Quem sabe faz a hora, não espera acontecer: cooperação regional em políticas de articulação produtiva Seminário Arranjos Produtivos Locais, Projeto Promos/Sebrae/BID,

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FORTALECENDO A INSTITUCIONALIZAÇÃO E OS CONCEITOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NO BRASIL: uma agenda para todos Profa. Dra. Maria Ozanira da Silva e Silva.
Advertisements

Desafios e Perspectivas para as Instituições de Controle Novembro de 2008 FÓRUM AUDITORIA EM PROJETOS CO-FINANCIADOS.
Zoneamento Ecológico Econômico no Estado do Amapá:
Inovação Tecnológica e Segurança Jurídica São Paulo, 13 de dezembro de 2006 Carlos Américo Pacheco – IE/Unicamp.
INSTITUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL
BRDE e APLs: reflexões em torno à formulação de um programa de crédito
PROGRAMA DE FOMENTO AOS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO ESTADO DE SP
São Paulo, 08 de fevereiro de 2006.
APL – Arranjos Produtivos Locais
Apresentação do Projeto
“Funções Essenciais de Saúde Pública” nas Américas
1 Maio 2007 Processo de Elaboração PPA e PLOA 2008.
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Políticas para Promoção de Arranjos e Sistemas Produtivos Locais de MPME: Oportunidades e Desafios na Era do Conhecimento Helena M. M. Lastres Cristina.
Financiadora de Estudos e Projetos Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT.
Anne-Marie Maculan COPPE - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Maria Angela Campelo de Melo
Rio de Janeiro, 6 de julho de 2011
Novas Perspectivas de Apoio e de Avaliação de Políticas para MPEs em Arranjos Produtivos Locais Seminário RedeSist-SEBRAE Rio de Janeiro, 4 de julho de.
Seminário Regional da Cooperação Brasil-Itália sobre Desenvolvimento Local e Regional PROJETOS ORIENTADOS PARA RESULTADOS Araraquara-SP
Educação Permanente em Saúde :
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, TECNOLÓGICO E DE COMÉRCIO EXTERIOR HORIZONTE 2008 Brasilia, 06 de julho de 2006 INICIATIVA NACIONAL DE INOVAÇÃO PROGRAMAS.
16 de novembro de 2010, Rio de Janeiro
1 3ª Reunião do Comitê Temático de 2ª Geração de Políticas para APLs Brasília, 28 de junho de 2012.
A proposta inicial e as auto-críticas dos anos sessenta e setenta
Elaboração de Projetos: Planejando por Objetivos
Como Fortalecera Governança para o Crescimento?  Utilizar a agenda de aprimoramento do Sistema de Gestão Regulatória para melhorar o ambiente de negócios.
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
PLENÁRIA FINAL.
PROGRAMA AVANÇADO EM GESTÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA
Desenvolvimento e Capacitação: o papel da gestão de pessoas
Arranjos Produtivos Locais-APLs e Desenvolvimento Regional (Endógeno)
Monitoramento e Avaliação do Plano Plurianual
Secretaria de Inovação Orientações Para Diagnóstico do Mercado de Nanotecnologias no Brasil: (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças)
PROJETOS SOCIAIS IMPORTÂNCIA PARA A SUSTENTABILIDADE
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
MOBILIZAÇÃO EMPRESARIAL PELA INOVAÇÃO - MEI
Ministério da Ciência e Tecnologia Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais.
Do Diagnóstico para o Prognóstico Hans Michael van Bellen 27/07/2012
Glauco Arbix Presidente do IPEA
