Economia para Computação

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Transcrição da apresentação:

Economia para Computação Prof. Gerson Nassor Cardoso gersonnassor@usp.br

Demanda e Oferta Agregada O modelo de oferta e demanda agregadas é um modelo que mostra o que determina a oferta total ou a demanda total da economia e como a demanda e oferta totais interagem a nível macroeconômico.

Pressupostos do modelo:  - Desemprego O modelo supõe a existência de desemprego, ou seja, que a economia esteja em equilíbrio abaixo do pleno emprego, produzindo abaixo de seu potencial: as empresas estão com capacidade ociosa e uma parcela da força de trabalho esta desempregada. - Nível constante de preços Supõe-se que as empresas, quando estimuladas por um aumento de demanda por seus produtos, procurarão elevar sua produção, e não os preços, porque estão com capacidade ociosa, e existem muitos trabalhadores disponíveis, a custos relativamente baixos. - Curto Prazo Curto prazo é definido como o período em que pelo menos um fator de produção permanece constante. Supõe-se que o estoque de fatores de produção não se altera no curto prazo: o que se modifica e apenas o grau de utilização desse estoque.

 A oferta agregada é o valor total da produção de bens e serviços finais colocados a disposição da coletividade num dado período; é o próprio produto real, ou PIB. A oferta agregada varia em função da disponibilidade de fatores de produção: mão-de-obra (força de trabalho ou população economicamente ativa),estoque de capital e nível de tecnologia. A oferta agregada potencial refere-se a produção máxima da economia, quando os fatores de produção estão plenamente empregados; A oferta agregada efetiva refere-se a produção que esta sendo efetivamente colocada no mercado, o que pode ocorrer sem que os fatores de produção estejam sendo plenamente empregados.

 Demanda Efetiva é o valor total da produção de bens e serviços finais colocados a disposição da coletividade num dado período; é o próprio produto real, ou PIB. Y= PIB = Renda = DA Uma vez que a oferta agregada potencial não se altera no curto prazo as flutuações da demanda agregada são as responsáveis pelas variações do produto e da renda nacional no curto prazo. Esse e o chamado princípio da demanda efetiva X-M G I C Y

O formato da curva de oferta agregada depende da hipótese sobre o nível de produto corrente da economia: - Economia com desemprego de recursos - trecho horizontal: situação em que as empresas estão operando com capacidade ociosa; - Economia com pleno emprego de recursos - trecho vertical: situação em que as empresas operam com capacidade máxima: qualquer aumento de demanda provocará apenas aumento do nível geral de preços; não há recursos ou fatores de produção disponíveis no curto prazo; - Economia com alguns setores em desemprego e outros em pleno emprego - trecho intermediário: aumentos da demanda geram aumentos tanto no produto quanto no nível de preços;

Fatores que deslocam a DA e a OA  A curva de demanda agregada, ou curva DA, desloca-se para a direita à medida que os componentes da demanda agregada—gastos de consumo, despesas de investimento, gastos do governo e gastos de exportações menos importações—aumentam. A curva DA se deslocará de volta para a esquerda à medida que esses componentes caiam.

Componentes da DA podem mudar por causa de escolhas pessoais diferentes—como aquelas resultantes da confiança do consumidor ou de negócios — ou de escolhas políticas, como as mudanças nos gastos do governo e impostos. DA = C + I + G + (X – M) Se a curva de DA se desloca para a direita, então a quantidade de equilíbrio de produção e o nível de preços aumentará. Se a curva de DA se desloca para a esquerda, então, a quantidade de equilíbrio de produção e o nível de preços cairão.

Consideraremos que : M = 𝑀 +𝑚 𝑌 𝑑 DA = C+ I+ G +(X-M) Consideraremos que : M = 𝑀 +𝑚 𝑌 𝑑 Se a produção em equilíbrio muda relativamente mais do que o nível de preços ou se o nível de preços muda relativamente mais do que a produção, depende do local onde a curva DA intersecta a curva de oferta agregada, ou curva OA.

