Sessão 1: O que nos reserva o futuro? Os grandes desafios do Ensino Superior no futuro próximo: como se preparar para superá-los? Marcos Formiga Universidade.

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Transcrição da apresentação:

Sessão 1: O que nos reserva o futuro? Os grandes desafios do Ensino Superior no futuro próximo: como se preparar para superá-los? Marcos Formiga Universidade de Brasília

O choque do futuro – Alvin Toefler – Tensão e desorientação das pessoas pelo excesso de mudanças em curto prazo – Transitoriedade ou rotatividade (apego ao passado e situações emergenciais) – Incapacidade de resposta para 2 questões: perigo potencial do choque pelas mudanças radicais; escassez de informações para enfrentar nova realidade e despreparo das pessoas (ativas e passivas) – Teoria de adaptação para melhor entender o futuro e lidar com as mudanças pessoais e sociais – Compreensão do conteúdo das mudanças deve incluir as consequências do ritmo dos acontecimentos. Contribuição de Toefler – Conscientização das pessoas a pensar sobre o futuro e gerir o poder acelerador e poderoso das mudanças. Introdução Marcos Formiga

A aspiração de conhecer e antecipar-se ao futuro é tão antiga e atual quanto a própria humanidade – Grécia Antiga: Oráculo de Delphos e a “República” de Platão – Profetas Bíblicos: O apocalipse – Império Romano: Movimentos messiânicos – Idade Média: Zaratustra e Nostradamus – Renascença: Utopista (Thomas Morus) e Tommaso Campanella – Diferentes ramos da Ciência e Filosofia: Galileu e Copérnico (Astronomia destrói superstição medieval iniciando pensamento científico, racionalista e crítico) – Iluministas Sec. XVIII: Descartes e Newton – Revolução Industrial: Darwin, Marx e Engels – Jules Verne (Ficção científica) – Século XX: Einstein, diferentemente de Newton, conclui que tempo e espaço são relativos – H. G. Wells, Hugo Gernsback, Aldous Huxley, George Orwell, Herbert Marcuse, Stephen Hawkins. Estudos do Futuro: Importância da Prospecção Marcos Formiga

 Estudos do Futuro: Designa possibilidades futuras e na academia, o que os futuristas fazem  Futurista: Aquele que avalia a arte ou ciência de identificar possibilidades de eventos futuros  Futuração (“Futuring”): Discursos orientado ao futuro (profissional ou pessoal)  Futurismo: Doutrina que enfatiza comportamento racional-científico sobre futuro e melhorar o futuro pela tomada de decisão  Futurível (“Futurible”): Evento futuro possível de supor ou determinar, mas não necessariamente provável  Forecasting: (planejamento) - Projetar/antecipar tendências tecnológicas e mudanças sociais  Foresight: (prospecção) - Habilidade de antecipar ou impedir eventos futuros e perigos, respectivamente (fábula formiga-cigarra) Estudos do Futuro: Palavras-Chave Marcos Formiga

Visão da condição humana e perspectiva do futuro Onde estamos ganhamos – Acesso a água potável – Melhoria na taxa de alfabetização de adultos – Aumento nas matrículas no secundário – Crescimento populacional – Crescimento renda per-capita – Aumento médicos – Usuários de internet – Queda na taxa de mortalidade infantil – Aumento na expectativa de vida – Maior participação das mulheres nos parlamentos nacionais – Menor número de conflitos armados – Melhor acesso a alimentos (caloria/per-capita) Mundo: Estado do Futuro 2011 (i) Marcos Formiga

Onde estamos perdendo – Emissão de CO2 – Anomalias na temperatura da superfície terrestre – Menor número de votantes nos 15 principais países – Desemprego total – Consumo de combustíveis fósseis – Níveis de corrupção nos 15 principais países – Número de pessoas mortas ou feridas em ataques terroristas – Número de refugiados Onde há incerteza – Número de países com corrida armamentista nuclear – População em países livres (democracia) – Área de cobertura florestal – Débito em serviços nos países de baixa e média renda – Número de infectados por doenças emergentes ou reemergentes Onde há Pequena Mudança – Prevalência da AIDS – Taxa de homicídios – Investimentos em C&T como percentual do PIB Mundo: Estado do Futuro 2011 (ii)

Aspectos Positivos – Mais rico, saudável, educado – Vive-se mais – Mais pacífica – Mais conectada Aspectos negativos – Aumento dos preços dos alimentos – Diminuem as reservas de água – Aumentam níveis de corrupção e crime organizado – Fragilidade do meio ambiente como suporte da vida – Aumento do endividamento dos países e insegurança econômica – Agravamento das mudanças climáticas – Ampliação do fosso entre ricos e pobres Conclusão: O mundo enfrenta um dilema entre implementar e continuar crescendo as condições de vida humana e o aumento da complexidade e escala dos problemas globais Mundo: Estado do Futuro 2011 (iii)

Tendências com Impacto futuro nos estudantes e na sociedade (I) Envelhecimento da População (  Transição Demográfica) Diversidade Cultural (Minorias  Maiorias). Capital Intelectual (  Motor Econômico). Velocidade da Comunicação (  Convergência Tecnológica) Depois das Geração X, Y e Z  Geração E. Criatividade Humana (  “Core” da Educação). Standartização (  Customização e Personalização).