DAS NOVAS FORMAS DE OLHAR O ESPACO PRODUTIVO (4ta. Conferencia de APL, 2010) A UMA NOVA GERACAO DE POLITICAS PARA APL (5ta Conferencia Brasileira de APL,
5ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS 5ª CONFERÊNCIA BRASILEIRA DE ARRAJOS PRODUTIVOS LOCAIS PRÉ-EVENTO 1º ENCONTRO DOS NÚCLEOS ESTADUAIS.
Políticas Públicas para APLs de Base Mineral
NÚLEO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – POEMA Oficina para subsidiar a elaboração da estratégia de divulgação da Fase II do SPC&T/PPG7.
Aula 02: Processo de elaboração de políticas públicas
Cooperação ENSP/ FIOCRUZ/ SES/ RJ
A PARTICIPAÇÃO SOCIAL E A TERRITORIALIZAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NO ESTADO DA BAHIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS PLANOS PLURIANUAIS PARTICIPATIVOS (PPA-P) 2008–2011.
Design Bruno Amado Renan Sardinha Marco Aurélio Lobo 29 de maio de 2009.
17. Convenção FACIAP Foz do Iguaçu O que é uma ADR ? Papel / Serviços A rede das ADR´s no Paraná Importância.
II CONGRESSO DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE. 14 A 17 DE ABRIL DE 2014 – MANAUS/AM O COSEMS TOCANTINS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO.
PAINEL ASSECOR PPA : ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS E DESAFIOS METODOLÓGICOS Brasília, 03 de março de 2015.
Administração de Recursos Humanos II
Curso de Formação para Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes Palestra: O Papel dos Atores do SGD para o Enfrentamento da Violência.
INOVAÇÃO NA POLÍTICA INDUSTRIAL
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO LOCAL
1 TEORIA DE ADMINISTRAÇÃO FUNÇÃO PLANEJAMENTO Prof. Mauri Cesar Soares Março 2006.
Descentralização: impactos e desafios na sociedade civil organizada 3 Seminário da Série Aprimorando o Debate II Descentralização das Políticas e Ações.
Seminário Administração Pública e Política no Brasil Centro de Estudos da ENSP – Fiocruz Celina Souza Pesquisadora do CRH/UFBA Rio de Janeiro, 17/11/2010.
1 Encontro Nacional das Escolas de Governo Sejam Bem-vindos ao Brasília,
Rede Interamericana De Fundações e Ações Empresariais para o Desenvolvimento de Base.
Políticas de gestão pública e ampliação do controle: questões a partir de experiências recentes e perspectivas futuras Seminário Avaliação da Gestão Pública.
ARRANJO PRODUTIVO DE CALÇADOS DO CARIRI, CEARÁ.
BNDES. BNDES/ÁREA DE PLANEJAMENTO ATUAÇÃO DO BNDES EM ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS JUNHO DE 2004 AP/DEPRO.
Práticas de cooperação e estratégias de desenvolvimento:
PRODUTOS PNUD PARA PARCERIA COM O CONACI Iniciativas Anticorrupção.
As Contas Satélites da Cultura GUIA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS CONTAS SATELITES DE CULTURA.
Rede Internacional de Formação de Técnicos em Saúde — RETS —
1 A pesquisa: Procurou identificar as concepções, formatos, abrangência, e instrumentos das políticas, procurando avaliar o desenvolvimento e as possibilidades.
Seminário Internacional: A Nova Geração de Políticas para o Desenvolvimento Produtivo: Sustentabilidade Social e Ambiental Brasil: o novo impulso de desenvolvimento.
1 Ciência e Tecnologia para a sociedade: um casamento difícil Simon Schwartzman Seminário Rio além do petróleo: conhecimento e desenvolvimento 12 de junho.
Transcrição da apresentação:

