Francilene Garcia DSC/CEEI/UFCG

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Transcrição da apresentação:

Francilene Garcia DSC/CEEI/UFCG O mundo de cabeça para baixo Especial sobre inovação nos mercados emergentes1 Francilene Garcia DSC/CEEI/UFCG The Economist, Abril/2010. Conteúdo licenciado para a Carta Capital, Maio/2010.

Contando os consumidores As grandes empresas do mundo estão cada vez mais fazendo P&D nos mercados emergentes. O potencial desses mercados é muito grande: as populações já são maiores do que as do mundo desenvolvido.

Mais ricos, mais rápido As economias emergentes apresentam um crescimento acelerado. Profissionais qualificados são relativamente baratos e abundantes. Desafios e oportunidades produzem muita criatividade... As empresas transformam problemas em vantagens.

Um mundo maravilhoso para alguns As empresas “do mundo desenvolvido” estão adotando a inovação policêntrica – espalhando seus centros de P&D pelo mundo. Muitas inovações consistem em acrescentar melhorias a produtos e processos voltados para o miolo ou para a base da pirâmide de renda. Sistema de distribuição da Walmart Produção just-in-time da Dell Utilização de celulares para fazer pagamentos As populações estão satisfeitas com a economia de seus países

Primeiro, quebre todas as regras

Um eletrocardiograma portátil Mac 400 da GE, uma obra-prima da simplificação Cabe numa mochila, funciona com bateria e custa U$ 800 (U$ 2000 os demais) Os exames custam U$ 1 /paciente

Um filtro de água para purificação de águas contaminadas Utiliza casca de arroz, um resíduo comum na India, para purificar água O filtro é resistente, portátil e barato (U$ 24) A Tata pretende vender 1 milhão de unidades em 2011 – com mercado potencial para 100 milhões de unidades Na India, 2 milhões de habitantes morrem por consumirem água contaminada

Inovação frugal As iniciativas da GE e da Tata vão além de uma simples adaptação de produtos existentes: elas tornam as necessidades dos consumidores pobres como um ponto de partida, criando produtos de trás para a frente. Em vez de acrescentar mais firulas, limpam os produtos até chegar ao mínimo essencial – alguns chamam este processo de “inovação às avessas” ou “inovação frugal” ou ainda “inovação da limitação”.

Procter & Gamble: empresa fortemente apoiada em inovação As vezes as soluções pré-formatadas não são as mais apropriadas a um determinado mercado.... A P&G investiu em vários tipos de estudos etnográficos, nos quais seus executivos vivenciam a experiência do consumidor, acompanhando-o no domicílio, ou no ponto de venda: Uma das executivas da Procter & Gamble visitando a residência de uma família na periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo, observou que a área em que lavam a roupa costuma ser descoberta e úmida. Por isso a P&G adotou a embalagem de plástico no sabão em pó Ariel.

"A estratégia fixa limites para o que a empresa tenta fazer "A estratégia fixa limites para o que a empresa tenta fazer.”(Michael Porter) Você tem de fazer as escolhas certas. Não se pode ser tudo para todos. As empresas devem adaptar seus produtos ao bolso e preferências dos consumidores. Nos mercados emergentes esta é uma tendência.

Al Ghasara, velocista que disputa com um uniforme feito sob medida pela empresa Nike, acredita na tradição de sua cultura e tem esperanças para que um dia isso mude. "Usar a roupa tradicional muçulmana só me fortalece. Não é um obstáculo ao meu desempenho. Muito pelo contrário“. Ela conquistou ouro em Qatar.

Os encantos da inovação frugal Produtos frugais são resistentes e fáceis de usar. Celulares mais baratos são equipados com: lanternas – pensando nas constantes faltas de luz. várias agendas telefônicas – compartilhadas por mais de um usuário. teclados emborrachados. Frugal não é sinônimo de segunda classe. O Mac 400 da GE utiliza tecnologia de ponta. O filtro da Tata utiliza-se da nanotecnologia.

Redução de custos e maior escala 'Tiny Branch': Celulares + Impressora e Leitor de digitais tornam bancos acessíveis nas zonas rurais A inovação frugal, além de repensar o produto em si, requer novos modelos de negócios.

Três caminhos para a redução de custos Terceirizar cada vez mais A empresa de telecom indiana (Bharthi Airtel), com uma das menores tarifas do mundo, só vende os telefonemas. A operação de redes está com a Ericsson; a assistência de negócios com a IBM; e a administração das torres de transmissão com uma empresa independente local. Fazer uso de tecnologias já existentes de formas novas e criativas A TCS está tentando usar celulares para conectar televisores à Internet (TVs existem por toda parte, computadores menos). Utilizar técnicas de produção em massa em áreas novas e inéditas (a exemplo da área de saúde)

Crescer, crescer, crescer O que move as empresas dos mercados emergentes

Consumidores de primeira instância Desde 2007, os consumidores dos mercados emergentes gastam mais do que os americanos Em 2009, a participação no consumo global aumentou 34%, ante 27% dos EUA Os países emergentes deixam a recessão para trás, enquanto os desenvolvidos ainda passam por maus bocados

O mundo emergente está repleto de novos modelos de negócios A maioria dos emergentes tem uma queda por conglomerados altamente diversificados Na China, é muito comum empresas de pequeno e médio porte com braços espalhados para todos os lados Muitos países emergentes também dependem fortemente de estatais As 13 maiores petrolíferas do mundo são todas controladas por governos São modelos híbridos de gestão

O mundo emergente está repleto de novos modelos de negócios Há uma tendência a repensar a economia de escala – o que envolve um aumento de tamanho Os empreendedores dos países emergentes estão alcançando este aumento de tamanho através de transferência – envolvem um número maior de pessoas nos processos de produção e distribuição Uso de técnicas de produção em massa em serviços sofisticados Na India, existem muitas empresas terceirizadoras se expandindo e galgando o mercado

Os novos mestres da gestão

Um novo paradigma de gestão A inovação de negócios no mundo emergente chegou ao ponto em que todos os avanços individuais se transformaram em algo maior do que a soma das partes A inovação às avessas e a produção frugal dos emergentes são parte de uma nova linha de gestão de negócios Parte-se das necessidades de pessoas pobres e, para atendê-las, redesenha-se produtos e até processos inteiros de fabricação

A globalização corta custos e garante mais clientes A lógica da economia de escala também é aplicada para serviços sofisticados, tradicionalmente dominados por profissionais pouco interessados em ganhos de eficiência Novas tecnologias permitem às empresas levar seus serviços para mais consumidores e aplicar economia de escala em novas áreas

Não existe “um único” mercado emergente A China tem vantagem comparativa em termos de produção A Índia sai na frente quando o assunto são serviços O Brasil e a Rússia estão em melhor situação em termos energéticos e de commodities

O poder da ruptura Um aparelho barato de ultrasonografia já é um negócio global – com interessados no mundo desenvolvido Calcula-se que 6 milhões de americanos viajem este ano para países emergentes como a Índia em busca de tratamentos médicos a preços menores