C  O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como: Renda nacional, Estoque de riqueza ou patrimônio, Taxa de juros de mercado, Disponibilidade de credito, Expectativas sobre a renda futura e Rentabilidade das aplicações financeiras.

C Os estudos empíricos mostram, entretanto, que as decisões de consumo da coletividade são influenciadas fundamentalmente pela Renda Nacional Disponível – RND ou Yd Renda Nacional Disponível é a Renda Nacional deduzidos os impostos diretos e somados os subsídios e transferências. A renda disponível é a parcela da renda que os consumidores podem gastar ou poupar livremente. Ha uma relação diretamente proporcional entre a renda disponível e o consumo da coletividade. RND T Y

𝑪= 𝑪 +𝒄 𝒀 𝒅 𝐶=𝑓 𝑌 𝑑 C 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑟= ∆𝐶 ∆ 𝑌 𝑑 =𝒄 O consumo pode então ser definido em função da de Yd: 𝐶=𝑓 𝑌 𝑑 𝑪= 𝑪 +𝒄 𝒀 𝒅 𝑌 𝑑 =𝑌 −𝑇 𝑇= 𝑇 −𝑡 𝑌 𝑑 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑟= ∆𝐶 ∆ 𝑌 𝑑 =𝒄 Uma propensão marginal a consumir igual a 0,8 indica que, dado um aumento na renda nacional disponível de $ 100 milhões, o consumo aumentará em 0,8 de $ 100 milhões, isto e, $ 80 milhões.

C A poupança é a parte da renda disponível que não é consumida: 𝑺= 𝒀 𝒅 − 𝑪 −𝒄 𝒀 𝒅 𝑆=𝑓 𝑌 𝑑 𝒅𝒂𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆: 𝑺= − 𝑪 +(𝟏−𝒄) 𝒀 𝒅 𝑪= 𝑪 +𝒄 𝒀 𝒅 𝑺= 𝒀 𝒅 −𝑪 𝑺= − 𝑪 +𝒔 𝒀 𝒅 Define-se também a propensão marginal a poupar, que e a relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível: s Os estudos revelam que os países mais pobres apresentam propensão marginal a poupar menor (e propensão a consumir maior) que os países desenvolvidos. 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑝𝑜𝑢𝑝𝑎𝑟= ∆𝐶 ∆ 𝑌 𝑑 =𝟏−𝒄=𝒔

I Investimento é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva (construções, instalações, máquinas, dentre outros). Na teoria macroeconômica, ele pode ser interpretado sob dois ângulos: no curto prazo e no longo prazo. No curto prazo, o investimento é visto pelo lado dos gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva. Já a produção ou oferta agregada serão afetadas somente no longo prazo, uma vez que sempre decorre certo período de tempo entre os gastos incorridos para ampliação da capacidade produtiva e o aumento efetivo da quantidade produzida - a maturação do investimento. Ou seja, no curto prazo o investimento afeta apenas a demanda agregada.

Investimento Taxa rentabilidade esperada Taxa de juros de mercado I O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um país. Entretanto é instável pois depende das expectativas quanto ao futuro, ambiente de negócios, etc. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento agregado é determinado por dois fatores básicos: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado. Investimento Taxa rentabilidade esperada Taxa de juros de mercado

I A taxa de rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir da estimativa do retorno líquido esperado pela aquisição do bem de capital. Esses valores são calculados, em matemática financeira, pelo valor presente ou valor atual dos retornos futuros (ou seja, da renda esperada ao longo da vida útil do capital físico, descontam-se a taxa de inflação futura e os custos de manutenção e depreciação previstos). A taxa de retorno é também chamada de eficiência marginal do capital. Quanto maior a rentabilidade esperada dos projetos, maiores serão as inversões das empresas na ampliação da capacidade produtiva.

I O investimento tem uma relação inversamente proporcional com as taxas de juros de mercado. Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros representará o quanto a empresa ganharia se, em vez de investir em suas instalações, aplicasse o dinheiro no mercado financeiro. Se a empresa precisa tomar emprestado, a taxa de juros de mercado representa o custo do empréstimo. Quanto maior a taxa de juros de mercado, menores os investimentos em bens de capital. Para a tomada de decisões sobre as despesas de investimento, o empresário comparará, então, as duas taxas: se a taxa de retorno superar a taxa de juros de mercado, ele investirá na compra de bens de capital; se a taxa de retorno for inferior a taxa de juros de mercado, ele não investirá, preferindo direcionar seus recursos em aplicações financeiras.

