FUNDAMENTOS DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO:

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Transcrição da apresentação:

FUNDAMENTOS DO PROGRAMA SEGUNDO TEMPO: ENTRELAÇAMENTOS DO ESPORTE, DO DESENVOLVIMENTO HUMANO, DA CULTURA E DA EDUCAÇÃO Autores: José Pereira de Melo João Carlos Neves de Souza e Nunes Dias Ministrante: André Luiz Teixeira Reis

Antes da reflexão sobre o tema...

Algumas perguntas para os engajados no programa!

O que sou? Qual a minha compreensão de mundo? Tenho algum ideal? O que entendo por “trabalho profissional”? O que penso de “sociedade”?

Essencialismo & Existencialismo (Fenômenos são formas fixas e imutáveis. O estado do ser como ele é. Uma essência não muda e é categoricamente diferente de outra essência. Platão) & Existencialismo (Considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino – “A existência governa a essência” - Jean Paul Sartre)

Na premissa existencialista, poderemos entender os FUNDAMENTOS DO PST

Introdução Projeto social Convicção de pessoas Elementos norteadores: “Fundamentos” Aspectos teóricos – aspectos práticos

Um fundamento precede a: MATERIALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS

Por exemplo: A Capacitação implica no compromisso com a prática

Base teórico-filosófica dos projetos sociais: Desigualdades

Contradições: Sociedade contemporânea Indicadores positivos Riscos sociais

Debate: causas, consequências e possíveis soluções... Desigualdades sociais – acaso? Relação capital x trabalho Concentração de renda Desinformação Analfabetismo Violência Deterioração da dignidade humana

Políticas de enfrentamento: Ações organizadas Foco: Exclusão social Agentes sociais: Responsabilidade e compromisso

Política de Estado Esporte Ministério do Esporte & Parceiros

Nossos vínculos Crianças Adolescentes Jovens Idosos PNE

Fenômeno Esportivo POTENCIALIZADOR!

Elementos educativos Reflexão crítica Minimiza a exposição Fomenta as “POSSIBILIDADES”

O Programa Segundo Tempo e seus fundamentos 2003 Acesso Desenvolvimento Esporte Foco – crianças e jovens Contexto – risco social

Perspectivas Democratização Universalização Qualidade de vida

Princípios do esporte EDUCAÇÃO!

ESPORTE COMO MEIO

Desafios

Inclusão pelo esporte

  Cidadania

O esporte pode contribuir... Mas, há contradições!

lesão Decepção exclusão Dor stress Sofrimento raiva revolta

Aspectos históricos Corpo saudável... Eficiência...

Como intervir pedagogicamente?

REVER AS CONCEPÇÕES: Epistemologia (estudo da origem dos conceitos) Axiologia (estudo do princípio da verdade)

Corpo saudável é sinônimo de corpo perfeito? A competição implica em comportamentos anti-éticos?

ESPORTE Sempre trouxe o “Emblema” do corpo perfeito

Então... Corpo deficiente indica algo: Intolerável... Frágil... Desmantelado... Deformado... Desfigurado... Apartado...

E daí?

Na Educação Física e no esporte pode haver: Eficiência esportiva Aptidão Habilidade Performance Alguém tem algo a favor dos réus ?

Princípio básico do Programa Segundo Tempo: TODOS TÊM DIREITO À PRÁTICA ESPORTIVA!

Portanto. Opta-se pela INCLUSÃO Portanto... Opta-se pela INCLUSÃO. Mas a INCLUSÃO não pode gerar a EXCLUSÃO... Como entender este paradigma?

RELATIVIZAR E CONTEXTUALIZAR... POR QUÊ?

DIVERSIDADE

Qual é, então, a verdadeira inclusão pelo esporte?

Novo olhar sobre todos os corpos: Deficientes ou não. Que olhar é este Novo olhar sobre todos os corpos: Deficientes ou não!!! Que olhar é este... Inclusão!

Não enaltecer as dificuldades... Vislumbrar as possibilidades!

EMPODERAMENTO (EMPOWERMENT) “Dar condições às pessoas para serem os senhores de suas vidas!” COMO ASSIM?

EMPODERAMENTO É O OPOSTO DE... COMISERAÇÃO, MÃE DO ASSISTENCIALISMO!

Porto (2006): “Inclusão é um dos possíveis caminhos que a sociedade tem para vir mudar alguns conceitos e valores sobre os seres humanos na sua relação estreita com o outro e com o mundo.”   Parou por aí? NÃO!