Tendências com Impacto futuro nos estudantes e na sociedade (II) Pragmático (  Ético). Visão Restrita (Visão Aberta). Educação Globalizada (  Interdependência). Razão Existencial (  Busca da Felicidade). Pobreza e Ignorância (  Oportunidade & Esperança). Trabalho e Profissão (  Careiras Latentes). Maior Competição por talentos(  Educadores Qualificados).

Olhar sobre o Brasil!

O que foi feito Aumento média anos de estudo: 2 (1960) para 7,2 (2009) Redução analfabetismo: 39% (1967) para 9,7% (2009) Aumento matrículas crianças: 51% (1967) para 97,6% (2009) Aumento matrículas ensino médio: 39% (1967) para 90,6% (2009) Aumento matrículas educação superior: 426 mil (1967) para 6 milhões (2010) O que falta fazer 40 mil engenheiros e tecnólogos formados por ano. Atende menos da metade da demanda atual 12 mil doutores por ano (EUA 50 mil) Educação

Educação Superior no Brasil (I) Alunos: 6,4 milhões - Setor Privado: 4,7 milhões (74%) - Setor Publico: 1,7 milhões (26%) - Presencial: 85% - A Distancia (Ed. Flexível): 15% Faixa etária de 18 < 24 anos cursando Educação Superior: 14,6%.

Educação Superior no Brasil (II) Investimento Globais R$ 25 bilhões (atuais) Em 2021 com estimados 13 milhões de alunos os investimentos dobrarão para 50 bilhões. Problema chave não é na expansão quantitativa e sim a qualitativa. Problema na qualidade tem origem na Educação Básica. As melhorias sociais e econômicas dos anos 2000 parecem ter inibido o sentido de urgência das carências de educação, saúde e segurança.

Gargalos Prevalência de formas conservadoras de acesso. Legislação excessiva e confusa. Longevidade dos cursos de Graduação. Pesquisa ainda é exceção e luxo. Conclusões Ensino Médio inferiores as vagas da Educação Superior (Ociosidade). Pirâmide Invertida da qualidade:Excelência na Pós- Graduação.

Em 4 décadas o País mudou: deixou de ser agrícola, se industrializou e, agora, esforça-se para a inclusão social. O desafio para as duas próximas décadas, tão ou mais importante que o anterior, é transformar crescimento em desenvolvimento, quantidade em qualidade, e preparar-se para um futuro onde a mudança será cada vez mais rápida e instrumento mais poderoso da transformação em curso. Resumo Visão do Brasil

Educação Globalizada

Enfraquecimento da noção de tempo na aula. Diminuição da carga horária e aumento em atividades extra sala (aprende-se mais) Diminuição da importância da aula no campus com cursos majoritariamente, on line. Mesmo assim, o campus, continuará o melhor local para encontro dos estudantes Tendência ao reconhecimento de graus universitários acreditados por agências internacionais Até 2020 desaparecerão as resistências ao mundo digital e os estudantes maximizarão a combinação dos instrumentos tradicionais (livro, papel, lápis) com os avanços da mídia digital Fortalecimento da aprendizagem mista (presencial e online) Os conteúdos do futuro, mais do que o currículo tradicional, serão desmontados sem significar a criação indiscriminada de novas disciplinas, mas, a inclusão de habilidades interpessoais (soft skills) e mídias do conhecimento (liderança, disciplina, comunicação, responsabilidade e auto-aprendizagem tecnológica) Tendências da Educação Globalizada (i)

Redes sociais irão facilitar a forma de aprender. A geração “NET” utiliza tecnologia para socializar, trabalhar e aprender. Professores abandonarão o “drill and kill” (memorização e exercício à exaustão) e estimularão maior liberdade e apoio ao aluno no processo de aprendizagem com menos competição e mais espírito de grupo (aprendizagem colaborativa). Ferramentas de busca irão incluir além de textos, respostas faladas, vídeo e outros formatos de mídia. Uso excessivo de ferramentas online, pode impactar a capacidade de comunicação escrita e desempenho acadêmico. Ao mesmo tempo, o excesso de uso da Internet poderá diminuir a habilidade de pensar. Superpopulação na formação de PhDs nos EUA (50 mil/ano, 12 mil no Brasil, 18 mil em 2014) diminuirá doutoramentos em humanas e sociais pelas dificuldades de comparação e avaliação internacionais. Tendências da Educação Globalizada (ii)

Características da Educação Globalizada: Uma instituição provedora de educação global deve satisfazer a um conjunto de critérios, tais como: Estudantes em mais de dois continentes capazes de se comunicar entre si e com o professor; Objetivo declarado da instituição e dos professores de atrair e aumentar cada vez mais a participação internacional; Conteúdos dos cursos voltados especialmente para participantes transnacionais; Operar em escala com vários programas em diversas áreas do conhecimento voltados para um número significativo de alunos.

