A Sociedade da Informação versus a Sociedade do Conhecimento

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Transcrição da apresentação:

A Sociedade da Informação versus a Sociedade do Conhecimento

Introdução Ouvimos, com frequência, que vivemos na “Sociedade da Informação”, num processo de globalização. Os meios de comunicação despejam sobre nós diversas e novas informações. Percorremos, via Internet, enormes distâncias em segundos. As fronteiras geográficas e culturais diminuem, a velocidade das transformações tecnológicas aumenta. As novas tecnologias invadem e difundem-se através de todos os sectores da economia e da sociedade exigindo informações e acesso a essas informações. Contudo, informação não leva necessariamente ao conhecimento, com o aumento da quantidade de informações, sem um método de integração, aumenta a confusão e as dificuldades de processamento. As informações não se transformam em experiência ou conhecimento.

Enquadramento Os conceitos de Sociedade de Informação e Sociedade do Conhecimento são algumas vezes confundidos e usados aleatoriamente. Utiliza-se indiscriminadamente ambos como se fossem o mesmo, consideramos, por isso, importante levantar aqui algumas questões que os distinguem. Da Sociedade da Informação à Sociedade do Conhecimento. A Sociedade de hoje não pode ser ainda considerada como uma Sociedade do Conhecimento de um modo geral é (e quando é) uma Sociedade de Informação. E para que essa mudança se realize, importa que os seus utentes consigam transformar a matéria prima, que são os dados e a informação disponível, em conhecimento. Mas nem todas as pessoas são capazes de realizar esta transformação. Seja por falta de acesso, seja por incapacidade de utilização das tecnologias.

Objectivo Transição para uma sociedade do conhecimento. Uma mudança de paradigma produz-se quando uma percentagem significativa de indivíduos modifica a sua forma de pensar e de ver o mundo e começa a analisar os acontecimentos de uma nova perspectiva comum.

A Evolução da sociedade O mundo evolui rapidamente de uma sociedade industrial para uma outra baseada no conhecimento, na qual a informação já não é um meio mas um fim. Mais do que coisas ou bens, o que se produz hoje com alto valor acrescentado nas sociedades avançadas é conhecimento. Dito de outro modo, o conhecimento constituiu-se na principal vantagem competitiva das modernas sociedades, ou seja, o saber possui hoje um valor económico e social vital para o desenvolvimento humano à escala mundial.

A Sociedade da Informação versus a Sociedade do Conhecimento Os conceitos de sociedade de informação e sociedade do conhecimento surgem algumas vezes confundidos e usados aleatoriamente. Utiliza-se indiscriminadamente ambos como se fossem o mesmo, consideramos, por isso, importante levantar aqui algumas questões que os distinguem.

A Sociedade da Informação versus a Sociedade do Conhecimento É importante, para além, de aceder à informação que as pessoas a saibam rentabilizar no seu desenvolvimento profissional. Utilizar a informação disponível para avaliar, organizar, seleccionar e em ultima instância produzir é condição sine qua non para a integração na Sociedade do Conhecimento. A informação que se encontra hoje em dia disponível não é por si só geradora de conhecimento no ser humano. Este terá que ser capaz de mobilizar esses conhecimentos transformando-os em competências que lhes permita assumir-se como cidadão responsável, integrado e elemento activo na construção da sociedade em que vive. A Sociedade do Conhecimento pela sua constante evolução implica uma aprendizagem constante, durante toda a vida.

Rumo às sociedades do conhecimento Estamos no limiar de uma nova era, a era das sociedades do conhecimento. As reviravoltas científicas do século XX provocaram uma terceira revolução industrial, a revolução das novas tecnologias, que, essencialmente, são tecnologias intelectuais. Essa revolução ditou as bases de uma economia do conhecimento, colocando-o no cerne da actividade humana, do desenvolvimento e das transformações sociais. No entanto, informação não é conhecimento. E a incipiente sociedade mundial da informação só irá realizar seu potencial se facilitar o surgimento de sociedades do conhecimento pluralistas e participativas que, mais do que excluir, incluam.

Rumo às sociedades do conhecimento Isso significa que no século XXI vamos assistir ao desenvolvimento de sociedades de conhecimentos compartilhados. Como destaca o relatório mundial da UNESCO (“Rumo às Sociedades do Conhecimento”) coordenado por Jérôme Bindé, nas sociedades não deve haver indivíduos excluídos, pois o conhecimento é um bem público que deve ser acessível a todos. O conhecimento possui duas qualidades notáveis: a não rivalidade e, uma vez prescrito o período de protecção sob os direitos de propriedade intelectual, a não exclusividade. A primeira ilustra uma propriedade destacada por Jefferson: «Quem recebe uma ideia de mim, recebe instrução sem diminuir a minha instrução, assim como quem acende sua vela na minha, recebe luz sem me jogar no escuro». Nas sociedades do conhecimento, não deve haver excluídos, pois o conhecimento deve ser um bem acessível a todos.

Conclusão A sociedade da informação e do conhecimento é um processo de transformação da sociedade, horizontal nos sectores de incidência, multifacetado na sua forma de representação, com vertentes políticas, sociais e organizacionais, em que a componente tecnológica tem uma função catalisadora, mas não desempenha o papel principal, que está reservado aos cidadãos e às organizações.