DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL

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Transcrição da apresentação:

DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL VARIÁVEL ALEATÓRIA e DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL

Variável Aleatória Uma função X: W  R que associa a cada elemento w do espaço amostral W um valor x  R é denominada uma variável aleatória. A variável aleatória pode ser classificada em: Variável aleatória discreta Variável aleatória contínua

1. Se os valores possíveis xi formam um conjunto enumerável de pontos da reta, X é denominada variável aleatória discreta. x1 x2 x3 x4 w1 w2 w3 w4 w5 w6  X 2. Se o conjunto de valores possíveis é qualquer intervalo de números reais, X é denominada variável aleatória contínua.

Exemplos: 1) Observa-se o sexo das crianças em famílias com três filhos (M: masculino e F: feminino). ={(MMM), (MMF), (MFM), (FMM), (MFF), (FMF), (FFM),(FFF)} w1 w2 w3 w4 w5 w6 w7 w8 Defina X: nº. de crianças do sexo masculino (M). Então X: W  R é uma v.a. discreta, pois X(wi) = {0, 1, 2, 3} (X assume valores no conjunto {0, 1, 2, 3}). 2) Observar o tempo de vida, em horas, de lâmpadas produzidas por uma fábrica. Defina T: tempo de tempo de vida, em horas, da lâmpada escolhida, ao acaso. Então, T: W  R. T é uma v.a. contínua que assume qualquer valor real positivo.

VARIÁVEL ALEATÓRIA DISCRETA Caracterização O termo aleatório indica nossa incerteza sobre uma futura realização possível da variável observada. Função de probabilidade: É a função que atribui a cada valor xi da v. a. discreta X sua probabilidade de ocorrência e pode ser representada pela tabela: x x1 x2 ... xn P(X=x) P(X=x1) P(X=x2) P(X=xn) Uma função de probabilidade deve satisfazer:

X: nº de mulheres na comissão. Exemplo 1: O Departamento de Estatística é formado por 35 professores, sendo 21 homens e 14 mulheres. Uma comissão de 3 professores será constituída sorteando, ao acaso, três membros do departamento. Qual é a probabilidade da comissão ser formada por pelo menos duas mulheres? Vamos definir a v.a. X: nº de mulheres na comissão.

Assim, P (X 2) = P(X=2) + P(X=3) = 0,291 + 0,056 = 0,347. Espaço amostral Probabilidade X x 1 2 3 P(X=x) 0,203 0,450 0,291 0,056 Assim, P (X 2) = P(X=2) + P(X=3) = 0,291 + 0,056 = 0,347.

Exemplo 2: Um dado é lançado duas vezes, de forma independente Exemplo 2: Um dado é lançado duas vezes, de forma independente. Qual é a probabilidade da soma dos pontos ser menor do que 6?  = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}. Qual é a probabilidade de cada ponto wi de  ? Admitindo que o dado é perfeitamente homogêneo e sendo os lançamentos independentes, P(wi) = 1/36 , qualquer wi  .

Defina X: soma dos pontos. Função de probabilidade de X: x 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 P(X=x) 1/36 2/36 3/36 4/36 5/36 6/36 Então, P(X < 6) = P(X=5) + P(X=4) + P(X=3) + P(X=2) = 4/36 + 3/36 + 2/36 + 1/36 = 10/36 = 0,278

Podemos estar interessados em outras v.a.’s. Y: valor máximo obtido dentre os dois lançamentos y 1 2 3 4 5 6 P(Y=y) 1/36 3/36 5/36 7/36 9/36 11/36 Z: diferença entre os pontos do 2º. e do 1º. lançamento z -5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5 P(Z=z) 1/36 2/36 3/36 4/36 5/36 6/36 U: pontos observados no 2º. lançamento u 1 2 3 4 5 6 P(U=u) 1/6

MÉDIA E VARIÂNCIA Qual é o valor médio da soma dos pontos no lançamento de dois dados? Valor Esperado (média): Dada a v.a. X, assumindo os valores x1, x2, ..., xn, chamamos de valor médio ou valor esperado ou esperança matemática de X o valor Notação:  = E(X) No exemplo, para média de X ( soma de pontos), temos: E(X) = 2.(1/36) + 3.(2/36) + ... + 11.(2/36) + 12.(1/36) = 252/36 = 7 ou seja, em média, a soma dos pontos no lançamento dos dois dados é igual a 7.

Variância: É o valor esperado da v. a Variância: É o valor esperado da v.a. (X – E(X))2, ou seja, se X assume os valores x1, x2, ..., xn, Notação: Var(X). σ2 = Da relação acima, segue que Desvio Padrão: É definido como a raiz quadrada positiva da variância, isto é, Notação: DP(X). σ =

. . No exemplo, Alternativamente, poderíamos calcular 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 P(X=x) 1/36 2/36 3/36 4/36 5/36 6/36 83. , 5 36 210 1 7) - (12 2 (11 ... (3 (2 Var(X) = . + Alternativamente, poderíamos calcular 83 , 54 36 1974 1 12 2 11 ... 3 ) E(X = . + e, portanto, Var(X) = 54,83 – 72 = 5,83.

