Produtividade, Crescimento e Reformas: Algumas Histórias e uma Proposta de Princípios Marcos de Barros Lisboa Vice Presidente do Insper Com base em trabalhos.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
DESAFIOS DA PREVIDÊNCIA PRIVADA NO BRASIL
Advertisements

Planejamento Estratégico metodologia
Inovação em Iberoamérica: passado e presente
Macroeconomia e o Setor Agrícola
SEMINÁRIO OFERTAS PÚBLICAS AS NOVAS REGRAS DA CVM PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS NO MERCADO DE CAPITAIS Luiz Felipe Pinheiro de Andrade Diretor de Risco e Compliance;
Inovação Tecnológica e Segurança Jurídica São Paulo, 13 de dezembro de 2006 Carlos Américo Pacheco – IE/Unicamp.
Carlos Pio Inst. de Relações Internacionais Universidade de Brasília
Novos Fundamentos e Velhos Problemas Presidência da República Casa Civil Amir Khair 3 de Junho de 2005.
O GESTOR DE DESPORTO NA ERA DA MUDANÇA.
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Ministério da Fazenda Secretaria de Política Econômica Maio 2007 Ministério da Fazenda.
Perspectivas para a Estabilidade de Preços no Brasil: o Desafio do Crescimento Armando Castelar Pinheiro IPEA - UFRJ VIII Seminário Anual do Banco Central.
Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 1 1 SIMULAÇÕES.
Gestão pública, reforma do Estado e recursos humanos
Fundamentos de Economia
DINAMICA DA REESTRUTURAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO III Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica – GESEL 19 de setembro de 2008.
Ordenamento e Desafios Regulatórios
Rio de Janeiro, 6 de julho de 2011
Políticas Públicas.
ECONOMIA EMPRESARIAL.
ACESSO EDUCAÇÃO PRÉ-VESTIBULAR AULAS 05 E 06 BRICS.
Direito e Desenvolvimento
Em time que está ganhando se mexe...
Balanço da Atuação do Governo
ACESSO EDUCAÇÃO PRÉ-VESTIBULAR BRICS.
Da crise ao crescimento: a experiência do Brasil MINISTRO GUIDO MANTEGA Rio de Janeiro, 07 de julho de 2004 II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FUNDOS DE PENSÃO.
Arthur Barrionuevo Filho - EESP 1 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO CASA CIVIL EGAP - FUNDAP PROGRAMA AVANÇADO EM GESTÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA Intervenção.
Como Fortalecera Governança para o Crescimento?  Utilizar a agenda de aprimoramento do Sistema de Gestão Regulatória para melhorar o ambiente de negócios.
Alketa Peci EBAPE/FGV Desenvolvimento e implementação de um sistema de seleção de diretores e do pessoal de gerência superior Alketa Peci.
PROGRAMA AVANÇADO EM GESTÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA
PNAGE - BACelso TavaresSefaz Seminário. PNAGE - BACelso Tavares Os Desafios O Quadro de Desigualdades Exige a presença de um Estado forte, promotor de.
MINISTRO GUIDO MANTEGA
A VALORAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL DA EMPRESA NA AVALIAÇÃO DE PROJETOS PELO BNDES 64º Congresso da ABM Belo Horizonte 16/07/2009 João Carlos Ferraz.
REGULAÇÃO E DEFESA DA CONCORRÊNCIA
Governança Regulatória: diagnóstico e reformas Alketa Peci Coordenadora do Projeto Universal CNPq.
1 Fórum Nacional da Previdência Social A gestão da Previdência Social: uma questão de governança Peter Spink Brasília – DF 10 de maio de 2007.
Paulo Bernardo Dezembro
