Dietoterapia nas Doenças Renais

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Transcrição da apresentação:

Dietoterapia nas Doenças Renais Profa. Dra. Andréia Madruga de Oliveira Nutrição p/ Enfermagem 2009/2 Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 Doenças Renais A unidade funcional dos rins são os néfrons. Os dois rins juntos contém cerca de 2.400.000 néfrons. O sangue entra no glomérulo sob alta pressão que provoca a sua filtração na cápsula de Bowman. O sangue filtrado retorna para a circulação geral e o filtrado glomerular flui inicialmente pelo túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal, e túbulo coletor, que recolhe o líquido filtrado de diversos néfrons  a urina na pelve renal. Através dos ureteres a urina chegará na bexiga. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

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Insuficiência Renal Aguda súbita redução do ritmo de filtração glomerular e alteração na habilidade do rim em excretar a sua produção de resíduos metabólicos. Causas: perfusão renal inadequada, doença dentro do parênquima renal, e obstrução. Pode ainda ser devida à drogas tóxicas, reações alérgicas ou isquemia, levando à necrose. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Insuficiência Renal Aguda Sintomas: oligúria, edema e aumento de peso. A creatinina e o nível de uréia começam a subir gradativamente. A inadequada excreção de potássio acarreta hipercalemia e a inadequada excreção de hidrogênio leva à acidose metabólica. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Cuidados Nutricionais na IRA Objetivos: proporcionar equilíbrio hidroeletrolítico melhorar a função renal propiciar a regeneração do parênquima manter ou recuperar o EN do paciente Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Características da Dieta Calorias: de normo a hipercalórica conforme o EN. Proteínas: a oferta de 0,5 a 0,6g de proteína por Kg de peso por dia parece exercer um efeito positivo sobre o paciente com IRA devido ao excesso de uréia e creatinina no sangue,predominantemente PAVB Carboidratos: 65 a 70%, preferencialmente CHO simples. Lipídios: 25 a 30 % do VCT. Água e Sódio: dependerão do sódio sérico, da quantidade de urina excretada e da presença ou não de edema. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Características da Dieta Basicamente a restrição de sódio será a seguinte: fase anúrica : de 200 a 500 mg ao dia. fase oligúrica: em torno de 1200 mg ao dia. fase poliúrica: ingestão normal ( se não houver hiponatremia ) ou reduzida ( se houver hiponatremia). O volume hídrico deve ser restrito nas fases oligúrica e anúrica. A quantidade de líquidos ofertada deve ser a mesma perdida através da urina. Potássio: a oferta de potássio varia entre 1500 e 3000 mg/dia devido a hipercalemia. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Cálculo do Sódio Para transformar o sódio da dieta de mg para mEq é preciso saber que: 1g de sal = 400mg de sódio = 17 mEq. Basta dividir a quantidade total de sódio em miligramas por 23 ( número atômico do sódio) para saber em mEq. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 Numa dieta com 1500 mg de sódio de constituição dos alimentos de 2 g de sal, qual a quantidade de sódio em mEq? R. 2g de sal = 800mg de sódio 800 + 1500 = 2300mg 2300 dividido por 23 = 100 mEq Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Insufuciência Renal Crônica A doença renal pode progredir de modo silencioso até que se desenvolve uma insuficiência renal crônica e finalmente apareça a uremia. A medida que insuficiência renal avança, mais néfrons morrem e o rim não consegue mais manter em equilíbrio suas funções, surgindo então o sintomas na uremia. Uremia é definida como a síndrome clínica de mal estar, fraqueza, náuseas e vômito, câimbra muscular, coceira, paladar metálico e prejuízo neurológico decorrente de um nível inaceitável de substancias nitrogenadas no sangue. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 Tratamento transplante : implantação cirúrgica de um rim de um parente vivo ou de um cadáver Diálise : filtração do sangue por um dialisador Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Cuidados Nutricionais Objetivos: manter ou corrigir o EN proporcionar repouso aos néfrons ainda funcionantes contribuir para o equilíbrio hidroeletrolítico minimizar a sintomatologia urêmica permitir condições clinicas possíveis para a diálise ou transplante. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Características da Dieta Calorias: variará de acordo com o EN. Uma boa oferta calórica é também importante para evitar que as poucas proteínas ofertadas sejam utilizadas como fonte de energia agravando o quadro de uremia. CHO: 65 à 70 % Lipídeos: 30 a 35%. Caso os níveis séricos de colesterol estejam acima do normal, a dieta deverá ser pobre em colesterol e gorduras saturadas. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Características da Dieta Proteínas: variará conforme a gravidade da doença, o balanço nitrogenado e o nível de filtração glomerular. A retenção de substancias nitrogenadas exige uma restrição protéica. A PAVB é priorizada. Sódio e água: a restrição hídrica será necessária se houver hiponatremia, oligúria ou anúria. Se o paciente retém sódio, a dieta deve ofertar uma quantidade de 2 a 4 g/dia, observando-se também a presença de edema e hipertensão. Anúricos: 250 e 500 mg de sódio por dia. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Características da Dieta Potássio: variará de acordo com a concentração plasmática de potássio e diurese do paciente. A oferta de potássio varia de 1500 mg a 3000 mg/dia (o normal seria entre 6 à 12 g diárias). Cálculo do potássio de mg para mEq: Basta dividir a quantidade de K da dieta em mg por 39 que é o nº atômico do elemento. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 Diálise Dois métodos: Hemodiálise: o sangue passa por uma membrana semipermeável do rim artificial e os resíduos do metabolismo são removidos por difusão. Diálise peritonial (CAPD): O fluido dialisador é colocado no abdômen através de um cateter instalado, e os resíduos atravessam a membrana peritonial por difusão e fixação neste fluido. Este líquido é então retirado, desprezado e nova solução é adicionada. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 Hemodiálise Método Tradicional Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 CAPD - Iniciais em inglês para: Continuous Ambulatory Peritoneal Dialysis ou... Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Cuidados Nutricionais na Diálise Calorias: dependerá do tipo de diálise. Diálise peritonial: a glicose infundida juntamente com a solução dialítica sendo uma importante fonte energética pode até mesmo elevar a obesidade, hipertigliceridemia e falta de apetite. 25 a 30 cal/kg peso/dia. Hemodiálise: 35 cal/kg peso/dia. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2

Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2 Carboidratos: 35% do VCT. Na diálise peritonial os carboidratos devem ser complexos devido a possível presença da hipertrigliceridemia. Proteínas: diálise peritonial de 1,2 a 1,3 g/kg de peso/dia para manutenção e de 1,4 a 1,6 g/kg de peso/dia para paciente com desnutrição ou peritonite. Na hemodiálise recomenda-se uma quota de proteínas de 1g de proteína/kg de peso/dia para manutenção (pacientes eutróficos). Gorduras: recomendações semelhantes àquelas p/IRC. Líquidos e Sódio: recomendações semelhantes àquelas p/IRC. Potássio: na presença de hipercalemia, a dieta deve fornecer 1,5 g de potássio/dia. Profa. Dra. Andréia de Oliveira 2009/2