Marco Fábio Quintiliano (40-118)

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Transcrição da apresentação:

Marco Fábio Quintiliano (40-118) Era conhecido como advogado e professor de eloquência, tendo-se tornado o primeiro professor pago pelo estado, no Império de Vespasiano. Ensinou Eloquência durante duas décadas e teve alunos famosos como Plínio o Môço e o próprio Imperador Adriano. Após deixar o ensino, Quintiliano redige o De Institutione Oratoria, verdadeiro tratado de educação intelectual e moral. 

De Institutione Oratoria é composto por doze volumes, numerados de I a XII, e propõe-se a formar o orador, através da exposição pormenorizada dos objetivos da educação, dos programas e das metodologias a adotar. O volume I é consagrado à educação da criança na família e na casa do gramático, onde permanece até cerca dos dezesseis anos de idade, altura em que é guiada até aos cuidados do professor de retórica. O volume II versa justamente sobre os ensinamentos deste último.

Os volumes III a VII são dedicados aos gêneros demonstrativo, deliberativo, judiciário, narração e argumentação, entre outros. Os volumes VIII a X versam sobre a eloquência, sendo expostos diferentes arranjos de palavras bem como diversos ritmos oratórios. O volume XI trata da importância da memória e da ação e finalmente o volume XII refere quais as condições necessárias a um futuro orador.

Os pressupostos teóricos em que a obra se fundamenta seguem a tradição retórica grega de Isócrates, tal como foi transmitida por Cícero. O objetivo era a formação do homem bom, hábil no uso da palavra. O aluno apto para tal formação deveria possuir a excelência moral inata, sem defeitos de caráter, o qual poderia ser moldado através da disciplina de uma educação completa e profunda. Quintiliano opõe-se à preceptoria particular e considera que a criança deverá começar a frequentar a escola o mais cedo possível. De acordo com Quintiliano, o Mestre deverá ser um homem de caráter e de ciência, na medida em que as suas atitudes e conduta influenciarão de forma determinante o desenvolvimento do aluno.

Quintiliano alerta para a necessidade de se identificarem os talentos nas crianças e coloca a problemática das diferenças individuais (no que se refere às capacidades e ao caráter) e das formas de procedimento a adotar perante elas. "Trazido o menino para o perito na arte de ensinar, este logo perceberá a sua inteligência e o seu caráter." (Vol.I cap.3)   O Mestre deverá como tal mostrar-se atento à natureza individual de cada aluno, respeitando-a e dela fazendo depender o tipo e grau de complexidade das tarefas que lhe são apresentadas.  "A variedade de espíritos não é menor que a dos corpos." (Vol.II cap.8) "Logo que tiver feito essas considerações, o Mestre deverá perceber de que modo deverá ser tratado o espírito do aluno." (Vol.I cap.3)  

Sugere que os alunos sejam distribuídos por classis (classes) logo a partir da escola primária, animadas por concursos, dado o pendor das crianças para o jogo.  "O gosto pelo jogo entre as crianças, não me chocaria, é este um sinal de vivacidade e nem poderia esperar que uma criança triste e sempre abatida mostre espírito ativo para o estudo. Há pois para aguçar a inteligência das crianças, alguns jogos que não são inúteis, desde que se rivalizem a propor, alternadamente, pequenos problemas de toda a espécie."

Refere ainda a importância do aproveitamento da memória do aluno como peça chave do processo educativo.  "Nas crianças, a memória é o principal índice de inteligência, que se revela por duas qualidades: aprender facilmente e guardar com fidelidade." (Vol.I cap.3) A educação deverá assim contribuir para o desenvolvimento das disposições naturais de cada aluno, sendo a natureza, para Quintiliano, sinônimo de “homem não educado”.  "....dirigir a instrução de maneira a ajudar, através dela, o desenvolvimento das disposições naturais e a favorecer, principalmente, a tendência inata dos espíritos."

Recomenda a emulação e sobretudo o bom exemplo como incentivos para o estudo e sugere que o tempo que lhe é reservado seja periodicamente interrompido por recreios, já que o descanso é, na sua opinião, favorável à aprendizagem. "A todos, entretanto, deve-se dar primeiro um descanso, porque não há ninguém que possa suportar um trabalho contínuo. É por isso que aqueles cujas forças são renovadas e estão bem dispostos têm mais vigor e um espírito mais ardente para aprender..."

Marco Túlio Cícero (106-43)  Cícero foi o melhor representante do ensino humanista, uma espécie de educação de caráter universal, humanística, supranacional. O  seu ideal educativo teria um sentido cosmopolita, universal.

Cícero traça um programa de estudos e um ideal de vida que gostaria de ver realizado. O tratado está dividido em três partes. A primeira trata do homem, a segunda do útil e a terceira examina as relações e conflitos entre o honesto e o útil. Cícero exorta o filho a estudar Grego, Latim, Filosofia e Oratória e assinala a sua supremacia no campo da Oratória mostrando que cultivou, como nenhum grego, ao mesmo tempo, a Oratória e a Filosofia.

Propõe os deveres como tema a ser analisado, e enfatiza a sua honestidade, princípio que procurou sempre alcançar nas suas ações. Investiga se todos os deveres são perfeitos, se a honestidade é um fato e se a utilidade não se opõe à honestidade. Mostra o homem como ser racional dotado de instinto gregário e sedento de verdade.

Lúcio Annaaeus Sêneca (4-65) Sêneca era natural de Córdoba, Espanha e viveu a maior parte da sua vida em Roma. É representante da cultura dos primeiros anos do império. Foi exilado na Córsega por Cláudio e chamado a Roma em 49 por Agripina, tornando-se então preceptor de Nero, que mais tarde, não podendo resistir às censuras do filósofo, ordenou a sua morte. Forma com Epíteto e Marco Aurélio um trinômio de filósofos estóicos que viam na serenidade íntima o fim último do homem.

Ad Lucilius (Cartas a Lucilius), obra composta por 124 cartas em 20 livros, é um conjunto de dissertações estóicas sobre a consolação, a cólera, a clemência, a brevidade da vida, a tranquilidade da alma, a felicidade. As cartas contêm preciosas observações morais e ensinamentos delicados que não envelhecerão jamais. Sêneca formulou máximas que atravessam os séculos: