AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Advertisements

Mecânica dos Materiais 2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS CAMPUS DIVINÓPOLIS ENGENHARIA MECATRÔNICA ACIONAMENTO DE MOTOR C.A. COM INVERSOR DE TENSÃO TRIFÁSICO.
Medição de Fenômenos Biológicos COB 783 Aula III.
Ferramentas de Diagnóstico de Máquinas IMFDM Prof. Dr. Cesar da Costa 6.a Aula: Falhas em motores elétricos.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Física FUSÍVEIS E DISJUNTORES.
Orientação Geográfica Norte Geográfico Sul Geográfico S N.
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO Campo Magnético Girante MÁQUINAS ELÉTRICAS II ROBERLAM GONÇALVES DE MENDONÇA, Dr Prof. Titular do IFG.
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
SEL 329 – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
Dinamômetros Leonardo de Bortolli Nogueira Victor Waszczynski
Introdução à prática da
Introdução a Corrente Alternada
SEL 329 – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
Teoremas de rede Prof. Luis S. B. Marques MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Ciências da Natureza e suas
Resistência dos Materiais
SEL 329 – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
SEL 329 – CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
Fundamentos de Eletricidade
AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO
CINEMÁTICA I AULA Nº 1 (2º/2016) Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Métodos de Levantamento Poligonação
Métodos de Levantamento Poligonação
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Para z >> a Para z = 0.
Que o Senhor Jesus seja o norte para nossos estudos nesse semestre!!!
Transformadores Prof. Luis S. B. Marques.
Capítulo 6 - Medição de rotação e torque
Máquinas de Corrente Alternada
Medida da resistência do circuito de terra
CLUBE DE CIÊNCIAS – Aulão preparatório para a prova do iFF
Física 3 OSCILAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS E CORRENTE ALTERNADA
Ondas.
Noções Básicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento
AULA 11 – MUDANÇAS DE FASES
ESTÁTICA Introdução às Estruturas Ano Lectivo
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Ferramentas de Diagnóstico de Máquinas IMFDM
Servomecanismo N7SRV Prof. Dr. Cesar da Costa
Máquinas Elétricas e segundo princípio da termodinâmica
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Máquinas de Corrente Alternada
Física Experimental IV – aula 5
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Biorreatores agitados mecanicamente
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
SEMINÁRIO DO TERMOSTATO DE REFRIGERAÇÃO SÉRIE RC
Física Experimental IV - 11a aula
Acionamentos Elétricos T6CV2
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Aparelhos de medição elétrica
Gerador Elétrico. Gerador Elétrico Lei de Lenz O sentido da corrente induzida é tal que o campo que ela produz se opõem à variação do fluxo magnético.
Mestrado Profissional em Física Médica
Resposta em frequência e circuitos de seleção de frequências.
Princípios de Telecomunicações
SISTEMAS MOTRIZES.
Conversão de Energia II T6CV2/N6CV2
Mecânica de Locomotivas II
Mecânica de Locomotivas II Sistema De Transmissão Elétrica:
Mecânica de Locomotivas II
Servomecanismo N7SRV Prof. Dr. Cesar da Costa
Métodos de Diagnósticos de Máquinas
CAMPO ELÉTRICA Prof. Rangel Martins Nunes Abril de 2019.
Máquinas Síncronas Prof: Elmer Pablo Tito Cari.
Processos de eletrização
Transcrição da apresentação:

AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Mauro Hugo Mathias Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá Programa de Pós-graduação em Mecânica Área de Projetos

AMBIENTE MULTIMÍDIA DE SUPORTE À DISCIPLINA DE PÓS-GRADUAÇÃO FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DE MÁQUINAS Falhas em motores elétricos

Falhas em motores elétricos Motor de Indução trifásico Rotor Estator Ventilador

Rotor tipo gaiola de esquilo

Rotor gaiola de esquilo

Rotor tipo bobinado

Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico Um motor de indução possui frequências características mesmo que não tenha nenhuma falha, são as chamadas assinaturas de vibração do motor. Estas frequências são(em parêntesis a notação que iremos utilizar neste curso): Frequência de alimentação – (Fal) Frequência de rotação – (Frt) Frequência do campo magnético (Fcm) Frequência de escorregamento (Fes) Frequência de ranhura – (Fran)

Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico Frequência de alimentação – (Fal) – É a frequência elétrica – 60 Hz Frequência de rotação – (Frt) – É a frequência real com que o motor está girando, depende da carga que está aplicada. Frequência do campo magnético (Fcm) – É a frequência de alimentação dividida pelo numero de polos do motor

Velocidade Síncrona

Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico Frequência de escorregamento (Fes) – O rotor do motor não gira com velocidade síncrona, mas escorrega para trás no campo girante. A frequência de escorregamento é a diferença entre velocidade síncrona e a velocidade do rotor. A Fes é calculada multiplicando a frequência de alimentação pelo escorregamento do motor, que é calculado por: Onde: Nm = Frequência de rotação do motor (medida no motor) Ns = Rotação síncrona (do campo)

Falhas em motores elétricos Frequência do Rotor

Falhas em motores elétricos Freqüências básicas de um motor elétrico Frequência de ranhura (Fran) – As ranhuras do entreferro tanto no estator quanto no rotor geram vibração, pois criam desbalanceamento de forças magnéticas de atração, consequência da variação da relutância do circuito, em função da taxa de passagem pelas ranhuras do estator e do rotor. A frequência de ranhura é calculada por: Fal = Frequência da rede Rs = Numero de ranhuras do rotor S = escorregamento unitário P = numero de pares de polos K = zero ou nº par (2,4,6,8,…)

Falhas em motores elétricos Como medir a vibração em motores elétricos Maquinas com conjunto rotativo leve e estruturas robustas e pesadas tem a maioria das forças geradas pelo rotor, como movimento relativo entre o eixo e o mancal. A estrutura da máquina funciona como amortecimento, assim deve-se medir a vibração no rotor, através de sensores sem contato. Máquinas com conjunto rotativo pesado, apoiado em mancais rígidos e com estrutura leve, tem as forças gerada pelo rotor dissipadas através dos mancais da estrutura, assim o melhor ponto para medição está localizado na estrutura da máquina, próximo a mancais de rolamentos ou chapas grossas.

