A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO ORL PRECOCE E A INDICAÇÃO CIRÚRGICA NA SAOS: O ESTADO ATUAL DA LITERATURA Fernanda Haddad
Qual é o objetivo do exame ORL nos pacientes com SAOS??? Procurar alguma alteração que possa predizer a possibilidade de um paciente ter SAOS – diagnóstico Procurar alguma alteração que possa ser corrigida e que possa amenizar ou curar a SAOS – Tratamento Procurar alguma alteração que possa dificultar o tratamento com PAPs e com AIO
Quais as alterações descritas em literatura??? Múltiplos trabalhos: Alts VAS Obstrutivas: causa da SAOS Menores / inflamatórias: consequência da SAOS Alts crânio-faciais Desproporções maxilo - mandibulares
Avaliação da VAS: Nariz Principais achados: Insuficiência de válvula nasal Desvio do septo nasal Hipertrofia das conchas nasais inferiores
Avaliação da VAS : língua Volumosa Relação com a orofaringe: Índice de Mallampati modificado Grau I Grau II Grau III Grau IV Friedmann et al, 1999 , Zonato et al, 2003
Avaliação da VAS: Palato Mole e Úvula Palato mole: espesso, “web”, posteriorizado Úvula: longa e espessa Pilares tonsilares medianizados Zonato et al, 2003, 2005
Avaliação da VAS : Tonsilas palatinas Grau I Grau II Grau III Grau IV
*MALLAMPATI MOD CIII *LINGUA DEMARCADA *PALATO ‘WEB’
Avaliação esquelética facial Perfil facial 2 mm RETROGNATIA Zonato et al, 2003
Avaliação esquelética facial Palato duro Palato duro ogival Hipoplasia maxilar Zonato et al, 2003
Oclusão dentária Classe I Classe II Classe III Zonato et al, 2003
Retrognatia + Oclusão C. II
Hipoplasia maxilar + Cruzada posterior
Hipoplasia maxilar + Cruzada posterior
VAS
Papel do ORL na SAOS ? Procurar alguma alteração que possa predizer a possibilidade de um paciente ter SAOS – diagnóstico Procurar alguma alteração que possa ser corrigida e que possa amenizar ou curar a SAOS – Tratamento Procurar alguma alteração que possa dificultar o tratamento com PAPs e com AIO
Indicação: Alterações anatômicas da VAS e do esqueleto facial
CIRURGIAS NASAIS Pouco interferem no IAH, mas melhoram a qualidade do sono (Séries e cols, 1992; Powell e cols, 1995; Friedmann e cols 2000, Verse e cols, 2002) Indicação: Independe da gravidade da SAOS Objetivo: Curativo – jovens/ SAOS leve e não obesos Coadjuvante - adaptação do CPAP e do AIO
Nariz e adesão ao CPAP: Trabalhos cirúrgicos N= 10 a 17 pacientes (Nowak et al., 2003; Nakata et al., 2005; Zonato et al., 2006; Chandrashekariah, Shaman , Auckley, 2008) Consenso: Redução da pressão terapêutica do CPAP N = 17 76,5% - 1cmH2O 41,1% - 3cmH2O
Nariz e adesão ao CPAP: Trabalhos clínicos Autores N Técnica Adesão Resultado Tarrega et al.,2003 125 Rinomanometria >4hs 1 ano Rinomanometria X adesão (-) Morris et al.,2006 34 - 25 Rinometria ac. 18 meses MCA CI X adesão (+) Sugiura et al., 2007 77 PSG CPAP Rinomanometria X aceitação inicial (+) So et al.,2009 36 3 meses Grupo todo: (-) IAH<60/h: Média da soma das MCA X adesão (+) N= 34 Adesão: 47,1% Co – fator na adesão
Nariz e AIO Zeng et al, 2008 38 pacientes Rinomanometria Aumento da resistência nasal nos não-respondedores durante a ação do AIO O papel das alterações anatômicas da via aérea superior em pacientes com SAOS na adesão ao tratamento com AIO Renato Prescinotto, Fernanda Louise Martinho, Ilana Fuckuchi,Paulo Cunali, Luiz Carlos Gregório, Sérgio Tufik, Lia Rita Azeredo Bittencourt . SLEEP 2009 23rd Annual Meeting, 2009. N=28 Sucesso: 18 Insucesso: 10
Papel da cirurgia faringea Desobstruir a VAS Tonsilas hipertróficas Modalidade cirúrgica: amigdalectomia / UPFP Objetivo principal: amenizar / curar a SAOS Aumentar o tônus / enrijecer o palato mole Tonsilas normotróficas Modalidade cirurgica: Radiofrequência, escleroterapia, implantes palatais Objetivo principal: melhorar o ronco
Estadiamento de Friedmann *Indicação: Anatomia: H. tonsila palatina *Fatores limitantes: - Obesidade - IMM classe III e IV ? - Gravidade da SAOS ? *Indicação: -Anatomia: ausência de H. tonsila -Ronco e SAOS leve *Fatores limitantes: - Obesidade Estadiamento de Friedmann
Técnicas mais conservadoras: parede lateral
IMC > 30Kg/m2 TONSILAS GRAU III E IV
44 anos, IMC= 34Kg/m2, amigdalas palatinas grau IV PRÉ OP: 100Kg PÓS OP: 8 meses – 98 Kg
Cirurgias sobre o palato mole Radiofrequência
Cirurgias sobre o palato mole Implantes palatais
Cirurgias sobre o palato mole Escleroterapia
Técnicas sobre o palato mole Indicação: Ronco e SAOS leve
Taxa de sucesso ( 50% no IAH e <20/h): 86% Cura (IAH<5/h): 43,2% Fatores relacionados ao sucesso Idade mais jovem Menor IMC Menor IAH basal Maior grau de avanço
Considerações finais SAOS Fisiopatologia multifatorial – resultados diferentes mesmo em pacientes semelhantes Avaliar cada paciente individualmente Doença evolutiva
TRATAMENTO DA SAOS: FUTURO…………..
Cirurgia Bariátrica
OBRIGADA !