Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F

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Transcrição da apresentação:

OS MERCADOS DO AZEITE: CONTEXTO, FACTORES DE MUDANÇA E DESAFIOS À SUA VALORIZAÇÃO NA REGIÃO ALENTEJO Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

INTRODUÇÃO O projecto e o título da intervenção O projecto PACMAN: promover a atractividade, competitividade e internacionalização do cluster agro-alimentar na área mediterrânica; Tema “Olivoturismo: um novo produto turístico para o Alentejo”, associa duas contribuições chave: A do turismo é fundamental para a valorização desse cluster; A do azeite , por excelência, uma das cadeias ou fileiras agro-alimentares mediterrânicas; O plural de “mercados” no título significa que existem vários mercados em que o azeite constitui um produto diferente e deve ser promovido, vendido, e valorizado de forma diferente; Mas, o singular “azeite” significa que sem competitividade, desenvolvimento e sustentabilidade na produção de Azeite a viabilidade desses mercados é duvidosa senão impossível; Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

INTRODUÇÃO Relevância ambiental, cultural, social e económica Contudo, essas actividades são valorizadoras da viabilidade económica do azeite e da sua sustentabilidade, e conjuntamente dos recursos que são utilizados na sua cadeia ou fileira, território e paisagem, olival, olivicultores, agro-industriais, e prestadores de serviços, incluindo os turísticos, hoteleiros, gastronómicos, entre muitos outros; Subsector muito importante; Os indicadores ambientais e territoriais, sociais e económicos da cadeia de valor do azeite, demonstram essa importância absoluta e relativa; Mas, relevância extravasa esses números. O azeite é um produto mediterrânico que nos liga ao nosso tipo e ordenamento da paisagem e de ocupação do território, que nos remete para a nossa dieta tradicional mediterrânica, que nos marca como cultura e vivência de povo. Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO O olival em Portugal Total Nº de Explorações, Superfície Total e Superfície Agrícola Utilizada: 305 mil exp., 4 709 mil ha ST e 3 668 ha SAU; Olival 130 mil explorações (43%) e 336 mil hectares (9% da SAU); Estrutura das Explorações com olival: 99,7 mil exp. com menos de 2 ha, 28,6 mil com > 2 e < 20 ha e 2,1 milhares com mais de 20 hectares; Fonte: RGA, 2009 Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO O olival no Alentejo Total Nº de Explorações, Superfície Total e Superfície Agrícola Utilizada: 41 720 exp. (14%), 2 151 mil ha de SAU (59%); Olival No Alentejo : 19,7 mil explorações (47%) com olival e 164 mil hectares (8% da SAU); Estrutura das Explorações com olival: 9,5 milhares com < 2 ha, 8,7 com > 2 e < 20 ha, e 1.5 com > 20 ha; Fonte: RGA, 2009 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO O olival no Alentejo Principais diferenças do Alentejo - Da área de olival em Portugal o Alentejo representa 49 %; - Das 783 explorações em Portugal com áreas de olival > 50 ha, 656 ( 84 %) situavam-se no Alentejo; esse número reduzido explorações (3%) com uma área muito considerável 80 mil ha (48%); 9,5 mil explorações (48%) com áreas de olival < 2ha mas com um total de apenas 9 mil ha (5%); Fonte: RGA, 2009 Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO O olival no Alentejo O que resulta das principais diferenças do Alentejo - Há explorações com dimensão para poderem ser comercialmente especializadas no sector que podem, cooperando ou não, procurar vantagens competitivas; Há, por outro lado, um enorme trabalho a fazer para juntar os esforços de muitas explorações de pequena dimensão e aproveitar áreas e produção existente; A diferenciação do azeite é um factor de valorização fundamental e uma forma de associar a estrutura de produção e o consumo à origem (DOPs e IGs); O que suceder ao nível da PAC vai ser relevante para as dois tipos mas principalmente para as segundas, sem o que, provavelmente, o olival não será rentável nem sustentável. Fonte: RGA, 2009 Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Área de olival e produção azeitona em Portugal Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Produção de Azeite em Portugal Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Área de olival e produção azeitona Distribuição regional Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Valor da produção Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Lagares, azeitona oleificada e azeite Distribuição regional Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Azeite obtido por grau de acidez Distribuição regional Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO produção de azeite em Portugal e no Alentejo Produção de azeite em Portugal a níveis nunca alcançados; 340 mil ha de olival, 500 mil ton de produção de azeitona e 823 mil hl de azeite produzido em 539 lagares; Alentejo com posição dominante no contexto nacional: 173 mil hectares (51%), 335 ton azeitona (67%) e 521 mil hl (63%) em 107 lagares; Valor da produção representa cerca de 10 milhões de euros, muito baixo em termos relativos; Em Portugal e, em particular, no Alentejo, produz-se azeite de grande qualidade: 59 % do total nacional com < 0,8 graus de acidez; 81 % do azeite do Alentejo com < 0,8 e 97% com < 2 graus; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Categorias comerciais de azeite Os azeites virgens são obtidos a partir da azeitona exclusivamente por meios mecânicos: Virgem extra quando apresenta una acidez livre máxima, expressa em ácido oleico, de 0,8 g por 100 g, Virgem se apresenta una acidez livre máxima, expressa em ácido oleico, de 2 g por 100 g, e Lampante, acima desse valor de acidez; Refinado o que é obtido da refinação de azeites virgens e apresenta uma acidez livre máxima de 0,3 g por 100 g, Azeite, mistura de azeite refinado e de azeite virgem não lampante, com uma acidez livre de não mais de 1 g por 100, entre outras características estabelecidas para estas categorias. CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Categorias comerciais Fonte: Rente, E. , Apresentação da Innoliva, U.E.

