Nomenclatura dos Compostos Orgânicos

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Transcrição da apresentação:

Nomenclatura dos Compostos Orgânicos Professora Paula Melo Silva

Nomenclatura IUPAC A nomenclatura orgânica oficial começou a ser criada em 1892 num congresso internacional em Genebra. Após várias reuniões surgiu a nomenclatura IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada). A nomenclatura IUPAC obedece aos seguintes princípios: I. Cada composto tenha um único nome que o distinga dos demais; II. Dada a fórmula estrutural de um composto, seja possível elaborar seu nome, e vice-versa. Obs.: Apesar de a nomenclatura IUPAC ser a oficial, existem outros tipos de nomenclatura como, por exemplo, a nomenclatura usual.

Nomenclatura de Compostos Orgânicos Princípios Básicos: Cada composto orgânico deve ter um nome diferente; A partir do nome, deve ser possível esquematizar a fórmula estrutural do composto orgânico e vice-versa.

Regras para Nomenclatura Geral 1. Determinar a cadeia principal Comporta todas as ligações necessárias (duplas ou triplas) Apresenta maior número de carbonos A cadeia mais ramificada A cadeia de radicais menos complexos 2. Numerar a cadeia As ligações recebem menor número possível As ramificações recebem o menor número possível 3. Nomear o composto citando os radicais ramificados em ordem crescente de complexibilidade precedidos e separados por hífen pelo número onde eles ocorrem, finalizando com o acréscimo do nome correspondente à cadeia principal e, se existente, a localização da ligação dupla ou tripla

<INÍCIO> <MEIO> <FINAL> Partes da Nomenclatura O INÍCIO do nome está relacionado com o número de átomos de carbono na cadeia principal; O MEIO do nome está relacionado com o tipo de ligação entre átomos de carbono da cadeia principal; O FINAL do nome está relacionado com a função orgânica a qual pertence o composto orgânico. <INÍCIO> <MEIO> <FINAL> Tipo de ligação entre os átomos de carbono da cadeia principal Número de átomos de carbono na cadeia principal Função orgânica à qual pertence a molécula

O INÍCIO do nome está relacionado com o número de átomos de carbono na cadeia principal. 1  MET 2  ET 3  PROP 4  BUT 5  PENT 6  HEX 7  HEPT 8  OCT 9  NON 10  DEC

O MEIO do nome está relacionado com o tipo de ligação entre átomos de carbono da cadeia principal; SIMPLES  AN DUPLA  EN TRIPLA  IN DUAS DUPLAS  DIEN DUAS TRIPLAS  DIIN UMA DUPLA E UMA TRIPLA  ENIN

O FINAL do nome está relacionado com a função orgânica a qual pertence o composto orgânico. Vejamos dois exemplos: Hidrocarbonetos são substâncias formadas apenas por carbono e hidrogênio. Álcoois são substâncias que apresentam o grupo OH (hidroxilo) ligado a um carbono que apresenta apenas ligações simples. HIDROCARBONETO  O ÁLCOOL  OL

Exemplos de Nomenclatura 6 Carbonos  HEX HEXANO Ligação Simples entre os átomos de carbono  AN Hidrocarboneto  O

Exemplos de Nomenclatura 2 Carbonos  ET ETENO Ligação Dupla entre os átomos de carbono  EN Hidrocarboneto  O

Exemplos de Nomenclatura 2 Carbonos  ET ETANOL Ligação Simples entre os átomos de carbono  AN Álcool  OL

Radicais Orgânicos São estruturas formadas por carbono e hidrogénio que estão ligadas à cadeia principal.  METIL  ISOPROPIL  ETIL  BUTIL  PROPIL

Radicais Orgânicos  VINIL  SECBUTIL  BENZIL  ISOBUTIL  FENIL  TERCBUTIL

A partir de estruturas com 4 ou mais carbonos na cadeia principal que apresentam insaturações, ramificações e/ou funções*, é necessário a utilização de uma numeração para a localização das mesmas. Esta numeração é feita a partir do lado da cadeia mais próximo da função, insaturação ou ramificação (nesta ordem de prioridade). 1º - FUNÇÃO 2º - INSATURAÇÃO 3º RAMIFICAÇÃO *No caso das funções em alguns casos com 3 carbonos.

