NIMH - R01 MH65163-01: Brazilian HIV Prevention for the Severely Mentally Ill - Desenvolvimento de uma Intervenção de Prevenção do HIV para Pacientes Psiquiátricos:

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
UICC HPV e CÂNCER CERVICAL CURRÍCULO.
Advertisements

Arquitetura de informação
Prof. Dr. Alexandre H. de Quadros
FORTALECENDO A INSTITUCIONALIZAÇÃO E OS CONCEITOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NO BRASIL: uma agenda para todos Profa. Dra. Maria Ozanira da Silva e Silva.
BENCHMARKING.
Desenvolvimento profissional docente: Refletindo sobre as possíveis contribuições de colaboração, metacognição e tecnologia Vânia Maria Santos-Wagner Universidade.
II Fórum nacional Anti-Droga SENAD
Ensuring Community Participation in Developing An HIV Prevention Intervention for Psychiatric Settings: A US-Brazil Collaboration M.L. Wainberg 1, V. Terto.
Avaliação: o que fazemos? Parcerias: com quem fazemos?
Acesso Público a Informação de Saúde. Compartilhamento de experiências – e possibilidades de associações.
Intervenção Social nos
Saúde Mental Comunitária e Atenção Primária
Qualidade de vida no Trabalho
Co-Infecção TB/HIV Fábio Moherdaui Programa Nacional de DST/Aids
Financiamento de Empresas de Energia Limpa no Ceará 21 de Novembro 2002 Fortaleza - C E USAID Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional.
PSICOLOGIA DA SAÚDE José A. Carvalho Teixeira
Seminário Internacional da Educação Profissional em Saúde: avaliação do PROFAE e perspectiva 24 e 25 de julho de 2006.
POR QUE PLANEJAR!.
Aula 2 Psicopatologia e suas definições.
SI STEMA N ACIONAL DE VALIAÇÃO A DA DUCAÇÃO E S UPERIOR.
Questões Questões Pessoas portadoras de transtorno mental grave (PTMG) estão mais vulneráveis para o HIV (4% - 23%) nos Estados Unidos onde várias intervenções.
Gestão de Ergonomia e Qualidade de Vida
Associação Brasileira Interdisciplinar
Gestão de Projetos.
PERGUNTA-SE As escolas dão a devida atenção aos CONSELHOS DE CLASSE?
Painel 2: Sistema de Coleta de Dados Criminais em tráfico de pessoas Iniciativas implementadas pelo ICMPD sobre coleta de dados Enrico Ragaglia, Project.
Qualidade de Produto de Software
Maryline Rébillon COMMENT DIRE, Paris (França).
CURSO DE MEDICINA UFRR-IESC-2007
Dimensões Sociais da Vida com HIV/AIDS e a Prevenção “Positiva”
Prof. Dr. Sergio Tamai Grupo Técnico de Saúde Mental
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
TECNOLOGIAS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL (TGO)
FORMAÇÃO CONTINUADA II
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
INTERVENÇÃO BRASILEIRA PARA PREVENÇÃO DE TRANSMISSÃO DO HIV EM PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL GRAVE: A Fase Formativa INTRODUÇÃO O objetivo deste estudo.
Administração de Recursos Humanos II
Funções, Responsabilidades, Tarefas do Supervisor,
Metodologias de Intervenção Psicológica
Estratégia de Prevenção do HIV para Usuários de Serviços de Saúde Mental Columbia University Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS Milton L.
Subsistema de Desenvolvimento
Análise de decisão multicritério (MCDA)
Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA
Amostragem qualitativa
Pesquisa-Ação Colaborativa e a Universidade Jeannie Shoveller, PhD Professora Departamento de Saúde Pública & Epidemiologia Universidade de Colúmbia Britânica.
Terapia comportamental
DEFININDO O PROBLEMA ROESCH, CAP. 5
Unidade 9: Avaliação do Sistema de Vigilância em Saúde Pública
MARIA DO SOCORRO VEIGA DA SILVA ODALÉIA DO SOCORRO FERREIRA VIANA
O projeto profissional do Serviço Social do INSS
Cobertura de competências da epidemiologia aplicada- em escolas de saúde pública selecionadas X - O curso cobre o tema, os estudantes devem ter bom entendimento.
Livro 4 Avaliação de Desenvolvimento Sustentável: Princípios na Prática.
OFICINA DE DIVULGAÇÃO DO GHS A implantação do GHS na Indústria Química
Professor(es)-Pesquisador(es):
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Seção B Avaliação do ASSIST.
Polo de Segurança de Rio Preto
 2007 Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health Introdução à avaliação de programas Frances Stillman, EdD Institute for Global Tobacco Control Johns.
Programa Estadual de DST/Aids SP Paula de Oliveira e Sousa
Relatórios de avaliação: orientações para elaboração e apresentação
OTTAWA CARTA DE INTENÇÕES - SAÚDE PARA TODOS NO ANO 2000 E APÓS.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE INTERVENÇÃO EM SAÚDE
PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
PRODUTOS PNUD PARA PARCERIA COM O CONACI Iniciativas Anticorrupção.
ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO CRAS
O QUE É AIDS? A aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada,
Projeto de pesquisa Profª Lucimare Ferraz.
ESQUIZOFRENIA Infantil
Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade A EXPERIÊNCIA DA APABB NA INCLUSÃO.
Reunião de Partilha CSTL /RHIVA 2014 Reduzindo o HIV nos Adolescentes Southern Sun O.R. Tambo - Joanesburgo, África do Sul de Novembro de 2014.
GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIA
Transcrição da apresentação:

NIMH - R01 MH : Brazilian HIV Prevention for the Severely Mentally Ill - Desenvolvimento de uma Intervenção de Prevenção do HIV para Pacientes Psiquiátricos: Equilibrando Fidelidade e Adequação Cultural M.L. Wainberg 1, P.L.E. Mattos 2, C. Mann-Gruber 2, D. Pinto 2, S. Oliveira-Broxado 2, C. Linhares 2, T. Dutra 2, D. Feijo 2, K.M. McKinnon 1, M.A. Gonzalez 1, R. Remien 1, F. Cournos 1, US-Brazil PRISMA Project 1, 2, 3 Questões Apesar de uma crise de AIDS bem documentada no Brasil e o forte comprometimento do governo brasileiro com a prevenção de HIV, não são oferecidas intervenções sistemáticas de prevenção para os portadores de transtorno mental grave (PTMG). As únicas intervenções comprovadamente eficazes para PTMG foram desenvolvidas nos EUA Neste estudo colaborativo entre os EUA e o Brasil, financiado pelo National Institute of Mental Health, objetivamos: 1.Conduzir uma fase formativa da pesquisa utilizando a etnografia para determinar adaptações culturais apropriadas (adequação) com o objetivo de desenvolver uma intervenção de prevenção de HIV eficaz no seu conteúdo e formato; 2. Estabelecer uma colaboração interdisciplinar e intercultural para adaptar e integrar fontes eficazes e desenvolver uma intervenção de prevenção de para pacientes psiquiátricos no Brasil; 3. Equilibrar fidelidade e adequação cultural ao modificar intervenções eficazes já existentes de prevenção de HIV. Nosso objetivo é avaliar a viabilidade da intervenção e, em última instância, sua eficácia. Descrição Conduzimos observações etnográficas em duas instituições psiquiátricas e grupos focais e entrevistas em profundidade com pacientes e profissionais: a) Pacientes com transtorno mental grave são sexualmente ativos, usam camisinhas assistematicamente, sentem-se confortáveis ao falar de sexo e querem aprender habilidades de prevenção do HIV; b) O profissionais lidam com a prevenção do HIV idiossincraticamente e, portanto, há necessidade de intervenções e treinamento sistemáticos para a prevenção do HIV; Buscamos a participação de um Comitê Assessor do Projeto (CAP), constituído por ONGs locais, indivíduos portadores de HIV, ou com TMG e líderes comunitários para determinar as adaptações necessárias “as intervenções norte-americanas existentes. Treinamos 20 profissionais de Saúde Mental (PSM) com os quais nos encontramos em três seminários de 3 dias para criarmos variações culturalmente apropriadas de conteúdo, temas e estratégias de disseminação de mensagens, preservando conceitos fundamentais para o desenvolvimentos de intervenções eficazes (fidelidade). Resultados parciais O trabalho formativo evidenciou que pacientes e profissionais encontram-se ávidos para compartilhar conhecimentos, identificar problemas e superar lacunas nos esforços institucionais na prevenção do HIV entre usuários de Saúde Mental. As intervenções americanas, em sua maioria, fundamentam-se nas orientações teórico-metodológicas advindas da TCC (Teoria Cognitivo-Comportamental). Contudo, não é possível avaliar em que medida tais intervenções, são generalizáveis para outros contextos culturais, entretanto, acredita-se que o modelo teórico determina as propriedades da intervenção. A Teoria Psicodinâmica e o Teatro do Oprimido parecem responder às demandas sócio- culturais observadas durante a fase formativa. A manutenção da fidelidade na adaptação da intervenção exige compreender como combinar os modelos teóricos, preservando os princípios do modelo original já testado. Nosso processo de adaptação foi sensível a estas diferenças e o treinamento e os grupos de trabalho com os PSMs incluíram discussões específicas sobre os princípios de ambos os arcabouços teóricos a serem assimilados no desenvolvimento da intervenção brasileira. A adaptação e a integração de dados oriundos de intervenções norte-americanas exigiu atenção com relação às possíveis modificações dos conteúdos e das estratégias de disseminação para responder às necessidades, valores, e prioridades dos usuários da intervenção. A participação de multiplicadores fornece informações preciosas e fortalece o grau de comprometimento de todos os participantes para atingir os objetivos da pesquisa. A união da equipe de pesquisa é fundamental para o estabelecimento, manutenção e reforço do espírito que informa o desenvolvimento da intervenção. Tal processo é análogo àquele vivenciado pelos participantes da intervenção. Para a equipe, é essencial estar consciente deste paralelo entre ambos os processos. Recomendações 1. A capacitação em métodos de pesquisa qualitativa e quantitativa permite-nos progredir em direção aos objetivos da pesquisa e da implementação de serviços. 2. Equilibrar fidelidade e adequação é uma tarefa essencial de adaptação da intervenção 3. As informações e a participação de pacientes e PSMs na adaptação e integração para o desenvolvimento de uma intervenção local, PRISSMA, pode facilitar a aceitação, a disseminação e a integração de um programa de prevenção do HIV nos Serviços de Saúde Mental no Brasil. 1 HIV Center for Clinical and Behavioral Studies New York State Psychiatric Institute 2 Instituto de Psiquiatria - UFRJ 3 Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS Columbia University