Integração e inclusão: Diferença, diversidade e preconceitos Faculdade Signorelli Disciplina. Educação Inclusiva Profa Patricia Maneschy
Modelo da Integração Até os anos 70 alunos com condições de acompanhar os modelos de ensino e o ritmo de aprendizagem da maioria dos alunos. A deficiência problema estava na pessoa. Precisava modifica - lá - habilitar, educar, para tornar-se apta e aceita nos padrões determinados pelo meio social que pertencia - escola, família, empregos, ambientes sociais, outros.
Encontrávamos e ainda encontramos... “cenas” da vida real ou em filmes, maus tratos, negação da presença, deboche, piadas. E frequentar ESCOLAS exigia PREPARO PRÉVIO em Classes Especiais ou Escolas Especiais.
Essas “cenas” negam o direito ao relacionamento com outros nas mais diferentes naturezas; o amor, o carinho, a alegria, o convívio educativo, e até mesmo o intelecto para conversar.
Modelo da Inclusão A deficiência não é um problema que está no aluno. É o resultado da incapacidade da sociedade em fornecer á essa pessoa condições favoráveis em atender as suas necessidade no convívio em sociedade e na garantia de seus direitos em igualdade às outras pessoas.
A responsabilidade é da sociedade em acolher Considerando... O respeito as diferenças, Abrindo seus espaços coletivos, e Criando políticas. As escolas, empresas, programas, sérvios, os ambientes físicos, os recursos tecnológicos, acessos à leitura, escrita, artes e outros ambientes de conhecimento, saúde, lazer e trabalho devem estar devidamente preparados para acolher a pessoa.
O Contra – ponto... Despreparo da sociedade para realizar a proposta, Argumentos vazios... “Ilusão para educação”, “Classes especiais são necessárias” porque o atendimento seria melhor, e As escolas não estão preparadas... QUAL DILEMA... (Vamos debater)
Igualdade... A educação é um direito intransferível, nem a instituição escolar e nem qualquer pessoa pode negar esse direito a outras pessoas, seja criança, adolescente ou adulto.
Referencial conceitual e teórico pedagógico Pensado por educadores contemporâneos que constroem essas ideias em um momento histórico, contextualizado e com práticas viáveis de serem realizadas social e educacionalmente.
Centralidade da cultura “Quando emerge a “política de identidade” nas sociedades pós-modernas, em que a visão teórica é a centralidade da cultura como eixo epistemológico, ou seja, os movimentos multiculturalistas, o conceito de diferença ganha importância na teorização educacional. A referência baseia-se nas diferenças culturais entre os diversos grupos sociais, que estão definidos em termos de divisões sociais tais como classe, raça, etnia, gênero, sexualidade e nacionalidade” (SILVA, 2000).
DIFERENÇA É um processo social estreitamente ligado à significação. Esses dois fundamentos podem ser considerados para a nossa discussão sobre o contexto da deficiência, pois em ambos encontramos essa representação na sociedade.
DIVERSIDADE Está presente no contexto da “política de identidade”, associado ao movimento do multiculturalismo. Considera que a sociedade contemporânea é caracterizada por uma diversidade cultural, implica em dizer que coexistem diferentes e variadas formas de manifestação da existência humana (étnicas, raciais, gênero, sexuais). Silva (2000).
Diversidade – termo usado para “advogar uma política de tolerância e respeito entre as diferentes culturas”. Silva (2000) considera que, como esse conceito se baseia no essencialismo cultural traz implícita a ideia de que a diversidade está dada, ou seja, ela preexiste aos processos sociais, ou seja, foi criada. Mas podemos considerar nesse caso o uso do conceito de “diferença”, por enfatizar o processo social de produção da diferença e da identidade, em suas conexões, sobretudo, com relações de poder e autoridade (SILVA, 2000, p. 44-45).
A construção do Preconceito O preconceito está inscrito na história da humanidade, pois nasce com o próprio medo do homem sobre tudo que lhe é diferente, do “outro e causa a insegurança. Frente ao desconhecido – atitudes de preservação, proteção, medo, defesa ou ataque. Conduz preconceitos e discriminação.
Mudanças sociais Coletividade é responsável, Rotulações, Santos (2001) nos colocam diante do metadireito é que o direito de ter direitos, e diz: “todos temos direito a ser iguais quando a diferença nos diminui e todos têm o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza” (p. 188).
Na sala de aula... Geralmente na Escola Pública – alunos com momentos de aprender diferentes. Homogeneidade é impossível processos de ensino e aprendizagem não funcionam na lógica - “todos ao mesmo tempo e as mesmas coisas” (grifo nosso)
Uma séria questão . Como articular ... Rodrigues nos diz (2005, p. 53); O mito da homogeneidade como condição de qualidade, comum a pais e professores, assume aspectos de um dilema quando, por exemplo, uma escola faz um esforço para usar modelos mais inclusivos de admissão e organização, de planejamento e de gestão da sala de aula, e este esforço não é reconhecido e valorizado pelos pais.
A perspectiva dos alunos com necessidades especiais podemos dizer que vivenciamos um PARADOXO: encontrar a qualidade junto à igualdade.
O modelo de inclusão provoca nossa discussão sobre a questão: o que é estar incluído na escola? E, a presença do aluno na condição de diversidade funcional incluído em sala de aula do ensino regular , não pode ser apenas por sua diferença física ou de outra natureza, mas sim de tratar a inclusão pela vivencia de uma prática mútua de pertença à escola e ao projeto de ensino adequado e garantido via oferta das práticas pedagógicas na pedagogia da diferença que respeita a diversidade dos alunos em seus processos de aprendizagem.
O que devemos fazer para efetivar a Educação Inclusiva Matricular o aluno em escolas de ensino regular em classes comuns (acesso), Garantir permanência e aproveitamento, Atendimento à sua necessidade, Equipamentos adequados, Preparo dos professores e demais profissionais no âmbito da resposta escolar, Incluir a família e comunidade escolar.
Educação Inclusiva positivas com benefícios agregados aos alunos com deficiências (Gil,2005) Aprender melhor e mais rápido, pois encontram modelos positivos nos colegas; que podem contar com a ajuda e podem, também, ajudar aos colegas; a lidar com suas dificuldades e a conviver com outras crianças; E os alunos que não possuem deficiência podem aprender; a lidar com as diferenças individuais; a respeitar os limites do outro; a partilhar processos de aprendizagem; E TODOS os alunos podem aprender; a compreender e aceitar os outros; a reconhecer as necessidades e competências dos colegas; a respeitar todas as pessoas; a construir uma sociedade mais justa e solidária; a desenvolver atitudes de apoio mútuo; a criar e desenvolver laços de amizade; a preparar uma comunidade que apóia a todos os seus membros; a diminuir a ansiedade diante das dificuldades.
POESIA Diferença entre desigualdade e diferença (Marina Seneda - 31/08/2010) Desiguala-se Quando a igualdade, Como anda nossa Previamente esperada, É constitucionalmente Rasgada. Diferencia-se Quando a singularidade, Livremente revelada, É primordialmente Lembrada. SENSIBILIDADE...
Para próxima aula.... ASSISTA O FILME: “Mr. Holland – Adorável Professor” Trabalho em grupo (até 4 componentes): Produzir um texto sobre o filme identificando as deficiências e comentando as dificuldades das vivências sociais, educacionais. Identifique os momentos de preconceito e a mobilização para vencê-los. Vale 1,0 (hum) ponto. Entrega: 31 março 2014.