Análise dicotômica – Amostras Independentes: Teste qui-quadrado

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Análise Estatística Testes de Hipóteses.
Advertisements

DISTRIBUIÇÕES AMOSTRAIS
Teste de hipóteses com duas amostras
Departamento de Informática em Saúde Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP UNIFESP Teste de Mann-Whitney Alex E. J. Falcão (
Aprendizado de Máquina
CAPÍTULO 7 TESTE DE HIPÓTESE
Análise de variância.
ANÁLISE DISCRIMINANTE
CAPÍTULO 7 TESTE DE HIPÓTESE
ESTIMAÇÃO.
Prof. Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neves
Prof. Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neves
Estatística Aula 15 Prof. Marllus Gustavo Ferreira Passos das Neves
Estatística 8 - Distribuições Amostrais
Capítulo 6 Estimativas e Tamanho de Amostras
Capítulo 7 Teste de Hipóteses
Capítulo 8 Inferências com Base em Duas Amostras
MB751 – Modelos de previsão
Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto ANO 2010
APLICAÇÕES COM EXCEL: Distribuição Binomial
Distribuição F Considere duas populações com distribuição de Gauss com médias 1, 2 e variâncias 12 e 22 . Retire uma amostra aleatória de tamanho.
Avaliação estatística dos mecanismos de codificação desenvolvidos
Erros no Teste de Hipóteses
Testes de Hipóteses Forma mais clássica de inferência estatística
Interfaces da Bioestatística na Pesquisa Clínica
Testes de Hipótese Definimos a Hipótese
ESTATÍSTICA.
TESTE DE HIPÓTESES PARA A MÉDIA POPULACIONAL 
Testes de Hipótese Dr Hermano Alexandre Doutorando em Saúde Coletiva
J. Landeira-Fernandez Ética e Ciência
Uma avaliação do consumo de energia em rede de sensores sem fio
Análise de Variância (ANOVA)
ME623 Planejamento e Pesquisa
ME623A Planejamento e Pesquisa
Inferências Relativas à Média
Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER ANO 2014 Intervalo de Confiança Camilo Daleles Rennó
Teste de Hipóteses de uma amostra Prof. Helcio Rocha
TESTES DE HIPÓTESES Spencer Barbosa da Silva
Estatística e Probabilidade
ANOVA: Análise de Variância APLICAÇÃO.
Modelagem Estatística
Metástases Hepáticas de Tumores Colo-retais
TESTES NÃO PARAMÉTRICOS TESTE DE MANN- WHITNEY
Diogo Fernando Bornancin Costa Fábio de H.C.R. dos Santos
Teste McNemar Alunos: Angela Flor de Lara Gabriel Isaac Albuquerque
ANÁLISE ESTATÍSTICA II
Teste de Hipótese.
Introdução à Estatística
Curso de Introdução à Metodologia Científica
Comparação de Sistemas Usando Amostragem de Dados por: Tiago A. E. Ferreira.
Aula 10 Medidas de dispersão Prof. Diovani Milhorim
Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER ANO 2015 Intervalo de Confiança Camilo Daleles Rennó
Noções de Inferência Estatística
Aula 11 - Teste de hipóteses, teste de uma proporção
Aplicações Estatísticas uma rápida abordagem
COMPARAÇÃO DE DUAS POPULAÇÕES
Estatística e Probabilidade
Especialização em Pesquisa Clínica Módulo 3 – Epidemiologia e Bioestatística Daniel Kashiwamura Scheffer 1o. Semestre – 2009.
Universidade Federal Fluminense Faculdade de Medicina Mestrado Profissional em Saúde Materno-Infantil 2011 BIOESTATÍSTICA-aula 2 Prof. Cristina Ortiz Valete.
ERROS E TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS
Testes de Hipóteses.
Métodos Estatísticos Aplicados às Ciências Biológicas - 7ª aula -
Probabilidade Teste de hipóteses para duas médias:
NOÇÕES DE TESTE DE HIPÓTESES (I) Teste de hipóteses para a proporção populacional.
Prof. Miguel Angel Uribe Opazo
GESTÃO E GARANTIA DA QUALIDADE
NOÇÕES DE INFERÊNCIA ESTATÍSTICA
Estatística Inferencial. É um processo de tomada de decisão baseado em probabilidades e pode ser de dois tipos: - Estimação de parâmetros – usando a informação.
Inferência 1:Estimação de Parâmetros Relembrando o Teorema Central do Limite Da aula anterior: a) Os estimadores da média e da s 2 são não viciados e de.
Estatística: Aplicação ao Sensoriamento Remoto SER ANO 2016 Teste de Hipótese Camilo Daleles Rennó
Transcrição da apresentação:

Análise dicotômica – Amostras Independentes: Teste qui-quadrado UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DISCIPLINA DE BIOESTATÍSTICA Análise dicotômica – Amostras Independentes: Teste qui-quadrado

Grupo Bruna Ferreira Bernert Harielle Cristina Ladeia Asega Renata Fernanda Ramos Marcante Tahnee Aiçar de Suss Vanessa Mazanek Santos

Conceitos Pesquisa médica – comparar técnicas usuais e alternativas Verificar superioridade ou equivalência de drogas, métodos cirúrgicos, procedimentos, dietas, tratamentos. Teste de Hipótese – variáveis envolvidas sujeitas a variabilidade + Comparação entre dois grupos

Conceitos Objetivo: comparar os efeitos médios de 2 tratamentos (variável dicotômica) Identificar grupos a serem comparados (p1 e p2) Definir variável resposta Variável de interesse – ocorrência de um evento

Hipóteses Testadas NULA ALTERNATIVA H0: p1=p2 Não há diferença entre a probabilidade de se observar o evento de interesse nos grupos 1 e 2 ALTERNATIVA H1: p1≠p2 Inexistência de igualdade entre as probabilidades

Nível de significância (α) Probabilidade de cometer o seguinte erro: Decisão de rejeitar H0 quando de fato H0 é verdadeiro

Valor - p Probabilidade de significância Se H0 fosse verdadeira, qual seria a probabilidade de ocorrência de valores iguais ou maiores ao assumido pela estatística do teste Se valor- p muito pequeno O evento é extremamente raro ou... H0 não é verdadeira P≤0,05 diferença significativa

Teste qui-quadrado Não paramétrico - não depende de parâmetros populacionais (média e variância) Comparar possíveis divergências: frequências observadas x esperadas Comportamento semelhante dos grupos se diferenças entre as frequências observadas e as esperadas em cada categoria forem muito pequenas (próximas a zero).

Resposta Dicotômica – Amostras Independentes Variável dicotômica – amostras independentes e pareadas Hipóteses: H0: p1=p2 H1: p1≠p2

Teste qui-quadrado Condições necessárias: Grupos independentes Itens selecionados aleatoriamente (cada grupo) Observações devem ser frequências ou contagens Cada observação pertence a uma e somente uma categoria Amostra deve ser relativamente grande (pelo menos 5 observações em cada célula e, no caso de poucos grupos, pelo menos 10)

Teste qui-quadrado (x²) GRUPO OCORRÊNCIA DO EVENTO SIM NÃO TOTAL I a b a+b = n1 II c d c+d = n2 m1 = a+c m2 = b+d n1 + n2 = N

Teste qui-quadrado Se não há diferença de proporção de ocorrência nos grupos: a/n1 = c/n2 = a+c/ n1+n2 = m1/N Tem-se: a = m1 x n1/N b = m2 x n1/N c = m1 x n2/N d = m2 x n2/N

Teste qui-quadrado Dois conjuntos de valores: Observados (Oi) - a, b, c e d Esperados (Ei) – hipótese de igualdade de proporções de sucesso Discrepância entre os dois conjuntos não deve ser grande

Teste qui-quadrado Medir a discrepância entre valores observados e esperados das 4 entradas da tabela: X² = 4∑ (Oi – Ei)² i=1 Ei

