Epidemiologia Analítica

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
TESTES DE DIAGNÓSTICO E SUA INTERPRETAÇÃO: ESTRATÉGIAS SANITÁRIAS APLICADAS AOS PROGRAMAS DE CONTROLE DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE Prof. Dr. Paulo Roberto.
Advertisements

Avaliação de testes diagnósticos
Avaliação de testes diagnósticos
SENSIBILIDADE, ESPECIFICIDADE E VALORES PREDITIVOS
VALIDADE DOS TESTES DIAGNÓSTICOS Karin Regina Luhm
PROBABILIDADE E AVALIAÇÃO DE TESTES DE DIAGNÓSTICOS
Epidemiologia Analítica
Medidas de validade de testes diagnósticos
Aspectos Econômicos dos Recursos Hídricos. Um projeto de aproveitamento hídrico envolve muitas opções diante de alternativas fisicamente viáveis.
Mariur Beghetto Diagnóstico de enfermagem Julgamento clínico Precede a seleção das intervenções Julgamento clínico Precede a.
Testes de hipótese com uma amostra. Teste de hipótese  Um processo que usa estatísticas amostrais para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro.
  Baseado inicialmente pelo motivo do encaminhamento,  Objetivo de responder a questionamentos levantados pelas hipóteses  A partir da demanda questionar.
Avaliação de Testes Diagnósticos e de Rastreamento.
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA.
Conceitos Básicos Prof.: Nivaldo T. Schiefler Jr. / Edson H. Watanabe
Bioestatística e Epidemiologia Tabelas e gráficos
MATEMÁTICA.
Comparação de proporções
TESTES DIAGNÓSTICOS.
Epidemiologia Analítica
Profa Dra. Denise Pimentel Bergamaschi
TESTES DE HIPÓTESES.
O OBJETIVO FUNDAMENTAL DA DISCIPLINA
DISTRIBUIÇÃO NORMAL.
Medidas de Dispersão para uma amostra
MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA APÓS EXERCÍCIO DE FORÇA E AERÓBIO DE ALTA INTENSIDADE EM IDOSOS 1,2SARDELI A.V., 2FERREIRA M. L.V., 2SANTOS L.C., 1,2CAVAGLIERI.
Título do Trabalho Apresentação de Casos Clínicos
Profa Dra. Denise Pimentel Bergamaschi
Or. Fabiana Vargas Ferreira
Melhoria da Atenção a Saúde do Paciente Hipertenso e diabético, na UBS São Francisco de Paula, Frederico Westphalen/RS Aluna: Sarah Stoffel Dal- Ri Orientadora:
Abraham Yu Natália & Vivi EAD-FEA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
Inferência Estatística aplicada à Pesquisa em Saúde.
FATORIAL DE UM Nº NATURAL
Bioestatística Professora Livre Docente Suely Godoy Agostinho Gimeno
Desenhos de Estudo em Epidemiologia Ocupacional
Profa. Alessandra Xavier Pardini Imunologia Clínica
Tópicos em Econometria I
UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA - EaD Atenção à saúde de Hipertensos.
Epidemiologia Analítica
Medidas de Dispersão Mostra quanto dispersos estão os dados em torno da média Amplitude Variância Desvio-padrão Comparação da dispersão dos elementos dos.
Avaliação de testes diagnósticos
Zvi Covaliu e Robert M. Oliver
INDICADORES DE SAÚDE.
Testes Diagnósticos 2017 Cassia Maria Buchalla.
Exemplo – análise de sensibilidade da CIA
Ms.Rosebel Trindade Cunha Prates
9. Testes de Hipóteses Paramétricos
INCIDÊNCIAEPREVALÊNCIA. POPULAÇÃO DE RISCO Medidas de ocorrência de doenças – estimativa correta do número de pessoas em consideração – apenas pessoas.
Introdução às distribuições normais AULA 5. Propriedades de uma distribuição normal Suas média, mediana e moda são iguais. Tem forma de sino e é simétrica.
CURSO DE DIREITO TRABALHISTA.
Maria Luiza Garcia Rosa Sandra Costa Fonseca
Universidade Federal de Pelotas
TESTES DIAGNÓSTICOS E VALIDADE AULA 2.
Avaliação de testes diagnósticos
Autora: Lorena Vanni Reali Orientadora: Simone Damásio Ramos
Instalação e Manutenção de Computadores Técnico em Informática MAI1
Disciplina: Bioestatítica
Integrantes: Elias Melo Nívea Juscelino Polyane Pereira
Aula 2 Suelen Peixoto Marinho de Deus.
ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS Ensaios Clínicos Os antiinflamatórios não esteroidais (AINES) seletivos para COX2 são mais eficazes e produzem menos efeitos.
Disciplina: Bioestatítica
Introdução à Economia Pedro Telhado Pereira.
Referência: Pinto, Cristine Campos de Xavier
Epidemiologia clínica
Teste de estabilidade de produto farmacêutico
Propriedades de testes diagnósticos
Lista 3 Medidas de Associação
DIABETES MELLITUS – TIPO II. A diabetes tipo II O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações,
Epidemiologia Analítica
Transcrição da apresentação:

Epidemiologia Analítica TESTES DIAGNÓSTICOS 1

Introdução Busca do diagnóstico Conscientemente ou não usa-se um raciocínio probabilístico Uso de testes diagnósticos para reduzir ao máximo o grau de incerteza do diagnóstico Leis da probabilidade Padrão ouro.