CONTEXTO Azeites com nome protegido Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Azeites com nome protegido Estrutura de produção Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Azeites com nome protegido Valor de vendas Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Azeites com nome protegido Portugal Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Qualidade/tipos de azeite Portugal Seis DOP e nenhum IGP de azeite, 5 efectivamente produzidas, de 121 com nome protegido em Portugal , tendo 110 reconhecimento comunitário; As quantidades e valores de venda são relativamente reduzidos: 7,5 milhares de explorações aderentes, produção de 1 600 toneladas e um valor de vendas de 6,2 milhões de euros. Azeite biológico é outro dos azeites diferenciados que produzimos; A diferenciação destas marcas através de uma estratégia de comercialização e marketing que sustente a sua venda e valorização com um prémio de preço adequado não tem sido conseguida. CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Consumo em Portugal Capitação Fonte: INE, Estatísticas Agrícolas, 2011 Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia - CEFAGE cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Entradas e saídas de azeites 2010 e 2011 CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Consumo em Portugal Consumo recupera de valores baixos ao nível dos tradicionais mediterrânicos (7,7 kg per capita); Maiores consumidores são os Gregos (20,8 kg per cap.) e os Espanhóis (14,4 kg per cap.), com valores de consumo per capita substancialmente maiores; Consumo total de aproximadamente 80 mil toneladas (entre 2008 e 2010); Saldo com exterior desfavorável em cerca de 20 mil toneladas, necessárias para satisfazer níveis de consumo doméstico; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Fileira CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Canais comercialização Vendas e compras A granel: Refinadores e embaladores (domésticos e internacionais); Embalado: Grandes superfícies, Horeca, Institucionais, lojas tradicionais e locais; feiras; serviços turísticos Venda e compra de Azeite como ou para: Confecção alimentar e gastronomia; Utilização na mesa; Oferta ou consumo ocasional; Produto ou serviço turístico (Gastronomia, Marketing territorial, olivoturismo) Produto com benefícios para a saúde oferta; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Produção e consumo mundial CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Principais países produtores e consumidores CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Principais países exportadores e importadores CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Situação actual Mercado de 3 milhões de toneladas, com taxa de crescimento de cerca de 3%; Maior player do mercado internacional do azeite é a Espanha (47% da produção e 28 % das exportações mundiais); Itália é o maior consumidor, o maior importador mas, simultaneamente, o 2º maior exportador; Importância e influência do mercado interno Espanhol na fixação de preços internacionais; Preços a níveis muito baixos: É preciso recuar até às semanas de Maio - Junho de 2009, em que as cotações caíram para níveis mínimos, para termos preços de azeite extra virgem tão baixos (desde 2006); CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços de AEV e AR Depois de uma grande variabilidade no ano de 2008, uma queda para níveis muito baixos até Maio e subida até Outubro desse ano, no final do ano caíram para o nível dos 200 Euros (100 kg); Mantêm estáveis com ligeira e gradual tendência negativa até aos 180 Euros no Verão de 2012; Com a expectativa de uma produção total baixa, devido ao ano agrícola, as cotações semanais têm apresentado um comportamento em alta; Tendências do preço do azeite refinado são semelhantes com níveis de preço entre 2009 e 2012, ligeiramente acima do mínimo de 2008, á volta dos 175 Euros (100 kg); CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços mensais de AEV CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços mensais de AEV CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços semanais de AR CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços semanais de AEV CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços mensais de AR CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços mensais de AR CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Preços semanais de AR CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Aspectos recentes Aumentos recentes de produção: 300 mil ton (10%) entre as duas últimas campanhas; Aumento de stocks: Níveis aumentaram em cerca de 34% na campanha para cerca de1 milhão de ton.; Fraco aumento do consumo dos principais consumidores: Consumo aumentou 16 mil ton (0.9 %) no conjunto dos países da UE, os principais consumidores; Tendência favorável no consumo do Resto do Mundo: Crescimento de cerca de 83 mil ton (7%); CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Aspectos recentes Oferta fragmentada e procura (distribuição) concentrada; O azeite representa apenas 2% do mercado dos óleos vegetais, que está em crescimento; Os países emergentes são mercados com grande potencial à medida que o rendimento disponível das famílias aumente e o seu padrão de consumo se altere para procura pela qualidade (classe, saúde); CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

