QUEM SÃO OS ALUNOS E AS ALUNAS DA EJA. Juçara Karla Becker

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Transcrição da apresentação:

QUEM SÃO OS ALUNOS E AS ALUNAS DA EJA. Juçara Karla Becker QUEM SÃO OS ALUNOS E AS ALUNAS DA EJA? Juçara Karla Becker Magali Regina Borne Sandra Nara Dos Reis Oliveira Sheila Kist Silveira Silvana Maria Da Silva- Pead/Ufrgs Orientadora: Profa. Dra. Dóris Maria Luzzardi Fiss – PEAD/UFRGS TIPO DE INVESTIGAÇÃO: pesquisa sócio-demográfica, sócio-cultural e sócio-cognitiva envolvendo alunos/as da Educação de Jovens e Adultos realizada através de entrevistas estruturadas no segundo semestre de 2009, na cidade de São Leopoldo, com o objetivo de conhecer os alunos da EJA A escola precisa estar adaptada para um grupo diferente de alunos com currículos, programas e métodos de ensino específicos. Os professores da EJA devem receber orientações na sua formação voltados ao tipo de aluno com que vão lidar, conhecendo suas etapas de desenvolvimento, seus conhecimentos e habilidades. O aluno, por sua vez, precisa se engajar na sua escolarização, conhecendo as regras e a linguagem da escola. O objetivo é desenvolver um trabalho que aproveite as características dos alunos, suas diferenças, a pluralidade cultural, as concepções e as experiências, estimule a autoestima, motive a buscadas respostas e a pesquisa. O adulto está inserido em um mundo onde o trabalho e as relações interpessoais são diferentes e específicas. “Traz uma história mais complexa com experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas” ( Oliveira, Marta Kohl de. 1999,p.60). Ele já tem uma opinião formada, seus conceitos de vida já estão estabelecidos. Ele conhece seus limites. E suas dificuldades. O aluno adulto está envolvido com responsabilidades no trabalho, na sobrevivência de si e de sua família. Ele tem que responder pelos seus atos e pelas conseqüências que eles podem ter. Os currículos e métodos da escola muitas vezes são infantilizadores, longe da realidade deste aluno, fazendo com que os índices de desistência cresçam pela desmotivação em permanecer na escola, provocando bloqueios na aprendizagem, e, reforçando os sentimentos de vergonha e fracasso. “Nada mais significativo e importante para a construção da cidadania do que a compreensão de que a cultura não existiria sem a socialização das conquistas humanas. O sujeito anônimo é, na verdade, o grande artesão dos tecidos da história.” (PARECER CNE/CEB nº 4/98) A alfabetização como uma construção histórica e social tanto para absorver o discurso da dominação, quanto para definir a pedagogia crítica como uma forma de política cultural no desenvolvimento de uma pedagogia radical da voz e da experiência. A alfabetização crítica é tanto uma narrativa para a ação, quanto um referente para a crítica. Ser alfabetizado é estar presente e ativo na luta pela reivindicação da própria voz, da própria história e do próprio futuro. O que está em jogo aqui é a noção de alfabetização que estabelece relações de poder e de conhecimento não apenas ao que os professores ensinam, mas também aos significados produtivos que os alunos, com todas as suas diferenças culturais e sociais, trazem para a sala de aula como parte da produção de conhecimento e da construção de identidades pessoais e sociais através de um engajamento interativo que se expressa pelo processo de escrever, falar, debater e lutar a respeito do que se considera conhecimento legítimo. . Referências: GIROUX, Henry A.. Alfabetização e a pedagogia do empowermentpolítico FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1- 27. PARECER CNE/CEB 11/200 OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPEd. Caxambu, set/ 1999.