Page  1  Ajustamento Académico à Universidade e a Influência Cultural no Desenvolvimento da Carreira em Estudantes Angolanos Ana Paula Tuavanje Elias.

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Transcrição da apresentação:

Page  1  Ajustamento Académico à Universidade e a Influência Cultural no Desenvolvimento da Carreira em Estudantes Angolanos Ana Paula Tuavanje Elias 1,2 e Maria do Céu Taveira 2 1 Ministério do Ensino Superior da Ciência e Tecnologia de Angola 2 Escola de Psicologia, Universidade do Minho, Portugal

Page  2 ESTRUTURA : Introdução Objectivo Método Participantes Instrumento Procedimentos Resultados Conclusão

Page  3 Introdução  De uma forma geral, podemos considerar o tempo de frequência da universidade como um período de transição, que pode suscitar nos estudantes mudanças sociais, pessoais e emocionais, para as quais estes devem estar psicologicamente preparados, ou ser apoiados, através de Serviços de Carreira (Moreno, 2002; Taveira, 2000; Leitão & Paixão, 2008 ).  Algumas das habilidades a desenvolver nos jovens, para esse efeito, a que devemos dar atenção na intervenção, são: (i) - a capacidade de aprender a pensar por si mesmos; (ii) - a possibilidade de adquirir independência e emancipação; (iii) - a capacidade de planear a longo prazo tarefas e gerar seus próprios projectos; (iv) - a capacidade de obter um produto geral genuína. (Taveira, 2000; Moreno, 2002, p.45). 

Page  4  Nesta fase das suas vidas, os estudantes do ensino superior direccionam-se nos estudos e restante vida, com apoio em orientações diferenciadas do seu funcionamento psicológico, incluindo-se aqui dimensões como: o sentido de competência, o desenvolvimento e a integração das emoções, a autonomia, as relações interpessoais, a construção da identidade, o desenvolvimento da integridade e de um sentido de vida (Chickering & Reisser, 1993, cit. por Silva & Ferreira, 2009).  A este propósito é útil ter em conta ainda, os contributos de Mitchel e Krumboltz (1996), que consideram que os principais objectivos da consulta psicológica vocacional devem, facilitar a aprendizagem de competências, interesses, crenças, valores, hábitos de trabalho, nos indivíduos, que permitam a construção de uma vida satisfatória no âmbito de um contexto sociocultural e em constante mudança. Introdução

Page  5 1.Introdução  As instituições de ensino superior devem propor acções de promoção do planeamento da carreira, e de apoio à adaptação e reorientação no ensino superior, bem como apoios à transição de ciclos de estudo e da universidade para o mercado de trabalho, incluindo a criação do próprio emprego e a aplicação de inovação científica e tecnológica a projectos de interesse social e económico.  Este apoio pode incluir actividades de consulta psicológica individual e em grupo (e. g, dirigida à resolução de problemas familiares e relacionais, dificuldades em áreas primárias de construção de identidade, e à prevenção e promoção do desempenho e bem-estar, entre outros), apoio psicopedagógico por parte dos professores e colegas, programas de desenvolvimento pessoal e interpessoal e vocacional, o treino e aquisição de normas e competências específicas, como exemplo, as competências de organização do trabalho pessoal, de gestão do tempo, de gestão da ansiedade face aos exames (Leitão & Paixão, 2008, p.72/73).

Page  6 Objectivo  Testar o modelo sócio-cognitivo do bem-estar de Lent (2004) em situações normativas da vida, em contexto académico Angolano  Avaliar a plausibilidade das relações estipuladas entre as variáveis teóricas do modelo, numa amostra de estudantes Angolanos, a partir de um estudo com design transversal, que toma como ponto de partida privilegiado, os resultados obtidos com a amostra de estudantes portugueses (Lent et al., 2009).

Page  7 Participantes  317 estudantes universitários  152 homens e 165 mulheres  Média de idade = anos (DP=7.55)  Instituto Superior Público de Ciências de Educação e Universidade Privada Óscar Ribas 1ºano=199; 2ºano=96; 3ºano=22  Gestão= 139; Relações Internacionais= 31; Geografia= 83; e Pedagogia= 64

Page  8 Intrumento  Academic Adjustment Questionnaire (AAQ; Lent, 2004, adapt. por Taveira & Lent, 2004)  7 subescalas  56 itens -Auto-Eficácia em Tarefas Académicas Básicas (5 itens) -Auto-Eficácia para Lidar com Barreiras e Desafios Académicos Específicos (7 itens) -Progresso Percebido em Objectivos Académicos (8 itens) -Apoio Ambiental (9 itens) -Satisfação Académica (7 itens) -Disposição Afectiva (10 itens) - Satisfação com a Vida em Geral (5 itens)

