O BELO.

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Transcrição da apresentação:

O BELO

O filósofo Platão (428-347 a.C.) foi um dos maiores críticos da democracia do seu tempo. Pelo menos daquela que era praticada em Atenas e que ele conheceu de perto.

No século IV a.C., em data imprecisa, surgiu em Atenas a primeira concepção de sociedade perfeita que se conhece. Tratou-se do diálogo "A República" (Politéia), escrito por Platão, o mais brilhante e conhecido discípulo de Sócrates.

Platão fundou uma escola, a Academia, e escreveu os famosos diálogos, onde Sócrates quase sempre aparece como protagonista: Hípias menor, Alcibíades, Apologia de Sócrates, Eutífron, Críton, Hípias maior, Cármides, Laques, Lísias, Protágoras, Górgias, Mênon, Fédon, Banquete, Fedro, Ion, Menéxemo, Eutidemo, Crátilo, República, Parmênides, Teeteto, Sofista, Político, Filebo, Timeu, Crítias e Leis.

Platão se tornou discípulo de Sócrates, seguindo sua filosofia e aderindo ao método por ele utilizado: a busca da verdade através de perguntas, respostas e mais perguntas. 

Nos diálogos platônicos, Sócrates é o personagem central Nos diálogos platônicos, Sócrates é o personagem central. A principal obra política dele foi "A República" (Politéia), que compôs provavelmente entre 380 e 370 a.C., quando tinha mais de 50 anos de idade, portanto, obra da sua maturidade.

Em A República, Platão idealiza uma cidade, na qual dirigentes e guardiões representam a encarnação da pura racionalidade. Neles encontra discípulos dóceis, capazes de compreender todas as renúncias que a razão lhes impõe, mesmo quando duras.

O motivo prático é que a arte torna-se outro tanto danosa no campo moral. Atuando cegamente sobre o sentimento, a arte nos atrai para o verdadeiro, como para o falso, para o bem como para o mal.

No livro X é discutida a poesia como forma de educar as crianças, maneira muito comum entre os gregos de transmitir conhecimento, de educar e formar os futuros cidadãos.

A poesia era a maior ferramenta de propagação do saber filosófico ou mesmo das coisas mais simples do cotidiano. Ela é incorporada na cultura como maneira de ensinar o povo.

Platão deseja que a filosofia assuma o lugar ocupado pela filosofia.

Ele defende um novo método de aprendizado na Grécia, através da filosofia, que não deveria repetir os erros do método desempenhado até o momento pela poesia, baseada na ficção e exagero.

A poesia é assunto corrente no livro III e V, quando se trata da formação do guardião da cidade perfeita. Nesse livro, instiga-se os efeitos negativos da arte (poesia e música).

No livro X Platão refuta o uso da arte de forma drástica, inabilitando-a na educação de qualquer cidadão. Ele argumenta que o artista produz uma versão da experiência que está duas vezes afastada da realidade.Sua obra é perigosa tanto para ciência quanto para moral.

Desde que se estabelece o método da verdade no livro X, Sócrates pergunta quem é o imitador, mim-t-s, e o que é a imitação, mím-sis. Sócrates sugere aos interlocutores que, inicialmente, tomem como exemplo os objetos, cama, mesa e os personagens Deus, marceneiro e pintor.

Deus é o autor da cama real, de sua natureza essencial, una. O marceneiro é artífice da cama, daquela que serve aos homens, inspirada naquela que foi idealizada por Deus, o modelo supremo. O pintor é reconhecido como o imitador daquilo que os outros são artífices.

Deus é o autor da primeira realidade (o arquétipo); o artesão, autor da segunda, que se inspira no arquétipo, e, o artista, autor da criada pelo artesão.”

Assim, na hierarquia da realidade, um objeto como por exemplo uma cama, que existe na natureza das coisas criadas por deus, é uma cama real no entender de Platão. Ao mesmo tempo, uma cama, construída pelo artesão, é uma imitação aproximada, uma cópia, uma sombra (skia) da idéia de cama, que existe no mundo inteligível (real).

O imitador não tem conhecimentos que valham nada sobre aquilo que imita, mas a imitação é uma brincadeira sem seriedade; e os que se abalançam à poesia trágica são todos eles imitadores.

O cidadão consciente não deve se deixar ludibriar com aquilo que a poesia lhe oferece, tendo consciência de que aquilo nada mais é do que imitações.

A poesia, ao contrário da filosofia, não se compromete com a verdade, se ilude com as aparências e nesse processo eleva as piores partes da alma, lugar que deve ser ocupado com o que há de melhor, a parte racional.

A formação do cidadão se ministrada de forma imperfeita, coloca em cheque a cidade modelo. A educação imperfeita destrói o equilíbrio da alma procurada por Platão.

Logo nos primeiros capítulos da Poética de Aristóteles, contudo, observamos seu afastamento das concepções de seu mestre na própria definição da função” do conceito de imitação e na exposição que faz relativamente à arte da poesia, a qual descreverá como sendo a arte da “imitação da ação”.

Enquanto seu mestre Platão inclinou-se preferencialmente por fazer desenhos de construções sociais imaginárias, utópicas, por projeções sobre qual o melhor futuro da humanidade, Aristóteles, seu discípulo mais famoso, procurou tratar das coisas reais, dos sistema políticos existentes na sua época.

Platão inspirou revolucionários e doutrinários da sociedade perfeita, Aristóteles (384-322 a .C.) foi o mentor dos grandes juristas e dos pensadores políticos mais inclinados à ciência e ao realismo.

Aristóteles valoriza a arte como representação do mundo Aristóteles valoriza a arte como representação do mundo. Esses conceitos estão no seu mais conhecido trabalho, a Poética.

Logo nos primeiros capítulos da Poética de Aristóteles, contudo, observamos seu afastamento das concepções de seu mestre na própria definição da função” do conceito de imitação e na exposição que faz relativamente à arte da poesia, a qual descreverá como sendo a arte da “imitação da ação”. A “arte poética“ é realizada através da disposição do ritmo, da linguagem e da harmonia, e ela subdivide-se em : epopéia, comédia e tragédia.

Aristóteles distingue a tragédia, por exemplo, como a imitação de uma ação austera ou de um ato nobre. Os imitadores da tragédia são homens que praticam necessariamente ações elevadas e são distinguidos, em geral, pela virtude. Portanto, cabe observar que , em qualidade, estas personagens imitam sempre homens melhores que nós.

A imitação, tal como é estabelecida na tragédia, não é uma imitação dos homens mas sim uma imitação de AÇÕES e imitação de VIDA [felicidade ou infelicidade] que residem particularmente na ação.

Para Aristóteles a arte , antes de tudo, resultado de uma habilidade para o fazer. O belo é fruto ou resultado do domínio que o artista tem da téchne.

Só a arte pode ser mimética, o que significa deslocar o conceito de mímese do sentido de cópia para a representação e transformação.

As obras não são réplicas ou cópias, mas ficções reveladoras, produto da imaginação criativa orientada para o fazer, imaginação produtiva.

Aristóteles retoma a atitude platônica de tratar a arte como um domínio de objetos à parte, essencialmente distinto da vida ordinária e da ação.

A divisão que Platão estabeleceu entre arte e realidade tornou-se um dogma inquestionável que tem sido tratado e reforçado por inúmeras obras de arte.

Separar arte da realidade não apenas serviu para rotulá-la como algo sem valor cognitivo, mas também para isolá-la da vida prática e da ação socio-política enquanto objeto meramente fictício.