A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS THOMAS S. KUHN

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A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS THOMAS S. KUHN FERNANDA MACHADO AMARANTE

Foto extraída do site: http://livrespensadores.org/artigos/as-revolucoes-cientificas-de-thomas-kuhn/

BIOGRAFIA Nascimento: 18/07/1922, Cincinnati – Ohio Educação elementar: escolas progressistas. Graduação em física: 1943, Harvard. Mestrado: 1946, Harvard. Até este momento: parco contato com a filosofia → Segunda Guerra Mundial → valorização de carreiras científicas em relação às matérias humanísticas. Doutorado: 1949, Harvard. Publicação de A revolução copernicana em 1957

Físico teórico X Filósofo BIOGRAFIA (CONT.) Lecionou História das Ciências, para curso de Ciências Humanas em Harvard; A estrutura das revoluções científicas, em 1962 → grande repercussão; Físico teórico X Filósofo Lecionou História da Ciência na Universidade da Califórnia, em Berkeley: desde 1956; Professor M. Taylor Pyne de Filosofia e História das Ciências: Universidade de Princeton, em 1964; Lecionou para o MIT, a partir de 1971; Falecimento: 17/06/1996, em Cambrigde - Massachusetts.

OBRAS 1957: A revolução copernicana; 1962: A Estrutura das revoluções científicas; 1970 segunda edição do livro A estrutura das revoluções científicas, acrescido de um pós-escrito; 1974: Reconsiderando os paradigmas; 1979: Teoria do corpo negro e descontinuidade quântica - 1894-1912.

A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Conhecimento científico → saltos qualitativos Importância de fatores psicológicos e sociológicos → golpe à cientificidade baseada na racionalidade; Inaugura discurso inovador → aspectos históricos x lógico-metodológicos

A ROTA PARA A CIÊNCIA NORMAL Ciência normal (conceito); Realizações e manuais científicos; Paradigmas; Maturidade da ciência → não são repentinas; Consenso estável → dificuldades; Coleta de fatos; Perplexidade; Considerar os eventos retrospectivamente.

A PRIORIDADE DOS PARADIGMAS Regras, paradigmas e ciência normal; Tradição e ciência normal – frustações; Falta de padronização e utilização dos paradigmas; Levantar problemas; Processo de aprendizado de uma teoria; Dificuldades: 1) descobrir as regras que guiaram tradições da ciência normal; 2) natureza da educação científica; 3) a ciência normal pode avançar sem regras; 4) existência de revoluções grandes e pequenas

A ANOMALIA E A EMERGÊNCIA DAS DESCOBERTAS CIENTÍFICAS Ciência normal x novidades; Descoberta Características Novidade e dificuldade – consciência da anomalia.

AS CRISES E A EMERGÊNCIA DAS TEORIAS CIENTÍFICAS Descobertas e novas teorias: fontes de mudanças de paradigmas; Consciência da anomalia e insegurança profissional → novas teorias; Fracasso na resolução de problemas; Importância da crise; Crise: momento de renovar os instrumentos.

A RESPOSTA À CRISE Crises: condições para novas teorias; Paradigma: rejeição x aceitação de outro; Crises e contra-exemplos; Anomalia e crise; Efeitos da crise: 1) quanto ao paradigma; 2) quanto às regras da pesquisa normal; 3) quanto ao problema. A pesquisa extraordinária; Transição para novo paradigma: Revolução científica

A NATUREZA E A NECESSIDADE DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Revolução científica: O que é? Qual a sua função? Paralelo com as revoluções políticas; Escolha entre paradigmas; Desenvolvimento da ciência: cumulatividade x revolução Reflexos da mudança do paradigma.

AS REVOLUÇÕES COMO MUDANÇAS NA CONCEPÇÃO DE MUNDO Mudança de paradigmas → mudança do mundo. A experiência com as lentes inversoras; A visão do mundo; “após uma revolução, os cientistas trabalham em um mundo diferente”. (p. 174)

A INVISIBILIDADE DAS REVOLUÇÕES Como terminam as revoluções científicas? Os manuais – fonte de autoridade; A necessidade de heróis → aparência linear da evolução da ciência; Distorções dos manuais → invisibilidade das revoluções;

O PROGRESSO ATRAVÉS DE REVOLUÇÕES Ciência normal e progresso; O isolamento das comunidades científicas; Período de crise: reflexos na rigidez educacional; A novidade; O processo de desenvolvimento; Novos questionamentos.

REFERÊNCIAS CÉSAR, Mário. As revoluções científicas de Thomas Kuhn. Disponível em http://livrespensadores.org/artigos/as-revoluções-cientificas-de-thomas-kuhn/print/ GASPAR, Danilo Gonçalves; BARREIROS, Lorena Miranda Santos; SAMPAIO, Marcos. A metodologia da pesquisa no Direito e Thomas Kuhn. in PAMPLONA FILHO, Rodolfo; CERQUEIRA, Nelson. Metodologia da pesquisa em Direito e a Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2011. pp. 111-126. KUHN, Thomas Samuel. A estrutura das revoluções científicas. tradução de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. 10. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011.