CONTEXTO Mercado mundial Aspectos recentes COI promove campanhas nos países emergentes com potencial: -Brasil: Crescimento de 10 % (54 mil ton nesta campanha, com 30 para Portugal, 14 para Espanha, 6 para Argentina); - EUA: Crescimento de 4% (17 ton dos países da EU 27, com cotas de Espanha, Tunísia e Argentina a subirem 32, 12 e 100%); -China: 22 de 25 % do aumento das importações é de países da EU-27, dos quais 56 % da Espanha e 37 da Grécia. CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

FACTORES DE MUDANÇA Gerais e estruturais: Desenvolvimento económico e social; Saúde alimentar e qualidade produtos; Energia e alterações climáticas; Conhecimento e inovação; Volatilidade de preços e incerteza Conjunturais: Aumento do custo do capital; Evolução dos mercados internos; Re-orientação das políticas públicas; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

FACTORES DE MUDANÇA Específicos: Relativos à oferta e à ligação com a matéria-prima e aos seus modos de produção; Efeito no preço da variabilidade de produção da matéria-prima; Ocupação e ordenamento territorial, ambiente e desenvolvimento rural (bens públicos) CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

FACTORES DE MUDANÇA Relativos ao sector agro-alimentar: Institucionais e reguladores: Liberalização dos mercados e Modificação da PAC; Concentração do poder nos mercados: Concentração dos agentes entre a produção e os consumidores, Concentração da grande distribuição e efeito das marcas de distribuição; O poder dos consumidores: Preocupações de saúde e bem-estar e ambiente, novos segmentos de mercado com procura por produtos de qualidade, seguros e saudáveis; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

