II Curso de Aperfeiçoamento em TN

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Giardia lamblia Protozoário flagelado parasita cavitário
Advertisements

Terapia Nutricional no Ambulatório de Pediatria
Patologia e dietoterapia nas enfermidades músculo-esqueléticas I
Nutrição – aspectos gerais
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
FISIOLOGIA ANIMAL DIGESTÃO CARLOS ROBERTO DAS VIRGENS 2ª FASE A ESCOLA ESTADUAL ANGELINA JAIME TEBET BIOLOGIA
Sistema digestório Funções de: Digestão;
SISTEMA DIGESTÓRIO
Aula 34 A digestão humana.
Primeiros Socorros Camila Sarti
Sistema Digestório Revisão.
Integração da Função GI
Sistema Digestivo Digestão – é o conjunto de transformações químicas e mecânicas às quais os alimentos são sujeitos e desdobrados em substâncias mais simples.
Unidade 5 Sistema digestivo Planeta Terra — 9.º ano.
BA. 13 – Homeostase digestão
TERAPIA NUTRICIONAL Nutricionista Fabiana Nunes Ferreira
MENSAGEM DO DIA.
SAÚDE É um estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares,
ENFERMAGEM MÉDICA Enf. Kamila Dalfior B4.
Anatomia e Fisiologia Humana
O QUE É A DOENÇA CELÍACA?.
NUTRIÇÃO CLÍNICA I SAÚDE
O corpo humano e a sobrevivência: Funções vitais e doenças
O homem e os alimentos Os alimentos ingeridos fornecem nutrientes com duas funções básicas: Fabricar matéria prima Liberar energia.
DIGESTÃO HUMANA Prof◦ Edilson Soares
SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso composto por: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado.
Alimentação e Sistema Digestivo
Terapia Nutricional Enteral
Desintoxica Nutre Fortalece o sistema Imunológico.
Tipos de Terapia Nutricional e suas indicações
AULA 6 DIABETES E DESNUTRIÇÃO 3º MEDICINA 2003.
Funções de Nutrição.
Digestão e Sistema Digestivo
Sistema Digestivo.
VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra, situado na face inferior do fígado (lado direito). É um órgão muscular no qual.
Síndrome do intestino Curto.
Acompanhamento da Nutrição Parenteral e suas complicações
Aparelho digestivo Anatomia.
Bases da Terapia Nutricional
Avaliação Nutricional
Giardíase Giardia duodenalis Distribuição mundial;
DIGESTÃO E ABSORÇÃO.
ALIMENTOS E SAÚDE Profa Mariana Tarricone Garcia
Faculdade de Biomedicina Disciplina de Laboratório Clínico
Sistema Digestório.
Patologia Nutricional e Obesidade
DESEQUILÍBRIO DE ALIMENTAÇÃO
Avaliação Nutricional
AVALIAÇÃO CLÍNICA-NUTRICIONAL DE IDOSOS
Terapia de Reidratação Oral e Hidratação Venosa
TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL E ENTERAL
Ciências Naturais 9.º ano
SISTEMA DIGESTÓRIO.
NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA
SISTEMA DIGESTÓRIO.
Ciências Naturais – 9.o ano
SISTEMA DIGESTÓRIO ANATOMIA E FISIOLOGIA
Nutrição Enteral e Parenteral
Gastroenterologia Clínica
Nutrição - Doenças Hepáticas
Ciências Naturais – 9.o ano
Diarreia em crianças FUPAC – Araguari Curso de medicina.
SUPORTE NUTRICIONAL: impacto na evolução do paciente grave
NUTRIÇÃO PARENTERAL - NP
DIARRÉIA E CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Unidade 5 Sistema digestivo Planeta Terra — 9.º ano.
Absorção e Defecação. Absorção no Estômago  É pouco significativa.  Apenas alguns nutrientes passam para o meio interno através das paredes do estômago:
Dr Cristiano da Silva Ribas Professor Clínica médica – curso medicina - Universidade Positivo Preceptor residência de clínica médica - Departamento de.
Patologia e Dietoterapia nas Enfermidades Pancreáticas Nutti.MSc Maria de Lourdes Marques Camargo Nutrição/UBM.
O INTESTINO O intestino faz parte do tubo digestivo. Nele, o bolo alimentar transita impulsionado pelos movimentos peristálticos. A ação de enzimas e sais.
Transcrição da apresentação:

II Curso de Aperfeiçoamento em TN - 2009 Impacto da Nutrição Parenteral na evolução clínica e nutricional de pacientes com síndrome do intestino curto Selma Freire II Curso de Aperfeiçoamento em TN - 2009

Síndrome do intestino curto Ocorre em adultos com intestino delgado menor que 1,5 metros de comprimento. Pode manifestar-se em pessoas com intestino delgado remanescente comprometido por doença. A subnutrição pode ser aguda, no pós-operatório imediato, ou crônica.

Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

Local de absorção de alguns nutrientes Ferro Cálcio Ácido Fólico Carboidratos simples Aminoácidos Duodeno Carboidratos Aminoácidos Vitamina C Ac. Graxos Zinco Potássio Jejuno Íleo Sais biliares Na+, Cl-, Mg++ Vitamina B12

Secreções digestivas e capacidade absortiva intestinal do volume hídrico Saliva: 1,5L Gástrico: 1-2L Bile: 0,5-1L Pâncreas: 1,5-2L Cólon: 1-1,5L Intestino delgado: 2L Reto: 0,2L

Como nutrir pacientes com intestino curto Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

Síndrome do intestino curto: etiologia Trombose/embolia mesentéria Doença de Crohn Trauma abdominal Enterite pós-radioterapia Anormalidades congênitas Outras causas de ressecção intestinal

Como nutrir pacientes com intestino curto Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

Fatores que afetam o prognóstico após a ressecção intestinal Idade do indivíduo Doença de base Desenvolvimento de resposta de fase aguda Comprimento e estado funcional do intestino remanescente Presença da válvula ileo-cecal e cólons Adaptação intestinal

Como nutrir pacientes com intestino curto Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

Mecanismos de adaptação intestinal Alongamento e aumento de circunferência intestinal Aumento da profundidade das criptas e altura das vilosidades (hiperplasia de enterócitos) O intestino grosso hipertrofia e aumenta a capacidade de absorção de água e eletrólitos Com a evolução, os enterócitos aumentam a capacidade de absorção de nutrientes

Adaptação intestinal Atrofia intestinal Gordura Fibra Glutamina GH Ausência de nutrientes Adaptação intestinal Atrofia intestinal

Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

Cuidado imediato pós-ressecção intestinal Hidratação (diurese, balanço hídrico, correção de eletrólitos séricos) Dieta oral (zero; e depois aumento progressivo) Nutrição parenteral Dieta enteral (20ml/h) sob bomba de infusão contínua. Antibióticos Ranitidina; omeprazol; octreotide..

Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

manifestações clínicas SIC manifestações clínicas Diarréia e esteatorréia Deficiências de macro e micronutrientes Testes específicos para identificar e quantificar má-absorção de carboidratos e gordura: Dosagem de gordura fecal SUDAM III Determinação da D-xilose urinária Teste do hidrogênio no ar expirado

SUDAM III positivo negativo

manifestações clínicas SIC manifestações clínicas Nutriente mal absorvido Manifestação clínica Proteína Edema, fraqueza Carboidratos e lípides Diarréia, distensão abdominal, perda de peso Ferro Anemia, queilose Cálcio e vitamina D Dor e fratura óssea, tetania Magnésio Parestesias, tetania

SIC: manifestações clínicas Nutriente mal absorvido Manifestação clínica Vitamina B12 e folato Anemia, glossite, queilose, parestesia, ataxia Vitamina E Parestesia, ataxia, retinopatia Vitamina A Cegueira noturna, xeroftalmia, hiperqueratose Vitamina K Sangramentos e equimose Riboflavina Estomatite angular e queilose Zinco Dermatite, hipogeusia, diarréia Selênio Miocardiopatia AG essenciais Dermatite

Impacto da NP na evolução de pacientes com SIC Função do intestino delgado intacto Etiologias mais comuns do intestino curto Fatores que afetam o prognóstico na síndrome do intestino curto Mecanismos de adaptação pós-ressecção intestinal Cuidado pós-operatório imediato Manifestações clínicas Tratamento a longo prazo

Tratamento a longo prazo da síndrome do intestino curto A dieta oral deve ser planejada considerando-se a presença ou não dos cólons. Suplementos orais podem ser úteis Pode ser necessário uso ocasional de nutrição enteral Nutrição parenteral geralmente é necessária quando há menos de 100 cm de intestino remanescente

Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Departamento de Clínica Médica Determinação das condições nutricionais relacionadas à hemostasia em pacientes com SIC submetidos a Terapia Nutricional Pós-graduanda: Camila Bitu Moreno Braga Orientadora: Prof. Dra. Selma Freire de Carvalho da Cunha Apoio financeiro: FAPESP (Processo no07/52058-1)

Objetivos específicos Em indivíduos portadores de SIC, dependentes ou não de NP e em um grupo controle de voluntários saudáveis: COMPARAR: Os dados antropométricos O padrão de ingestão alimentar e de suplementação de vitaminas e minerais Os dados laboratoriais de caracterização clínica, nutricional e das condições de hemostasia VERIFICAR A ASSOCIAÇÃO: Fatores alimentares versus níveis séricos de vitamina K Níveis séricos das vitaminas A, D, E e lipídeos versus níveis séricos de vitamina K

Metodologia Questionários para caracterização geral e clínica, avaliação sócio-econômica e de Freqüência Semi-Quantitativa do Consumo de Alimentos Antropometria: estatura, peso corporal, CB, PCT e CMB Antropometria A avaliação antropométrica foi realizada de acordo com técnicas padronizadas Foram utilizados os cuidados técnicos necessários, rigor no posicionamento do indivíduo e dos eletrodos, afastamento dos membros para evitar contato e emprego de eletrodos específicos de baixa impedância. A resistência foi medida numa escala de 0-1000 e reactância em 0-200 Impedância bioelétrica: água e massa corporal magra e gorda Avaliação laboratorial do estado geral, nutricional e marcadores da hemostasia

Resultados da pesquisa Análise dos dados em folhas distribuídas! Antropometria A avaliação antropométrica foi realizada de acordo com técnicas padronizadas Foram utilizados os cuidados técnicos necessários, rigor no posicionamento do indivíduo e dos eletrodos, afastamento dos membros para evitar contato e emprego de eletrodos específicos de baixa impedância. A resistência foi medida numa escala de 0-1000 e reactância em 0-200

Causas de diarréia intratável na subnutrição

Subnutrição em adultos hospitalizados Marasmo Kwashiorkor

Efeitos da subnutrição no tubo digestivo Diminuição do peso intestinal Atrofia das vilosidades ( proteínas,  RNA) Produção anormal de mucina Menor produção de IgA secretória Aumento da permeabilidade intestinal Aumento da translocação bacteriana (?)