Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canal-dependentes: Resultado inicial e seguimento Juliana Neves, Fabricio Pereira,

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Transcrição da apresentação:

Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canal-dependentes: Resultado inicial e seguimento Juliana Neves, Fabricio Pereira, Wyndira Marhalle, Jéssica Azevedo, Tereza Pinheiro, Cristina Ventura, Catarina Cavalcanti, Fabiana Aragão, Cleusa Lapa, Raul Arrieta

Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canal-dependentes INTRODUÇÃO Cardiopatias de hipofluxo pulmonar com fisiologia canal- dependente – hipóxia desde os primeiros dias de vida. Manuseio inicial com infusão de prostaglandina Anastomose de Blalock-Taussig-Thomas – “shunt” sistêmico-pulmonar – paliação cirúrgica convencional desde 1942 Complições relacionadas à anastomose de BTT: Óbito 8,75% em séries publicadas 13,4% em Pernambuco (DATASUS) Paralisia diafragmática – 12,8% Sangramento Oclusão Entre outras

Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canal-dependentes INTRODUÇÃO Implante de stent em canal arterial é alternativa à paliação cirúrgica desde o início dos anos 90 Implicações técnicas iniciais… Aprimorações técnicas e melhores resultados a partir do início dos anos 2000 Gewillig JACC 43(1),2004

Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canal-dependentes OBJETIVO Analisar a segurança do implante de stents no canal arterial, suas complicações em curto e médio prazo MÉTODO Análise retrospectiva de prontuários em 79 casos de implante de stent no canal arterial (CA) como paliação inicial realizados por única equipe de intervenção em cardiopatias congênitas no período de abril de 2007 a maio de 2015. O seguimento se deu até a abordagem cirúrgica definitiva ou paliativa. ANÁLISE ESTATÍSTICA – identificar fatores de risco associados

STENT EM CANAL ARTERIAL ANGIOGRAFIA INICIAL STENT IMPLANTADO

POPULAÇÃO ESTUDADA (79 crianças) IDADE: MÉDIA 91,4 dias (DP 194,9) VARIAÇÃO: 1 dia – 3,8 anos MEDIANA 19 DIAS PESO MÉDIA 3,7KG (DP 2,09) VARIAÇÃO:1 – 14 Kg 17,9% com doenças associadas PREMATURIDADE 6,4% 74,6% encontravam-se em suporte de UTI, 44% delas em uso de prostaglandina

POPULAÇÃO ESTUDADA DIAGNÓSTICO ARTÉRIAS PULMONARES

O PROCEDIMENTO

O PROCEDIMENTO Média SO2 pré-procedimento – 65,2% Média SO2 pós- procedimento – 82,5% Média Diâmetro mínimo do canal – 1,9mm Média Diâmetro do stent – 3,67 mm p < 0,001 p > 0,05 Seleção do stent (diâmetro) Peso Diâmetro < 3 kg 2,5-3,0 mm 3-5 kg 3,0-3,5 mm >5 kg 3,5-4,0 mm

O PROCEDIMENTO Outro procedimento – 22 pacientes (atriosseptoplastia ou perfuração/valvoplastia pulmonar) Sucesso – 73 (91,3%) Complicações relacionadas ao procedimento – 31,6% Relacionadas ao stent 21,3%

SEGUIMENTO IMEDIATO MORTALIDADE Relacionada ao procedimento – 2/79 (2,5%) Hospitalar (até 30 dias) – 7/79 (8,8%) COMPLICAÇÕES HOSPITALARES – 39,1% INFECCIOSA – 17,4% TEMPO DE INTERNAMENTO EM UTI Média 7,27 dias (DP 14,2) e Mediana 3,5 dias Tempo de VMA – Média 3,9 dias e Mediana 2 dias HOSPITALAR Média 19,8 dias (DP 27,7) e Mediana 11 dias

FATORES DE RISCO ANALISADOS FATORES RELACIONADOS À COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO STENT FISIOLOGIA UNIVENTRICULAR p = 0,013 HIPOPLASIA DE APs p = 0,07 Diâmetro do canal < 1,5 mm p = 0,321 FATORES RELACIONADOS AO ÓBITO HIPOPLASIA DE ARTÉRIAS PULMNARES p = 0,012 Diagnóstico p = 3,55

SEGUIMENTO TARDIO TEMPO DE SEGUIMENTO MÉDIO 15,3 meses (DP 21,55) e MEDIANA 6,0 meses INTERVALO STENT-DESFECHO MÉDIO 10 meses (DP 14,7) e MEDIANA 4,3 meses MORTALIDADE TARDIA – 11/79 (13,9%) SECUNDÁRIO A HIPÓXIA – 3 CAUSAS NÃO CARDÍACAS/DESCONHECIDAS – 8

SEGUIMENTO TARDIO REINTERVENÇÃO 45 CRIANÇAS (56,3%) PERDA DE SEGUIMENTO – 13 CRIANÇAS (16,3%)

CONCLUSÃO Na nossa experiência: O implante de stent no canal arterial é alternativa à paliação cirúrgica inicial na maioria dos pacientes Atenção deve ser dada ao grau de hipoplasia de artérias pulmonares e àqueles com fisiologia univentricular. A paliação com stents parece ter caráter temporário e seguimento de perto deve ser realizado até a abordagem cirurgica definitiva Limitações do estudo Caráter descritivo, não controlado Perda de seguimento não desprezível (16%) Ausência de grupo controle (PO Blalock-Taussig)

Obrigada!