Marketing nos Transportes Públicos Março 2006 Lula Vieira
Um Marketing de Causa
Objetivos Criar respaldo na opinião pública para todas as ações governamentais destinadas a criar uma política de transporte público urbano. Conscientizar a opinião pública da necessidade de investimentos e de intervenções de grande monta. Dar prestígio e respeitabilidade aos diversos atores: órgãos públicos, operadores, profissionais da área.
Na verdade, num estado democrático e em permanente campanha eleitoral, somente com efetiva participação e apoio popular é possível se implantar qualquer política a longo prazo.
Há um erro (repetido à exaustão em todos os setores) na busca do “formador de opinião” como principal agente de disseminação de informações. O “formador de opinião” é uma entidade criada pelo marketing cuja participação é dar apoio, explicar, não desmentir, aquilo que as pessoas tendem a acreditar.
No atual quadro da sociedade brasileira as reações populares que podem ser decisivas nas disputas eleitorais são mais ou menos insensíveis às opiniões dos “formadores de opinião”.
Em resumo Só se faz marketing de transporte público no Brasil pensando nos eleitores. Porque os políticos só pensam nos eleitores.
A primeira preocupação de um político é se eleger. A segunda é se reeleger. Lucia Hippolito.
O transporte público, assim como saúde e – eventualmente educação – por ser uma das preocupações permanentes das pessoas, tem espaço nas suas mentes para discussões mais aprofundadas e aparentemente mais sofisticadas.
Bem informada, a população pode fazer relações de causa e efeito mais elaboradas do que se acredita.
Mas informar não basta. É preciso fazê-lo com a preocupação de motivar, orientar o raciocínio, emocionar e – principalmente – incentivar a busca de maiores informações.
E emocionar, mobilizar, é tarefa de... Publicitários
e... políticos (ou vice-versa)
O que deu certo França: TGV França: Energia Nuclear Espanha: Loterias (jogo) Espanha: Turismo (obras de infra-estrutura) Espanha/Barcelona: Olimpíadas
Esquecendo um pouco as coisas políticas Mc Donald (a idéia do lugar de lazer) Alphaville (o município se sente privilegiado) O Shopping Center como conquista política
O mal explicado Turismo no Rio
O bem explicado Turismo na Bahia
Estação da Luz (São Paulo) O bem explicado Estação da Luz (São Paulo)
O mal explicado Guggenheim (Rio)
A diferença (que me perdoem) Propaganda (ou marketing)
Orla marítima em Lisboa O bem explicado Orla marítima em Lisboa
O mal explicado Quiosques na Lagoa
O bem explicado Árvore na Lagoa
feitas por profissionais Em resumo Quando você tem uma tese que necessita de reflexão, de calma, de tempo, de sofisticação, use as técnicas centenárias da propaganda feitas por profissionais
O bem feito no plebiscito Direito de possuir, comprar, armas A burrice (minha) O desarmamento
O bem feito Presidencialismo
Conclusão (1) Políticos querem ganhar eleições Tudo que os ajudar terá sucesso Nada do que as pessoas (os eleitores) não estiverem interessados: Não mobilizará
Seu público não é apenas consumidor. Conclusão (2) Se o seu negócio não depende de políticos, esqueça este conselho. Mas se depende, lembre-se: Seu público não é apenas consumidor. Antes de mais nada é eleitor.