FACTORES DE MUDANÇA Relativos ao sector agro-alimentar: O poder dos consumidores: Preocupações de saúde e bem-estar e ambiente, novos segmentos de mercado com procura por produtos de qualidade, seguros e saudáveis; Novas oportunidades de negócio e diversificação: energia, ambiente, outros usos,… Debilidade do sector: Falta de dimensão empresarial, escassa profissionalização, excessiva fragmentação da oferta e insuficiente cooperação inter e in CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Melhoria constante da qualidade e segurança alimentar; Prestação de serviços de gestão das explorações Melhorar gestão das empresas: baixar custos, aumentar a produtividade e profissionalizar a gestão; Compatibilizar o enfoque sectorial com o territorial: Agricultura continua a ser fundamental para a viabilidade das áreas rurais; carácter multi-funcional da agricultura; fazer valer a importância ambiental, social, política do sistema agro-alimentar; Ganhar dimensão através da cooperação: Comercialização conjunta; centrais de compras; Comercialização eficiente orientada para o mercado CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Promover o desenvolvimento da “cultura” do azeite em mercados emergentes com enorme potencial; Apresentar e divulgar o azeite e as suas características para vários fins e utilizações em mercados potenciais; Diversificar mercados internacionais e acompanhar mercados afirmando qualidade e aumentando criação de valor; Associar a imagem do azeite ao território, ambiente, desenvolvimento rural, saúde e bem-estar. CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Resolver o desafio de oferecer eficaz e eficientemente um produto: Associado à natureza e ao território; De qualidade e com características únicas; Optimizando recursos na fileira e ao longo da cadeia de valor e actividades económicas associadas ao cluster; Promovendo o seu consumo e utilização diversificada; Captando valor acrescentado; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

PRIA CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Produção do Alentejo reduzida em termos absolutos e relativos face à escala do mercado internacional; Grande maioria da produção é de azeite virgem extra; Criação de valor tem que ter por base a diferenciação do produto; Estratégia tem que ser baseada em segmentos de mercado e posicionamento em gama alta; Criação de marcas e características extrínsecas para essa gama; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Que estratégia face às nossas produções? - Se considerarmos que há escala de quantidade de produto, de média qualidade, e potencial para a sua produção, podemos visar e vender nos mercados internacionais; - Conhecer e seleccionar mercados que apresentam para nós maior potencial: Brasil, em que somos líderes, Angola, mercados asiáticos; - Deveremos vender em nichos de alta qualidade e de valorização da qualidade; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Que estratégia face às nossas produções? - Estratégia mista de valorização interna trazendo cá os compradores, nomeadamente, associando ao consumo de qualidade um conjunto de serviços que valorizam o consumo do produto mas através do qual vendemos outro conjunto de serviços (olivoturismo e relação com a gastronomia); - Estratégias complementares de valorização do azeite, do rendimento dos produtores ou agro-industriais que o produzem, das áreas e locais de origem ou proveniência onde é produzido, das áreas de olival das explorações agrícolas ou agro-industriais em que é produzido; CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

DESAFIOS Nesta estratégia importa progredir: Definir o que se entende por olivoturismo? É uma segunda leva de “turismo rural” associado ao olival? Ninguém deseja que se limite a isso; Desenvolver políticas públicas de apoio a actividades associadas ao cluster do azeite em áreas rurais; parece-me que estamos também hoje e aqui a dar passos nesse sentido; Envolvimento de explorações e empresas, desenvolvimento de tarefas associadas às operações culturais do olival ; Promoção da gastronomia e dieta mediterrânica associada aos locais, território e produções tipo; Apoiar constituição de oferta de serviços em cooperação (explorações agrícolas, hotelaria, operadores turísticos). CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt

MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO FIM MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO CEFAGE Escola Ciências Sociais Centro Estudos e Formação Avançada Carlos A. F. Marques Departamento Gestão Gestão e Economia cmarques@uevora.pt