Porto (2006), acrescenta:   Valorizar as capacidades do ser humano individualmente, respeitar os direitos e deveres de todos sem exceção, aceitar as limitações inspirando-se na ética da diferença, criar condições e possibilidades reais para que todos possam participar e se envolver em todas as situações, mudar os sistemas já criados e institucionalizados são alguns dos pressupostos da inclusão.

Corpo Potencialidades & limitações No entanto... enquanto educadores: Não superestimar a incapacidade Considerar as potencialidades e possibilidades

Acreditar nas grandes realizações por parte das pessoas

Os atores sociais do Programa Segundo Tempo

Crianças e Jovens Até aí... tudo bem!

MAS, A PROBLEMÁTICA é... Situação de risco

PST como projeto social: “reversão do quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social”. COMO?

Bom... Podemos entender que:

Crianças e jovens são membros ativos da sociedade: São os construtores do seu tempo Podem transformar suas realidades. Sim, e daí? Como reverter o quadro atual?

“A partir de um processo educacional através do esporte!”

PORÉM, ISTO DEPENDE!!!

(...) Da forma como são feitas as intervenções pedagógicas: Promovendo uma leitura crítica da realidade Apontando para a construção de novas formas de existência.

Respeitemos às fases das crianças e dos adolescentes! CUIDADO! Respeitemos às fases das crianças e dos adolescentes!

Não à impossibilidade de vivência do presente Fase de aprendizagem Orientando o presente Consciência infantil – fenômeno positivo (MERLEAU-PONTY, 2006)

Eixo norteador para uma intervenção pedagógica (UMA POSSIBILIDADE!): Criança não é um conceito universal, Tem sua história de vida Não é incompleta Tem seu imaginário Corpo em aprendizagem Autonomia em relação às teorias científicas Riqueza das experiências vividas – o presente Mundo – dinâmico e amplo (NÓBREGA, 2008)

“Se acreditarmos no que podemos ser, temos condições de desenvolver nossos potenciais para atingir nossas metas (MASLOW, 1946)”.

O esporte como prática da cultura Cenário olímpico – tradição, tecnologia, o fascínio das performances e da quebra de recordes. Sentido e significado - rendimento e espetáculo

Os Jogos Olímpicos exercem influência significativa no imaginário social em torno do esporte, Torna-se: REFERÊNCIA!   Então...

Quais sentidos têm sido atrelados ao esporte nos espaços de intervenção pedagógica? Que compreensão de ato educativo tem sido operacionalizada nas atividades dos núcleos? Como as atividades são desenvolvidas do ponto de vista metodológico para garantir o esporte como fenômeno educativo?

Essas questões apresentam-se como fio condutor para: Pensar o esporte como uma prática cultural Pensar a educação como aprendizagem da cultura

O esporte na orientação do Programa Segundo Tempo: Ênfase na expressão lúdica do esporte, principalmente quando se refere à democratização de sua prática – O ALCANCE SOCIAL!

Competição... Por que sim ? Por que não ?

Redimensioná-la Ressignificá-la

Ainda sobre a COMPETIÇÃO... Problematizar para o grupo Desenvolver atitudes cooperativas na solução de problemas Buscar o espírito ético no grupo (os atores envolvidos)

Afinal, o que é o lúdico? Qual a natureza desse conceito?

Johan Huizinga (1990), afirma que o lúdico é uma liberdade e a criação de outras realidades e possibilidades.

O aspecto lúdico do esporte reinventa: A técnica, As ações, Amplifica e potencializa o movimento humano

Considerações finais (quer dizer, por enquanto é isto...)

Não se iluda!! Tudo é conflitante Realidade? Nada é imutável... Não existe o Determinismo... Projetos sociais – não são remédios milagreiros Podem potencializar! Investe na educação das pessoas... Não tenha pressa – “viva um dia de cada vez!” Não ignore as adversidades (os problemas) Vivamos a possibilidade de ampliar as consciências

Lembremos de Paulo Freire: “a esperança faz parte da natureza humana”.

A desesperança é negação da esperança A desesperança é negação da esperança. A esperança é uma espécie de ímpeto natural possível e necessário, a desesperança é o aborto deste ímpeto. Por tudo isso me parece uma enorme contradição que uma pessoa progressista e que busca mudanças, que não teme a novidade, que se sente mal com as injustiças, que se ofende com as discriminações, que se bate pela decência, que luta contra a impunidade, que recusa o fatalismo cínico e imobilizante, não seja criticamente esperançoso (FREIRE, 1996, p. 72).

Obrigado !