HEPT – 3 – ENO BUTAN – 2 – OL HEPT – 2 – ENO HEX – 2 – INO

PENT – 1,3 – DIENO BUT – 2 – EN – 2 – OL 6 – METIL – HEPT – 2 – ENO 3 – METIL – PENTAN – 1 – OL

3 – METIL – HEPT – 5 – EN – 2 – OL 4 – ETIL – HEPT – 2 – EN – 1,7 – DIOL

É importante notar que em estruturas como o eteno, propeno e o propino não é necessária a numeração para localização da insaturação pois esta só pode estar localizada num único e determinado local. PROPENO ETANOL

Os compostos de cadeia fechada tem o seu nome precedido pelo prefixo CICLO CICLOPENTANO CICLOHEXANO

CICLOPENTENO CICLOHEXA – 1,3 – DIENO CICLOHEXINO CICLOHEXA – 1,4 – DIENO

4 – METIL – CICLOPENTENO 6 – METIL – CICLOHEXA – 2,4 – DIENOL

Algumas considerações sobre os hidrocarbonetos Pontos de fusão e ebulição Polaridade Características gerais Nomenclatura

Compostos formados por carbono e hidrogénio. Hidrocarbonetos Compostos formados por carbono e hidrogénio. São pouco reativos. Apolares. Insolúveis em água. Possuem baixo P.F. e P.E. aumentando de acordo com o acréscimo de átomos de carbono na cadeia. O seu P.E. aumenta 20-30ºC com o aumento de mais um átomo de carbono. São menos densos que a água, tendem a aumentar com o acréscimo de mais um átmomo de carbono na cadeia, chegando ao máximo de d = 0,8 g/m. As cadeias ramificadas apresentam P.F. e P.E. mais baixos que as cadeias normais (mesma massa molecular ou próximas). Solúveis em benzeno, éter e clorofórmio. Apresentam ligações covalentes.

ALCANOS São hidrocarbonetos alifáticos saturados. São chamados de hidrocarbonetos parafínicos (parum = pouco; affinis = afinidade) ou metânicos (derivados do gás metano). Características Fórmula Geral  CnH2n+2 Terminação  ANO Indicativo de Função  O (hidrocarboneto) Indicativo de Ligação Simples  AN Terminação dos Radicais  IL(A) De C1 a C4 são gases, de C5 a C17 são líquidos e, acima de C17 são sólidos.

Regras da nomenclatura dos Alcanos (segue-se a IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada) Escolher a cadeia mais longa como sendo a principal; Se existem várias cadeias longas, seguir a mais ramificada; Numerar a cadeia principal, começando mais próximo à ramificação; Dar a localização das ramificações seguidas do nome do radical e, por fim, dar o nome à cadeia principal.

CH4 Metano H3C-CH3 Etano H3C-CH2-CH3 Propano 2-metil-butano 2,3-dimetil-pentano 2,2,4-trimetil-pentano

ALCENOS Apresentam cadeias alifáticas insaturadas por uma ligação dupla . São chamados de alquenos ou olefinas (oleum = óleo; affinis = afinidade). Características Fórmula Geral: CnH2n; onde n ≥ 2 Terminação: ENO (EN = dupla ligação; O = indicativo de função)

Regras da nomenclatura dos ALCENOS (IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada) Escolher a cadeia mais longa que tiver uma ligação dupla ; Numerar a cadeia principal, começando mais próximo à ligação dupla ; Dar a localização da(s) ramificação(ões) seguidas do nome do(s) seu radical(is) e, por fim, dar o nome da cadeia principal localizando a ligação dupla .

Vejamos um exemplo Posição da Dupla Ligação - ALCENOS Buteno - C4H8 - existem duas fórmulas possíveis: CH2 = CH – CH2 – CH3 /nome: 1 – buteno CH3 – CH2 – CH = CH2 /nome: 1 – buteno  CH3 – CH = CH – CH3 /nome: 2 – buteno Os números na designação 1–buteno e 2–buteno indicam a posição da ligação dupla (entre dois átomos de carbono). O nome buteno significa que se trata de um composto com 4 átomos de carbono na cadeia principal. É ainda importante realçar que a fórmula CH3 – CH2 – CH = CH2 representa também o 1–buteno, uma vez que neste caso a numeração mais baixa significa que a contagem deve ter início no carbono mais à direita porque este se encontra mais próximo da ligação dupla . Estes dois compostos (1–buteno e 2–buteno) têm ambos a mesma fórmula química, C4H8,mas apresentam conformação espacial diferente, chamados de isómeros.

