O AMBIENTE HOSPITALAR.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Heloísa de Andrade Lins, Antonio Giovani Boaes Gonçalves.
Advertisements

Residência Farmacêutica Visão Humanista
Atuação do Psicólogo em Hospitais
OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE DISCIPLINA
Enfª Eliane Velame Santos
FILOSOFIA DE ENFERMAGEM
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ENFERMAGEM
Relacionamento Terapêutico
TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
Teoria “Um conjunto de conceitos inter-relacionados, definições e proposições com a finalidade de descrever, explicar, prever e controlar fatos/eventos.
Desmistificando o ensino de odontologia na sua relação com o SUS
A Educação Física na Educação Infantil: a importância do movimentar-se e suas contribuições no desenvolvimento da criança.
Dr. José Antônio Cordero CRM-PA
Políticas Sociais em Saúde Pública
CÓDIGO DE DEONTOLOGIA DA ENFERMAGEM
FUNÇÕES DENTRO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Noções de administração em enfermagem II
A Enfermagem na Era da Informática
Política Nacional de Saúde do Idoso
Enf. Lícia Maria Oliveira Pinho
II Jornada Científica dos Estudantes de Medicina da UNIGRANRIO
Desmistificando a Psicologia Organizacional
O hospital. Profª Simone Paixão.
O PAPEL DO MÉDICO NAS EQUIPES DE SAÚDE
Acolhimento O que entendemos por acolhimento?
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
PROFESSORA: PAULINA A.M.PEREIRA
Políticas de Prevenção de Atendimento à Saúde dos Trabalhadores da Educação CONAE 2010 Maria de Fátima B. Abdalla
Entenda as Funções de cada Profissional da área de Enfermagem
ESF Integralidade da assistência
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
Modelo biologista e tecnicista hegemônico
Gestão Hospitalar Tatiana Dornelas de Oliveira
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE
TEORIAS DE ENFERMAGEM Prof. Diego Louzada.
Gestão Farmacêutica – Organização Hospitalar
Política Educacional Brasileira
ACOLHIMENTO EM REDE.
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
Prof. Bruno Silva Aula de Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental
Aspectos Éticos na relação com a equipe profissional
HOSPITALIZAÇÃO Profª. Enfª. Paula.
Área de abrangência da Equipe de Saúde da Família
HOSPITALIZAÇÃO.
Atividades Físicas e Atendimento de Emergência
O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM OS SISTEMAS DE SAÚDE ?
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Educação permanente Prof Rodrigo Bueno.
O que é Enfermagem? PROFA. HALENE MATURANA..
CUIDADOS PALIATIVOS PROF. LUCIA.
Estratégia de Saúde da Família
Processo de Cuidar I Níveis de Atenção/Níveis de Cuidado
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Enfermagem em Trauma e Emergência
Estrutura Administrativa
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO – JUVENIL CAPSi
Políticas Públicas de Saúde: PSF
1 Estrutura Administrativa O estudo da Administração Pública em geral, compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, devem partir do conceito de.
Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem
REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
ou seja, resultado de determinações históricas estruturais
Saúde mental.
O HOSPITAL Enfª. Adriana santos. Hospital Hospital Produto Produto Cenário Cenário Empresa Empresa Saúde Saúde Sistema de Saúde/ Sistema de Saúde/ Sistema.
Atendimento Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24horas)
NASF e AME : CONSTRUINDO A REDE DE CUIDADOS NA ZONA SUL DE SÃO PAULO Ana Paula da Silva Delgado 1, Érica Veneroni Pinto 2, Mônica Heiderich 3, Kátia Ap.
Revisão Luciane De Rossi. Breve Histórico Século XIX: – Emergiram conceitos de medicina social e saúde coletiva: relação entre saúde e condições de vida;
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
Prof. Vinicius Padilla PRÁTICA DA PSICOLOGIA CLÍNICA EM HOSPITAIS.
Aspectos Éticos e Legais
Transcrição da apresentação:

O AMBIENTE HOSPITALAR

O HOSPITAL E O AMBIENTE Como um local de hospedar, o hospital abriga as pessoas que precisam de tratamento ou de um diagnóstico, e recebe de tempos em tempos clientes doentes e seus visitantes. No entanto, o hospital também é o local da saúde, da prevenção, da discussão, do treinamento, do ensino e do debate sobre tudo o que interessa aos funcionários e aos clientes.

O HOSPITAL E O AMBIENTE Clarke (1989), depois de várias pesquisas em hospitais americanos, diz que o hospital do futuro tem outras missões além do tratamento e da cura. Para ele, o hospital é uma empresa, um hotel onde as pessoas devem internar-se com sua família. Enquanto um faz check­up, os demais se divertem dentro do próprio hospital, passeando por pequenos shoppings, participando de conferências, assistindo a filmes, discutindo sobre etnia, política e economia.

