microorganismos Ocorre sob condições de [O2] (solos mal drenados)
Ciclo do Nitrogênio Absorção
Ciclo do Nitrogênio Assimilação Simporte NH4+ Uniporte
Fixação de Nitrogênio Processo Industrial Processo Natural A fixação de N pode ser: Processo Industrial Processo Natural
Fixação de nitrogênio
Produzidos a partir de derivados do petróleo (Alto custo) Fixação de nitrogênio Produzidos a partir de derivados do petróleo (Alto custo)
Fixação de Nitrogênio Processo Natural Relâmpagos 8% Reação fotoquímica 2% Fixação Biológica 90%
Fixação de Nitrogênio
Bactérias que fixam Nitrogênio: Fixação Biológica de N É a enzima que catalisa a fixação do nitrogênio. Sua fixação requer condições anaeróbicas N2 NH4+ Bactérias que fixam Nitrogênio: Nitrogenase Não simbióticas Simbióticas Fixam 10-24 Kg ha-1 de N por ano Fixam 50-250 Kg ha-1 de N por ano Aeróbicas (Azobacter) Rhyzobium (leguminosas) Anaeróbicas (Clostridium) Facultativas (Bacillus) Família de plantas. Ex: soja, feijão, vagem, trevo...
Fixação biológica de N Estimativa da fixação de nitrogênio em algumas espécie leguminosas Espécie leguminosa Kg de N. ha-1. ano-1 Guandu (Cajanus cajan) 224 Soja (Glicine max) 119 Amendoim (Arachis hypogaea) 98 Ervilha (Pisium sativum) 64 Feijão (Phaseolus vulgaris) 56
Fixação biológica de N Estimativa da fixação de nitrogênio em algumas espécie leguminosas Espécie leguminosa N fixado Kg/ha/ano Alfafa 160-330 Trevo vermelho 85-200 Trevo branco 150-250 Ervilhaca 90-170 Feijão miúdo 65-130
Quantidade média de N fixado pelas leguminosas Fixação biológica de N Quantidade média de N fixado pelas leguminosas
O processo de nodulação Fixação biológica de N O processo de nodulação 1. Reconhecimento das raízes e Rhyzobium Rhyzobium de vida livre
O processo de nodulação Fixação biológica de N O processo de nodulação 1. Reconhecimento das raízes e Rhyzobium Rhyzobium de vida livre
O processo de nodulação Fixação biológica de N O processo de nodulação 2. Encurvamento do pêlo radicular
O processo de nodulação Fixação biológica de N O processo de nodulação 3. Formação de canais de infecção e invasão dos Rhyzobium pelas raízes
O processo de nodulação Fixação biológica de N O processo de nodulação 4. Formação dos nódulos Células infectadas Células divididas
O processo de nodulação Fixação biológica de N O processo de nodulação Bactérias convertidas em bacterióides começam a formar a enzima nitrogenase Leguminosas compensam Rhyzobium com carboidratos e os rhyzobium compensam as plantas com N fixado nódulos bacterióides
Fixação biológica de N Nodulação em soja
Fixação biológica de N Processo de colocar o inoculante (Rhyzobium) específico de cada espécie leguminosa em contato com as sementes da mesma.
Fixação biológica de N
Fixação biológica de N
Fixação biológica de N
Fixação biológica de N
Considerações sobre Adubação de N CUIDADOS: Perdas (Lixiviação x Volatilização) MANEJO: - Rotação de cultura (leguminosa em rotação)
N Considerações sobre a Adubação de N Transferência de N em rotação de cultura: Ex: com trevo vermelho N 80-160 kg N ha-1 para a cultura subsequente após mistura de gramínea/leguminosa; 160-260 kg N ha-1 após stands de leguminosa pura.
Considerações sobre Adubação de N MANEJO: - Estratégias de conservação do solo para manter o teor de matéria orgânica Adubação orgânica -PD -Adubação verde
Considerações sobre Adubação de N ÉPOCA DE APLICAÇÃO: Sincronismo entre a taxa de liberação do N do solo ou de resíduos vegetais, com a taxa de absorção pelas plantas. PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO: Adubação de base Adubação de cobertura Doses do adubo variam com o teor de MO (ROLAS) e de acordo com a produção esperada.
Considerações sobre a Adubação de N Os solos do RS tem o teor (%) de matéria orgânica variáveis e geralmente baixos. É comum a implantação de pastagens nas piores áreas da propriedade Produção de forragem produtividade Necessidade de N?
Considerações sobre a Adubação de N Necessidade de N? Maior modulador da produtividade; Cada kg de N aplicado: produz 20 a 40 kg de MS; Diretamente proporcional ao teor de Proteína bruta (PB).