Mais de uma Ligação dupla - ALCENOS No seu nome, deve constar a indicação do número de ligações duplas existentes, e quais as respetivas posições. Esta indicação aparece entre o prefixo relativo ao número de átomos de carbono na cadeia principal e antes do sufixo ENO, e usam-se os termos di, tri, tetra, etc, consoante o número de ligações duplas existentes. Exemplo: CH2 = CH – CH = CH – CH3 1,3–pentadieno, ou seja, apresenta duas duplas ligações situadas no átomo de carbono -> no átomo de carbono 1 e no átomo de carbono 3 1,3 – ciclopentadieno, ou seja, apresenta duas duplas ligações situadas no átomo de carbono -> no átomo de carbono 1 e no átomo de carbono 3

3,4 – dimetil – pent – 2 - eno 3 – metil – but -1- eno 2 – etil – 4 metil – hex – 1 - eno

Radical do eteno Radicais do propeno

ALCINOS Apresentam cadeias alifáticas insaturadas por uma ligação tripla . São chamados de hidrocarbonetos acetilénicos (derivados do gás acetileno). Características Fórmula Geral: CnH2n-2; onde n ≥ 2 Terminação: INO (IN = ligação tripla; O = indicativo de função)

Radical do etino Radicais do propino Radicais MONOVALENTES dos ALCINOS: Ocorre a perda de um hidrogénio. Radical do etino Radicais do propino

Regras da nomenclatura dos ALCINOS (IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada) Escolher a cadeia mais longa que tiver uma ligação tripla ; Numerar a cadeia principal, começando mais próximo à ligação tripla ; Dar a localização da(s) ramificação(ões) seguidas do nome do(s) seu radical(is) e, por fim, dar o nome da cadeia principal localizando a ligação tripla . Podemos ainda, considerar o etino (acetileno) como cadeia principal.

4 – metil – pent – 2- ino 6-etil-3-metil-oct-4 - ino 2 – metil – hept – 1- ino 3,4-dimetil-pent-1- ino

ALCADIENOS ou DIENOS São hidrocarbonetos alifáticos que apresentam duas duplas ligações. Características Fórmula Geral: CnH2n-2; onde n ≥ 3 Terminação : DIENO (Di = dois; EN = ligação dupla; O = indicativo de função)

Alcadienos acumulados As ligações duplas estão localizadas no mesmo carbono. Alcadienos conjugados As ligações duplas estão separadas por uma ligação simples. Alcadienos isolados As ligações duplas estão separadas por duas ou mais ligações simples.

Regras da nomenclatura dos ALCADIENOS (IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada) Escolher a cadeia mais longa que tiver duas ligações duplas ; Numerar a cadeia principal, começando mais próximo à ligação dupla ; Dar a localização da(s) ramificação(ões) seguidas do nome do(s) seu radical(is) e, por fim, dar o nome da cadeia principal localizando as ligações duplas . Podemos ainda, considerar o propadieno (aleno) como cadeia principal.

H2C=C=CH2 H2C=CH-CH=CH2 H2C=C=CH-CH2-CH3 H2C=CH-(CH2)4CH=CH2 Propadieno Buta- 1,3 - dieno Penta -1,2 - dieno Octa -1,7- dieno

3- t-butil– penta -1,3 - dieno 2- metil – penta -1,4 - dieno 4- metil – penta -1,2 - dieno 3- t-butil– penta -1,3 - dieno 3- isobutil - 6 – metil- octa -1,4 - dieno

CICLANOS ou CICLOALCANOS São hidrocarbonetos cíclicos saturados, isto é, só apresentam ligações simples. Características Fórmula Geral: CnH2n; onde n ≥ 3 Nomenclatura: CICLO + HIDROCARBONETO (semelhante aos alcanos) Radicais: São chamados de CICLOALQUIL(A). Terminação dos Radicais: CICLO + HIDROCARBONETO + IL(A) (semelhante aos alcanos)

Radicais MONOVALENTES dos CICLANOS: Ocorre a perda de um hidrogênio. Radical do ciclopropano Radical do ciclobutano Radical do ciclopentano Radical do ciclohexano

