Educação de Jovens e Adultos: entre os marcos da Cidadania e da Emancipação Humana SONIA MARIA RUMMERT
Reivindicações dos Trabalhadores apresentadas no I ENEJA (1.999) o “direito universal à educação básica e à profissional”; “a gestão dos recursos públicos voltados para a formação profissional - inclusive daqueles que alimentam o Sistema ‘S’- por comissão tripartite composta de governo, empresários e trabalhadores”; “a redefinição das disposições da LDB no que se refere à educação profissional”; “a criação de centros públicos de formação profissional”; “a participação efetiva na formulação de políticas de educação para os trabalhadores”.
É o “trabalhador que deve exigir, que deve impor a escola do trabalho” Antonio Gramsci
Demanda de qualificação apresentada pelo SENAI “52% será de técnicos com formação mais básica (com duração de até 200 horas, nas áreas eletroeletrônica, metalmecânica, construção civil e automotiva), 26% de técnicos com mais de 200 horas de qualificação, 19% de profissionais com formação técnica de nível médio e 3% de pessoas com ensino superior”. (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI219290-15259,00.html transcrito pela Revista Época 11/3/2011; acesso abril de 2011).
A desigualdade substantiva em oposição à EMANCIPAÇÃO HUMANA Autonomia Cidadania Plena Emancipação humana
Emancipação política -> direitos civis Emancipação humana -> individualidades como forças sociais aptas a promover mudanças estruturais na sociedade
“a tendência democrática não pode significar apenas que um operário manual se torne qualificado, mas que cada cidadão possa tornar-se governante e que a sociedade o ponha, ainda que abstratamente, nas condições gerais de poder fazê-lo: a democracia política tende a fazer coincidir governantes e governados (...) assegurando a cada governado o aprendizado gratuito das capacidades e da preparação técnica geral a essa finalidade” (Antonio Gramsci, Caderno 12)
“O que é diferente acerca do estudante jovem e adulto é a experiência que ele traz para a relação. A experiência modifica, às vezes de maneira sutil e às vezes radicalmente, todo o processo educacional (...) podendo até mesmo revelar pontos fracos ou omissões nas disciplinas acadêmicas tradicionais e levar a elaboração de novas áreas de estudo.” (Thompson, 2.002)