Gustavo Santana Ferreira Juliana Tepedino M Alves

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Assistência ao RN na Sala de Parto
Advertisements

ATENDIMENTO E REANIMAÇÃO AO RN NA SALA DE PARTO
REANIMAÇÃO AVANÇADA NEONATAL
REANIMAÇÃO AVANÇADA NEONATAL
Enfermagem na Infância e Adolescência
Gustavo Santana Ferreira Juliana Tepedino M Alves
NEONATOLOGIA Atendimento e reanimação em sala de parto
REANIMAÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA: CONDUTAS
Cuidados Imediatos e Mediatos ao RN na sala de parto
Assistência ao Recém–Nascido
Assistência ao Recém – Nascido
Aula 1 REANIMAÇÃO NEONATAL: CONDUTAS Curso para Auxiliares
REANIMAÇÃO NEONATAL ANA MARIA A. P. DE MELO HU-USP
Atuação da Enfermagem na TNE Segundo a Resolução RCD nº 63/2000 da ANVISA, “o enfermeiro é responsável pela administração da Nutrição Enteral e prescrição.
REANIMAÇÃO NEONATAL: CONDUTAS
Ressuscitação NEONATAL
ASFIXIA PERINATAL GRAVE Marina Barbosa, interna/ESCS Dr Paulo R. Margotto Fev/2011.
REABILITAÇÃO PÓS REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCARDIO
CUIDADOS IMEDIATOS AO RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO
Fisiologia do Sistema Respiratório
Ft. Carla M. Nicolau. OXIGENOTERAPIA Objetivo  Manutenção da PaO 2 entre mmHg  Promover adequada oxigenação tissular sem riscos de toxicidade.
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE FACULDADE DE CAMPINA GRANDE-FAC-CG Prof: Klenio Lucena de Sena Campina Grande 2016.
RECÉM-NASCIDO DE ALTO RISCO Profª. Maria Joselita.
SLIDE HEMATO
Trabalho de Parto Enfermeiro Cleiton Travasso. Introdução Parto – Processo fisiológico  sem complicações – Entretando  conhecer possíveis eventos adversos.
Profa. Dra. Maria Lúcia Silveira Ferlin
Choque (Hipovolémia) Lucilia Coimbra.
Princípios de Ouro do Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado
Abordagem das vias aéreas
Primeiros Socorros Profº Esp. Maycon Nesi. Primeiros Socorros Profº Esp. Maycon Nesi.
ARBOVIROSES: Estratificação de Risco e Fluxo Assistencial
Primeiros Socorros SBV.
RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM PEDIATRIA
SEGURANÇA DO PACIENTE CIRURGIA SEGURA SANGUE E HEMOCOMPONENTES
Atendimento inicial de emergência Prof: Chizzo SAMU.
Considera-se abortamento a interrupção da gravidez até a 20ª, 22ª semana, ou seja, até o quinto mês de gestação. A expulsão da concepção antes da viabilidade.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PACIENTES COM ALTERAÇÕES HIPERTENSIVAS
Fisiologia Veterinária I
Anexos Embrionários Profa. Samantha Ferreira da Costa Moreira GO II UFG 2017.
Caso Clínico Reanimação Neonatal (Hérnia diafragmática)
SÍFILIS – O que é, formas de transmissão, diagnóstico, tratamento e prevenção  É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser.
Colégio Brasileiro de Cirurgiões
Morte Encefálica e Doação de Órgãos
PARALISIA BRAQUIAL OBSTÉTRICA
Prevenção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em Neonatologia
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA
Reanimação Neonatal/2007 Hospital das Forças Armadas Neonatal
TRO/Hidratação endovenosa
Proposta de Atendimento aos Recém-Nascidos Pré-termos Extremos
Profa. Dra. Carla Bargi Belli
Considerações Especiais com a Pele do RN
VII CONGRESSO PARAIBANO DE PEDIATRIA
STATUS EPILEPTICUS Drª. Ana Marily Soriano Ricardo
CASO CLÍNICO Reanimação Neonatal - Hipertireoidismo
HIC Dr. José Bonifácio Carreira Alvin
Infecção no Recém-nascido
Com 19 h de vida: lesões no tálamo D e putamen
Interpretação da Gasometria Arterial Dra Isabel Cristina Machado Carvalho.
ABORDAGEM DA VÍTIMA DE TRAUMA
Infecção urinária febril Maurícia Cammarota
A Fototerapia é um fator de risco para Íleo em neonatos de alto risco?
Prevenção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em Neonatologia
J Pediatr (Rio J) 2004;80: Alunos: Manoel Menezes Marcela Maia
Apresentação:Rodolfo Squiabel Iamaguti, Túlio Bosi, Rafael Alvarez
Cuidados com o Coto Umbilical Enfa Nildiany Bispo.
Carlos Moreno Zaconeta HRAS – SES CEBRAN
Apresentação:Rodolfo Squiabel Iamaguti, Túlio Bosi, Rafael Alvarez
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM NASCIDO PREMATURO.
Transcrição da apresentação:

Gustavo Santana Ferreira Juliana Tepedino M Alves Asfixia Perinatal Gustavo Santana Ferreira Juliana Tepedino M Alves Internos de 5º ano Medicina – ESCS Docente responsável: Dr Paulo R Margotto HRAS – SES/DF Neonatologia Data: 19/08/05

Conceito Injuria sofrida pelo feto ou pelo RN devida à má oxigenação (hipoxia) e/ou má perfusão (isquemia) de múltiplos órgãos; Associa-se a acidose láctica e, na presença de hipoventilação, a hipercapnia.