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer: cooperação regional em políticas de articulação produtiva Seminário Arranjos Produtivos Locais, Projeto Promos/Sebrae/BID, Novembro 2006 João Carlos Ferraz

2 Guia O que sabemos (e o que não sabemos) sobre pequenas empresas O que sabemos (e o que não sabemos) sobre políticas de articulação produtiva O que fazer?

O que sabemos (e o que não sabemos) sobre pequenas empresas

4 Quem são? Não são atores marginais para o desenvolvimento produtivo. Importante contribuição para a geração de emprego. Dependem da demanda interna; baixo coeficiente de exportações, ainda que crescente. Forte heterogeneidade: empresas de subsistência até empresas exportadoras.

5 Redes de empresas Fenômeno emergente: redes de MPE (territoriais, verticais, horizontais). Aproximação pela sobrevivência, para a competitividade, ou como resultante de políticas. Áreas de maior prevalência: acesso a mercado ou otimização de insumos. Áreas de menor prevalência (mas de maior importância econômica!): produção e inovação.

6 O que não sabemos Importância econômica? Faltam informações quantitativas de boa qualidade e sistemáticas. Estas empresas têm capacidade potencial de evoluir na direção da geração de mais e melhores empregos? Nas redes: existem padrões ou modelos de articulação que se repetem? Que instituições (normas, agentes) são imprescindíveis?

O que sabemos (e o que não sabemos) sobre políticas

8 Evolução no tempo Ações isoladas entre 1970 e Quase nada entre final dos 80 e meados dos 90. Emergência de iniciativas desde meados dos 90, mas ainda na forma de declarações, não em resultados. Em anos recentes cresce o número de programas efetivos, na maior parte dos países. Fator relevante comum: continuidade de ações

9 Desenvolvimento institucional Países mais avançados: Brasil (SEBRAE), Chile (CORFO), El Salvador (Conamype). Países com ações frequentes, mas baixa coordenação: Costa Rica, Colombia, México. Países com ações isoladas: Argentina, Equador, Nicaragua, Peru, Trinidad, Uruguai, Venezuela.

10 Importância relativa Subordinada às políticas macroeconômica e de competitividade. Projetada por instâncias de governo com baixo peso político. Insuficiente alocação de recursos humanos e financeiros; em países mais pobres, fonte de recursos é externa. Implementada sobre bases de informação de péssima qualidade.

11 Progressos Articulação e atividades econômicas tradicionais surgem como prioridades em políticas de desenvolvimento produtivo. Experiências de países avançados deixam de ser a única referência; cresce a consciência de que o que vale é o processo, não o modelo de referência. Grande variedade de fórmulas institucionais locais e experimentação com novos instrumentos: viva o aprendizado!

12 Como evitar superposição de esforços entre agências? Como aproximar instrumentos financeiros e não financeiros? Como aproximar planejamento e implementação? Como captar carências e necessidades dos agentes? Como incorporar consulta no desenho de políticas? Na hora de selecionar beneficiários, que critérios utilizar? Uma vez implementado um programa, como sair? O que não sabemos I

13 O que não sabemos II Transformar “experiências inovadoras” em ações de alcance massivo. Possível? Coordenar relações entre grande variedade de atores e agências públicas e privadas? Desejável? Como descentralizar formulação e implementação de políticas? Como introjetar a prática de avaliação de políticas?

O que O que fazer?

15 Como construir e fortalecer políticas? Políticas efetivas implicam novos conceitos, métodos e práticas => instituições flexíveis e fortes. Projetos orientados para o nível de desenvolvimento dos beneficiários => recursos técnicos e financeiros adequados. Políticas consequentes => continuidade e informação de boa qualidade. Capacidade de desenhar, implementar e avaliar políticas => quadros técnicos qualificados.

16 A oportunidade para cooperação regional 3 áreas de desenvolvimento institucional Observatório em áreas críticas e desconhecidas para ancorar políticas consequentes => coordenação, mercado, inovação e estatísticas. Formação de quadros técnicos => curso Sebrae/CEPAL Transferência intra-regional de conhecimentos e práticas => rede de policy-makers.

17 Fortalecer políticas de articulação pela definição de foco estratégico: mais e melhores empregos => prioridade política Aumentar o grau de importância relativa entre políticas de Estado => recursos Implementar estratégias a partir de processos de aprendizado => institucionalidade Respostas são específicas a cada país! Conjugando possibilidades e vontades

18 E ter claro que … Os objetivos de política devem encontrar a demanda por política. Resultados consistentes sómente no longo prazo, o que demanda muita paciência, persistência e tenacidade.

João Carlos Ferraz