PLANEJAMENTO MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Política Geral de Emprego (no âmbito da Agenda Nacional de Trabalho Decente): Proposta para discussão de necessidades, opções e prioridades Armand F. Pereira.
Seminário Regulação, Infraestrutura e o Futuro do Brasil Painel I – International Experiences on Regulation.
ANÁLISE SETORIAL. Análise Setorial Objetivo da análise: ► Entendimento da dinâmica dos mercados ► Conhecimento das forças atuantes na competição da indústria.
Apresentação BRASIL: o fim de um modelo ou um ajuste cíclico? Janeiro 2014.
INOVAÇÃO NA POLÍTICA INDUSTRIAL
Encontro Estadual de Formação
EDUARDO DINIZ ECONOMIA EDUARDO DINIZ
Regras Institucionais e Inovação no Sistema de Proteção Brasileiro: Décadas de 1990 e 2000 Seminário Políticas de Saúde e Proteção Social – Escola Nacional.
Maílson da Nóbrega O FUTURO DO BRASIL Aula Inaugural 1ª Turma do Curso de Mestrado Profissional em Economia do Setor Público (MESP) Universidade Federal.
II SEMINÁRIO BANCO CENTRAL SOBRE MICROCRÉDITO
IV Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas O “Apagão” Logístico Impedirá a Retomada do Crescimento? José de Freitas Mascarenhas Presidente.
XXII CONFERÊNCIA NACIONAL DOS ADVOGADOS PAINEL 33 - ORÇAMENTO, FINANÇAS E TRANSPARÊNCIA “CARTA DO CONTRIBUINTE BRASILEIRO” 20 A 23 DE OUTUBRO DE 2014 RIO.
Secretário Adjunto de Política Econômica Fernando de Holanda B. Filho Crescimento e Inovação.
Professor Julio Cesar da Silva Tavares
FERNANDO REZENDE Tributação imobiliária e desenvolvimento municipal sustentável.
Introdução à Macroeconomia
A MACRO E MICRO ECONOMIA
Realização Apoio “Millenium nas Redações” ‘Conjuntura Econômica’ com Zeina Latif XP Investimentos Apresenta:
Sistema Financeiro Nacional
FORUM NACIONAL DO SETOR SERVIÇOS CEBRASSE Central Brasileira do Setor de Serviços São Paulo 15/setembro/2015 Prof. Juarez A.B.Rizzieri - FEA/USP.
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMIENTO Cooperação Federativa e Modernização da Gestão Fiscal 11a Reunião da Rede PNAFM – 2a Fase Brasília, 26 de novembro.
POLÍTICA MONETÁRIA. Política monetária é o conjunto de atos do BANCEN para controlar:  a quantidade de dinheiro;  as condições de crédito.  a taxa.
17 de fevereiro de 2016 Previdência: Aperfeiçoar para Fortalecer Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Ministro.
POLÍTICA FISCAL KEYNESIANA VERSUS CONSENSO DE WASHINGTON.
MECANISMOS DE INTERVENÇÃO NA ECONOMIA
1 Crédito e Desenvolvimento Econômico Luiz Augusto de Oliveira Candiota Campos do Jordão – Agosto de 2003 Luiz Augusto de Oliveira Candiota Campos do.
5º Encontro de Inovação Cesan A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO E OS DESAFIOS PARA O SETOR WALDER SURIANI SUPERINTENDENTE DA AESBE Vitória, Julho.
ESTADO PRODUTOR DE BENS E SERVIÇOS
Seminário Internacional: A Nova Geração de Políticas para o Desenvolvimento Produtivo: Sustentabilidade Social e Ambiental Brasil: o novo impulso de desenvolvimento.
ECONOMIA – Micro e Macro 1 Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: a distribuição.
1 BRASIL AGENDA PARA O SAIR DA CRISE APRESENTAÇÃO Brasília, 2016 Este documento foi desenvolvido tendo como referência a publicação Regulação.
Os desafios para o Brasil voltar a crescer Apresentação para o seminário Brasileiros: Rumos da economia Bernard Appy Maio de 2016.
Transcrição da apresentação:

Produtividade, Crescimento e Reformas: Algumas Histórias e uma Proposta de Princípios Marcos de Barros Lisboa Vice Presidente do Insper Com base em trabalhos com Samuel Pessoa, IBRE, e Zeina Abdel Latif, Sócia da Gibraltar Consulting

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO Lisboa e Pessoa (2013)

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO Evolução da produtividade do trabalho

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE AGRONEGÓCIO  Desenvolvimento tecnológico e adaptação de culturas ao cerrado;  Abertura comercial a partir dos anos 90: acesso a insumos e bens de capital mais produtivos;  Maior competição levou a consolidações, ganhos de escala e de produtividade.  Produção cresceu 295% na mesma área plantada, 30% a mais de capital e 8% a menos de trabalho.

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE INSTITUIÇÕES E PRODUTIVIDADE  Reformas institucionais permitiram o desenvolvimento de novas modalidades de crédito com menores taxas de juros, controlado pelo risco.  Alienação fiduciária, consignado, LCA, LCI, PGBL, Lei de Falências, abertura do mercado de Resseguros...  Ganhos institucionais permitiram maior geração de crédito com mesma estrutura de captação e menor destruição de capital (inadimplência).  Mercado de capitais e melhorias tributárias induziram formalização, consolidação e ganhos de produtividade em diversos setores de serviços.

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE INSTITUIÇÕES E PRODUTIVIDADE  Por outro lado, ocorreram diversas pioras institucionais que tem levado à perda de produtividade em diversos setores.  Falta de mandato claro para agências regulatórias e regras para desenvolvimento dos mercados, insegurança jurídica e sobreposição de atribuições tornam processo de investimento mais incerto, complexo e custoso.  Elevado custo de produção e insegurança sobre processos e regras resultam na baixa qualidade e oferta de diversos serviços e da infraestrutura, com custos crescentes para toda a atividade produtiva.  Proteção para alguns resulta em perdas para outros setores ou menor renda para as famílias.

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE EVOLUÇÃO DAS TARIFAS EFETIVAS Fonte: Castilho, Ruiz e Melo (s.d.)

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE DUAS VISÕES EM DEBATE  Nacional desenvolvimentismo: setor público coordenando as decisões de investimento privado por meio de incentivos e proteções a grupos escolhidos.  Desenvolvimento requer estímulos discricionários ao investimento e a escolha de vencedores.  Proteções e estímulos à produção doméstica sem análise dos benefícios e custos sociais pode levar ao menor crescimento da produtividade e do produto potencial.  Distorções setoriais e o risco da “busca por renda”: o custo da economia política da persistência de políticas. (Lisboa e Latif, 2013).

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE DUAS VISÕES EM DEBATE  Abordagem mais liberal enfatiza mais regras e menos discrionaridade, mais concorrência e menos proteção.  Diferença na produtividade dos países parece decorrer principalmente do desenho institucional e da proteção a empresas e setores menos produtivos.  Ênfase no no papel normativo do setor público e no estímulo a ganhos de eficiência e desenvolvimento de melhores tecnologias.  Políticas de estímulo à produtividade e a processos mais organizados e com regras previamente estabelecidas para resolução de conflitos.

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE UMA SUGESTÃO DE PRINCÍPIOS PARA UMA AGENDA FACTÍVEL  Regras devem ser homogêneas e comuns para a grande maioria.  Estrutura tributária, por exemplo, deve, como princípio, ser neutra sobre as decisões das empresas de onde investir e do quanto crescer.  Investimento em infraestrutura deve ser precedido de atribuição clara do mandato das agências regulatórias e dos mecanismos de resolução de conflitos, incluindo indenizações e princípios para a gestão dos setores regulados.  Agenda de simplificação, transparência e democratização dos processos, da aduana ao investimento em infraestrutura urbana, passando pelos grandes projetos de investimento, sobretudo em infraestrutura.  Exceções devem ser exceções. Metas claras para políticas públicas discricionária e avaliação independente dos resultados.  Agência independente deve definir acesso a informações e possuir capacidade de avaliar eficácia das políticas públicas.

Para incluir informações no rodapé do slide, acesse: EXIBIR->MESTRE->SLIDE MESTRE UMA SUGESTÃO DE PRINCÍPIOS PARA UMA AGENDA FACTÍVEL  Toda a concessão de privilégios e benefícios deve ser deliberada pelo legislativo na discussão orçamentária, incluindo empréstimos subsidiados, sistema S e gestão do FGTS. Não devem existir privilégios adquiridos.  Proteções devem ser temporárias e os setores expostos à concorrência.  Grandes reformas são desejáveis e inevitáveis. Porém, requerem difícil consenso o que, em geral, apenas ocorre em grandes crises.  Existe, no entanto, relevante e ampla agenda de reformas localizadas para aperfeiçoar e democratizar ambiente de negócios. A meritocracia nos mercados e na política pública. Privilégios devem ser restritos e avaliados à luz do dia.  Benefícios difusos e privilégios concentrados: a dificuldade apontada por Olson.  Resgate da transparência e sustentabilidade fiscal para reduzir comprometimento do futuro e reduzir a pressão desnecessária sobre a política monetária.