Conceito A academia Americana de Pediatria utiliza o termo asfixia para pacientes que apresentam: Acidemia metabólica ou mista profunda (pH<7,0) em sangue arterial de cordão umbilical; Escore de Apgar de 0-3 por mais de 5 minutos; Manifestações neurológicas neonatais (ex: convulsões, coma ou hipotonia); Disfunção orgânica multisistêmica (ex: sistemas cardiovascular, gastrintestinal, hematológico, pulmonar ou renal).

Incidência Varia em torno de 1-1,5% em vários centros correlacionada diretamente com a idade gestacional e o peso ao nascer. Mais frequente nos RN a termo de mães diabéticas ou toxêmicas; O RCIU, a apresentação pélvica e o pós-datismo são fatores de risco para asfixia; Prematuros

Fisiopatologia Trabalho de parto Aumento do consumo de O2 Diminuição do fluxo sanguíneo Desidratação Alcalose Respiratoria por hiperventilação Há fundamentalmente quatro mecanismos para a asfixia: 1) Alterações da oxigenação materna 2) Diminuição do fluxo materno-placentário ou placento-fetal. 3) Alterações na troca gasosa a nível placentário ou a nível tecidual fetal. 4) Incremento nos requerimentos fetais de oxigênio.

Fisiopatologia Adaptações em caso de hipoxemia e isquemia: Apnéia 1ª Centralização do fluxo sanguineo Cessam os movimentos respiratorios Queda da frequencia cardiaca Aumento da pressao arterial TTO: administração de oxigênio suplementar e o estímulo tátil levam ao reinicio da respiração espontânea na maioria dos pacientes; Apnéia 1ª

Fisiopatologia Persistindo a asfixia: Apnéia 2ª Reanimação Movimentos respiratórios profundos(gasping), Freqüência cardíaca continua a diminuir; Diminuição da pressão arterial; Hipotonia; No caso o RN não responde à estimulação tátil e não reinicia a respiração espontânea. Quanto mais tempo ficar nesta fase maior o risco de lesão cerebral. Apnéia 2ª Reanimação

Seqüelas ACOMETIMENTO MULTIORGÂNICO DA ASFIXIA PERINATAL: Cerebral – encefalopatia hipoxico-isquemica; Cardíaco – isquemia miocárdica transitória e choque cardiogênico; Pulmonar – diminuição na síntese de surfactante, hemorragia pulmonar e hipertensão pulmonar persistente; Urinário – IRA por necrose tubular Gastrintestinais – Enterocolite Necrosante; Hematológica – CID, plaquetopenia; Metabólica – hipo/hiperglicemia, hipercalcemia;

Assistência ao RN na sala de parto Gustavo Santana Ferreira Juliana Tepedino M Alves Internos de 5º ano Medicina – ESCS Docente responsável: Dr Paulo R Margotto HRAS – SES/DF Neonatologia Data: 19/08/05

Materiais Berço aquecido com fonte de calor radiante: Aquecer a toalha ou o campo cirúrgico para receber o RN fonte de oxigênio com fluxômetro Aspirador a vácuo com manômetro - fixar a pressão máxima em 100 mmHg. sondas de aspiração traqueal no 6, 8 e 10 caixa de reanimação contendo laringoscópio de lâmina reta 00, 0 e 1, CFR ou balão auto-inflável com reservatório de O2, Tubos endotraqueais no 2, 2,5, 3 e 3,5 e 4,0 estetoscópio cardiomonitor Máscaras para o RN de termo e pré-termo Seringas de 1,10 e 20 ml Cânulas de Guedel Adaptador de aspiração meconial Relógio com marcador de segundos MEDICAÇÕES: - Adrenalina, NaHCO3, Expansores de volume (Albumina ou soro fisiológico),Dopamina e Naloxone

Passos Iniciais 1) PREVENÇÃO DA PERDA DE CALOR- fonte de calor radiante, secar bem o bebe e descartar campos úmidos;   2) ESTABELECER A PERMEABILIDADE DAS VIAS AÉREAS - Quando necessário, aspirar as vias aéreas, primeiro a boca e depois o nariz 3) INICIAR A RESPIRAÇÃO - Iniciar a respiração através da estimulação tátil, com manobras delicadas no dorso do RN, no máximo duas vezes. Se, após o estímulo tátil, o paciente não estabelecer um esforço respiratório suficiente para manter a freqüência cardíaca (FC) acima de 100 bpm, iniciar a ventilação com pressão positiva.