Regras da nomenclatura dos CICLANOS (IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada) Escolher a cadeia mais longa como sendo a principal; Numerar a cadeia principal, começando da ramificação (se houver); Dar a localização das ramificações seguidas do nome do seu radical e, por fim, dar o nome da cadeia principal observando o caminho mais curto entre os radicais. Dar a localização da(s) ramificação(ões) seguidas do nome do(s) seu radical(is) e, por fim, dar o nome da cadeia principal observando o caminho mais curto entre os radicais.

ciclopentano ciclopropano ciclobutano 1,1,-dietil-3-metil-ciclohexano ciclohexano metil-ciclopentano

CICLENOS ou CICLOALCENOS São hidrocarbonetos cíclicos insaturados por uma ligação dupla . Características Fórmula Geral: CnH2n-2; onde n ≥ 3 Nomenclatura: CICLO + HIDROCARBONETO (semelhante aos alcenos) Radicais: São chamados de CICLOALQUENIL(A). Terminação dos Radicais: CICLO + HIDROCARBONETO + ENIL(A) (semelhante aos alcenos)

Regras da nomenclatura dos CICLENOS (IUPAC - União Internacional de Química Pura e Aplicada) Escolher a cadeia mais longa como sendo a principal; Numerar a cadeia principal, começando da ligação dupla ; Dar a localização da(s) ramificação(ões) seguidas do nome do(s) seu radical(is) e, por fim, dar o nome da cadeia principal observando o caminho mais curto entre a dupla e o(s) radical(is).

ciclohexeno ciclopropeno ciclobuteno 4-metil-ciclohexeno 1-metil-ciclohexeno

HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS Apresentam ressonância dos elétrons pi () na cadeia carbónica. O nome aromático tem origem no aroma (odor) característico. Benzeno Naftaleno Antraceno

Metil-benzeno ou tolueno Fenantreno 1-etil-naftaleno Etenil-benzeno ou estireno 3-etil-2-metil-naftaleno

Substituintes ORTO (O), META (m) e PARA (p) 1.ORTO (o): Substituintes nos carbonos 1 e 2. 2.META (m): Substituintes nos carbonos 1 e 3. 3.PARA (p): Substituintes nos carbonos 1 e 3. 1,4-dimetilbenzeno; 4-metiltolueno; p-metiltolueno; 1,2-dimetilbenzeno; 2-metiltolueno; o-metiltolueno; 1,3-dimetilbenzeno; 3-metiltolueno; m-metiltolueno;

Radical MONOVALENTE do BENZENO: Ocorre a perda de um hidrogénio. fenil (a)

Compostos Orgânicos oxigenados Álcoois Éteres Cetonas Aldeídos Ésteres Ácidos carboxílicos

ÁLCOOIS São compostos orgânicos que possuem uma ou mais hidroxilos (OH) ligadas diretamente a uma cadeia carbónica que não pertença a um anel aromático. NOMENCLATURA OFICIAL  Hidrocarboneto + Ol VULGAR  Álcool + Radical + Ico

NO = Metanol NV = Álcool metílico NO = Etanol NV = Álcool etílico NO = Propanol-2 NV = Álcool isopropílico

NO = Propen-2-ol-1 NV = Álcool alílico NO = Ciclohexanol NV = Álcool Ciclohexílico NO = Fenil-metanol NV = Álcool Benzílico

CH3–OH CH2–CH2 | | OH OH CH2–CH–CH2 | | | OH OH OH monoálcool diálcool 1,2 - etanodiol CH2–CH2 | | OH OH CH2–CH–CH2 | | | OH OH OH diálcool 1,2,3 - propanodiol triálcool

São mais reativos que os hidrocarbonetos. Características dos álcoois São mais reativos que os hidrocarbonetos. Possuem caráter ácido mais fraco que a água. Por esse motivo, é fácil a identificação de um álcool e de um fenol na prática, pois, os álcoois não reagem com as bases e os fenóis reagem. Possuem na molécula uma parte polar (hidroxilo) que é chamada de hidrofílica (hidro=água; filos=amigo) e outra apolar (hidrocarboneto) chamada de hidrofóbica (hidro=agua; fobia=medo).