Page  9 Procedimentos Tempo médio de preenchimento: 60 minutos/turma Recolha de dados em 6 dias consecutivos em cada instituição Ano lectivo 2010/2011 Apresentação do projecto de investigação aos alunos – objectivos e instruções Obtenção de apoio de Reitores, Coordenadores de Curso, e Professores Contacto formal ao Instituto Superior Público de Ciências de Educação e Universidade Óscar Ribas

Page  10 Resultados Tabela 1 - Dimensões do ajustamento académico: Anova FSig. CAE,812,542 AETA,928,463 AEPDA,663,652 APO1,377,234 RABAAS,636,673 AJA2,517,030 * SA3,710,003 * AA,745,591 SP1,612,157 AS1,203,309 SVG1,126,347

Page  11 Resultados  Tabela 2 – Ajustamento Académico em função da etnia: Teste de Tukey Etnia N Subset for alpha = Bacongo2443,92 Tchokwé1544,47 Kimbundu8045,65 Kikongo1746,06 Umbundu7846,35 Nhaneca Humbe32 48,57 Sig.,568,067

Page  12 A Tabela 3 – Satisfação Académica em função da etnia: Teste de Tukey TABELA 2 – AJUSTAMENTO ACADÉMICO EM FUNÇÃO DA ETNIA: TESTE DE TUKEY TABELA 2 – AJUSTAMENTO ACADÉMICO EM FUNÇÃO DA ETNIA: TESTE DE TUKEY Resultados Etnia N Subset for alpha = Tchokwé1526,67 Bacongo2426,88 Kimbundu8027,85 Kikongo1728,52 Umbundu7828,91 Nhaneca Humbe32 30,47 Sig.,289,140

Page  13 V * P ≤ 0,05 (A) VALOR DA ANOVA DE WELCHALOR DA Tabela 4 – Auto-eficácia académica em função do curso: Resultados da Anova Resultados FGlSig. CAE3,7063, 313,012 * AETA6,2173, 313,000 * AEPDA2,2063, 313,087 ** APO3,7833, 313,011 * RABAAS2,5013, 313,059 ** AJA6,1643, 313,000 * SA8,7773, 313,000 * AA,6223, 313,601 SP4,0903, 313,007 * AS3,7393, 313,012 * SVG3,3973, 313,018 * AJAG4,6243, 313,004 *

Page  14 Recursos, apoio e barreiras ao ajustamento académico e social (RABASS) F (313) = 2,501, p=0,059, em que os alunos do curso de Relações Internacionais obtêm valores mais baixos do que os alunos do curso de Gestão (33,72 versus 36,43) e com os alunos do curso de Geografia (33,72 versus 36,27); Ajustamento académico percebido (AJA), F(313) = 6,164, p = 0,001, em que os alunos do curso de Relações Internacionais obtêm valores mais baixos nesta dimensão do que os alunos dos restantes cursos (42,16 versus 45,18; 46,79; 46,8). Resultados

Page  15 Conclusão  Verificou-se Diferenças estatisticamente significativa na subsescala Satisfação Académica (SA) e a etnia, entre os sujeitos da etnia Bacongo e Tchokwé e os de etnia Nhaneca Humbe, sendo que estes últimos obtêm valores mais elevados.  na subescala Ajustamento Académico (AJA), as diferenças significativas encontram-se entre os sujeitos de etnia Bacongo e os de etnia Nhaneca Humbe, sendo que estes últimos obtêm valores mais levados. Variação do Ajustamento Académico em função da Etnia

Page  16  Na variação do Ajustamento Académico em função da Especialidade, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas em quase todas as dimensões com exceção das escalas de Auto-eficácia para lidar com problemas e desafios académicos e do Ajustamento Académico onde não foram verificadas diferenças significativas.  Isto evidencia a necessidade de abordar a questão do ajustamento académico no ensino superior em Angola tendo em atenção ao curso e especialidade dos alunos, esperando-se assim contribuir indirectamente para o desenvolvimento dos serviços de carreira nesse contexto. Conclusão

Page  17  Modelo sócio cognitivo do bem-estar desenvolvido por Lent (2004) em situações normativas da vida, em contexto académico Angolano apresenta-se como uma perspectiva teórica importante que contribui para explicar a satisfação académica e a satisfação com a vida em geral dos estudantes do ensino superior.  De acordo com (Cruz, 2008) fenómeno de transição do ensino geral para o ensino superior, tem vindo a provocar desafios que por sua vez gera mudanças relativamente hábitos, costumes, relações interpessoais na forma como o indivíduo se interpreta bem como avalia as mudanças a nível do mundo, assim o processo de transição impõe a adaptação pelo qual o indivíduo é influenciado através do meio.  Assim pode ser utilizados para apoiar estudantes do ensino superior angolano a definir e perseguir objectivos académicos valorizados, a garantir apoios dos mais significativos e fontes de auto-eficácia, e a compreenderem a relação entre factores pessoais e do contexto e o seu bem-estar académico e com a vida em geral Conclusão

Page  18 Muito Obrigada ! Ana Paula Elias & Maria do Céu Taveira