Atendimento Psicológico em Emergências e Desastres

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Transcrição da apresentação:

Atendimento Psicológico em Emergências e Desastres

Focaliza intervenção em situações de luto traumático Alguns psicólogos na tentativa de prevenção ao trauma pós-desastre e perdas, se unem para realizar um trabalho em grupo com o Objetivo de: oferecer atendimentos psicológicos especializados para situações de crises, catástrofes, emergências e luto, nos diferentes âmbitos de necessidade. Trauma: ruptura no tecido vivo causado por agentes externos, também pode ser definido por um período de desequilíbrio psicológico, resultante de um evento ou situação danosa que não pode ser resolvida pela estratégias conhecidas. Visa uma ação preventiva para situações de stress pós traumático e luto traumático, bem como desenvolver habilidades nos profissionais envolvidos visando também o risco controlado para sua saúde mental.

O Atendimento: Quesito essencial nas missões humanitárias é garantir condições mínimas de sobrevivência com dignidade. No topo da lista, o fornecimento de água e comida. Sem isso, o suporte psicológico não tem como atuar.

O Atendimento Em momentos de desastres, deve ser focal embora problemas concomitantes sejam reconhecidos na dinâmica da situação- problema. O que norteia a pratica é não fazer com que a pessoa pare de sofrer drasticamente, cuidando para não desviar o assunto ou que se desvie do tema. A assistência em emergências visa restaurar ou aumentar as capacidades adaptativas por meio de: As vítimas avaliarem e utilizarem o apoio familiar e da comunidade, oferecer educação sobre perspectivas futuras Oferecer oportunidades para os sobreviventes organizarem e interpretarem cognitivamente o evento traumático.

Sintomas ao trauma psicológico e resposta a desastres As reações típicas ao trauma apresentam como: intensa angústia diante de situações que lembrem o momento traumático ou mesmo algum aspecto referente a ele; reações fisiológicas diante desta exposição: ansiedade, sensações físicas, sensação de pânico; diminuição do interesse e participação nas atividades rotineiras; sensação de estranhamento diante das outras pessoas, retraimento e isolamento; inabilidade para fazer projetos e medo de morrer (Hodgkinson & Stewart, 1998). O acontecimento traumático é persistentemente revivido em, ao menos, uma das seguintes maneiras: memórias recorrentes ou intrusivas, incluindo imagens, percepções e sonhos; agir ou sentir como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente, incluindo a sensação de reviver a experiência, ilusões, alucinações e flashbacks dissociativos.

Sintomas ao trauma psicológico e resposta a desastres Outras reações ao trauma incluem: evitação de eventos associados a ele, como indicado em, pelo menos, três dos seguintes critérios: esforço para evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associadas ao trauma; esforço para evitar atividades, lugares ou pessoas que lembrem a pessoa perdida ou o próprio evento traumático; inabilidade em lembrar algum aspecto importante, relacionado à negação da perda; inabilidade para sentir e apegar-se. Os sintomas do trauma incluem distúrbios do sono; irritabilidade, hostilidade em relação aos outros e explosões de raiva; hipervigilância, desconfiança, agitação e insegurança; respostas exageradas aos estímulos do ambiente; suor excessivo, taquicardia, dor de cabeça, febre, desmaios e enjôo.

Fases do luto: Entorpecimento: choque e descrença Anseio e Protesto Desespero Recuperação e restituição Essas fases podem intercalar-se e ter duração variada.

NO BRASIL A principal especialista do país nesse tipo de trabalho, Maria Helena Pereira Franco, professora titular do Departamento de Psicodinâmica da PUC- SP e coordenadora de um grupo de intervenções psicológicas de emergência. Segundo Maria Helena, estudos apontam que 75% das pessoas expostas a situações traumáticas podem apresentar distúrbios psíquicos e complicações associadas como depressão, ansiedade, fobia e abuso de drogas e álcool.

Para fazer parte destas equipes geralmente é exigido... A experiência do grupo instituído em SP mostrou as condições necessárias: disponibilidade para ser acionado por 24 horas, 365 dias por ano, para ser contatado e posicionado em menos de 10 minutos; disponibilidade para viajar para qualquer lugar do mundo; domínio de, no mínimo, mais um idioma, além do Português; treinamento para atendimento em situações de luto e participação nos treinamentos mensais específicos deste grupo, com número máximo de duas faltas permitidas por ano. Uma exigência absoluta está em assumir compromisso de sigilo sobre as atuações, incluindo nos contatos com a mídia. Presentemente, há 22 psicólogos no grupo, sendo que seis com doutorado em Psicologia Clínica, seis com mestrado (um cursando Doutorado), cinco cursando mestrado. Destes, nove já participaram de atendimento a acidentes aéreos. O trabalho deste grupo responde diretamente às deter- minações do Departamento de Aviação Civil - DAC sobre assistência às famílias de passageiros vitimados em desastres aéreos.

Cursos de Formação Mais informações: www.4estações.com No Instituto 4 estações clínica escola, localizado em SP onde uma das fundadoras é a professora Maria Helena ha cursos de férias para alunos dos 4º e 5º em psicologia com carga horária de 40h com intuito em fornecer subsídios e praticas na compreensão do luto, seu enfrentamento e consequências para as pessoas enlutadas. Temas abordados no I módulo: Teoria do apego e a formação de vínculos afetivos Rompimento de vínculo afetivo, perdas e luto Luto no ciclo vital: criança, adolescente, adulto e idoso Fatores de risco para saúde mental e luto complicado Perdas em diferentes contextos Perdas não reconhecidas e perdas simbólicas Assistência a pessoas enlutadas Início em julho de 2012 Custo R$ 1.120,00 em 3x Mais informações: www.4estações.com

GRUPO Ariane Fuccilli Dayane Aparecida de Souza Ellion Montino Oliveira Luciana Monteiro Matos de Moura Nayara Kastelic Pastorelo