Profº Carmênio Barroso

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Ms. José Nabuco Filho
Advertisements

CONCURSO DE CRIMES.
Sujeito e Objeto do Delito
Artigo 137 = CP RIXA, O QUE SIGNIFICA? Rixa Simples Rixa Qualificada
Direito Penal I Elizon Medrado.
Extorsão Capítulo II Arts. 158 a 160.
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
O TIPO PENAL NOS CRIMES DOLOSOS
Pena Restritiva de Direito Pena Alternativa
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME?
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME? PROF.: ANA PATRÍCIA E MAURÍCIO WEB-TUTORA: MAÍRA BOGO.
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME? PROF.: ANA PATRÍCIA E MAURÍCIO WEB-TUTORA: MAÍRA BOGO.
DIREITO PENAL I TEMA DA AULA: TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME?
DO CONCURSO DE CRIMES ARTIGOS 69 A 76 CÓDIGO PENAL.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
DIREITO PENAL – Parte Especial
TEORIA CRIMINAL DA PENA
Concurso de Crimes Mediante uma ou mais condutas,
Profº Carmênio Barroso
CONCURSO DE CRIMES Há concurso de crimes quando o agente ou agentes, com uma ou mais condutas, realizam mais de um crime. Aplica-se a pena de acordo com.
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DIREITO PENAL II
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
DO CONCURSO DE CRIMES
DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
Aplicação da Pena.
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
- TEORIA GERAL DO DELITO (ou Teoria Geral da Infração Penal)
Profº Carmênio Barroso
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ APM
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
PROAB DIREITO PENAL – AULA 11 PROAB DIREITO PENAL PROFESSOR: SANDRO CALDEIRA Aula 11 PROAB DIREITO PENAL PROFESSOR:
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
PROAB 2013 DIREITO PENAL PROFESSOR: SANDRO CALDEIRA Aula 11.
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
TIPICIDADE.
Monitoria – Direito Penal 3 Faculdade de Direito do Recife - UFPE
Professor: Yuri Nadaf Borges
Profº Carmênio Barroso
Ana Rosa de Brito Medeiros
AULA DE DIREITO PENAL IV – AULA 2
CONCURSO DE CRIME.
AULA DE DIREITO PENAL IV – AULA 3
Teoria Geral do Crime AULA Nº 09.
Qualificadoras (121, § 2º, V) Se o homicídio é cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Matar alguém.
Profº Carmênio Barroso
PROAB 2013 DIREITO PENAL – AULA 06 PROAB 2013 DIREITO PENAL PROFESSOR: SANDRO CALDEIRA
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL TEORIA GERAL DO DIREITO PENALTURMA: 1º. Ano Matutino MINISTRANTE: Prof. MSc. ALESSANDRO NEPOMOCENO UNIDADE 8.
CONCURSO DE PESSOAS.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS CRIMES EM ESPÉCIE
ERRO NA EXECUÇÃO (Crimes Aberrantes)
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
CONCURSO DE CRIMES Conceitos e análise. Conceito - sistemas Concurso de crimes – significa a prática de várias infrações penais por um só agente ou por.
LESÕES CORPORAIS.
DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL Infanticídio Art. 123, CP
Transcrição da apresentação:

24.02.2014 Profº Carmênio Barroso carmeniobarroso.adv@gmail.com CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – CEAP DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 4º DIN 24.02.2014 Profº Carmênio Barroso carmeniobarroso.adv@gmail.com

RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DA AULA ANTERIOR DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES RESPOSTAS ÀS QUESTÕES DA AULA ANTERIOR

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 1) Todas as infrações penais admitem concurso de crimes? R: Sim. Não existe nenhuma espécie de infração penal que não possa ser cometida mais de uma vez ou que não possa ser conjugada com a prática de outro delito qualquer.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 2) É possível concurso de crimes em infrações penais culposas? R: Sim, é admissível. Por exemplo, um homicídio culposo e uma lesão corporal culposa.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 1. CONCURSO MATERIAL (OU REAL) - Art. 69, caput (conceito): “Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, (...)” - Art. 69, caput (fixação da pena): “(...) aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. (...)” - sistema da acumulação material. - Art. 69, caput (execução da pena): “No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.”