O HOSPITAL E O AMBIENTE O ambiente é o espaço em que as práticas de cuidar acontecem. Entendido mais profundamente, é o lugar onde as relações humanas e as interações subjetivas acontecem, onde todos (equipe de saúde e clientes) se encontram para cuidar e serem cuidados. Um ambiente não deve ser só de trabalho, mas ser também ambiente de prazer, de alegria, de bem-estar.

O HOSPITAL E O AMBIENTE Para Clarke, os hospitais do futuro devem optar por cores alegres, luzes néon, plantas, jardins, música suave, como condição desencadeante de estímulos para a cura e não para a doença. Não podemos esquecer, sem dúvida, que limpeza, aeração e iluminação são condições fundamentais para que todos os envolvidos se sintam da melhor maneira possível.

O HOSPITAL E O AMBIENTE Ainda que essa idéia ainda não seja aplicada nos hospitais públicos, já é comum em hospitais particulares. O ambiente é para todos, mesmo que as funções sejam diferentes, porque cada um tem um saber que é ampliado ou não. Tudo depende do nível do curso e do que se quer dos futuros profissionais.

O HOSPITAL O termo hospital origina-se do latim hospitiu, que quer dizer "local onde se hospedam pessoas", em referência a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir do século IV d.C, cuja finalidade era prover cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes peregrinos.

O HOSPITAL Hospital é um estabelecimento próprio para internação e tratamento de doentes ou de feridos, que deve agir com hospitalidade e benevolência (HOUAISS, 2004). Segundo o Ministério da Saúde (MS), hospital é definido como "estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou de não-internação, no caso de ambulatórios e outros serviços".

O HOSPITAL Os Hospitais ou Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), de acordo com a natureza da Unidade, podem ser divididos ou classificados de várias maneiras: Especialidades Número de Leitos Resolutibilidade Propriedade

CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS ESPECIALIDADES De acordo com as especialidades existentes, o hospital pode ser classificado como: Geral: Destinado a prestar assistência nas quatro especialidades médicas básicas: clínica-médica, clínica cirúrgica, clínica gineco-obstétrica e clínica pediátrica. Especializado: Com assistência em especialidades como maternidade, neurocirurgia, etc.

CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS NÚMERO DE LEITOS De acordo com seu número de leitos, o hospital pode ser classificado em porte: Pequeno - até 50 leitos. Médio - de 51 a 150 leitos. Grande - de 151 a 500 leitos. Porte especial - para os acima de 500 leitos.

CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS RESOLUTIBILIDADE Hospital secundário - Geral ou especializado, com assistência nas especialidades médicas básicas. Geralmente, oferece alto grau de resolução de problemas de saúde de seus pacientes no próprio hospital. Hospital terciário - Especializado ou com especialidades. Destina-se ao atendimento também em outras áreas médicas além das especialidades básicas.

CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS PROPRIEDADE Hospital Público - Aquele que integra o patrimônio da União, Estados, Distrito Federal e Municípios; autarquias, fundações instituídas pelo poder público, empresas públicas e sociedade de economia mista (pessoas jurídicas de direito privado). Hospital Privado ou Particular - Integra o patrimônio de uma pessoa natural ou jurídica de direito privado, não-instituída pelo Poder Público.

CLASSIFICAÇÃODOS HOSPITAIS Beneficência e Filantropia - Os hospitais privados podem ser ou não beneficentes - estes, mantidos com contribuições e doações particulares, para prestação de serviços a seus associados (revertidos na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos sociais); podem prestar serviços a terceiros (SUS, convênios. etc.).