Teste qui-quadrado X²=N (ad-bc)² / m1m2n1n2

Teste qui-quadrado Exemplo 1: Eficácia do AZT

Teste qui-quadrado Valores observados (Oi): GRUPO SITUAÇÃO VIVO MORTO TOTAL AZT 144 1 145 PLACEBO 121 16 137 265 17 282

Teste qui-quadrado Valores esperados (Ei): GRUPO SITUAÇÃO VIVO MORTO TOTAL AZT 136,26 8,74 145 PLACEBO 128,74 8,26 137 265 17 282

Teste qui-quadrado i Oi Ei Oi - Ei (Oi – Ei)² 1 144 136,26 7,74 59,91 0,44 2 121 128,74 - 7,74 0,47 3 8,74 6,85 4 16 8,26 7,25 Total 282 239,64 15,01

Teste qui-quadrado i Oi Ei Oi - Ei (Oi – Ei)² 1 144 136,26 7,74 59,91 0,44 2 121 128,74 - 7,74 0,47 3 8,74 6,85 4 16 8,26 7,25 Total 282 239,64 15,01

Teste qui-quadrado X² = 15,01 As duas proporções são iguais? AZT = Placebo? Qual X² quando p1=p2? X²1 Qui-quadrado com 1 grau de liberdade * Significância 0,05

Teste qui-quadrado

Teste qui-quadrado

Teste qui-quadrado X²1 = 3,84 x X² = 15, 01 rejeição de H0 (AZT = Placebo) há evidência do efeito do AZT valor – p = 0,0001 grande certeza que AZT prolonga a vida de pacientes com AIDS

Teste qui-quadrado Exemplo 2: Fatores de risco para AVC

Teste qui-quadrado FATOR AVC Valor - p Sim Não AVC como causa de morte : na mãe 29,8 11,2 0,0005 no pai 7,0 7,5 0,72 Doença coronariana 6,3 0,83 Sinais no ECG: Hipertrofia no VE 3,5 1,0 0,08 10,5 6,5 0,23

Teste qui-quadrado FATOR AVC Valor - p Sim Não AVC como causa de morte : na mãe 29,8 11,2 0,0005 no pai 7,0 7,5 0,72 Doença coronariana 6,3 0,83 Sinais no ECG: Hipertrofia no VE 3,5 1,0 0,08 10,5 6,5 0,23

Teste qui-quadrado com correção de continuidade Justificado por: amostras de tamanho finito e/ou A distribuição das frequências observadas é aproximada pelo qui-quadrado ( que é contínuo)

Teste qui-quadrado com correção de continuidade X²c = N(|ad-bc| - N/2)² / m1m2n1n2 Note que a única diferença é o fator de correção de continuidade

Teste qui-quadrado com correção de continuidade não deve ser usada quando: o valor de obtido for menor que o esperado, pois o novo valor será menor que o primeiro, ainda não significativo.

Teste qui-quadrado com correção de continuidade Usamos a correção quando: o valor de Qui-quadrado obtido é maior que o crítico  o valor de N é menor que 40 

Teste qui-quadrado com correção de continuidade Exemplo: estudo associação de contraceptivos orais e infarto

Teste qui-quadrado com correção de continuidade GRUPO USO RECENTE SIM NÃO TOTAL casos 9 12 21 controles 33 390 432 42 402 444

Teste qui-quadrado com correção de continuidade Casos entre as que tiveram infarto: 9/21 = 0,43 Controles : 33/423 = 0,08 Parece que há relação entre o uso de contraceptivos orais com infarto – fato ou acaso?

Teste qui-quadrado com correção de continuidade O resultado da expressão com correção é: X²c = 444(|9x390-12x33| - 444/2)² / 42x402x21x423 X²c = 24,76 Podemos afirmar, com alto grau de evidencia, que há relação entre os acontecimentos!

Bibliografia SOARES, J. F.; SIQUEIRA, A. L. Introdução à estatística médica. 2 ed. Belo Horizonte: COOPMED, 2002. vii, 300 p.:il Disponível em: http://ufpa.br/dicas/biome/bioqui.htm