AS EMPRESAS BRASILEIRAS: UM PANORAMA GERAL*

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AS EMPRESAS BRASILEIRAS: UM PANORAMA GERAL* * DE NEGRI, J. A., SALERNO, M. S. (Org). Inovações, Padrões Tecnológicos e Desempenho das Firmas Industriais Brasileiras. IPEA, Brasília, 2013.

PINTEC/IBGE 2014: INOVAÇÃO LIMITADA! AMOSTRA: ~72.000 empresas industriais, entre 2011-2013, usando a metodologia da EUROSTAT (UE); EMPRESAS QUE INOVAM EM PRODUTOS E PROCESSOS: 33,0% (31,5% em 2003, 33% em 2007, 33% em 2013) Setores que mais inovam: rápida incorporação em produtos/servicos/processos de conhecimentos técnico-científicos (informática, eletrônico, comunicações) GASTO EM P&D/FATURAMENTO: 3,8%, mas 75% do total relacionado a compra de maquinas/equipamentos para fabricação, principalmente no âmbito das PME’s; Gasto real de 0,95% PESSOAL EM P&D: 41.600 mil pessoas, 50% TNS, 50% em part-time (cerca de 0,25 pessoa/empresa, em média);

BASES PARA A ANALISE ESTRATIFICDA Análise comparativa das empresas quanto a fatores específicos nas dimensões produto, mercado, processo e outros impactos. Exemplos de fatores: market share produtividade remuneração dos empregados escolaridade dos empregados turnover. Impactos ao meio ambiente Análise do nível de cooperação tecnológica por porte e setor industrial.

AS EMPRESAS EM CLUSTERS A - Firmas que inovam e diferenciam produtos B - Firmas especializadas em produtos padronizados C - Firmas que não diferenciam produtos e têm produtividade menor

Firmas A 1.200 firmas = 1,73% do total. Grande porte, exportam com valor 30% maior que concorrentes do país importador, foco em inovação de produtos Intensidade de P&D = 3,0 % faturamento anual (média da Alemanha: 2,7%)

Firmas B 15.300 firmas = 20,3 % do total. Grande porte, exportam mas sem adicionar valor Inovação em processos, alcançando escala, produtividade e baixo custo. Pouco inovam em produtos - produtos padronizados. Intensidade de P&D = 0,99 % faturamento anual (média Brasil: 0,7 %) “15% das firmas B começam a inovar em produtos, o que significa que no futuro o grupo A deve aumentar”.

Firmas C 55.000 firmas = 78 % do total. Baixa produtividade Não há diferenciação e inovação Muito pouco capacitadas tecnologicamente

RESULTADOS Perfil das Firmas A Mais produtivas e maior market share; Mais inovam e diferenciam produtos Maior intensidade de P&D Utilizam mais a cooperação tecnológica (ex. universidades). Cooperação maior nos setores de menor intensidade tecnológica (33,9 %), comparado aos setores de maior intensidade tecnológica (18,9 %) Faturamento médio anual: US$ 60 milhões x 10 milhões (B) e 0,6 milhões (C) Remuneração média do trabalho/mes : US$ 570,00 x 340,00 (B) e 195,00 (C) Escolaridade média: 9,13 anos x 7,64 (B) x 6,89 (C) Permanência no emprego: 54 meses x 43 meses (B) x 35 meses (C)

CONCLUSÕES Inovação traz redução de custos, melhoria na qualidade de produtos, ampliação ou manutenção de market share, possibilidade de abertura de novos mercados, e impactos ao meio ambiente, melhor enquadramento nas normas comerciais dos mercados interno e externo. Treinamento e escolaridade aumentam a capacitação e , assim, a probabilidade de ser inovadora e exportar. Cooperação Tecnológica: permite soluções mais criativas que as realizadas pela empresa individualmente; transferência de conhecimento entre agentes; criação de vantagens competitivas para os agentes (quando bem sucedidas).

CONCLUSÕES (continuação) Investimentos de inovação no Brasil concentrados em processos (compra de máquinas) e não em produtos, que melhoram escala e produtividade mas não levam a empresa para o grupo A. Recursos públicos: importantes para inovação de processos, não de produtos. Inovação de produtos depende mais de investimentos privados, que podem ser estimulados por políticas públicas (mecanismos tributários) que minimizem risco e custo do investimento em P&D.