O Multiplicador Keynesiano de Gastos Se uma economia estiver com recursos desempregados, um aumento na demanda agregada provocará um aumento da renda nacional mais que proporcional ao aumento da demanda. Isso ocorre porque, numa economia em desemprego, abaixo de seu produto potencial (natural), qualquer aumento no consumo, no investimento, nas exportações ou nas despesas do governo, provoca um efeito multiplicador nos vários setores da economia. O aumento de renda de um setor significará que os assalariados e empresários desse setor gastarão sua renda em outros setores que, por sua vez, gastarão com outros bens e serviços, e etc...

Suponhamos que o governo resolva gastar, por exemplo, $ 100 milhões em estradas, hospitais e escolas. Ele contratará construtoras, que aumentarão a produção da construção civil nesse valor. Isso se transformara em renda dos trabalhadores e capitalistas do setor de construção civil, que, por sua vez, gastarão com, digamos, alimentos e vestuário. Esses gastos dependerão das propensões marginais a consumir e a poupar. Supondo a propensão a consumir igual a 0,8 e a propensão a poupar igual a 0,2, os trabalhadores e capitalistas da construção civil gastarão $ 80 milhões com alimentos e vestuário, poupando $ 20 milhões. A produção de alimentos e vestuário elevar-se-á em $ 80 milhões, e será transformada em renda (salários, lucros) dos trabalhadores e empresários dos setores de alimentos e vestuário. Com a propensão a consumir agregada de 0,8, esses, por sua vez, gastarão $ 64 milhões (80% de $ 80 milhões) com, digamos, lazer. O setor de lazer receberá um incremento de renda de $ 64 milhões, e o processo continuará.

Evidentemente, tende a se encerrar, pois a propensão a poupar limita esse mecanismo: em cada etapa, “vazam” 20% da renda adicional. Ao final desse processo ocorrera um acréscimo da renda e produto nacionais muito superior ao gasto inicial de $ 100 milhões. Como se observa, essa multiplicação dependerá das propensões marginais a consumir e a poupar: Quanto maior a propensão a consumir da coletividade, maiores os gastos com bens e serviços, em cada etapa, e maior o efeito multiplicador; Quanto maior a propensão a poupar, menor o multiplicador.

Y= 1 1−𝑐 1−𝑡 +𝑚 C + c T + I + G + X − M Juntando tudo temos que o multiplicador keynesiano será dado por: 𝒀=𝑪+𝑰+𝑮+𝑿−𝑴 Y= C +c Y d + I + G + X − M +m Y d Y= C +c(Y−T)+ I + G + X − M +m Y d Y= C +c[Y−( T +𝑡 Y d )]+ I + G + X − M +m Y d Y= 1 1−𝑐 1−𝑡 +𝑚 C + c T + I + G + X − M

  1. https://www.comunidadeculturaearte.com/keynes-hayek-e-friedman-os-pais-da-economia-dos-seculos-xx-e-xxi/

  2. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/10/30/fgts-podera-ser-usado-para-comprar-imovel-de-ate-r-15-milhao-no-pais.ghtml http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11162

  3. https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/08/1805025-biografo-poe-duelo-entre-hayek-e-keynes-em-seu-devido-lugar.shtml http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/CLCK.pdf https://www.valor.com.br/brasil/3305466/ipea-cada-r-1-gasto-com-bolsa-familia-adiciona-r-178-ao-pib

  3. https://www.valor.com.br/brasil/3305466/ipea-cada-r-1-gasto-com-bolsa-familia-adiciona-r-178-ao-pib https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/08/1805025-biografo-poe-duelo-entre-hayek-e-keynes-em-seu-devido-lugar.shtml http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/CLCK.pdf

  4. http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/CLCK.pdf