CASO CLÍNICO (1) Passo 1: Queixa principal e HPP Homem de 61 anos, comerciário, atendido na UPA QP: tosse há 2 semanas, tem secreção esverdeada e febre de 38,8, com calafrios e sudorese. Nega tabagismo.

Passo 1: QP e HPP Baseado nessa informação, que hipóteses diagnósticas você levantaria? Com que probabilidades?

Probabilidade pré-teste

Identificar status Doença Como calcular? Possíveis Resultados de um Teste Diagnóstico para Identificar status Doença DOENÇA (padrão-ouro) TESTE PRESENTE AUSENTE TOTAL + a Verdadeiro positivo b Falso positivo a + b - c negativo d Verdadeiro negativo c + d a + c b + d a + b + c + d

Onde usar? Testes sensíveis Testes específicos

Valor Preditivo Ao solicitar um teste diagnóstico, o médico leva em conta a sensibilidade e a especificidade. Entretanto, dado que o exame foi realizado, qual a probabilidade de um resultado positivo ter realmente identificado a doença? A probabilidade de doença, dados os resultados de um teste diagnóstico, é denominada valor preditivo do teste, que pode ser dividido em: Valor Preditivo Positivo (VPP) Valor Preditivo Negativo (VPN)

Valor Preditivo Positivo (VPP)

Valor Preditivo Negativo (VPN)

Determinantes do Valor Preditivo O valor preditivo não é propriedade apenas do teste, sendo determinado, não apenas pela sensibilidade e pela especificidade mas também pela prevalência da doença na população testada. Nesse caso, a prevalência da doença deve ser interpretada como a probabilidade de o indivíduo ter a doença antes da realização do teste diagnóstico, por isso ela é denominada também probabilidade pré-teste. Os valores preditivos positivo e negativo são estimativas da mesma probabilidade para aqueles indivíduos que tiveram os testes positivo e negativo, respectivamente. Por isso, o valor preditivo é denominado também probabilidade pós-teste.

Relação entre Sensibilidade e Especificidade Qual o ideal?

Relação entre Sensibilidade e Especificidade Qual o real?

Na prática, pode ocorrer uma superposição de valores Na prática, pode ocorrer uma superposição de valores. Ou seja, indivíduos podem ser diabéticos, mesmo tendo uma glicemia dentro dos limites da normalidade. E, indivíduos normais podem possuir uma glicemia um pouco elevada.

De acordo com a escolha do ponto de corte, é possível tornar o teste mais sensível ou específico. Sempre que se aumenta a sensibilidade se diminui a especificidade e vice-versa. Em geral qual o ponto de corte escolhido?

A Tabela 21.4 mostra a relação entre sensibilidade e especificidade para diferentes pontos de corte em relação ao diagnóstico do diabetes

Uma forma de expressar graficamente a relação entre a sensibilidade e a especificidade é através da construção da curva ROC (receiver operator characteristic curve).

Quanto mais próxima a curva estiver do canto superior esquerdo do gráfico, melhor será o poder discriminatório do teste diagnóstico e quanto mais distante, até o limite da diagonal do gráfico, pior será o seu poder de discriminar doentes e não doentes Pode servir como orientação para a escolha do melhor ponto de corte de um teste diagnóstico que, em geral, localiza-se no extremo da curva próximo ao canto superior esquerdo do gráfico. Comparação de dois (ou mais) testes diagnósticos para a mesma doença. Nesse caso, o poder discriminatório do teste, pode ser mensurado através do cálculo da área sob a curva ROC; quanto maior for a área, tanto melhor será o teste diagnóstico.

Testes múltiplos (série e paralelo). Não existem testes 100% seguros, além disso, muitos testes são muito caros ou oferecem risco ou desconforto ao paciente. Frequentemente, é necessário lançar mão de um verdadeiro arsenal para diagnosticar uma determinada doença, solicitando um conjunto de testes diagnósticos.

Série ou Paralelo A utilização de múltiplos testes na prática clínica aumenta a qualidade do diagnóstico, diminuindo o número de resultados falsos. Quando os resultados dos testes são consistentes, o processo de diagnóstico ou afastamento de uma doença é mais fácil... Os testes múltiplos podem ser solicitados todos ao mesmo tempo (testes em paralelo), ou sequencialmente (testes em série).

Testes em Paralelo

Exemplo (paralelo)

Testes em Série

Exemplo (série)