SEMINÁRIO HORTOFRUTICULTURA DE MARÇO 2006

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O Desenvolvimento Futuro da Autoeuropa
Advertisements

Fonte: Comstock/Royalty Free
principais fases é técnicas de processamento da indústria de alimentos
A ECONOMIA INDUSTRIAL DA UNIÃO EUROPEIA
O Avanço Tecnológico na sociedade moderna.
A ORTODOXIA DO DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO
Organização industrial
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Unidade 08 19BY Inovação, Técnicas, Reciclagem e Sistemas de Informação centrados no Consumidor.
Inteligência Competitiva - Breve Introdução - Universidade de Brasília Departamento de Ciência da Informação e Documentação Curso de Especialização em.
GEOGRAFIA.
Repensando a Logística
O MUNDO ATUAL.
Atividade Industrial 3º BIMESTRE.
1 O Papel do BNDES na Recuperação da Competitividade Industrial na Área de TICs Rafael Oliva Assessor da Presidência do BNDES 19 de setembro de 2007 Conferência.
Revolução Industrial Revolução ou evolução ?
Diálogos de Futuro: Planejamento Estratégico da Indústria Farmacêutica Nacional O Poder de Compra do Estado como Instrumento para a Promoção do Desenvolvimento.
CAMINHOS PARA PROMOVER A INOVAÇÃO NO SETOR NAVAL
Atividade Industrial Corresponde ao conjunto de atividades produtivas que se caracterizam pela transformação das matérias-primas, de forma artesanal ou.
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA Bacharelado em Administração
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
E-Business a Nova Economia
Metodologia de investigação CONTRIBUTO PARA A ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DA FILEIRA DA MAÇÃ NO DOURO.
Unidade 4 As forças do mercado Alunos: Grupo 19V Carolina Roberta 09/08151 Eriberto Junior 09/23935 Natália Rocha 09/ Lucas Abdala 09/99857.
Introdução à Economia Faculdade de Rolim de Moura – FAROL
PLANO HACCP NUMA MELARIA NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL
BIOCANT PARK Descrição adicional do tema. Pode ter referencias a co-autores e assuntos semelhantes PAG 1 AUTOR.
Gestão, Inovação e Competitividade na Agricultura
DEPARTAMENTO ECONOMIA AGRÁRIA COTHN Março 2006 COMPETITIVIDADE E INOVAÇÃO NA AGRICULTURA Carlos Noéme Hortofrutícultura 2013.
PROFESSOR LEONAM JUNIOR CAPÍTULO 1 - GLOBALIZAÇÃO E AVANÇO TECNOLÓGICO
Professora Carol/Geografia
SESSÃO III – INVESTIMENTO AGRICOLA Uma Visão Empresarial Batalha – 3 Março 2006 Humberto Teixeira – Grupo HUBEL.
21 de Março de Ultrapassar uma falha de mercado… ●Projetos integrados de Eficiência Energética ●Garantia de uma empresa sólida e com know-how ●Prestações.
GLOBALIZAÇÃO – Financeira
Biocombustíveis Enquadramento Legal BENTO DE MORAIS SARMENTO.
Arlindo Oliveira (IST), Hélder Coelho (FCUL). Popularidade dos MOOCs.
A indústria e a transformação da natureza
Anúncio Público Nova política de incentivo ao crescimento empresarial Julho 2005 Ministério da Economia e da Inovação.
Figura 1: Factores determinantes na evolução das fileiras hortofrutícolas DIVERSIFICAÇÃO Massificação da Produção Urbanização Alteração no Consumo CONCENTRAÇÃODADISTRIBUIÇÃOCONCENTRAÇÃODADISTRIBUIÇÃO.
DISCIPLINA Pesquisa de Tecnologias Emergentes - PTE Profa. Eliane
A inserção do Brasil no mundo
CONFERÊNCIA ANUAL AIP/AJEco - QUE FUTURO PARA A INDÚSTRIA PORTUGUESA - IBEROMOLDES Henrique Neto.
SECTOR CORTIÇEIRO EM PORTUGAL PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO Rota da Cortiça, São Brás de Alportel – 26 de Julho de 2008.
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
Bruno Rieger Salzano Édio Serafim Filho Pedro F. Angelini Thiago Pessuto Barboza Virgínia Nehmi Vitor Nagata.
A Economia do Conhecimento
Gabriel Bastos Machado
SETOR AGROALIMENTAR.
Vítor Gonçalves Tm – Tm –
‘NÃO VAMOS REINVENTAR A RODA’
Regionalização mundial segundo o nível de desenvolvimento
PESQUISA DE MERCADO Aula 1- Análise de Cenários e os processos de mudanças.
Revisão para o Teste I Geografia – 2º Ano.
Agronegócio A modernização no campo propicia novos sistemas de produção e novos recursos para o combate aos problemas Empresas expandem uma estrutura administrativa.
NECESSIDADES E CONSUMO
Futuro dos jovens agricultores no quadro da PAC pós 2013
Pequenos Frutos: uma bolha ou um futuro? Ciclo de Conferências: PDR2020 e Empreendedorismo Agrícola Hugo Costa Diretor de Serviços de Programação e Políticas.
Glauco Martorano Vieira Filho. Evolução nas comunicações, ex: Internet. “copressão do espaço e tempo”: para alguns. Ciência casada com a produção. Revolução.
AULA 1 VISÃO GERAL DE PROCESSOS PRODUTIVOS E QUALIDADE
Administração Estratégica II Administração Estratégica II ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA II REVISÃO PARA A PRIMEIRA AVALIAÇÃO BIMESTRAL.
1 O produto (bens ou serviços) As questões que se colocam são: - Como fabricar ou prestar o serviço? - Quais os recursos humanos, técnicos e financeiros.
Tratamento dos efluentes hídricos utilizados no processo de branqueamento da celulose.
A ECONOMIA GLOBALIZADA
Atualmente, não se concebe uma Educação Profissional identificada como simples instrumento de política assistencialista ou linear ajustamento às demandas.
A indústria.
DO PRODUTO AO CLIENTE.
Prof. Fernando Henrique Ramos1 Empreendedorismo - FSC Geralmente, inovações podem ser definidas como processos de criação e desenvolvimento de uma idéia.
Características da indústria em Portugal
O ESPAÇO DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO
Geografia Rede SESI de Educação.
Transcrição da apresentação:

SEMINÁRIO HORTOFRUTICULTURA 2013 3 DE MARÇO 2006 O FACTOR INOVAÇÃO NA AGRO-INDÚSTRIA Paulo Cruz (Engº Agrónomo) CAMPOTEC S.A. SEMINÁRIO HORTOFRUTICULTURA 2013 3 DE MARÇO 2006

1. PARA QUÊ INDUSTRIALIZAR HORTOFRUTÍCOLAS? AGRO-INDÚSTRIA EM FOCO: conservação e embalamento, processamento em fresco e transformação de frutas PARA ACRESCENTAR VALOR À MATÉRIA-PRIMA EM NATUREZA PARA TORNAR A MATÉRIA PRIMA MAIS FÁCIL DE CONSUMIR PARA FAZER “MIXES” ENTRE VÁRIAS MATÉRIAS PRIMAS DIFERENTES OU ACRESCENTAR OUTROS PRODUTOS PARA VALORIZAR MATÉRIAS PRIMAS SEM VALOR COMERCIAL EM FRESCO PARA “ENCURTAR” A CADEIA DE VALOR ENTRE O PRODUTOR E O CONSUMIDOR

2. FACTORES RELEVANTES EXISTÊNCIA DE UM MERCADO CONCRETO OU POTENCIAL PRODUTO INOVADOR E QUE CRIA VALOR OU, ELEVADA CAPACIDADE COMPETITIVA INSTALADA EM PRODUTOS MASSIFICADOS CAPACIDADE TÉCNICA E FINANCEIRA PARA PRODUZIR E PARA EVOLUIR CAPACIDADE DE PRODUÇÃO OU OBTENÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS DE QUALIDADE E COMPETITIVAS

