NOV. 2010 Desenvolvimento da Navegação Interior no Rio Grande do Sul Wim Ruijgh – Amports Harrie de Leijer - NEA.

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Transcrição da apresentação:

NOV Desenvolvimento da Navegação Interior no Rio Grande do Sul Wim Ruijgh – Amports Harrie de Leijer - NEA

NECESSIDADE DE NAVEGAÇÃO INTERIOR O Rio Grande do Sul precisa de Navegação Interior – NI –Vantagens logísticas para os embarcadores –Posição competitiva do porto de Rio Grande –NI cria benefícios sociais –A co-modalidade é necessária para lidar com o crescimento dos fluxos de transporte –O público exige soluções sustentáveis –Fator importante para o clima local

Posição competitiva do porto de Rio Grande

FRACA POSIÇÃO INICIAL Apenas 3% de participação de mercado Apenas transportes de granéis Limitações de infra-estrutura Limitações para cargas específicas Indústria não está ciente do potencial Sem acessibilidade “molhada” para as indústrias Custos da NI são altos demais Frota de embarcações desatualizada ……..

História da NI Originalmente, o único modal de transporte Dando forma a países inteiros (cidades estão localizadas ao longo de hidrovias) Mas, as ferrovias e rodovias (caminhões) abriram o país, …e tomaram conta Mais rápidos, mais baratos, mais flexíveis E a NI ficou com as sobras (baixo valor, lenta movimentação de cargas)

Estrutura da NI Portos Fluviais Terminais Fluviais Privados Porto Marítimo 4 portos fluviais, 26 terminais fluviais privados, 1 porto marítimo

Renascimento da NI Em todo o mundo, os países redescobrem a NI: –Europa: plano de ação Naiades –Holanda: programa de estímulo à NI –China: desenvolvimento do Rio Yangtze –Índia: Hidrovias nacionais, Rio Ganga –E o Brasil: Rio Grande do Sul PNLT em âmbito Federal

NI atualmente na Holanda Portos: 40% de contêineres, 60% de petroquímicos/ cargas perigosas, 80% de granéis secos, combustíveis por NI 54% de participação do modal em toneladas (no transporte internacional), 30% de participação total da NI Automóveis, Ro-Ro, produtos especiais (baixo e alto valor) Integrado com sistemas intermodais e logísticos Frota moderna e renovada (após programa de demolição) Maiores níveis de segurança Maiores níveis ambientais Ampla rede de terminais interiores Agora: excesso de capacidade

Programa de NI do Rio Grande do Sul Criado pelo Governo do Estado –Metas da Política: de 3 a 15% Contribuições/apoio da Holanda –Papel de “coaching”, com equipes locais Elementos do trabalho –Plano Diretor prático –Desenvolvimento de casos práticos –Resultados de curto prazo –Estratégia de longo prazo –PPP: governo + indústria

Programa de NI do Rio Grande do Sul O Rio Grande do Sul é pioneiro, mas tem seguidores: –Em âmbito federal, o projeto despertou grande interesse –O Ministério dos Transportes também solicitou apoio da Holanda (PNLT, plano diretor de NI), montou uma aula magistral sobre NI –A ANTAQ, conjuntamente, organizou um seminário sobre desenvolvimentos da NI –O Estado do Pará deseja seguir um enfoque similar

Programa de NI do Rio Grande do Sul Situação atual: –O setor privado demonstra claro interesse –Pode-se colher a “fruta que está mais ao alcance” –Um serviço de transporte de contêineres está pronto para começar –Grandes embarcadores estão passando para o transporte por navegação interior –Empresas estrangeiras querem investir

Programa de NI do Rio Grande do Sul Porém: –A NI, no Brasil, tem regras especiais: O problema dos terminais (públicos, concessões, privados) O problema das embarcações (escassez, qualidade, restrições à importação) Limitações de infra-estrutura não são fáceis de se resolver (dragagem) Custos excessivos (regime de trabalho, regulamentações) –Toda solução leva a um outro problema (imprevisto)

Programa de NI do Rio Grande do Sul Pontos positivos: –A carga existe –A indústria produtora está pronta para embarcar –A indústria de transporte quer investir em novas soluções (empresas de navegação, operadores de terminais) –FIERGS apóia e inicia –O Estado (SEINFRA, SPH) melhorou as condições da estrutura e facilitou: Processo de concessão de terminais Procedimento de dragagem Forte lobby em âmbito federal