O etanol é solúvel na gasolina (apolar) e na água (polar). Os álcoois de cadeia carbónica pequena apresentam características polares e os de cadeia grande apresentam características apolares.

De C1 a C12 são líquidos e, acima de C12 são sólidos. Os monoálcoois possuem P.F. e P.E. mais altos que os hidrocarbonetos de massa molecular aproximada, pois organizam-se formando pontes de hidrogénio. Os poliálcoois possuem P.F. e P.E. ainda maiores que os monoálcoois com o mesmo número de carbonos na cadeia. De C1 a C12 são líquidos e, acima de C12 são sólidos. C4 e C5 são praticamente insolúveis. Os monoálcoois são menos densos que a água. O poliálcoois são mais densos.

Pontes de hidrogénio

FENÓIS São compostos que contêm um ou mais grupos hidroxilos diretamente ligados a núcleos aromáticos, ou ainda, são compostos aromáticos resultantes da substituição de um ou mais hidrogénios ligados ao seu núcleo por igual número de hidroxilos. NOMENCLATURA OFICIAL  Hidroxi + Benzeno VULGAR  Radical + Fenol

NO = 1-hidróxi-2-metil-benzeno NV = o-metil-fenol NO = Hidróxi-benzeno NV = Fenol NO = 1,3-dihidróxi-benzeno NV = m-hidróxi-fenol NO = 1,2-dihidróxi-benzeno NV = o-hidróxi-fenol

Características dos fenóis Apresentam caráter ácido. Os monofenóis são polares e os polifenóis podem ser polares ou apolares. Possuem P.F. e P.E. mais elevados que os hidrocarbonetos de moléculas próximas pois formam pontes de hidrogénio entre si e com a água. Os fenóis mais simples são líquidos ou sólidos de baixo P.F. os demais são sólidos. O fenol é solúvel em água (9g por 100g de H2O), os demais monofenóis são praticamente insolúveis.

São mais densos que a água (fenol tem densidade igual a 1,07 g/m). São tóxicos e possuem odor característico. São bastante utilizados como como desinfetantes, medicamentos, plásticos e explosivos.

Curiosidades - Uma aplicação do fenol O fenol em solução aquosa foi o primeiro anti-séptico comercializado. O seu uso foi introduzido em hospitais por volta de 1870, provocando uma queda muito grande no número de mortes causadas por infeção pós-operatória. Na época o nome da solução diluída era ácido carbólico. O fenol comum deixou de ser utilizado com essa finalidade quando se descobriu que é corrosivo, podendo causar queimaduras quando em contato com a pele e venenoso quando ingerido por via oral.

ÉTER Os éteres, representados genericamente por (R-O-R’), podem ser definidos de várias maneiras. Apresentam-se apenas três destes conceitos: São compostos que apresentam um átomo de oxigénio ligado a dois radicais orgânicos. CH3-O-CH3 São compostos derivados da água, pela substituição dos seus dois átomos de hidrogénio por igual número de radicais orgânicos. H2O  R-O-R’

São compostos derivados dos álcoois por substituição do seu hidrogénio hidroxílico por um radical orgânico. R-OH  R-O-R’ NOMENCLATURA OFICIAL  Radical + Oxi + Hidrocarboneto VULGAR  Éter + 1º Grupo orgânico --- ICO + 2º Grupo orgânico --- - ICO Obs: os grupos devem ser escritos em ordem alfabética

NO = Metóxi-metano NV = Éter metílico NO = Metóxi-etano NV = Éter etílico-metílico NO = Etóxi-etano NV = Éter etílico NO = 2-metóxi-propano NV = Éter isopropílico-metílico