Propriedades: 1) Se X = a, em que a é uma constante, então E(X) = a e Var(X) = 0. 2) Se Y = aX + b, em que a e b são constantes, então E(Y) = E(aX + b) = aE(X) + b e Var(Y) = Var(aX + b) = a2 Var(X). 3) Se X1, X2, ..., Xn são n variáveis aleatórias, então E(X1 + ... + Xn) = E(X1) + E(X2) + ... + E(Xn).

MODELOS PROBABILÍSTICOS DISCRETOS MODELO DE BERNOULLI Na prática, existem muitos experimentos que admitem apenas dois resultados. Exemplos: uma peça é classificada como boa ou defeituosa; o resultado de um exame médico para detecção de uma doença é positivo ou negativo; um paciente submetido a um tratamento durante um período de tempo fixo, cura-se ou não da doença; um entrevistado concorda ou não com a afirmação feita; no lançamento de um dado ocorre ou não a face 5.

Situações com alternativas dicotômicas podem ser representadas, genericamente, por respostas do tipo sucesso-fracasso. Esses experimentos (se forem independentes e com a mesma probabilidade de ocorrência de “sucesso”) recebem o nome de Ensaios de Bernoulli e originam uma v.a. com distribuição de Bernoulli. Variável aleatória de Bernoulli: É uma v.a. que assume apenas dois valores: 1 se ocorrer sucesso, 0 se ocorrer fracasso. Geralmente, a probabilidade de sucesso é representada por p, 0 < p < 1.

“X ~ Bernoulli (p)” indica uma v. a “X ~ Bernoulli (p)” indica uma v.a. com distribuição de Bernoulli com parâmetro p, isto é, 1, se ocorrer “sucesso” X = 0, se ocorrer “fracasso” e sua função de probabilidade pode ser representada pela tabela X 1 P(X=x) p 1 - p Segue que E(X) = p, Var(X) = p(1 – p). Repetições independentes de um ensaio de Bernoulli dão origem ao modelo binomial.

MODELO BINOMIAL Exemplo: Um dado equilibrado é lançado 3 vezes. Qual é a probabilidade de se obter a face 5 duas vezes? Denotamos, S: sucesso, ocorre a face 5; F: fracasso, não ocorre a face 5; É fácil ver que p = P(sucesso) = 1/6 e q = 1 – p = P(fracasso) = 5/6  = {SSS, SSF, SFS, FSS, SFF, FSF, FFS, FFF}

Estamos interessados no número total de sucessos que, no caso, é o número de vezes que a face 5 é observada nos 3 lançamentos. (SSS) p3 3 (SSF) p2q 2 (SFS) p2q 2 (SFF) pq2 1 (FSS) p2q 2 (FSF) pq2 1 (FFS) pq2 1 (FFF) q3 0  Prob X p q F S

A função de probabilidade de X é dada por 3. 2, 1, 0, k , - 3 q p k) P(X como função essa escrever Podemos = ÷ ø ö ç è æ 0,0694. 2) (X P exemplo, No =

Experimento binomial: é o experimento que consiste em n ensaios de Bernoulli, ou seja, (i) cujos ensaios são independentes, e (ii) para o qual a probabilidade de sucesso em cada ensaio é sempre igual a p, 0 < p < 1. Distribuição binomial: A v.a. X, correspondente ao número de sucessos num experimento binomial, tem distribuição binomial com parâmetros n e p com função de probabilidade n. , ... 1, 0, k - n p) (1 p k) P(X = ÷ ø ö ç è æ Notação: X ~ b(n; p).

Resultado: Se X ~ b(n; p), então média:  = E(X) = np variância: 2 = Var(X) = np(1-p)

Exemplo utilizando o MINITAB: Considere uma prova com 12 questões, cada uma com 4 alternativas. Suponha que o aluno escolha a resposta ao acaso. Qual é a probabilidade de que ele acerte pelo menos 6 questões? X: nº de questões que o aluno acertará X ~ b(12; 0,25)

Probability Density Function No MINITAB, > pdf; > bino 12 0,25. Probability Density Function Binomial with n = 12 and p = 0,25 x P( X = x ) 0 0,0317 1 0,1267 2 0,2323 3 0,2581 4 0,1936 5 0,1032 6 0,0401 7 0,0115 8 0,0024 9 0,0004 10 0,0000 Portanto, P(X 6) = 0,0544. Temos que E(X) = np = 12x0,25 = 3, ou seja, em média, o aluno que responder ao acaso todas as questões, acertará 3.