Leitura de Eletrocardiograma para Enfermeiros Eloisa M. O. Jacob Enfermeira na Unidade Coronariana HIAE Especialista em Enfermagem em Cardiologia pela UNIFESP
Temas abordados Anatomia do coração e fisiologia do sistema de condução cardíaco ECG normal Taquiarritmias mais comuns Bradiarritmias mais comuns Espículas de marcapasso Colocação de eletrodos e derivações
Anatomia Função de bomba Órgão muscular composto por 4 câmaras
Circulação coronária e as paredes do coração Artérias coronárias - nascem na raiz da Aorta e irrigam o musculo cardíaco Coronárias x paredes do coração.
Características do musculo cardíaco Caráter sincicial: sincício atrial – malha fibrosa – sincício ventricular Ritmicidade automática do músculo cardíaco Todas as fibras do coração têm capacidade de gerar potencial de ação espontâneamente – alta permeabilidade da membrana ao Na O potencial de ação se espalha por todo o sincício gerando contração em toda massa muscular.
Contração muscular e Potencial de ação Deslizamento dos filamentos de actina e miosina na presença do Ca+
Sistema elétrico do coração – celulas ainda mais especializadas para gerar e transmitir o impulso eletrico Nó sinoatrial ou sinusal – é o marcapaço natural do coração. É responsável por gerar o estímulo cardíaco em frequência de 60 a 80 bpm. Fibras de condução atriais/ feixes interatriais – transmitem o estimulo do no sinusal para os átrios. Nó atrioventricular – fica na passagem dos átrios para os ventrículos, é responsável por gerar um pequeno “atraso” na transmissão do estímulo permitindo que os átrios contraiam enquanto os ventrículos ainda estão relaxados. Feixe de His e fibras de purkinje – conduzem o estímulo nos ventrículos gerando a despolarização e contração dos mesmos
Ritmicidade cardíaca Sistema nervoso autônomo
R T P Q S Intervalo QT Ritmo Sinusal Segmento ST Intervalo PR Onda P = Despolarização Atrial Intervalo PR = Impulso: Átrios → Nódulo AV QRS: Despolarização ventricular Segmento ST: Final despolarização ventricular/início regularização Onda T: Pico de recuperação ventricular
ECG Normal Ponto J Intervalo PR – 0,12 a 0,20seg. Complexo QRS – duração 0,05 a 0,12seg. Ponto J – junção entre o QRS e segmento ST Ponto J
Velocidade papel = 25mm/seg Voltagem/Amplitude Normal (N): 1mV = 10mm N/2: 1mV = 5mm 2N: 1mV = 20mm Tempo/Extensão Velocidade papel = 25mm/seg 1mm = 0,04 seg
1500/ n de quadradinhos entre RR 4Q x 5q = 20 1500/20 = 75 FC = 75 bpm
Como analisar o traçado? FC > 100 OU < 60 BPM? TEM ONDA “P”? “P” PRECEDE “QRS”? “PR” É NORMAL OU ALARGADO (≥ 0,20 SEGUNDOS)? “QRS” ESTREITO (< 0,12 SEGUNDOS) OU LARGO (≥ 0,12 SEGUNDOS)? “RR” REGULAR OU IRREGULAR?
Taquiarritmias mais comuns Exemplo Taquiarritmias mais comuns QRS estreito – supra- ventriculares
Taquiarritmias mais comuns Exemplo Taquiarritmias mais comuns QRS largo!!!! – potencialmente mais graves – ventricular!
Bradiarritmias mais comuns Bradicardia sinusal BAV do 1 grau
Bradiarritmias mais comuns BAV do 2 grau – mobitz 1
Bradiarritmias mais comuns BAV do 2 grau – mobitz 2
Bradiarritmias mais comuns BAV do 3 grau ou BAVT Dissociação total entre os batimentos dos atrios e ventriculos. Ondas P regulares, QRS regulares. Nenhuma relaçao entre P e QRS.
Ritmo juncional
marcapasso Unicameral atrial/ ventricular
lbicameral Tricameral (ressincronizador)
Ritmos de PCR TV FV AESP ASSISTOLIA - protocolo Cabos/ ganho/ derivação
ECG – como colocar os eletrodos? Uma porção da corrente elétrica gerada pelo potencial cardíaco se difunde e aflora à superfície do corpo Esta corrente será captada pelo aparelho de ECG. – interferência pelas contrações musculares, gordura da pele, tomadas não aterradas Devem ser colocados em pontos específicos do corpo para corresponder a parede adequada do coração!!!! RA – braço direito LA – braço esquerdo RL – perna direita LL – perna esquerda
Derivações do Plano Horizontal - Unipolares Derivação Localização V1 4º EID V2 4º EIE V3 5º Entre V2 e V4 V4 5º EICE na linha hemiclavicular E V5 5º EICE na linha axilar anterior V6 5º EICE na linha axilar média
RA LA RL LL
Ao monitorizar o cliente, lembre-se sempre... Monitorize somente de acordo com as letras e/ou indicações dos eletrodos! DI DII DIII Cabo com 3 eletrodos DI aVL DII aVR DIII aVF Cabo com 5 eletrodos 27
RA LA V LL RL
A onda será positiva quando o vetor estiver se aproximando do eletrodo/derivação
A onda será positiva quando o vetor estiver se aproximando do eletrodo/derivação
Referências 1. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos (2016) 2. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos (2009) 3. http://www.sbc-sc.org.br/sistema/categorias/materias/assets/palestras/24-09-2006/06-DrMoura_bradicardia.pdf . Curso Nacional de Reciclagem em cardiologia. SBC 4. Souza,JCV; Carmo, GAL; Carmo,AA. Medicina.Net – Revisão sobre Taquiarritmias supraventriculares. Revisão Jan,2015. http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/4071/taquiarritmias_supraventriculares.htm 5. II Diretrizes Brasileiras de Fibrilação atrial (2016)
Obrigada! eloisamos@yahoo.com
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Isquemia: ondas T simétricas e/ou invertidas Lesão: infradesnivelamento do segmento ST
IAM inferior e VD
Lesão : supradesnivelamento do seguimento ST Necrose: onda Q
IAM anterolateral Possivel lesão de TCE