3. “COMMODITIES” OU INOVAÇÃO - integramos aqui a indústria de conservação e embalamento de hortofrutícolas processo de globalização acelerado (ver o efeito da América do Sul campanha anterior de maçã) Possibilidade de aparecimento de “químicos” que virão garantir períodos muito longos de conservação “commodities” estão a gerar muitos “refugos” Matéria-prima em acentuada quebra de valor

4. PRODUTOS INOVADORES CONCEBIDOS PARA “ESCAPAR” ÀS COMMODITIES ENVOLVEM TECNOLOGIA TÊM POR ALVO NICHOS DE MERCADO OU NOVAS TENDÊNCIAS ALIMENTARES CONCEITOS IMPORTANTES: Os produtos hortofrutícolas estão perfeitamente integrados na linha de saúde, imagem e qualidade de alimentação pretendida pelo consumidor moderno Cerca de 75% da população europeia viverá em aglomerados urbanos daqui a 10 anos

4. PRODUTOS INOVADORES 2 POSSIBILIDADES: existência de um mercado potencial que valoriza bem o produto industrial; implica projecto, inovação científica e equipamentos específicos Existência de matérias-primas muito competitivas que permitem avançar na industrialização (quebras da indústria de frescos) ou capacidade para produzir matérias-primas direccionadas à indústria, sempre acrescentando valor.

5. OUTROS FACTORES QUALIDADE “SUSTENTADA” DO PRODUTO (o produto garante as suas características) IMAGEM MARCA CAPACIDADE DE “DERIVAR” (criação de novos produtos a partir do primeiro)

6. IMPORTÂNCIA DA AGRO-INDÚSTRIA “COMMODITIES” terão uma evolução cada vez mais difícil para o produtor/embalador na Europa Transportes e “químicos” de conservação permitirão levar os produtos a qualquer ponto do Mundo Os detentores das matérias-primas devem exercer esse estatuto criando valor adicional A orientação “desta agro-indústria”: novos produtos (ex. “essencial Compal”) Evitar novos mercados já com índice de saturação Qualidade “científica” e específica dos os produtos

7. INCENTIVO À INOVAÇÃO União Europeia: tem programas horizontais, complexos, pressionados por lobbies Portugal: não tem uma estratégia (nesta frase se incluem todas as instâncias) A inovação na agro-indústria horto-frutícola portuguesa existe mas é fruto da capacidade de algumas empresas isoladas Esta agro-indústria não está por regra associada aos produtores de matérias-primas

7. O IMPORTANTE PAPEL DO COTHN CONSEGUIR ADEPTOS PARA A INOVAÇÃO DIRECCIONADA PARA O MERCADO CRIAR UMA PLATAFORMA OPERATIVA DE ENCONTRO DAS PARTES (empresa que fabrica e operadores que podem criar a inovação) “EXTRAIR” DO QCAIV DOTAÇÕES FINANCEIRAS PARA APOIAR PROJECTOS DE INOVAÇÃO FUNCIONAR COMO GESTOR DAS DOTAÇÕES E DA EXECUÇÃO DOS PROJECTOS CLASSIFICAR OS PROJECTOS DE ACORDO COM O SUCESSO COMERCIAL (única forma)

8. IDEIAS FINAIS OS PRODUTOS HORTOFRUTÍCOLAS ESTÃO EM LINHA COM O CONSUMO MODERNO A AGRO-INDÚSTRIA “COMMODITIES” TERÁ DE COMPETIR CADA VEZ MAIS DURAMENTE A AGRO-INDÚSTRIA “INOVAÇÃO” PODE ACRESCENTAR MERCADO E VALOR PARA FAZER INOVAÇÃO É NECESSÁRIA CIÊNCIA E CAPITAL O COTHN PODERIA DESENVOLVER ESSA ESTRATÉGIA E DISPONIBILIZAR MECANISMOS DE CRIAÇÃO DE VALOR ATRAVÉS DA INOVAÇÃO