RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização Ciclos Econômicos e Tecnologia (Carlota Perez - Technological.

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 Formado em economia política pela Universidade de Lausame, suíça. Doutor em ciências econômicas pela escola central de planejamento e estatística.
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RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização Ciclos Econômicos e Tecnologia (Carlota Perez - Technological Revolutions and Financial Capital) 1- Revoluções tecnológicas e paradigmas tecno-econômicos - Cluster de novas e dinâmicas tecnologias, produtos e indústrias, promovendo modificações em toda a economia e gerando desenvolvimento de longo prazo. - Novos insumos, fontes de energia, materiais, novos produtos e processos e nova infraestrutura - Princípios tecnológicos e organizacionais genéricos, promovendo ampliação do potencial da produtividade para toda a economia (com rejuvenecimento)

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização - Gera um novo paradigma: generaliza novas práticas para empresários, administradores, inovadores, investidores e consumidores - Modelo a ser seguido (fronteira de princípios que viram senso comum), mas que precisa ser socialmente aprendido, enfrentando a inércia, o que exige tempo: necessidade de desaprender o velho - Desenvolvimento não é um processo linear: ocorre em etapas, em surtos - Inclui modificações qualitativas na sociedade

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização - Pode gerar vantagens para newcomers: mudança de paradigma abre janelas de oportunidade para processos de catch up e de ultrapassagens Excesso de inércia pode gerar atraso - Capacidade de mudança estrutural é uma habilidade social de alto valor

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RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização 2- As quatro fases básicas das ondas/surtos de desenvolvimento -Períodos de instalação e de difusão dos paradigmas tecno- econômicos, com duas fases cada - Instalação: fase de irrupção e fase frenzy (especulativa) - Difusão: fase da sinergia e fase da maturidade

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RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização Fase de Irrupção (tempo da tecnologia) Começa com o big-bang Contexto: - Velho paradigma maduro com mercados saturados em busca de soluções - Desemprego com estagnação anterior e com modernização - Estagnação anterior gera deflação ou inflação, dependendo das instituições - Sentimento de impotência para trabalhadores e governos, pois suas políticas não mais funcionam adequadamente - Existem recursos ociosos: mão-de-obra e lucros de empresas do velho paradigma como potencial de investimentos

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização - Surgem novas oportunidades técnicas e de lucros em meio à estagnação - Novos setores atraem investidores e novos produtos atraem consumidores - Formação de clivagem tecnológica: velhos setores precisam se modernizar

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização b) Fase de Especulação (tempo da finança) - Capital financeiro impõe seus interesses Riqueza e exclusão social. Extremo individualismo Finança especulativa se aparta da economia real - Criação de riqueza superior à sua capacidade de absorção por investimentos reais Possibilidade de excesso de investimentos - Arcabouço regulatório torna-se impotente Cria-se inflação no mercado acionário Geração de bolhas especulativas

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização Ao mesmo tempo: - Capital financeiro dirige um intenso acúmulo de novas infraestruturas e tecnologias - Intensa exploração das novas oportunidades técnicas e forte livre concorrência - Criação de novos mercados e rejuvenescimento de velhas indústrias - No final desta fase o potencial do novo paradigma está fortemente instalado na economia - Ao mesmo tempo gera tensões estruturais, que tornam esta fase insustentável

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização Processo de transição: - Fase especulativa anterior é instável, com possibilidade de crash e recessão - Desbalanceamento entre potencial produtivo e demanda existente parece saturação prematura do mercado - Mudanças institucionais são requeridas para passar da fase especulativa para a fase de sinergia - Maior atenção aos interesses sociais, com intervenção do Estado, mas não por interesses ideológicos ou voluntaristas: as tensões precisam ser superadas por uma recomposição das condições de crescimento - Solução não é garantida

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização c) Fase de Sinergia (tempo da produção) - Existência de condições para crescimento: infraestrutura instalada e investimentos básicos realizados Externalidades e economias de escala - Possibilidade de pleno emprego e distribuição de renda: Idade de Ouro - Capital financeiro mais ligado à produção - Novo paradigma agora governa supremo

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização d) Fase de Maturidade - Gradual saturação dos mercados: menores oportunidades de investimentos - Produtividade cresce menos: lucros diminuem - Maturidade tecnológica das principais indústrias: difusão concluída - Frustração de expectativas - Era de fusões e aquisições e migração de atividades para o exterior - Busca de novas soluções tecnológicas fora do paradigma existente: necessidade de novo big-bang

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização Fases na história Passagens entre fases podem parecer contínuas e invisíveis para os contemporâneos Diferenças por países Forte estilização, com determinação de fases por interpretação e não por séries de dados

RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização RELAÇÕES DE TRABALHO Curso de Especialização