2. CONCURSO FORMAL (OU IDEAL) DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 2. CONCURSO FORMAL (OU IDEAL) - Art. 70, caput (conceito): “Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, (...)” - Art. 70, caput (fixação da pena): “(...) aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 1/6 (um sexto) até ½ (metade). As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.” - sistema da exasperação da pena.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 1. CONCURSO MATERIAL (art. 69) Duas ou mais ações Dois ou mais crimes 2. CONCURSO FORMAL (art. 70) Uma só ação Dois ou mais crimes 1. CRIME CONTINUADO (art. 71)

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 3. CRIME CONTINUADO - Art. 71, caput (conceito): “Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, (...)” - Art. 71, caput (fixação da pena): “(...) aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.” - sistema da exasperação da pena.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 3. CRIME CONTINUADO . Para se dar o crime continuado, é suficiente que os crimes sejam da mesma espécie, apresentem semelhança em seus elementos objetivos de tempo, lugar, maneira de execução, etc. Para haver o nexo de continuidade dos delitos, é preciso, quase sempre, apreciar o elemento subjetivo do agente. Requisitos: a) pluralidade de condutas; b) pluralidade de crimes da mesma espécie; c) continuação, tendo em vista as circunstâncias objetivas – de tempo, de lugar, de execução ou de modo; d) unidade de desígnio.

3. CRIME CONTINUADO . Homogeneidade de circunstâncias e de desígnios: DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 3. CRIME CONTINUADO . Homogeneidade de circunstâncias e de desígnios: - os delitos são praticados pelo sujeito aproveitando-se das mesmas relações e oportunidades ou com a utilização de ocasiões nascidas da primitiva situação . - Esta é uma corrente que reage a uma posição jurisprudencial mais liberal, quanto à caracterização do crime continuado, para evitar que o benefício do nexo de continuidade possibilite uma indiscriminada unificação de penas, alcançando concursos materiais puros.

UNIDADE OU PLURALIDADE DE SUJEITO PASSIVO? DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 3. CRIME CONTINUADO UNIDADE OU PLURALIDADE DE SUJEITO PASSIVO? . Crimes que ofendem interesses jurídicos impessoais – ex: vários crimes de furto. Se nas mesmas circunstâncias de tempo e de lugar, continua havendo o crime continuado, mesmo que sejam furtos praticados contra pessoas diversas. . Crimes que ofendem interesses jurídicos pessoais - ex: vários crimes de homicídio. O Código Penal admite nexo de continuidade entre crimes que lesam interesses jurídicos pessoais de pessoas diversas, mas aqui a posição da doutrina não é unânime: então, vários estupros contra vítimas diversas poderia caracterizar um mesmo desígnio delituoso?

3. CRIME CONTINUADO . Exemplos: DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 3. CRIME CONTINUADO . Exemplos: - o agente que, durante sua relação de emprego, furta várias vezes o mesmo patrão em valores ínfimos que, porém, somados, atingem cifras elevadas; - o agente que, numa só noite, furta vários escritórios de um mesmo edifício; .Ou seja, o crime continuado acontece quando as infrações similares são cometidas mediante o aproveitamento das mesmas relações e oportunidades.

3. CRIME CONTINUADO . Classificação para efeito de aplicação da pena: DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES 3. CRIME CONTINUADO . Classificação para efeito de aplicação da pena: a) Simples – art. 71, caput, CP; b) Qualificado – art. 71, parágrafo único, CP: Art. 71, parágrafo único – “Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.”

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES REVISÃO COM MÚSICA

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES CONCURSO DE PESSOAS . 01 crime / mais de 01 pessoa (agente). . Liame subjetivo entre as condutas e a colaboração de todos os envolvidos precisa ser relevante para a ocorrência do resultado. . Teoria Monista (adotada pelo Código Penal) – considera que o crime continua único, indivisível, mesmo praticado por várias pessoas.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES CONCURSO DE PESSOAS . Comunicam-se, entre os criminosos: - as elementares (tudo que, se retirado da descrição, faz o crime deixar de existir); - as circunstâncias objetivas (tem a ver com o crime: tempo do crime, lugar, maneira de execução, etc). . Não se comunicam, entre os criminosos: - as circunstâncias subjetivas (tem a ver com o autor do crime - caráter pessoal) - motivo do autor do crime).

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES CONCURSO DE CRIMES 1) MATERIAL (OU REAL) – 69. . + de 01 conduta / + de 01 resultado . Classificação: - Homogêneo – crimes idênticos; - Heterogêneos – crimes diversos. . Consequências: cumulatividade das penas.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES CONCURSO DE CRIMES 2) FORMAL (OU IDEAL) – 70. . 01 conduta / + de 01 resultado . Classificação: - Perfeito ou Próprio – só um dos crimes tem que ser desejado – Consequência: exaspera a pena (uma delas ou, se iguais, qualquer uma) – 1/6 até metade. Só não pode aplicar mais que a pena do concurso material. - Imperfeitos ou Impróprios – desígnios autônomos – Consequência: cumulatividade.

DIREITO PENAL – DA AÇÃO PENAL À EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE CRIMES CONCURSO DE CRIMES 3) CRIME CONTINUADO – 71. . 02 ou + condutas / + de 01 resultado / crimes de mesma espécie. . Mesmas condições de tempo, de lugar, de execução ou de modo. . Consequência: aumento de 1/6 a 2/3.