CLASSIFICAÇÃODOS HOSPITAIS O hospital filantrópico presta serviços para a população carente, por intermédio do SUS, respeitando a legislação em vigor. Sob a denominação de filantrópico, diz "encontrou-se um conjunto de instituições que compreende desde as tradicionais Santas Casas de Misericórdia, berço da rede hospitalar brasileira, até instituições aparentemente lucrativas que, utilizando os mais diversos artifícios, adquirem a natureza jurídica de filantrópicas.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM Nenhuma ciência pode sobreviver sem filosofia própria. Embora esta muitas vezes não apareça de maneira clara e por escrito, percebe-se que todos os cientistas, daquele ramo do saber humano, estão ligados entre si por comum unidade de pensamento: na filosofia científica. A filosofia leva à Unidade de pensar, e este pensar se dirige à busca da Verdade, do Bem e do Belo.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM A enfermagem, como os outros ramos do conhecimento humano, não pode prescindir de uma filosofia unificada que lhe dê bases seguras para o seu desenvolvimento. Filosofar é "pensar a realidade", é "uma interrogação". Inúmeros são os conceitos de filosofia, mas todos eles têm em comum: o Ser, o Conhecer e a Linguagem.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM O Ser "é aquilo que é", é a realidade. Na enfermagem distinguimos três Seres: o Ser-Enfermeiro, o Ser-Cliente ou Paciente e o Ser-Enfermagem. O Ser-Enfermeiro é um ser humano, com todas as suas dimensões, potencialidades e restrições, alegrias e frustrações; é aberto para o futuro, para a vida, e nela se engaja pelo compromisso assumido com a enfermagem.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM Este compromisso levou-o a receber conheci­mentos, habilidades e formação de enfermeiro, sancionados pela so­ciedade que lhe outorgou o direito de cuidar de gente, de outros seres humanos. Em outras palavras: o Ser-Enfermeiro é gente que cuida de gente. . O Ser-Cliente ou Paciente pode ser um indivíduo, uma família ou uma comunidade; em última análise, são seres humanos que necessitam de cuidados de outros seres humanos em qualquer fase de seu ciclo vital e do ciclo saúde-enfermidade.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM Quando o Ser-Enfermeiro está isolado, ele não exerce enfermagem a não ser consigo mesmo. Para que surja o Ser-Enfermagem é indispensável a presença de outro ser humano, o Ser-Cliente ou Paciente. Do encontro do Ser-Enfermeiro com o Ser-Cliente ou Paciente surge uma interação resultante das percepções, ações que levam a uma transação; neste momento surge o Ser-Enfermagem: um Ser abstrato, um Ser que se manifesta na interação e transação do Ser-Enfermeiro com o Ser-Cliente ou Paciente.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM O Ser-Enfermagem é um Ser que tem como objeto assistir às necessidades humanas básicas. Está, portanto, intrinsecamente ligado ao ser humano. O Ser-Enfermeiro aparece na iminência ou na transcendência da ação de Enfermagem. O aspecto iminente da ação do Ser-Enfermeiro surge naquilo que é rotineiro, cotidiano, mas não fica a ele limitado.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM Para atingir sua plenitude de ação o Ser-Enfermeiro se subtranscende e pode alcançar assim os níveis mais elevados do Ser-Enfermagem. Transcender o Ser-Enfermagem é ir além da obrigação, do "ter o que fazer". É estar comprometido, engajado na profissão, é compartilhar com cada ser humano sob seus cuidados a experiência vivenciada em cada momento. É usar-se terapeuticamente, é dar calor humano, é se envolver (sem base neurótica) com cada ser e viver cada momento como o mais importante de sua profissão.

A FILOSOFIA DE ENFERMAGEM Esta transcendência assume um caráter mais importante no binômio vida-morte. Ajudar a vir ao mundo um novo ser, nele ver todo o potencial que se desenvolverá, o mistério da vida, é transcendental. A morte, fim inevitável de todos nós, é a ocasião única para a transcendência do Ser-Enfermagem, no exato momento em que ajuda outro ser a crescer e se auto transcender na passagem para uma outra vida, da qual pouco ou nada sabemos, mas que, com a ajuda do Ser-Enfermeiro, o ser humano suporta sem temor, em paz, com segurança. Obter este resultado leva o Ser-Enfermeiro aos píncaros da Transcendência do Ser-Enfermagem. É uma experiência única e que jamais se repete por igual.

FUNÇÕES DA ENFERMAGEM Assistir em enfermagem é: fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo; ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar; orientar ou ensinar, supervisionar e encaminhar a outros profissionais.

FUNÇÕES DA ENFERMAGEM As funções da (o) enfermeira (o) podem ser consideradas em três áreas ou campos de ação distintos: Área específica - Assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e torná-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado.

FUNÇÕES DA ENFERMAGEM Área de interdependência ou de colaboração - A sua atividade na equipe de saúde nos aspectos de manutenção, promoção e recuperação da saúde. Área social - Dentro de sua atuação como um profissional a serviço da sociedade, função de pesquisa, ensino, administração, responsabilidade legal e de participação na associação de classe.

Manter, prover e recuperar a saúde FUNÇÕES DA ENFERMAGEM Específica: Assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e ensinar o autocuidado Social: Ensino, pesquisa, administração, responsabilidade legal, participação na associação de classe Independência Manter, prover e recuperar a saúde

BIBLIOGRAFIA LIMA, Maria José. O que é enfermagem. 2ª Ed, São Paulo: Brasiliense, 1994. FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida. Práticas de Enfermagem – Fundamentos, Conceitos, Situações e Exercícios. São Paulo: Difusão Enfermagem, 2003. HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.