Reações à educação globalizada:  Aspectos cognitivos: mecanismos eletrônicos podem conduzir a fragmentação e a superficialidade dos conteúdos.  Aspectos educacionais: criticas aos conteúdos empacotados e o forma agressiva de marketing.  Aspectos sociais: conceito de comunidade educacional está preso a tradicional experiência de sala de aula.  Aspectos culturais: ligados aos conceitos de imperialismo e ideologias dominantes.

Redes Universitárias Constituem-se, em exemplo de auto-organização de caráter espontâneo e descentralizado e se organizam em torno de Colóquios Internacionais e Revistas de Pesquisa. As Sociedades Científicas perdem seu caráter nacional e se diluem em inter-regionais e internacionais; Desterritorialização de suas atividades com eventos em rede e congressos itinerantes, e o financiamento virá cada vez mais de entidades não-acadêmicas; As mudanças já existentes no campo da pesquisa e da produção do conhecimento, chegará ao setor mais conservador (sala de aula); Os estudantes serão cada vez mais jovens (diferente da situação atual do Brasil) e com grande mobilidade. Exemplo1 : Programa Eramus Europa se expande para Eramus Mundo Exemplo2 : 3 milhões de estudantes universitários fora do seu país de origem Marcos Formiga

As Redes Nos Países em Desenvolvimento Apoio da UNESCO para a organização de redes para propiciar transmissão, difusão e valorização do Conhecimento; Será uma alternativa, com estruturas de redes para propiciar transmissão, difusão e valorização do Conhecimento; Podem contribuir também para a “fuga de cérebros” ou brain drain e optar pelo fluxo maior de professores – visitantes (menos custo) intensificando a circulação de cérebros (brain circulation) que beneficiaria a todos; O fundamental é ter acesso à Informação e ao Conhecimento e como compartilhá-los. Novos modelos universitários não significam imitar as universidades dos países do Norte. Nossos problemas são diferentes e mais profundos.

Algumas Tendências/Consequências dos Novos Tempos Concentração de recursos em universidade e centros de pesquisas que apresentam melhores resultados (tendências a separar formação de RH da pesquisa); Gestão mais empresarial com foco em setores de ponta: C, T e I, TICs, Biotecnologia, Nanotecnologia e diminuição gradativa da área de Humanidades. A diferenciação cada vez maior dentro do mesmo sistema de Educação Superior (Ilhas de Competências) com o surgimento de sistemas pouco igualitários no plano social e geográfico, poderá acentuar a estratificação social e territorial. No Brasil, a Educação Superior é vinculada à formação profissional (37 profissões regulamentadas – é a chamada “profissionalização precoce” – que o REUNI procura corrigir; Passamos a “visão de mundo” às gerações futuras de estudantes como candidatos à profissão, em vez de candidatos ao Saber; O setor público forma 1/3 dos graduados anualmente. Paradoxalmente, 2/3 no setor privado em um País onde 86% da população tem renda a 03 salários mínimos.

Universidade do Futuro Ainda não existe, encontra-se em acelerado processo de mudança a partir das “Redes de Conhecimento”, cada vez mais complexas e sem hierarquização; Desaparecem os departamentos unidisciplinares e aumentam os setores inter, trans e pluridisciplinares (Neurociência, Complexidade, Estudos do Futuro, etc); Conservam o nome de universidade (melhor seria diversidade), mas sua missão, organização e funcionamento se diversificam; Multiplicação e diferenciação das instituições. Hoje no Brasil, são cinco, nos USA, desde 1994, são dez, e novas categorias estão sendo propostas; As CHS ainda majoritárias nos países em desenvolvimento, cederão espaços a outras devido a dificuldades na avaliação comparada e principalmente no intercâmbio mundial de competências; A revolução no pensamento encerrará a separação rígida entre Ciências Humanas e Sociais e Ciências Exatas e da Natureza, favorecendo a autêntica transdisciplinaridade; O modelo clássico de universidade está desaparecendo, apesar da inércia das organizações e à reação a mudança que freiam e a diversificação dos modelos e o surgimento de Redes Universitárias.

Edição: Jonatas Alexandre “Prefiro os sonhos do futuro à história do passado” Thomas Jefferson OBRIGADO PELA A ATENÇÃO! Marcos Formiga