Leitura O etoxietano, também conhecido como éter etílico, éter sulfúrico, ou simplesmente éter, tem fórmula molecular C4H10O e fórmula estrutural CH3CH2-O-CH2CH3. É uma substância líquida volátil e altamente inflamável. Utilizado inicialmente como anestésico, foi abandonado pelo risco de explosão e dependência O nome éter, aplicado para designar o espaço vazio entre a matéria, foi atribuído a essas substâncias devido à grande volatilidade do éter etílico, também denominado éter sulfúrico, obtido pela primeira vez no século XVI pelo naturalista alemão Valerius Cordus ao tratar spiritus vigni (álcool) com oleum dulce vitrioli (ácido sulfúrico). Esse composto ficou esquecido durante muito tempo e em 1730 foi redescoberto por Frobenius. O nome éter aplicava-se também aos ésteres, que posteriormente foram chamados éteres-sais, enquanto os éteres propriamente ditos foram chamados éteres- óxidos. A denominação "éster" para os éteres-sais foi proposta por Gmelin. Costuma-se dividir os éteres em dois grupos: simples, ou simétricos, se os dois radicais ligados ao oxigénio forem iguais; e mistos, ou assimétricos, se forem diferentes. Antigamente, o éter era produzido pelo aquecimento do álcool etílico com ácido sulfúrico concentrado (daí o nome éter sulfúrico). Hoje em dia, é produzido pela passagem de vapor de álcool sobre alumina. Em ambos os métodos, o controle de temperatura deve ser preciso para minimizar produção de etileno.

Leitura Risco de explosão Quando exposto ao ar e à luz, os éteres produzem peróxidos explosivos, principalmente se forem aquecidos ou destilados. Para evitar esta situação são usados alguns conservantes em pequenas quantidades. Drogas Os traficantes utilizam o éter como solvente para separar a cocaína da pasta feita com as folhas de coca. Causa dependência física e psicológica importante após 30 a 40 dias de uso frequente. No Brasil, é vendido em farmácias normalmente misturado ao álcool etílico, devido a sua volatilidade e para evitar usos ilícitos.

ALDEÍDOS São compostos orgânicos que se caracterizam pela presença na estrutura de um grupo carbonila ligado a um átomo de hidrogénio, formando: O metanal é o principal aldeído, sendo também conhecido por aldeído fórmico, formaldeído ou formol. Quando dissolvido em água forma-se uma solução cuja concentração pode ser no máximo 40% em massa, conhecida como formol ou formalina.

OFICIAL  Hidrocarboneto + Al NOMENCLATURA OFICIAL  Hidrocarboneto + Al NO = Metanal NV = Aldeído fórmico NV = Formol NO = Etanal NV = Aldeído acético NO = Fenil-metanal NV = Aldeído benzóico

CETONAS São compostos que se caracterizam pela presença de um grupo carbonila ligado a dois radicais de hidrocarbonetos. Obedecem às fórmulas gerais: Podem ser definidos, ainda, como produtos da oxidação dos álcoois secundários.

NOMENCLATURA OFICIAL  Hidrocarboneto + Ona VULGAR  Radical menor + Radical maior + Cetona NO = Propanona NV = Dimetil-cetona NV = Acetona

NO = Butanona NV = Metil-etil-cetona NO = 2-metil-pentanona-3 NV = Etil-isopropil-cetona NO = Metil-ciclohexil-cetona

Leitura A Acetona é um solvente para diversas aplicações, da família das Cetonas. É um líquido incolor, de odor pungente. Possui Ponto de Ebulição 56,2 ºC, Ponto de Fusão –94,7ºC. Fórmula Química: (CH3)2CO. Peso Molecular: 58,08. Nome Químico: 2-propanona. APLICAÇÕES A Acetona é utilizada para a limpeza de equipamentos precisos; é solvente de Iodeto e Permanganato de potássio; utilizado para vulcanização de borracha. É amplamente utilizado nas seguintes aplicações: tintas e vernizes; tintas de impressão; adesivos; thinners e removedores; extração; precipitação e cristalização de vitaminas, antibióticos e outros produtos farmacêuticos; desengraxe e limpeza de cinescópios e componentes eletrónicos; adsorvente para acetileno; etc. Como intermediário químico é muito utilizada na produção de Bisfenol A, Diacetona álcool, Metilisobutilcetona, etc.

ÁCIDOS CARBOXÍLICOS São compostos que possuem um ou mais grupos carboxílicos na molécula.

NO = Ácido metanóico NV = Ácido fórmico NO = Ácido etanóico NV = Ácido acético NO = Ácido butanóico NV = Ácido butírico NO = Ácido pentanóico NV = Ácido valérico

ÉSTERES São compostos resultantes da reação de um ácido carboxílico com um álcool ou fenol, com eliminação de água. Os ésteres podem, ainda, ser definidos como compostos resultantes da substituição do hidrogénio ionizável de um ácido por radicais de hidrocarbonetos.