Propriedades de testes diagnósticos Prof. Altacílio Nunes Departamento Medicina Social e Preventiva
Propriedades de testes diagnósticos Estabelecer um diagnóstico é um processo imperfeito = probabilidade X certeza
Propriedades de testes diagnósticos Teste positivo = anormal Teste negativo = normal Doença presente Doença ausente
VP FP A+B FN VN C+D A+C B+D + - + - DOENÇA/INFECÇÃO TOTAL Resultado do Teste FN VN C+D - A+C B+D
Propriedades de testes diagnósticos Padrão-ouro: indicador fiel da verdade (teste padrão - “gold standard”) Validação
Propriedades de testes diagnósticos Exemplo: uso de um novo teste para diagnóstico de infecção pelo HIV Padrão ouro = western blot
Propriedades de testes diagnósticos Sensibilidade: proporção dos indivíduos com a doença que têm um teste positivo para a doença
A B A+B C D C+D A+C B+D A+C A + - + - x 100 SENS = SENSIBILIDADE (DOENÇA/INFECÇÃO) + - + A B A+B Resultado do Teste C D C+D - A+C B+D A+C A x 100 SENS =
Propriedades de testes diagnósticos Especificidade: proporção dos indivíduos sem a doença, que têm um teste negativo
A B A+B C D C+D A+C B+D B+D D + - + - x 100 ESP= ESPECIFICIDADE (DOENÇA/INFECÇÃO) + - + A B A+B Resultado do Teste C D C+D - A+C B+D B+D D x 100 ESP=
Propriedades de testes diagnósticos Valor preditivo positivo: probabilidade de doença em um paciente com teste positivo
A B A+B C D C+D A+C B+D A+B A + - + - x 100 VPP = (DOENÇA/INFECÇÃO) VALOR PREDITIVO POSITIVO (DOENÇA/INFECÇÃO) + - + A B A+B Resultado do Teste C D C+D - A+C B+D A+B A x 100 VPP =
Propriedades de testes diagnósticos Valor preditivo negativo: probabilidade de não ter a doença diante de um teste negativo
A B A+B C D C+D A+C B+D C+D D + - + - x 100 VPN= VALOR PREDITIVO NEGATIVO Situação real (DOENÇA/INFECÇÃO) + - + A B A+B Resultado do Teste C D C+D - A+C B+D C+D D x 100 VPN=
Reprodutibilidade Capacidade de reproduzir com consistência os mesmos resultados quando repetidos nas mesmas condições > confiabilidade = > reprodutibilidade
Reprodutibilidade Variação devida ao observador - intra observador ou inter-observadores (ex: contagem de leucócitos) Variação devida ao observado (amostras biológicas em momentos ou locais diferentes) Variação devida ao instrumento ou método
Validade ou acurácia Capacidade de um teste diagnosticar corretamente a presença ou ausência da doença
Uso de testes sensíveis Diagnóstico de doenças potencialmente graves Afastar doenças em fase inicial Rastreamento (screening)
Uso de testes com maior especificidade Confirmar diagnóstico Afastar resultados falso positivo
SITUAÇÃO SITUAÇÃO RES. TESTE - RES. TESTE - + + TOTAL TOTAL + + 47 95 142 190 80 270 - - 3 855 858 10 720 730 50 950 TOTAL 1000 200 800 TOTAL 1000 S= 95% E= 90% S= 95% E= 90% VP + = 47/142 x 100= 33,1% VP+ = 190/270 x 100= 70,37%
- - - - + + + + P= 5% P= 20% VP + = 47/142 x 100= 33,1% SITUAÇÃO SITUAÇÃO RES. TESTE - RES. TESTE - + + TOTAL TOTAL + + 47 95 142 190 80 270 - - 3 855 858 10 720 730 50 950 1000 200 800 TOTAL TOTAL 1000 P= 5% P= 20% S= 95% E= 90% S= 95% E= 90% VP + = 47/142 x 100= 33,1% VP+ = 190/270 x 100= 70,37% INFLUÊNCIA DA PREVALÊNCIA NO VALOR PREDITIVO +
SITUAÇÃO IDEAL SENSIBILIDADE 100% ESPECIFICIDADE 100% Freq. DOENTES SADIOS Título de anticorpos
maior sensibilidade diagnóstica sens. espec. diagnóstica intermediária maior especificidade diagnóstica Freq. SADIOS DOENTES Título de anticorpos
Probabilidades Condicionais e Testes diagnósticos Razão de Verossimilhança Positiva: razão entre a probabilidade de um teste ser positivo, dado que existe a doença, e a probabilidade de um teste ser positivo, dado que não existe a doença.
Probabilidades Condicionais e Testes diagnósticos Razão de Verossimilhança Negativa: razão entre a probabilidade de um teste ser negativo, dado que existe a doença, e a probabilidade de um teste ser negativo, dado que não existe a doença.
Razão de Verossimilhança Positiva e Negativa ND a + c RVP = T + a b b b + d T - c d c a + c RVN = d b + d
Referências Gordis L. Epidemiology. First edition New York:Saunders 2002. Fletcher RH, Fletcher SW, Wagner EH. Epidemiologia Clínica: elementos essenciais. 3ª edição. Porto Alegre. Artes Médicas 2005.