Avaliação do RN OS TRÊS SINAIS · Respiração · Freqüência Cardíaca ·  Cor BOLETIM DE APGAR – não indica o início da reanimação. Pórem, avalia a resposta do RN às manobras de reanimação.

Modificado de Apgar, 1953  

Cuidados Gerais CUIDADOS COM O COTO UMBILICAL – laquear o cordão umbilical e verificar presença das duas artérias e uma veia umbilical Engerix B – 0,5 ml- IM (prevenção da hepatite Virus B) PROFILAXIA: DA OFTALMIA E DA VULVOVAGINITE GONOCÓCICA – instilar uma gota de nitrato de prata a 1% em cada olho e duas gotas na vagina. DA DOENÇA HEMORRÁGICA DO RN –Vitamina K IM- (1 mg)

Cuidados Gerais IDENTIFICAÇÃO impressão digital da mãe e das impressões digital e plantar do RN. pulseira com os seguintes dados: nome da mãe, nº do registro hospitalar, data e hora do nascimento e sexo do RN. PROCEDIMENTOS FINAIS – Peso, Comprimento, Perímetro cefálico e peso da placenta Classificar o RN e Placenta Estimar o risco de patologia RN PIG / GIG Fitas reagentes – glicemia Sorologia para infecção perinatal crônica ( RN PIG) Exame físico Completo Detectar anormalidades anatômicas Determinar o estado de saúde do RN Diminuir o máximo período de separação mãe – RN Sempre que possivel encaminha-lo ao alojamento conjunto

Recomendações Gerais Utilizar sempre luvas estéreis; O uso de gorro, máscara, propé e avental se impõe quando se tratar de um ambiente cirúrgico. Não se recomenda a realização da ordenha do cordão É contra-indicada a limpeza da cavidade oral do RN com gaze Não segurar o RN pelos pés, verticalmente, com a cabeça solta. Após o clampeamento do cordão umbilical, recepcionar o RN em ligeiro céfalo-declive, em campos estéreis previamente aquecidos.

Conduta no RN deprimido Frente a um RN em apnéia na sala de parto, sempre considerar que ele apresenta apnéia secundária e iniciar imediatamente a ventilação com pressão positiva e oxigênio a 100%. O oxigênio inalatório só deve ser oferecido quando o RN apresentar respiração espontânea e efetiva, ausência de bradicardia e presença de cianose central.

Conduta no RN deprimido Iniciar imediatamente a VPP (Ventilação com Pressão Positiva) com O2 a 100% quando o RN estiver em apnéia, com respiração do tipo “gasping” com respiração espontânea, porém com FC inferior a 100 bpm. Lembrar que a VPP deve, sempre, ser acompanhada de O2 a 100%. Se não for notada uma expansibilidade torácica adequada, observar os seguintes quesitos, em seqüência, e corrigí-los se necessário: Adaptação da máscara à face do RN Permeabilidade das vias aéreas Se a pressão é suficiente. Se a VPP com máscara se prolongar além de 2 min., inserir uma sonda orogástrica nº 8 ou 10, aspirar o conteúdo gástrico e deixá-la aberta para descomprimir o estômago, possibilitando, assim, uma melhor expansibilidade torácica.

Conduta no RN deprimido A intubação traqueal está indicada quando: a VPP e máscara se prolongada além de 5 min. a VPP e máscara é inefetiva. há necessidade de aspiração traqueal sob visualização direta (ex., mecônio) em qualquer suspeita de Hérnia Diafragmática, que necessite de VPP.

Conduta no RN deprimido A massagem cardíaca deve ser aplicada nos casos onde após a realização de todos os outros procedimentos a FC permanecer inferior a 100 bpm. Deve ser acompanhada de ventilação com pressão positiva e oxigênio a 100%. Após 30 segundos de VPP com O2 a 100% e massagem cardíaca, reavaliar a FC: Se o RN apresentar FC superior a 80 bpm, suspender a massagem cardíaca, mantendo a VPP com O2 a 100%; Se a FC continuar abaixo de 80 bpm, iniciar a administração das MEDICAÇÕES.

Conduta no RN deprimido Manter sempre à disposição as seguintes medicações: adrenalina, bicarbonato de sódio, expansor de volume, naloxone e dopamina. A via preferencial para a administração de medicações na sala de parto é a veia umbilical, através de um cateter

Abaixo de 80 Acima de 80

Conduta no RN com mecônio A utilização de sondas - gástrica ou traqueal - para a aspiração da traquéia não é efetiva para a retirada do mecônio. o pediatra deve aspirar imediatamente a hipofaringe e a traquéia sob visualização direta, através da cânula traqueal conectada a um aspirador a vácuo. É dispensável a aspiração nos casos em que o RN se apresenta com choro vigoroso e respiração rítmica e regular. A ventilação com pressão positiva, se necessária, deve ser iniciada somente após a aspiração da maior quantidade possível de mecônio das vias aéreas.