Falhas em motores elétricos Defeitos de origem elétrica e mecânica Em um motor de indução os defeitos de origem elétrica podem ser resultado de: Degradação do isolamento da bobina do estator; Desequilíbrio da alimentação; Quebra das barras do rotor; Quebra do anel curto-circuito . Os defeitos de origem mecânica podem ser identificados como: Rotor excêntrico ou desbalanceado; Ventoinha quebrada.

Falhas em motores elétricos Defeitos de origem elétrica e mecânica

Falhas em motores elétricos Defeitos elétricos As falhas: Degradação do isolamento da bobina do estator; Desequilíbrio da alimentação; Enrolamentos em curto e folgas no entreferro do motor. Caracterizam-se por uma frequência no espectro de vibração igual a duas vezes a frequência de alimentação. A amplitude é determinada pela carga do motor. 2*Fal (Frequência de alimentação)

Falhas em motores elétricos Defeitos elétricos As falhas: Quebra das barras do rotor; Quebra do anel curto-circuito. Caracterizam-se pelo surgimento de bandas laterais ao redor da frequência de rotação do motor (Nm) igual ao valor da frequência de polos que por sua vez é igual a 2x o valor da frequência de escorregamento (Fes) Nm 2*Fes 2*Fes

Falhas em motores elétricos Frequências laterais em torno da frequência fundamental

Falhas em motores elétricos Espectro de frequência de um motor sadio com carga máxima

Falhas em motores elétricos Espectro de frequência de um motor com defeito, uma barra quebrada, com a carga máxima.

Falhas em motores elétricos Espectro de frequência de um motor com defeito, duas barras quebradas, com a carga máxima.

Falhas em motores elétricos Espectro de frequência de um motor com defeito, três barras quebradas, com a carga máxima.

Falhas em motores elétricos Rotor excêntrico ou desbalanceado Um rotor excêntrico ou um rotor desbalanceado provocam variações no campo magnético entre os polos do estator e o rotor (altera o chamado air gap – distância entre o rotor e o estator), causando uma frequência de 1X rpm no sinal medido no motor: Nm 2*Fs 2*Fs

Falhas em motores elétricos Rotor excêntrico ou desbalanceado Como saber se o defeito é mecânico (Desbalanceamento) ou elétrico (Excêntrico)? Deve-se medir a vibração no momento em que a corrente de alimentação do motor é cortada, duas situações podem ocorrer: 1º - Amplitude de vibração decai bruscamente: Problema é elétrico e pode ser causado por excentricidade do rotor no estator; 2º - Amplitude decai lentamente: Problema mecânico possivelmente devido a desbalanceamento do rotor.

Falhas em motores elétricos Métodos de análise de falhas em motores elétricos Método da análise de corrente Utiliza medidores não-invasivos ao motor para obter o sinal elétrico de entrada das fases do motor, assim é possível efetuar a análise do espetro da frequência de alimentação do motor. É indicada para identificação de barras quebradas no rotor e desbalanceamento de tensão.

Falhas em motores elétricos Métodos de análise de falhas em motores elétricos Método do fluxo magnético Utiliza uma bobina imersa no campo magnético girante produzido pelas correntes do estator. Qualquer pequeno desbalanceamento no fluxo magnético é perceptível pela bobina. Este método é indicado para identificação de barras quebradas no rotor, desequilíbrio de fases e problemas nos enrolamentos do motor. Possui a vantagem de não precisar saber o numero de barras e a carga do motor para identificar anomalias nas espiras.

Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Utilizando um motor de indução trifásico de 1cv, 4 pólos e 220 de alimentação (ligação em triângulo). Com o auxilio de um reostato com entrada 220V e saída variável entre 0 e 250V foi induzido um desbalanceamento de corrente no motor. Bancada de testes

Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo As freqüências básicas observadas na assinatura de vibração de um motor sem defeito são: Freqüência de alimentação – (Fal) = 60 Hz e Múltiplos da freqüência de alimentação: : 2xFal = 120 Hz Freqüência de rotação – (Frt) = 1750 rpm = 29,17 Hz Múltiplos da freqüência de rotação: 2x Frt = 58,38 Hz, 3xFrt = 87,50 Hz Freqüência de ranhura – (Fran) = 875 Hz e múltiplos: 2x Fran = 1750 Hz

Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Inicialmente foi efetuada uma coleta sem desbalanceamento. A corrente em cada uma das fases foi de 1 Ampere. No gráfico do osciloscópio podemos distinguir dois picos: 28 Hz – Freqüência de rotação (Frt) 360 Hz – Múltiplo da freqüência de alimentação (Fal) Espectro normal

Espectro com desequilíbrio de fase Diagnóstico de falhas através de análise de vibrações Falhas em motores elétricos – exemplo Uma segunda medição foi efetuada induzindo-se um desequilíbrio em uma das fases. A corrente da fase com o reostato é de 1,8A enquanto as demais estão com 3,0A. No gráfico do osciloscópio podemos distinguir dois picos: 28 Hz – Freqüência de rotação (Frt) 120 Hz –Freqüência de alimentação (Fal) 240Hz - Múltiplo da freqüência de alimentação (Fal) Espectro com desequilíbrio de fase