Programa de NI do Rio Grande do Sul Pontos fracos: –Procedimentos levam tempo –Exceções não são possíveis –Normas e regulamentações Federais limitam a inovação –Ausência do Porto de Rio Grande no interior

Programa de NI do Rio Grande do Sul Oportunidades a curto prazo: 1. O caso dos contêineres: Potencial de contêineres a curto prazo –(exportação 40’, importação 20’) Concessão do Terminal está a caminho Janelas garantidos no porto marítimo Nível de custo aceitável Nível de serviço aceitável Vários partes privadas estão trabalhando na implementação dos serviços

Programa de NI do Rio Grande do Sul Oportunidades a curto prazo: 2. Transportes específicos de granéis no interior: as “pequenas jóias”: Dragagem limitada irá resolver o problema de acessibilidade Soluções simples podem superar a falta de acessibilidade “molhada” Há embarcações disponíveis Custos serão menores (foram executados projetos de demonstração) Dragagem do Jacuí ira atrair novas indústrias e levar a mais NI

Programa de NI do Rio Grande do Sul Oportunidades a curto prazo: 3. Grandes embarcadores de granéis: Vários importantes embarcadores estão instalando novas unidades e novas plantas Os fluxos têm aumentado significativamente nos últimos anos Os embarcadores estão combinando fluxos de cargas Estima-se em 30% as vantagens em termos de custos Níveis de qualidade aceitáveis (melhor que as ferrovias)

Programa de NI do Rio Grande do Sul Resultados almejados: –Meta de 15% é realista: a atual participação de mercado da NI já passou para 8% –De produtos de baixo valor para produtos de maior valor –Melhor posição do porto marítimo no interior –Melhor posição competitiva geral do porto marítimo –Vantagens logísticas para as indústrias produtoras no Estado –Ganhos ambientais

Programa de NI do Rio Grande do Sul Potencial a médio e longo prazos: –Desenvolvimento de (novos) portos e terminais interiores (baseado no potencial de cargas) –Instalar indústrias ao longo das hidrovias –Lagoa Mirim (ligando Uruguai e Brasil, desenvolvida em âmbito federal) –Potencial de novas cargas, por ex.: automóveis

Melhorias Alterar as regras de “acessibilidade molhada” (já que a NI é o meio de transporte mais seguro e limpo) Facilidade de regulamentos em conformidade com as práticas internacionais (requisitos de tripulação, requisitos de embarcações) Melhores condições de navegação e auxílios à navegação (por exemplo, permitindo viagens à noite em todas as áreas para todos os produtos) Instalações exclusivas para contêineres de NI no Porto de Rio Grande

Melhorias Suspensão temporária das restrições de importação para: –Aumentar a capacidade das barcaças –Permitir inovações das embarcações Estabelecer um centro de promoção da NI (para aumentar a conscientização, dar apoio aos embarcadores) Melhorar a organização do Porto de Rio Grande (desenvolver uma estratégia ativa para o interior) Considerar um programa de incentivos (embora estejam ocorrendo desenvolvimentos sem ele)

Política do Estado sobre NI – 3 níveis 1. Facilitação: –Remover barreiras (dragagem, terminal) –Grupos de Trabalho de Apoio, Força-Tarefa –Lobby em Brasília junto aos órgãos federais 2. Estímulo: –Estabelecer indústrias ao longo das hidrovias –Elaborar incentivos ativos (especialmente nos inícios de operações) 3. Mudança obrigatória na divisão de modais: –Estabelecer uma participação mínima da NI

Considerações finais Desenvolvimento da navegação interior é um processo a longo prazo: –As atitudes precisam mudar (a mudança de modal também é uma mudança mental) –A modernização da infra-estrutura é demorada –As regulamentações restritivas devem ser alteradas A NI é um processo passo-a-passo, da fruta que está mais ao alcance para 15% de participação do modal: as metas devem ser INTELIGENTES A NI beneficia todo o Estado e não deve depender da composição do governo A NI não compete com outros modais: a intermodalidade oferece a solução para o sistema logístico do Estado A Força-Tarefa Intermodal continua sendo necessária: continuar o lobby para remover limitações desnecessárias para a NI É preciso um coordenador de NI “independente” (por, pelo menos, 2 a 3 anos) para realizar projetos-piloto e demonstrar as possibilidades da NI Existe o senso de urgência: se não acontecer agora, talvez nunca vá acontecer!